terça-feira, 15 de novembro de 2011

o sobrevivente de esquerda


ando à procura de um político que tendo passado pelo núcleo deste cólon legislativo não se tenha apocilgado. pareceu-me que paulo portas estava a tentar limpar-se. naturalmente percebeu que estava metido no fim do ciclo do regime, e vai daí desapareceu de tudo que era ocs e afins cor-de-rosa. fim do regime porque quando não há dinheiro até a mais dotada dona de casa abre as pernas para que a família sobreviva com os mínimos exigíveis. não nos enganemos, vamos sair da zona euro e cheios de dívidas. convém dizer que quem deve e terá de pagar é o poveco português, que como nunca me canso de chamar tontinho. até parece quando eu era jovem. fazia dívidas e mandava a conta para meu pai pagar. um dia a coisa acabou e tive de me orientar. isto é, tive de procurar um emprego. belos tempos. é que deste rol de políticos e afins não se vislumbra ninguém que possa dar credibilidade a este circo em que nos transformámos. veja-se bem o seguinte: o ex-general otelo disse que uma revolução feita com militares estava mais perto do que nunca (interpretação minha). o homem tem sido ridicularizado por alguns pouco dados a aprofundarem o que as palavras poderão trazer para o bem e para o mal. qual é o primeiro-ministro armado em chefe de executivo que ouve pelo focinho uma tão grave provocação e nada faz nem diz? é este comerciante diplomado que as urnas seleccionaram! é que ainda há pouco tempo certos legalistas tentaram levar o eng. sócrates a tribunal por crime de lesa democracia quando aquele quis dominar a comunicação social que o estava a tratar abaixo de cão? crime grave esse de tentar dominar as televisões! e ameaçar o país com uma revolução armada, o que é? que gente desprezível está no poder. desprezível e sem tomates. otelo não é qualquer um. ele fala uma linguagem de caserna e não uma à de barbio da política. mais, ele não está sozinho e nós sabemos o porquê. é que, meus queridos ainda portugueses, quando a fome tomar uma forma parecida com o que se passou entre 1910 e 1926, vamos lá a ver se não vão chamar o estratega do 25 de abril. é que, meus paspalhões, ele foi o único a dirigir aquela tropa descabeçada porque não culta que virou de pernas para o ar o fortíssimo estado novo. pelo menos otelo cuspiu no executivo e este nem se limpou. tristeza! bom, arrumado o direitista paulo portas que de tirinho em tirinho ia cimentando a escadaria que o alcandoraria a são bento. paulo portas é o único político de direita que tem acidez cerebral. neste momento o melhor a fazer é desaparecer porque a coisa vai aquecer e quem estiver à mão de semear vai apanhar. há que aguardar melhor ocasião. arrumado este paulo saltemos para antónio costa. muito cuidadoso está o homem a preparar-se para depois de algum provável golpe militar (eu pessoalmente estou convencido que vai acontecer) aparecer como uma espécie de palma carlos, o republicano que substituiu marcelo caetano. aquele não se aguentou muito tempo no poder porque o país estava ingovernável. mas serviu de experiência. e isso conta. a revolução que vier a tomar forma será verdadeiramente de esquerda nos seus primórdios e permanecerá o tempo que os americanos desejarem. é que mais à direita não podemos ir. é que este pm-passos só pede sacrifícios aos portugueses pobres. acham os meus lindos leitores (subiu-me à cabeça o facto de julgar ter mais do que um leitor) que um indivíduo ou indivíduos que ganham bem ou mais ou menos bem possam vir a passar necessidades e fazer sacrifícios porque lhe tiraram no fim do ano uns milhares de euros de entre milhares de euros que metem ao bolso via vencimento ou negócio? sacrifício faz quem às tantas não tem dinheiro para mandar manducar pão aos filhos e para si. sacrifícios fazem os que não podem pagar os seus compromissos com a banca que o mesmo é dizer, não poder pagar a mensalidade da casa comprada como sonho de vida. sacrifício faz quem terá de tirar os filhos dos colégios e ter de os meter nas escolas públicas transformadas em reformatórios e escolas do crime. sacrifício fará quem tiver de arcar com as despesas de saúde dos idosos da família que não terão lugares sequer para morrerem descansados e terão de se ajeitar como puderem, etc. era para escrever sobre as actividades esconsas entre a senhora merkel e o senhor sarkosy. depois percebi que tinha de estudar mais para poder elaborar uma crónica aceitável. é o que farei. a presente "amizade" da frança pela alemanha cheira-me a acto criminoso.


mmbento

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