segunda-feira, 29 de junho de 2015

a europa discute a questão grécia e américa experimenta destruir a união europeia


a "europa unionista" está cercada por vigilantes americanos, que são: o reino unido, a suécia, a espanha (onde a américa incluiu portugal para diálogo político paralelo desde a segunda guerra mundial), parte da itália tipo berlusconi. e parte da frança que é tradicionalmente anticomunista. a américa conta ainda com fiéis amigos como por exemplo, a noruega, a dinamarca (um todo nada menos simpática devido às suas viragens à esquerda sempre que os seus súbditos assim o desejam, a irlanda que adora com muita gratidão os eua devido a estes terem-lhe matado a fome durante o século XIX e princípios do XX. dos países da antiga urss que quiseram sair da alçada da rússia, os americanos apesar de se aproveitarem da sua abertura a ocidente destas nações do leste europeu são em relação a eles muito desconfiados. isso não impede que "amanhã" não instalem neles "artilharia pesada" que está a caminho  postada de caras e de frente para a ex-santa rússia como de um espelho se tratasse para alertá-la para os limites da sua nova face expansionista. e a grécia? e a alemanha? quanto a esta última estão os estados unidos de pé atrás desde que os nazis enviaram os seus famosos submarinos raspar as suas costas no corrido ano de 1941 (ver u-boat...), onde chegaram a matar muitos americanos (dentro da própria américa). a alemanha está ainda ocupada pela américa e supervigiada desde 1945, ano da sua capitulação sem negociações, palestras e outras homilias tão ao jeito dos yankees. os americanos até sabem as vezes que a senhora merkel frequenta os lavabos e as conversas íntimas que tem mesmo a nível privado. notícias vindo a lume a semana passada confirmam o que aqui se disse. os eua pedem desculpa e o mundo continua a girar como nada fosse tal qual o galileo galilei preconizou. valeu-lhe a prisão, mas isso é outra conversa muito antiga... já lá vamos à grécia. os eua têm a europa entre as mãos. a união europeia sobrevive nos seus disparates expansionistas com a cobertura descarada da américa. a américa está sempre muito atenta e informada do que entre nós se passa. um exemplo típico de desvio do mando americano com respetivo castigo deu-se quando o antigo dirigente do fmi, o senhor strauss-kahn, se atreveu a colocar um certo capitalismo humanizado tendencionalmente social adentro do âmbito do capital desse fundo. fizeram-lhe a folha como se costuma dizer em linguagem prisional. colocaram na presidência do mesmo fundo a substituí-lo a madame lagarde que está toda feita com a atual viragem do fmi. a américa controla a europa porque a europa é incapaz de se defender sem uma alemanha forte. uma alemanha desarmada  torna uma europa presa fácil para o reino unido testa de ferro do expansionismo americano. note-se que esse expansionismo é a defesa dos estados unidos contra os seus potenciais inimigos, de entre os quais se encontra a rússia. daria pano para mangas denunciar o modo como o poder militar americano se impõe na união europeia. vejam só o que se passa a nível da informação condicionada que impõe um sentido de reserva no que diz respeito a uma política anti-americana... só a questão da dependência do petróleo dava para pularmos de gozo. bem e a grécia? a grécia está ao mesmo nível de quase todos as nações "federadas" da europa à exceção dos rapazes do frio que são muito avançados socialmente - só para eles, claro! porquê a saga grécia neste preciso momento em que a união europeia já tem barbas e bigode? não sei, vou inventar? a grécia não pode pagar a sua dívida como a maioria dos países do mundo. por exemplo, a américa tem tanta dívida pública que nem vendendo para escravatura e prostituição a parte da "raça branca"  que habita no seu território lhe daria para meia missa. então, qual a razão de não lhe apertarem os tomates como está o capital internacional está a fazer à velha grécia? é que a américa está armada até aos dentes da estátua da liberdade. tem o material de guerra mais sofisticado do planeta. mata diretamente os seus adversários mais notáveis a partir de mediáticas ordens da sala oval. o assassinato do bin laden até teve palmas quando ele levou uma saraivada de balas das forças especiais. tudo em direto. hoje, acho que já se mata mais modernamente à americana através das borboletas voadoras (que dizem chamar-se drones, creio). algum país do mundo se atreveria a opor-se à américa dos bushes ou obamas? algum país do mundo afilhado dileto dos estados unidos poderia ser atacado sem eles se zangarem com muita pólvora? eh pá, o que tem isso a ver com a grécia? não sei, vou continuar a inventar. ou a grécia vai servir de vacina para que os eua possam atuar belicamente contra o bloco do leste que se está a alastrar devido às ideias imperialistas do senhor putin ou os estados unidos querem ver a europa estilhaçada porque sabem que de um momento para o outro se os países se unirem à "grande alemanha" e conseguirem criar umas forças armadas europeias que se tornarão uma força tão poderosa que irá ter uma palavra a dizer no concerto das nações. com o reino unido fora desta grande europa, porque é o grande inimigo do seu crescimento, a verdadeira europa unida meteria muito medo ao mundo. são 600.000 (seiscentos milhões)  de almas ou cérebros que dormem na forma porque não sabem unir-se. é nesta desunião que tanto os estados unidos quanto o reino unido apostam, ao contrário da rússia que tudo tem feito para dar força à ideia de uma verdadeira europa. ou, em mais uma  hipótese, pode ser que a rússia do senhor putin depois de arrumar a casa venha a propor uma verdadeira unidade com uma moscovo centro de decisão e a ombrear com berlim de mãos dadas com a frágil frança. que, diga-se em abono da verdade também deve as guedelhas de todas as francesas incluindo as amásias do monsieur hollande. a pobre grécia tem sido vítima de manipulações externas. e nós, por que não nos aconteceu o mesmo. oh! oh! oh! porque os portugueses - quando é preciso - vão ao baú das recordações retirar a receita que está no livro que dr antónio de oliveira salazar (salazar pela parte do mãe) deixou de herança. estão lembrados? reparem: o velho seminarista cortou nas despesas, fomentou os despedimentos tanto na função pública quanto na atividade privada, proibiu as greves (as greves em portugal estão ao nível do anedótico pois estão a favor da entidade patronal. a da tap foi de gritos), aumentou os impostos, fechou politécnicos, escolas superiores do magistério primário, fomentou a emigração em moldes de loucura (o país ficou a abarrotar de velhos mulheres e crianças), manteve o escudo uma moeda forte à custa de ter irradicado a inflação, retirou reformas a alguns como por exemplo  ao dr afonso costa que vivia à grande e à francesa em paris, obrigou a que o estado pagasse aos seus funcionários ordenados só o suficiente para comerem bacalhau no natal (as professoras primária apesar de ganharem pouco ainda estavam proibidas por lei de casar com quem não tivesse um bom emprego). alguém imagina que para se acender um isqueiro era preciso uma licença? alguém imagina que os portugueses não se podiam divorciar porque isso para além de ser uma lei cozinhada em  roma com a cumplicidade do estado também impedia que a família se degradasse economicamente. era uma segurança social encapotada. e assim o estado não entrava com um rendimento mínimo... ah, ah, ah! não havia ordenado mínimo porém o patronato pagava o que lhe dava nas ganas. empregadas domésticas - lembro-me eu - chegavam  a ganhar 20 escudos mensalmente. hoje, ganha-se um ordenado mínimo que não dá para alimentar meia família durante 15 dias. havia naquele tempo as senhoras caridosas que tinham os seus próprios pobres de que se orgulhavam muito. hoje, o estado permitiu que se criassem bancos alimentares (claro que são contra a fome) cuja operacionalidade se deve aos muitos conscenciosos portugueses que não desarmam. hoje, o estado democratista persegue os políticos que  enriqueceram sem justificação. o estado novo mandou para a cadeia muitos deles que se distraíram nas contas. este governo copiou e bem o salazarismo na sua forma mais patriótica que se traduz pela possibilidade de ter as contas certas. no tempo do estado novo não havia papel higiénico nas repartições. o que o substituía era o papel de jornal. hoje, já li em certos jornais, que há falta do primeiro. evite-se cumprimentar funcionários públicos em nome do serviço nacional de saúde. no tempo do estado novo os velhos eram acoitados em caso dos filhos, onde as noras e/ou os genros os maltratavam (nalguns casos, claro). hoje, os velhos são enfiados em cubículos onde chegam a levar alguns tabefes da criadagem antes de irem morrer nos corredores dos hospitais públicos. já não sei o que escrevi... está escrito! é só comparar e vejam-se as coincidências. salazar espremendo o poveco obteve créditos internacionais. passos, que o copiou, também está muito bem visto lá fora. eh pá, e a grécia? eh pá, isso é com os estados unidos! disse!
varett

domingo, 28 de junho de 2015

o que disse ontem já não vale hoje. apesar de ser comentador estou feito político. o ps só ganhará se...


os portugueses, segundo o que deixam transparecer das últimas sondagens, pensam assim: já que está deixar estar. isto é, todo o mundo ficou alertado e com as orelhas a arder desde que se ficou a saber que o país se encontrava falido; que correra o perigo de não haver  dinheiro para se pagar ao funcionalismo público, etc. alertado para entender que o estado que no passado recente era uma garantia inabalável do cidadão não passava agora de uma empresa tão falível quanto a mercearia do falido  senhor tomé da praça do fundador que tinha comprado aos balcões do bes  milhares de euros em lixo de papel com assinaturas de gente de bem e que agora já de nada servem. o português, em geral , encontra-se assustado e sabe que tem de votar e que esse voto vai representar o seu futuro. ah, como o voto agora chegou às consciências dos eleitores!  que antes votavam no seu partido como quem o fazia nas assembleias do  seu clube preferido!!!. e que desde estes modernos tempos perturbados  terão de decidir para que lado cair. tal como os gregos, que votavam com aquele pendor de quem grita pelo seu clube favorito e que agora têm nas mãos uma enorme batata quente, os portugueses estão no mesmo barco. os partidos que propõem sair do sistema monetário europeu são um reduto de intelectuais e/ou de esquerdistas fiéis a uma ideologia que  pressupõe uma luta de classes. (luta desatualizada enquanto a fome não se transformar num adamastor rural que neste terreno torna tudo real). estes pequenos partidos de expressão limitada não formarão um exército com que se possa mudar seja o que for. claro que se se  coligarem a um parceiro forte a coisa muda de figura e, só nesta aguarela, terão algo a dizer. o que não será o caso, pois portugal nunca será uma dinamarca, por exemplo. o português não evolui ao ritmo dos europeus do norte. o português não está virado para o futuro a não ser que se lhe apresentem peregrinações, arraiais, cantigas pimbas  no verão, etc. somos assim! somos meridionais! o clima ajuda... excluindo estes partidos ficamos confrontados com três partidos do eixo central. tenho de incluir o cds  neste eixo que sobrevive e bem neste regime - criado pela insensatez de alguns capitães - por ter um paulo portas que conseguiu fazer de um partido de dementes e caquéticos de direita representado por 4 deputados algo que dita e impõe políticas nacionais. perigosamente inteligente este safado da direita! resta-nos o ps e o psd. são ambos partidos que vivem e sobrevivem nesta união europeia. é esta que os alimenta e lhes permite fazer do país aquilo em que se transformou: numa região autónoma europeia. entrámos de cabeça nesta salgalhada europeia para podermos sobreviver depois da queda do império. foi para fugir à bancarrota que nos transformámos em prisioneiros de uma chusma de carcereiros que nos têm descaracterizado como povo. os nossos políticos não estavam à altura dos acontecimentos e foram imprevidentes. não são capazes de construir algo duradoiro são muito primários no campo da reflexão. o dia de hoje é que conta. muita gente enriqueceu à custa dos dinheiros europeus ao mesmo tempo que o país se afundava. o emprego sustentado pelo voto partidário só serviu para enriquecer verdadeiras hordas  de especialistas em pilhagens. aos portugueses que foram vítimas dos seus carrascos só lhes resta aguentar o emprego e rezar para o não perder. o que vai ser difícil dado que os especialistas em pilhagens estão a entregar os bens nacionais a especuladores internacionais. porra! perdi-me vou recuperar. ao ps como partido cúmplice desta desvairada política cabe afrouxar a marcha para a americanização da europa. não a poderá impedir mas poderá de uma forma política tentar humanizar o grande capital. nós agora sabemos ao certo ao que veio o psd. em fim de legislatura, procura transformar aquilo que pertence ao povo (que é isto de povo na boca dos social-democratas?) em ações. o ps e costa vão ter de cuidar nas promessas que irão fazer pois o eleitorado já se habituou a este miserabilismo esmoler  que atira pão e circo para suas bocas e que o senhor passos coelho e a sua trupe de saltimbancos  oficializou. esta atitude de pobreza adaptada inculcada na cabeça do poveco é uma vitória da coligação que se traduz no voto do já que está deixa estar. a última entrevista de antónio costa à sic aponta para um discurso para não assustar os pobres que ainda dão ao dente e que votam. costa tem de descolar das políticas de empobrecimento, imposta pelo ex-partido de sá carneiro aos portugueses, com pezinhos de lã porque tudo ficará na mesma. pobre desconfia de esmola graúda. resumindo: costa para ganhar estas eleições sabe que nós sabemos que não pode cumprir para além do que os patrões de portugal europeu ordenarem. que é o mesmo que faz passos coelho . então, qual a diferença entre o ps de costa e o psd de passos? nenhuma! há é que saber conquistar a simpatia dos que estão indecisos. costa, neste momento, é só mais simpático do que passos. e não irá passos, de futuro,   mostrar-se muito mais simpático tendo em conta que é um ator consumado que disfarça uma mentira com outra e assim por diante? claro, já começou a querer dar (?) à malta o que tirou para dar aos ricos. ele sabe muito! e não parecia nada. as próximas eleições servirão para eleger o mais simpático que nos irá tornar a vida ainda mais fodida já que ninguém escapará aos cortes previstos e ordenados pelos nossos senhores da europa central. do mal o menos, é que esses filhos de puta do norte europeu costumam internar em campos de concentração todos aqueles com quem não engraçam quer seja pela cor da pele quer seja porque pensam diferente. "que os pariu", é o único grito que ainda podemos soprar já que "por são jorge" isso foi chão que deu uvas.
varett

quinta-feira, 25 de junho de 2015

antónio costa recupera. se fosse amanhã o ato eleitoral o ps garantiria uma maioria absoluta

costa vestiu a farda de estadista. transmitiu um apreciável grau de segurança. clara de sousa não faz fretes e isso resultou numa positiva entrevista que  há pouco a sic transmitiu. costa foi aquele político que ao dizer ao que vinha de um modo substancial e sem demagogias ofereceu ao pensar do português em geral o tal equilíbrio que se espera depois desta tempestade que durou uma legislatura. ora, nós sabemos que o emprego é a base da nossa sobrevivência como povo independente. sem emprego e sem dinheiro não há povo que resista. o mesmo é dizer revolução. os portugueses não a querem nem são tão facínoras (apesar de um passado recente pouco recomendável) como ingleses, alemães, franceses, bósnios, etc. que saltam para as ruas prontos para tudo até para matar. queremos emprego e paz. no seguimento do que disse e disse-o bem claro ,costa  referiu o financiamento das empresas. se costa mantiver estes poucos  objetivos, o resto das suas propostas virá de arrasto. ele teve o cuidado de falar como se estivesse blindado para não deixar pontas soltas aos que vivem do disse que disse e recebem o seu.  costa sacralizou a esperança de obtenção de trabalho. esta coligação que se fez governo, via ato legal diga-se,  fez tremer a ideia de emprego. criou uma espécie de terror para quem quer manter o seu emprego. pôs as famílias em permanente susto. psd/cds não tiveram a sensibilidade para com a classe média. marimbaram-se para a família. degradaram os serviços de assistência e tudo a eles referente em nome de ter os cofres cheios por causa dos mercados. costa não avançou muito na reposição do que a coligação assaltou à malta. disse umas coisas para agradar. vai ter um trabalhão para poder cumprir as suas promessas, e se - por acaso - a economia não crescer como costa deseja, espera-nos o caldeirão. antónio costa difundiu uma imagem de confiança. o que disse no resto da entrevista foi apenas para fazer palco. a política é isso mesmo. não podemos apertar muito. entre um futuro  governo costa e um governo de continuidade à la passos, está na hora de repensar para escolher. vamos aguardar a próxima entrevista de passos a clara de sousa. será que fará esquecer a de antónio costa? aguardemos...
varett

sábado, 20 de junho de 2015

hitler invade a polónia em 1939 e merkel a grécia em 2015


em 1936 na espanha o exército nacional enfrentava uma guerra civil com o apoio militar dos nazis. hitler, seu incontestado líder, procurava dividir a europa para obter dividendos que lhe facilitassem tomá-la sem grandes custos económicos e militares. a princípio conseguiu. só no fim é que foram elas. a alemanha nazi perdeu a guerra  ficando  cheia de dívidas e pior de tudo destruída, invadida e entregue às postas a quatro potências: frança, que foi seminazi, por opção própria, entre 1940 a 1945;  inglaterra,  que ela transformou num montão de pedras e escombros por  via das v2;  rússia,  a quem ela infligiu 6 milhões de mortos em 1941 e finalmente os eua com dezenas de milhar de militares mortos que foi o custo a pagar pela ajuda às vítimas nazis do ocidente europeu. os alemães não são um povo inteligente mas sim trabalhador e organizado. quando se lhes mete algo na cabeça é o diabo. são muito previdentes para umas coisas e para outras não tanto. pelo seu método de trabalho criam riqueza mais rápido que qualquer outro poveco europeu. quando enriquecem ou estão potencialmente em vésperas de tal dá-lhes para se expandirem. derrotados na primeira e segunda grandes guerras arrumaram as armas (estão proibidos de usarem as mais mortíferas) e armaram-se em açambarcadores modernos. isto é, invadem tudo com a sua tecnologia que produz o que o mundo precisa. aviões, carros, acessórios e peças de todo o tipo. não têm receio dos chineses porque o que fabricam é do melhor que há. a europa está a seus pés devido à sua política económica, como se ela tivesse os povos da "europa unida" debaixo do terror das suas baionetas. ela diz e impõe o modo como nos havemos de comportar. ela é forte e pode fazê-lo. tudo bem! não vou por aí, mas sim pelo caminho que permite vislumbrar o terceiro fim da alemanha sem guerra armada. quando a grécia tombar  - como quando tombou a polónia  depois de invadida e dominada - levantar-se-á uma onda de indignação (com resultados económicos desastrosos) contra a alemanha tão perigosa como quando as bombas dos aliados a destruíram. quem primeiro vai sofrer com a expulsão da grécia pela senhora merkel e cordatos vai ser a frança e não portugal ou irlanda. os portugueses estão habituados a rastejar. aprenderam com carmona servido por salazar. isso permite-lhes criar um elevado grau de sobrevivência. se não se é crocodilo rastejar é um ato de subserviência... ninguém vai invadir a alemanha com bombas. vão é obrigá-la a retroceder no sentido de fortalecer a união europeia e não enfraquecê-la. a alemanha é um cancro que corrói a unidade da maioria dos povos europeus. é um cancro que ao crescer mata a vida. a europa tem uma cultura própria tão própria que as centenas de milhar de obras de arte que os alemães roubaram aos povos que escravizaram - repito: escravizaram - significam o quanto bárbaros eles são e quanto a eles é a cultura europeia necessária. quase todos os povos da união europeia estão, hoje, com merkel. amanhã será assim? isto é, quando também tiverem de enfrentar prazos de pagamento como a grécia como se irão portar se não tiverem os fundos ou almofadas necessários? vão acobardar como o fizeram no passado ao olhar para o lado enquanto os alemães metodicamente e em instituições estatais matavam 6 milhões de judeus e alguns milhares de ciganos e comunistas? será que em breves setenta anos os alemães ou os seus dirigentes eleitos ganharam ética? ou arbeit macht frei já não quer dizer o trabalho liberta  - no caso trabalho escravo - mas sim trabalha livremente que te pagarei um bom salário? o meu aviso: ó alemanha, estúpida e rica, paga o teu bem estar e domínio àqueles que em estado de fome te poderão amanhã  assaltar a fazenda e comer-te viva. lembra-te, ó estúpida, que os ricos correm sérios riscos quando querem ficar com tudo e deixam os pobres à mingua. os ricos reproduzem-se como os rinocerontes (560 dias de gestação) e os pobres como os coelhos (30 dias de gestação). estes transformam-se em exércitos de nunca mais acabar. ó estúpida empresta esse dinheiro à grécia e vais ver que acabarás ainda mais rica. caso contrário vais ao encontro desse teu destino autofágico. termino já, senhor leitor/a. ó estúpida, volta a ler o que a história ensina acerca das guerras púnicas: delenda est carthago! e foi-se carthago à vida. estava a chatear já dizia catão, o velho.
varett

segunda-feira, 15 de junho de 2015

mas que chatice é saber-se quando é que salazar começou a ser ditador civil substituindo o ditador militar


em "salazar - uma biografia política" volume II, o autor (1), na página 67, linha 9, diz expressamente: e sem citar ninguém: "a 30 de julho de 1930, a ditadura militar apresentou um movimento político que viria a chamar-se união nacional. foram publicados um manifesto e estatutos..." na página seguinte, linha 13 e citando o prof. e comentador televisivo costa pinto em "salazar`s dictatorship, pag. 79" transcreve: "a união nacional foi uma criação de salazar, estabelecida e organizada por decreto governamental." vejamos: a 30 de julho de 1930 imperava uma ditadura militar de extrema direita liderada pelo ultra óscar carmona a quem coube até morrer (1951) supervisionar e dirigir tudo o que se passava em portugal. o velho general mais tarde marechal estava em todas. nesta data era primeiro-ministro o general domingos oliveira. salazar era o ministro das finanças. só em 1932 é que é nomeado por carmona presidente do ministério. como sabemos, o general carmona foi a cabeça da ditadura militar no período  que vai de 1926 a 1928. em 1928 carmona faz-se eleger  sozinho presidente da república e inaugura a chamada ditadura nacional. creio que continuava a ser ditador... mais tarde, em 1949 fez-se novamente eleger sem oposição - outra vez - presidente da república. é ainda o ditador ou já estava feito catequista? salazar intervém de fato na formatação do discurso político. mas este só nasce a partir da compreensão daquilo que pretendia a ditadura militar a partir de 1926 já com carmona seu cabecilha estabelecido no poder. ou não será? também já li que a legião portuguesa foi criação de salazar. nem refiro a fonte tal é o tamanho da batata. o que me parece é que salazar aproveitava-se sempre do que aparecia de novo e desde que os não moderados não metessem nem prego nem estopa. os moderados eram todos corridos do poder por carmona. salazar cola-se à sua imagem (de carmona) e daí obtém uma força imagética que  não tem ainda no terreno. a "força" de salazar advém-lhe da aceitação e "carinho" do ditador militar. o "título" de ditador salta para ele - salazar - histórica e popularmente porque tanto a igreja (2) quanto os militares não optam por dar a cara nos assuntos da política. isso é trabalho para os políticos. mais tarde se há de referir a assunção e aproveitamento em que distinguiu salazar nas suas manobras e variantes políticas. ninguém poderá governar portugal sem o aval da igreja. o doutor mário soares compreendeu-o e bem quando era primeiro-ministro desta imberbe democracia quando foi ao beija mão ao cardeal ribeiro, o das paixões. apesar de tudo com a assinatura da concordata em 1940, o governo chefiado por salazar deu alguns saltos na medida em que a igreja fica - de certo modo - separada do estado. não recebe indemnizações do saque a que foi sujeita na primeira república e também se obtém da igreja a proibição dos católicos em envolverem-se em atividades contra o estado novo. claro que o poveco, uma vez casado pela igreja e com a benção do procurador divino que infestavam as paróquias, nunca mais se podia divorciar. chupou salazar com indissolubilidade do casamento em nome do divino! é salazar um ditador? penso que sim. só que não sei é quando começou a sê-lo. vou procurar. e como dizia a professora imitando a corisca: "próscura leãn!" 
varett

(1) - filipe ribeiro de menezes, ed. dom quixote (in expresso)- trad. teresa cabral. do original : salazar. a political biography - 2014
(2) - o papado - na décda de 1930 - dá instruções ao cardeal cerejeira para que a igreja assuma uma posição fora da atividade política da união nacional.

terça-feira, 9 de junho de 2015

quando a história mente pela boca de alguma esquerda: salazar nunca podia ter sido ditador até ao ano de 1951. é o que se vai tentar provar. não estamos aqui para afundar a história nem erigir personalidades. aqui vai-se respeitar princípios de identidade.


salazar é,  segundo alguns historiadores (a maioria), um ditador tão depressa é nomeado presidente do conselho de ministros por carmona em 1932. na ditadura militar que vai de 1926 até 1928, salazar vem a lisboa a convite do chefe militar para aceitar a pasta das finanças. o ambiente de caserna não era propício ao estilo beato do antigo deputado cristão. há muita contradição acerca das razões por que o antigo seminarista e agora professor carismático-católico voltou a coimbra. a presidência da república e o presidente do ministério assim como o resto dos ministros eram todos militares. como as finanças públicas geridas por estes (entre eles um tal sinel de cordes) estavam numa desgraça havia que encontrar um "perito" para pôr as contas em ordem. a ditadura militar renova-se com a eleição do candidato único à presidência da república. que é o mesmo. isto é, carmona substitui carmona mas já não em ditadura militar mas em ditadura nacional. (gritem almas danadas, mas foi assim que os escribas oficiais amenizaram a história dos ultras). carmona concentra em si todo o poder, e de 1928 a 1932 escolhe e nomeia  salazar para dirigir o ministério das finanças com um plano de austeridade enorme em virtude de  ter sido negado um empréstimo internacional a portugal. carmona aceita-o. salazar começa a servir a ditadura. carmona é o ditador. e salazar? por enquanto devemos raciocinar se possível logicamente e vê-lo apenas como um ser servil à ditadura. esta muda de nome ao sabor de grandes cabeças que escrevem. o país tem na altura 80% de analfabetos... após o período de austeridade que resulta num controlo das despesas públicas e com estas sanadas devido ao aumento dos impostos, à política de despedimentos, à retenção de salários e corte no despesismo dos vários ministérios menos os dos militares, salazar torna-se no herói das contas mas sempre como sombra do ultra carmona que vigia tudo e tudo controla. a constituição de 1911 foi substituída pela de 1933 sob a orientação de carmona. quando se tratava de coisas a que a  política devia liderar, carmona dava um passo atrás e empurrava o timoneiro dos patacos acertados para o palco. aliás, salazar soube muito bem tratar da sua imagem. antónio ferro inventou-o como um matreiro. salazar era complexado e inferior (lembram-se do episódio que narrei num texto atrás acerca da bofetada que ele levou nos corredores da universiadade de coimbra  dada por  um  seu aluno aristocrata?) e sabia avançar devagar e sem beliscar os seus patrões. nunca daquela cabeça saiu uma novidade ou uma ideia. o tipo sabia  escanchar -se nas ideias dos outros e bem. vejamos: a censura prévia e a criação da pide deveu-se a carmona e aos ultras que o cercavam. a concordata com a santa sé que ele subscreve é da responsabilidade do cardeal cerejeira congeminado com carmona. salazar não atua no sentido de escangalhar a imagem. é obrigado a aderir a fim de se manter como presidente do conselho. a união nacional que se diz da sua autoria foi criada por um general de nome domingos de oliveira. salazar apenas discursa e coloca a ideologia na boca daquela associação política. os militares são fracos a refletir. a criação da legião - para combater o comunismo que sibilava da vizinha espanha -  é contra a sua vontade dado que os seus criadores são todos pró-nazis e salazar opta pela neutralidade e não pela entrada na guerra. ninguém o obedece, é o que parece. mas a legião foi criada e teve como comandante um militar  ultra (coronel namorado de aguiar) apesar de ser uma força paramilitar aberta a civis. a sua junta central teve como elementos o general craveiro lopes,  o almirante henrique tenreiro, o general humberto delgado, o general antónio spínola, etc.  o homem da ideia da criação da legião chamava-se almirante botelho moniz. salazar para onde quer que se virasse só via militares. a criação da mocidade portuguesa à imagem da juventude hitlariana é ainda uma verdadeira anedota no que diz respeito à intervenção de salazar. o germanófilo engenheiro militar francisco josé nobre guedes simpatizante de hitler que foi expedicionário na 1ª guerra é quem se torna no seu primeiro comissário e criador. acumulava com o fato de ser também deputado à assembleia nacional.  é preciso dizer-se que a assembleia nacional depois de 1933 ficou composta por muitos civis na sua maioria amigos ou chegados a salazar. só que ela não mandava no governo como é sabido. e quem mandava no governo era a correia de transmissão dos ultras. salazar é ainda uma marioneta na mão dos militares. salazar vivia em lisboa em são bento. veja-se a beleza de quem o  cercava: todos nós sabemos que os governos civis representam em cada distrito o governo. em lisboa era o agente de salazar o tenente-coronel joão luís de moura no período que vai de 11.06. 1937. de 27.7.1937 a 9.1.1944 cabe ao coronel artur leal lobo da costa representar o governo de salazar no distrito de lisboa. nessa altura surge como governador civil - repito civil - o almirante nuno frederico de brion. o seu governo vai de 9.10.1944 a 5.3.1947. a seguir o governo civil é entregue a um civil de nome mário lampreia de gusmão madeira... vamos agora saltar para a câmara municipal de lisboa. o que encontrámos? militares, certamente! general josé vicente de freitas, no período que vai de 1926 até 1933, altura em que é demitido por salazar, isto segundo historiadores tipo  fernão lopes. nada mais falso. salazar é instado a demiti-lo porque vicente de freitas criticou os desvios da união nacional criada por militares à qual salazar se cola para sobreviver. o que aconteceu? opôs-se a que a união nacional se transformasse num partido único. ora a união nacional foi criada pelos militares ultras da direita. alguma vez salazar teria estofo de demitir um oficial superior das forças armadas sem o consentimento do ditador militar que ainda estava vivíssimo da silva?. vicente de freitas estava em rota de colisão com carmona. óbvio, meus amigos! não acham? como seria possível haver um militar no poder camarário a opor-se  ao ditador? não era possível. em assuntos militares, salazar limitava-se a fazer as suas contas e dispor verbas para lhes calar a boca.. não há um único ato isolado em que tivesse atuado sozinho. quando o almirante botelho moniz o prende quem o desenrasca é um outro militar coligado aos ultras.que estão por detrás dele e que detêm o poder. até 1937 estiveram na presidência da câmara três militares. ei-los: coronel adriano da costa macedo; henrique linhares de lima, oficial superior natural da ilha do pico. até  duarte pacheco (um eng. civil) ainda lá esteve o general daniel rodrigues de sousa. safa! continência! quando o engenheiro saíu para ocupar um cargo executivo foi de imediato substituído por um militar de nome eduardo rodrigues de carvalho. eu ainda me lembro do general frança borges na presidência da câmara. trabalhei nela sob o seu consulado. grande ultra! o pobre seminarista tinha a rodeá-lo o comandante da legião a que ele era avesso. o comissário da mocidade que era simpatizante nazi. o major silva paes diretor da pide. o governador militar do centro. a polícia de segurança pública comandada por um oficial do exército em vez de um comissário pois trata-se de uma polícia pública. a guarda nacional republicana era comandada por um general que tinha um estado maior repleto de oficiais das forças armadas. meus amigos, que ditador era este sabido ex-seminarista! até agora na história como ditador salazar não passava de um ditador honoris causa. eu estou a rir e muito! a seguir escreverei sobre o estado novo sob a presidência de craveiro lopes, um homem muito sério que irritou os ultras por se ter aproximado de militares mais abertos. isso foi o seu fim! o regime - o estado novo de carmona e ultras - substituiu-o pelo almirante américo thomaz. (continua)
varett

sábado, 6 de junho de 2015

mas que raio de ditadura militar que começa em 1926 e termina em 1928.


como se escreveu acerca de óscar carmona (general), este encabeçou um golpe que derrubou  gomes da costa (outro general) que se tinha feito - ele mesmo - presidente da república. estávamos em 1926. bons tempos! a história diz desse período que se tratou de uma ditadura militar com um ditador a liderá-la. durou até 1928... refiro-me ao ditador carmona. com ele  foi reabilitada a censura prévia que se manteve até depois do 25 de abril de 1974... mas isso é outra conversa! o ditador tornou-se mais brando quando permitiu eleições presidenciais. só que ele era o único candidato à presidência. ah, e foi eleito! este período designou-se de ditadura nacional.  presidencializou o país de 15 de abril de 1928 até 11 de abril de 1933, altura em que o seu ministro das finanças salta para a presidência do conselho de ministros e traz consigo aquilo que ainda hoje faz estragos pois não foi muito bem apagado: a constituição de 33. o mais engraçado é que o ditador carmona (chamo-o de ditador mas não tenho nada contra ele) transita da ditadura militar (1926) para a ditadura nacional (1928 a 1933) e caso raro nunca visto é candidato a presidente nas eleições de 1933: a ditadura do estado novo. concorre sozinho e volta a ganhar sozinho. nessa altura já o padre cruz andava de escola em escola a pedir que pregassem nas paredes das salas de aula um busto de cristo em zinco com tanga rodeado de salazar e carmona em fotografia. . era uma  nova era que chegava mas com os mesmos personagens. o ditador viveu que se fartou até 1951. na escola rezámos muito pela sua alma. a professora chorou. o que me faz espécie é de que os historiadores chamam ditador a salazar quando quem é ditador desses três regimes estava vivo e alcançara o poder qual fulgêncio baptista, o mesmo a quem fidel derrubou à lei da bala e se fez ele mesmo ditador. porra, aprendera com carmona? ora, dois ditadores a conviverem apertados na mesma cadeira do  poder... hum... só mesmo à portuguesa. e o cardeal que mandava nas cabeças do povo analfabeto (notícias de inglaterra da época afirmavam que 80% da população era analfabeta!) como um faraó de osiris? isso fica para depois quando eu tiver de inventar mais coisas. dois ditadores ao mesmo tempo? os historiadores que resolvam esta merda que eu não sei nada. o ditador militar morre em 1951 salazar vai substituí-lo por um período de 5 meses. é escolhido um general que até era deputado da assembleia nacional. naquela altura não se sabia nada dela. havia quem julgasse tratar-se de uma casa de má nota. o general era o senhor higino lopes. esteve como presidente até que salazar recebeu ordens de militares ultras para correr com ele. este dava-se com altas patentes militares que não iam com a cara da ditadura que nunca mais acabava. no estado novo, salazar é autorizado pelos militares a criar uma polícia política sujeita ao poder militar. o seu diretor era um major do exército. salazar cria a legião portuguesa (uma seita política e civil) e entrega o seu comando a um general. nesse período portugal torna-se parceiro da nato que todos nós sabíamos tratar-se de uma grande organização militar que se oponha ao alargamento dos países comunistas. salazar acoplado pelo ditador espiritual assina a concordata com a santa sé. os portugueses nunca mais se puderam divorciar. foi o período (1933-1976) em que mais filhos foram feitos sem nome de pai. nem baptizados podiam ser nas paróquias dos padrecas. salazar foi acusado de ter substituído o general higino pelo almirante thomaz. perfeita mentira! a área militar estava-lhe vedada. este almiraante era um ultra em tudo. vinha na linha do carmona. quando era ministro da marinha desenvolveu a marinha mercante com o célebre despacho 100. não foi salazar quem iniciou a modernização do comércio marítimo do país, mas sim os militares. no caso o almirante américo thomaz. convém dizer que este senhor era - apesar de ser um ultra - um homem honestíssimo. bem, até ao próximo textelho.
ps. este texto sai sem revisão.
varett

sexta-feira, 5 de junho de 2015

3º texto sobre: a ditadura militar iniciada com o golpe de óscar carmona que depõe gomes da costa só termina com a ação política do dr mário soares.


em 1954, no distrito de beja, após uma reivindicação salarial, um oficial do exército  português alvejou uma moça grávida que encabeçava um grupo de mulheres que ia propor à entidade patronal - o senhor da terra - um aumento de dois escudos por jorna. o trabalho consistia  numa colheita de favas. o oficial chamava-se carrajola e tinha o posto de tenente. em 1962, o capitão maltês e o major horta osório comandavam a polícia de choque. que interveio na cidade universitária. enquanto o major dialogava com os representantes dos estudantes, o capitão maltês não entrava nesse jogo dizendo que recebia diretamente ordens dos ultras. (1) e encabeçou a carga policial contra a malta. cheguei a ver o capitão maltês em frente à faculdade de letras a comandar agentes da psp 12 anos depois. por exemplo, (só são exemplos...) uma carga militar acabou por matar um civil que estava distraído a observar contestações de rua na cidade de ponta delgada-década de quarenta. a ditadura militar do estado novo e que tinha como testa de ferro salazar, sofreu alguns sustos pregados por militares de alta patente seus opositores: em 1949, o general norton de matos, em 1951 o vice-almirante quintão meireles e em 1958 o general humberto delgado concorreram à eleição presidencial. os militares estiveram sempre presentes nas intentonas. umas vezes de esquerda outras de direita. mas foram sempre eles quem mexeu com o poder pondo e dispondo consoante a sua visão das coisas ou negócios do estado. lembrei-me agora de uma operação militar com alguns civis à ilharga dita "caixa de fósforos". não fora alguns mortos e tratar-se-ia de uma guerra à solnado. estávamos em 1962,  o general humberto delgado e uma série de oficiais que não alinhavam com a ditadura do estado-militar-novo resolveram invadir o quartel de beja para o tomar de assalto e daí dar início a uma revolta que a derrubasse. eram mais de 100 os revoltosos. tiveram azar pois o comandante sozinho recebeu-os à bala dando origem a uma fuga desenfreada dos democratas. vou acabar por aqui pois tenho de contar quantos militares detiveram o poder em todas as frentes. vou começar pelos governadores civis. só pondo um olho nos textos: ena tantos! em tempos de paz o poder dos militares, já o disse e provei, era incontestado. no tempo de guerra, isso já nem se fala. a bem da informação devo dizer que só em 1962 os militares pela primeira vez foram entregues à pide. e foi esta que instruiu os processos. se não estou em erro um dos presos foi o major eugénio de oliveira. chupou 5 anos num presidio militar. edmundo pedro que também entrou no golpe conseguiu fugir fardado de capitão. disse ele que fora a primeira vez que vestira uma farda. mais tarde foi apanhado já sem farda.
mmb
(continua)

quarta-feira, 3 de junho de 2015

a trindade-troika 2: salazar não mandava em portugal como ditador isolado. salazar foi um criado bem esperto das forças armadas a quem o poder lhes estava destinado pela história e pela cultura

salazar manteve-se no poder dezenas de anos porque sabia obedecer como um penitente e tinha uma maldade experimentada e adquirida no seminário. era também um desconfiado como qualquer bom rural. já foquei alguns aspetos da sua personalidade no texto anterior. bem, voltemos ao real. em 1946 lembro-me de ver um carro preto - um buick americano - conduzido por um motorista agente da polícia de segurança pública vir buscar o filho do governador civil à escola primária. o tonina, o filho, levava sempre muitos colegas consigo dentro do carrão. não era democrata, mas era bom menino. quem era o governador civil? nada mais nada menos do que um capitão. eh pá, salazar tinha entrado para o governo em 1928. logo, tinha de estaleca de governo 18 anos. e ainda precisava de militares para serem o primeiro agente do governo  nos distritos? estranho, não é!  porque ceder a militares parte do poder civil que carmona lhe tinha entregado quando era ele ainda um ditador militar simpático? é complicado explicar. ora, na altura do referido passeio em viatura do estado (local: ponta delgada-açores) havia um governo militar dos açores chefiado por um general. que tomava o nome de governador militar dos açores. vamos esmiuçar o que se passava na minha terra. havia polícia de segurança pública chefiada por um comissário mas cujo comando estava entregue a um militar com posto de oficial. a junta geral tinha como presidente um coronel. o presidente da câmara era um advogado que  vestia uma farda que pertencia a uma força paramilitar que dava pelo nome de legião portuguesa. era uma força política, mas chefiada por um militar. por acaso coronel do exército. os militares eram os senhores de portugal. sim, também havia os civis prepotentes, mas isso era outra loiça que mais tarde explorarei. um pequeno exemplo de como os oficiais das forças armadas eram quem mandava, vai neste pequeno exemplo que já digo. certo dia, o carro militar do coronel comandante do b18 conduzido por um soldado, estacionou frente a um café. o café dos chiques. como havia um sinal de proibição de estacionamento, o polícia de serviço resolveu autuar. o coronel, acabado o seu cafezinho, quando tomou conta do acontecido mandou prender o polícia. foram só três dias de calaboiço. década de cinquenta... polícia que se esquecesse de saudar militarmente qualquer oficial das forças armadas era punido. saltemos para lisboa.  ouvi falar de um general que era presidente da câmara de lisboa (frança borges) por altura dos anos sessenta. a censura estava entregue aos coronéis do lápis azul. a legião portuguesa era chefiada por um general. a brigada naval da dita legião era comandada por um almirante (henrique tenreiro). a pide era cfefiada por um militar. o major silva pais. no mesmo comando havia antigos militares. um tal tenente leitão, por exemplo, se não estou em erro. dei por mim a contar quantos militares tinham sido ou eram ainda governadores civis e fiquei a saber que a maior parte estava entregue a oficiais das forças armadas. em angola, por exemplo, todos os governadores civis eram oficiais das forças armadas. o governador-geral era  um oficial do exército. um deles foi o ten-coronel rebocho vaz. nos oficiais das forças armadas não se tocava. só quando as próprias forças armadas os expulsavam é que havia perseguição política pelas polícias "tradicionais". foi o que aconteceu com henrique galvão e humberto delgado, por exemplo. ena tantos! não foi o salazar nem a sua escolta  de lambe cus que os expulsaram. foram as forças armadas! melhor, parte delas que não admitia mudanças e a quem salazar servia. alguma vez o chefe político do estado novo iria mandar os militares para angola sem ter recebido ordens das chefias militares? foi aconselhado a fazê-lo. a máquina militar era omnipotente dentro do país. no entanto, para as incompetências e manigâncias de ordem política recuavam os militares e salazar ponha-se nos bicos dos pés. quantos golpes militares tentaram? mais de 10. e com altas patentes a chefiá-las. o que lhes aconteceu? amendoins comparado com outros países onde os civis eram de fato quem dirigia o país. a salazar estava interdito meter-se em assuntos das forças armadas! a gnr toda ela era comandada por oficais das forças armadas. se alguém, mandava neste país eram os militares. quem acham que resolveu que nos devíamos lançar nos céus com uma frota comercial? as forças armadas! foram elas que estão na base da criação da tap. ok! se havia uma polícia judicial c dirigida por civis, havia por outro lado uma polícia judiciária militar. a polícia judiciária metia o nariz em tudo. até nos chamados tribunais civis! a coluna vertebral do nosso país era constituída pelas suas forças armadas. quer se queira quer não se queira elas eram o miolo da nacionalidade. quando o império português começou a colapsar a igreja de roma tornou-se num inimigo meio declarado. principalmente quando paulo VI recebeu os líderes nacionalistas das colónias portuguesas e fez intenção de visitar o mais valioso mealheiro religioso. falo de fátima, terra de muita fé. as forças armadas não apreciaram o gesto ofensivo e mandaram salazar avançar diplomaticamente contra a santa sé. salazar assim fez. a questão não passou das sacristias e pauloVI levou o seu em contado. mas que rica dízima. então ficou assim estabelecido: cá dentro a igreja continuava a apoiar a guerra. capelães militares e bispos brigadeiros não faltavam. nas escolas, nos centros da emigração nunca faltaram os padres com vencimento pago pelo estado. (que ricas divisas enviavam), o sustento esmoler de certa camada social, etc, pertencia à igreja pois só ela sabe fazer dinheiro com a miséria e ainda por cima não de pagar impostos. acho bem que a igreja chupe algum. pois a igreja atuava como os psicólogos e não levava mais do que um simples obrigado. a igreja de cerejeira era muita humana e nacionalista. é daqui que lhe vinha o pão.  no aspeto exterior, como a igreja - por vezes é um estado europeu e por outras uma espécie de são francisco de assis de mão estendida para socorrer os pobres - tinha de  dar satisfação às críticas das grandes democracias ocidentais muito avessas a certos colonialismos, cabia a salazar dar resposta. eis que a deu: "orgulhosamente sós". senhores que me leem, isto é conversa pouco política! isto é conversa de caserna temerária. é preciso não esquecer que salazar como cristão e ex-seminarista devia obediência ao seu patriarca. estão a ver esta porra? o velho botas entre a ditadura religiosa e a ditadura dos militares tornou-se numa raposa felpuda muito sábia. era uma espécie de rolha sempre a sobreviver e a vir à tona. quando é que salazar começou a mandar? é que cerejeira tinha o povo nas mãos. fátima terra de fé dava-lhe um poder imenso na rua e nas cabeças. as armas e as centenas de quartéis entregues aos militares davam-lhes um outro poder imenso. bastavam espirrar. por isso salazar proibia correntes de ar. quando se preparava qualquer revolta militar para fazer cair o regime, salazar telefonava aos que detinham ainda as grandes forças e jogava com a intriga. era um homem informado diariamente pela pide/major silva pais. por isso esteve sempre à frente dos pré-acontecimentos militares. esse fato significava que ele ao servir de bufo aos grandes senhores da guerra obteria o apoio deles. permaneceu como primeiro-ministro e era a face visível da trindade-troika da ditadura. reparece-se que quem dá  a cara à situação são os políticos. eles foram a face do regime. são eles que discursam e que reabilitam a realidade quando esta de realidade não passa apenas de uma leitura de interesses. o estado novo foi sempre uma ditadura militar prepotente mas discreta. tão discreta que colocou a servi-la políticos que como se sabe - por experiência histórica - raramente se entendem nos negócios de estado. a ditadura militar do estado novo não permitiu a corrupção que singrou na dita primeira república tipo parlamentar. no tempo do estado novo a corrupção era mínima ou nada se sabia dela. havia um conceito de integridade fascista (fascismo português era diferente, note-se). salazar dava a ideia de ser um pobre funcionário público. até se dizia que casara com a nação para a servir. claro, tirando a parte em que acasalou com muitas mulheres. salazar era um cristão da porra. vejam só esta história: quando o prof. bento de jesus caraça, líder comunista, estava a morrer de cancro na prisão, foi-lhe negada a possibilidade de passar os últimos dias de vida em casa junto à família. salazar ficou com as culpas. não foi bem assim. a direção da pide é que  impediu o ato de caridade. ora, sabemos quem mandava na pide. logo, salazar ficou-se caladinho e nem sequer deu uma de bom cristão. o homem sabia agradar. qualquer bom filho de puta de política deixaria o seu inimigo político morrer com dignidade, pois isso só lhe traria simpatias. ah, porra, tratava-se de uma ditadura e ela caga-se para a boa figura. era uma ditadura casmurra e prepotente. tão orgulhosa que ficou a sós consigo própria. havemos de abordar a sua queda e o momento em que o dr mário soares deu início ao fim do poder militar português. aos poucos as fardas ficaram a olhar  narcisisticamente para o espelho e a masturbarem-se com o brilho  das suas medalhas. já não é mau de todo. amanhã escreverei sobre o pulo que o poder deu ao saltar dos militares e se foi escanchar nos juízes. o poder fugiu de entre os dedos dos políticos. bem feito! não souberam seguir os conselhos do pai da democracia e do partido socialista. 
varett

terça-feira, 2 de junho de 2015

alguma coisa aconteceu quando no fim do regime monárquico se colocou na presidência um civil e não um militar


cândido dos reis, o chefe militar da revolta contra o regime monárquico, 1910, suicidou-se por ter julgado mal o resultado da revolução. pensou que não vingara. pensou mal.  os setores militares aderentes meteram-se em copas e poucos foram aqueles que se convenceram que deviam continuar a lutar (machado dos santos na rotunda do benfica, perdão do marquês, foi uma espécie de otelo do 25 de abril). no entanto, quem arranca com espírito de missão foram os grupos civis armados da cabornária que impediram a derrota. à lei da bala, note-se. os militares desapareceram da cena e das ruas. os civis tomaram conta de todos os espaços. um civil declara aberta a república da varanda do paço do município de lisboa. o senhor josé relvas  burguês de chapéu coco proclama a instauração da república. ainda quanto a militares? nada! era preciso substituir dom carlos na chefia do estado. quem foram escolher? joaquim teófilo braga em estado provisório. depois deste mais um civil. um tal manuel arriaga brum da silveira que dava pelo nome de manuel de arriaga. a seguir mais um civil. um tal bernardim luís machado guimarães. o tal bernardim machado. esta tropa fandanga à civil tinha por lema reger-se pelos grandes princípios republicanos: exército de milicianos em vez de exército profissional. em 1918 entra ou sai para a presidência da república o senhor militar sidónio paes. cento e tal dias depois da tomada de posse levou com balázio e morreu no rossio em lisboa. foi uma espécie de ditador. talvez por isso tenha sido assassinado. não estava lá, não sei. depois desta cena no rossio aconteceu que umas vezes era civil outras militar o chefe de estado. o último desta república a quem chamaram de primeira.foi um civil. ainda hoje gostaria de saber por que é assim designada pelos que escrevem história ou histórias. em 28 de maio de 1926 portugal sentiu estremecer-se. os militares da província desceram de braga até lisboa e tomaram o poder. colocaram um militar como chefe de estado, que foi derruado por outro que também foi corrido da presidência por um general que depois foi feito marechal. este tinha muito esperteza mas para o mal. tão depressa o general carmona de seu nome botou mãos à obra de silenciar tudo e todos deu-lhe para ir a coimbra convidar um senhor professor de finanças públicas. o douto salazar. antes de falar deste tenho de fazer um pequeno relato sobre o mesmo, pois tenho uma visão distinta do que por aí se diz. salazar não tinha personalidade. era uma ratazana cheia de complexos. sendo filho de um pobre camponês foi mandado para o seminário onde aprendeu muito. sobretudo a obedecer e a reconhecer os superiores quer a nível profissional quer a nível social. era ele professor em coimbra quando um aluno do género aristocrata lhe contestou as notas e não satizfeito com a contestação o esbofeteou. chapéu ao chão. salazar não se desmanchou. apanhou o chapéu e seguiu caminho. era plebeu de sangue e de gesto. safa! foi por essa ratazana saber fazer muito bem contas que o ditador carmona o chamou. eh pá, sempre a servir o salazar ficou 48 anos no poder ajudado pela igreja com quem ajudou a foder ainda mais o poveco português. do outro lado como adjuvante teve as forças armadas. ninguém em portugal pode governar contra a igreja de roma. até à chegada do dr mário soares ninguém poderia pensar em ser poder sem a confirmação dos militares, e claro, da igreja que tem deus por detrás. ora o que eu pretendo desmanchar aqui com esta merda de texto (que não procurarei reescrever para corrigir seja o que for a não ser alguma mentira) é que a ditadura do estado novo era uma troika composta por três abencerragens. um chefe militar que tudo podia, um chefe religioso que tudo podia. um chefe administrativo-político que tudo podia. constituíram uma sociedade impecável. uma coisa tão perfeita como a família dos espírito santo até ao advento do juiz carlos alexandre. dos três chefes, aquele que até cheiraria bufas de búfalo para se manter no poder era o salazar. o homem adaptava-se a tudo. atenção, sempre colado aos mais fortes. em certos momentos quando as forças armadas estavam desunidas a ratazana ponha-se ao lado daqueles que mais podiam. amanhã escreverei sobre o tempo em que os militares dominaram tudo com o amem da igreja e com a subserviência do velho sábio de coimbra. era assim, ou salazar fazia o que eles queriam e escondiam-se disfarçadamente por dentro das suas promoções e condecorações  ou salazar caía. aconteceu por diversas vezes. bem, mas isso fica para amanhã.
varett