sábado, 29 de dezembro de 2012

ó nicolau, eu sou o papa!

- nicolau! ó nicolau! eu sou o papa!
- então, está bem! apareça-me à meia noite lá na sic para conversarmos.
(a sala da sic é oval sem mónica. pontificam o fala-fala do ricardo  e o nicolau laçarote.)
nicolau laçarote: senhor dom papa...
ricardo fala-fala: não precisa apresentação. ora deixa cá ver... pois, além de ser papa defendeu a tese: "a virgindade da irmã lúcia foi oferecida a deus filho o qual se fez despercebido por causa dos ciúmes da madalena" 
nicolau: em que situação o facto de se ser virgem é uma medida económica?
papa autodenominado: cheirou-me...
fala-fafa: tem a noção de que a sua tese vai transformar a economia esmoler?
nicolau: e que tipo de imposto vai recair...
fala-fala: o nicolau vê tudo na base de coimas.
papa: eu gostaria de declarar...
laçarote: ouve cá ó ricardo, não gostarias de ver aqui também o arcebispo de mitilene?
papa: que engraçado, também têm cá disso? eu...
fala-fala: temos de tudo, felizmente o nicolau é que trata da admissão dos entrevistados.
nicolau: temos imensa pena, o nosso tempo esgotou. prometemos dentro em breve termos de novo connosco o papa. já agora, como é mesmo o seu nome?
papa: papa cagalhão catorze.
fala-fala e laçarote: obrigado pela sua presença dom papa. senhores telespectadores foi cagalhão carorze e a sua tese de doutoramento. boa noite.
no dia seguinte a santa sé denuncia o impostor. agora é que são elas. todo o jornalismo nacional corre em socorro do banana que foi enganado. este promete levar o caso à justiça. o "promotor" europeu está a estudar o caso do papa cagalhão catorze e diz que vai acumulá-lo com o processo do primeiro-ministro polaco e do alegado plágio de tese de doutoramento. aldrabão, burlão, trapaceiro, assassino, pirata informático, passador de cheques em branco, filho desta e daquele desconhecido... o papa cagalhão catorze bem se esforçou por gritar a sua inocência: eu estava a brincar. não posso? poder pode, mas em portugal quem se assume como serial killer só para ter tempo de antena leva a talhada nas partes que é uma beleza. mas, e  a liberdade de humor que está apensa na da expressão? você não pode embarretar jornalistas senão fode-se. enrabar um dos sumo sacerdotes da comunicação social é considerado um acto mais criminoso do que fazê-lo ao inquilino de belém. safa! ruge cagalhão catorze, preparando-se para emigrar.
 

ouçam patetas: mêburro


. ""mêburro" dizia cantando a beatriz costa numa cena que já esqueci e da qual só me lembro do nome que ela atirava, cantando dos palcos do parque mayer, para os ricaços engravatados dos fauteuils e respectiva plebe que tomava assento nos lugares da casa da folha. nesse tempo de que poucos se lembram - a maioria já bateu a bota e outros estão em fila de espera até que os serviços da segurança social os abatam aliviados nos cadernos respectivos como quando as vacas seleccionadas dão entrada no matadouro para bem-estar dos talhantes - não se podia falar directamente nem da política nem dos políticos de proa. por exemplo, as piadas que referiam a palavra botas  nos palcos das revistas serviam para ilustrar críticas ao presidente do conselho/primeiro-ministro, doutor salazar. era uma espécie de código anedótico que os portugueses mais sabidos e vividos traficavam nas conversações de café e outros locais de convívio. os tempos mudam e mudam as mentalidades. ninguém hoje, estaria predisposto a inventar códigos secretos para estar a gozar com este ou aquele que nos governa. nem mesmo de colocar uma farda da marinha num porco para gozar (como se fez na altura do salazarismo) com o antigo presidente da república, um ortodoxo da direita portuguesa. lembro-me da cena e dos da polícia política a tentar apanhar o suíno fardado no posto de almirante que tentava fugir esgueirando-se atrás da estátua de dom josé a cavalo que medeia a praça do comércio em lisboa, sob a gargalhada da parolada maldosa que se divirtia sempre que podia com a actividade dos opositores do regime. se o povo não percebesse os subentendidos velhacos nunca teria ligado o porco à presidência da república, nem se poria a gritar de júbilo e de alegria com as tentativas "sainthubertianas" mas frustradas  da antiga autoridade. como vivemos em democracia (se bem que à portuguesa) chamamos os nomes directamente aos que defraudam as nossas expectativas. foi o caso daquele estudante que chamou filho de puta ao sucessor de salazar. isso não fica bem! é preferível usarmos a dramatização que a oposição salazarista criara. é mais fina! sei que é difícil fardar um porco ou uma ratazana de filho de puta, mas não faltaria aos palhaços de esquerda do actual regime - que enriquessem vendendo publicidade capitalista e fazem de conta que são governos sombra - uma ideia genial boa para festividades de fim de ano. olha, aqui vai uma ideia-ajuda para interpretar: acções do bpn dentro de uma latrina. ah, e uma foto de um carteirista a trabalhar no eléctico 28? e se fosse um enrabado a gritar e a fugir da são caetano à lapa? bem, este último post representa o eleitor estúpido de nacionalidade portuguesa. parece que gosta? mâque sim!
manuelmelobento

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

quebrada a união entre a religião e o estado, a nação desorganiza-se

o exemplo mais próximo de nós encontra-se na destruição (não total)  da união entre estado e igreja que teve lugar na década de setenta, aquando do golpe militar de 25 de abril de 1974. sem o aval da igreja não havia poder político que se mantivesse. o mesmo é dizer-se que nenhum homem poderia ascender a cargo de importância política, no tempo do estado novo, se não cumprisse integralmente com as normas católicas (uma delas era a de tornar o acasalamento insolúvel, mesmo quando os parceiros não praticassem sexo entre eles, bem entendido). a igreja de roma tem assento no poder político português desde muito antes da  fundação da nacionalidade. mesmo apesar de dom afonso henriques ter ofendido o cardeal legado do papa com a nomeação de dom soleima. o documental faz constar sempre acordo com o papa e a igreja de roma para tomadas de posição político-religiosas. em portugal do antigamente e de hoje não há bispo nomeado de roma sem o consentimento do estado português. compreende-se, pois a igreja tem substituído o estado nas falhas deste que se distendem por obras que vão desde a caridade até ao ensino, passando pelo apoio psicológico e lúdico de populações esquecidas dos interesses da política e dos políticos. antes de o estado ter inventado as freguesias e os conselhos municipais, já a igreja tinha polvilhado o país com ermidas, igrejas e conventos. junto às catedrais, a igreja criou um modelo de formatação de cérebros. os académicos e tudo que por aí se passeava de intelectual não deixava nunca de ser o resultado de intensas imposições cerebrais de que resultou a criação de uma religião "indiscutível". para as gentes havia que transmitir-se uma espécie de paganismo encapotado que as tornasse obedientes sem necessidade de as tornar entendidas. tarefa inglória! para as elites: trindades unas, consubstanciação, "matéria" imaterial e ressurreição. esta última tornada doutrina base tanto para uns como para os outros. as universidades - todas elas religiosas - orientavam um dogmatismo impróprio para discussão por via das condenações à morte. colocar em causa a divindade (no caso específico de jesus) era colocar o poder político e religioso em perigo. daí que as condenações à morte pela igreja recebiam o aval do poder real  que contribuía com os gastos das "festividades" como sejam as fogueiras e decapitações. e emparelhava com todo o prazer. melhor dizendo, era impensável duvidar da existência de um deus incrustado de classíssismo greco-latino-judaico e temperado por um cristianismo conquistador. convém, dizer que o cristianismo  se torna conquistador porque afecta a maioria dos que sofrem e são injustiçados quer pela acção da religião (mais tarde igreja católica) quer  pela do estado. são a maioria e esta optimiza tudo à volta, o que força os poderosos a ligar-se-lhe para a dominar. no ocidente, a igreja comporta-se como o discurso oficial das mentes. e tudo o que mexe é por ela abafado. veja-se o que aconteceu com a invenção do natal. a igreja não contribuiu em nada para a data e festividades inerentes que arrastam multudões. mas tão depressa se apercebe do que representa em termos económicos e pagãos, ei-la a abocanhá-las para as dominar (na cova da iria, outro exemplo). o estado através dos seus representantes (umas vezes algozes outras papagaios) para não perder o esplendor que a igreja capitaliza acaba por entrar na festa botando discurso... ele é o de belém (próximo do ccb), ele é o balconista de são bento ex-massamá e outros da mesma representação a imitarem o bispo de lisboa, o senhor dom josef policarpo I: "boas festas, amor ao próximo e esperança no amanhã". só com uma diferença. o bispo de lisboa quer que todos fodam e tenham muitos filhos enquanto que os outros preparam o estado para os foder. apesar de mário soares ter-se esforçado para acabar com o acordo salazar-cerejeira/estado-igreja a coisa continua na mesma com algumas nuances para disfarçar o volume enorme  de interesses tanto de um como do outro. foi muito interessante ver-se os chefes políticos dirigirem-se à nação (que votou neles) com o símbolo nacional a enfeitá-los por detrás. já dom policarpo I apresentava-se ladeado de uma pequena estatueta do jesus em bébé, que só no século IV se tornou deus trino. eu confesso, que mais dia menos dia terei de alinhar com este grande império do entendimento. não estar por dentro é estar fora de modas. rematando: espero que a igreja tome conta deste país, nem que seja para lhe dar unidade. é que sem ela vamos todos pelo cano do esgoto. vou peregrinar até fátima na esperança de um milagre. milagre para portugal? não, para mim! avé, avé, avé maria... olha uma vaquinha! ah, enganei-me, é mais uma vaca (silvestre) de idanha-a-nova.
(texto com menos gralhas  depois de revisto)
manuelmelobento

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

temos tudo para sermos europeus de segunda

não sei qual é o problema, mas o certo é que me custa pensar-me europeu. explico: quando por exemplo um norte-americano é questionado acerca da sua nacionalidade quer seja ariano, preto, amarelo, pink rose, etc e tal incluindo os chinocas, a resposta é "eu sou americano". puxa do passaporte orgulhoso ou medroso dependendo do paralelo onde se encontrar ou ainda se tal questão lhe for colocada  num voo tomado por piratas do ar com laivos religiosos. estou em paris e logo sinto-me como o gene kelly. vejo-me como um peixe fora da água mesmo que me dê para dançar. se der mais uns kilómetros ao acelerador fico encantado  com a gordura formosa das alemãs. ei, tu aí, queres dar uma volta ao bilhar grande? atchung! e lá vem merda. a gaja chama a polizei e pronto. para me safar da choldra lá terei de dizer na língua da sogra da princesa diana que estava a perguntar onde ficava a ermida mais próxima para orar a odin. aprendi com o 25 de abril que só havia uma raça humana, só que a moda não pegou e continua-se a dizer raça  negra, raça ariana, amarela e mais o que as polícias imprimem nos files secretos (certas organizações dizem latinos). não subo mais a norte porque faz um frio todo filho da puta,  apesar de as  mulheres serem muito brancas de inverno e cor de canela quando se espraiam na nossa edílica costa no verão não dá. a comida, o café, o convívio, a conversa, o sexo é tudo uma grande encomenda! na volta, quando me aproximo daquilo que salazar e os fascistas chamavam fronteira começo  a dar vivas com palminhas como as criancinhas da katrina. sim! sim! li os grandes escritores europeus que se ergueram sobre o pó dos quase inalcansáveis clássicos russos (como diria antero a eça) e fiquei mais sabido. li a transformação da filosofia clássica redigida pelos plagiadores encartados e acabei filosofando aos soluços. olhei à volta e só vi artistas, académicos, intelectuais, cientistas do tamanho da estátua de david a falarem em línguas cujos fonadores destruiram o império romano de quem descendo e me orgulho ao ponto de ter aprendido o latim que esqueci porque os meus neurónios beberam para esquecer já não me lembro de quê. os deuses que foram submetidos à aprovação dos ocidentais ( coisa que também tenho dificuldade em denominar-me) como o deus dos judeus a quem chamavam javé e sua mulher endeusada com o nome de maria tiveram honras monumentais. mais maria que javé e seu filho o nazareno, pois todas as catedrais não foram construídas senão para  honrar a mulher. por acaso dela nada se sabe. acho que era analfabeta e nunca pronunciou quando era viva uma única frase discreta para além das que diziam respeito aos cozinhados. estou desconfiado que os ocidentais (lá estou  eu a falsear) por uma questão de anti-semitismo preferiram endeusar maria em desconforto de javé e seu filho a quem também deram o nome de unigénito (que não sei o que é). parece que o que temos em comum com todos os povos da europa defendida pelo quase branco barroso é o euro que nos arrastou para este estádio. um estádio que se caracteriza por nos darem coisas para depois as tirarem. ficámos mais pobres? claro! e se nos propusermos pagar a falsa dívida que nos enfiaram pelos cornos abaixo, passaremos de pobres a miseráveis, mais ou menos como o hugo que também era vitor descrevia a sociedade do seu tempo. haverá mais alguma coisa que nos unifique e nos identifique para além do euro? talvez o natal? nem isso. não estou a ver os do norte a cear na base das sopas de caridade que proliferaram  por todas as cidades  do país este ano e que deram a entender onde estamos metidos e mantidos à força de uma política que falha no plano interno. julgo que esta política é desumana para muitos de nós e talvez por isso mesmo me custe afirmar-me europeu. talvez esteja a precisar de me converter. mas como, se não tenho fé nem nos deuses nem nos homens do comércio actual? será crime contra a constituição portuguesa não ter sentimento europeu? ninguém consultou o povo português para o efeito. foi nas costas dele que o tramaram? não, foi pela frente, dado que é um povo semi-analfabeto e pagão. assina com o dedo.
manuelmelobento

sábado, 22 de dezembro de 2012

o "bluff", a constituição portuguesa e o menino jesus



quando eu passava as noites a jogar poker, havia uma regra que fazia lei entre a malta. não sei se a regra que se segue era universal. também para aqui não interessa discuti-la... ei-la: não havia jogada máxima no poker fechado. isto é, só depois do jogo mostrado na mesa é que se sabia quem ganhava a mão. exemplo: uma sequência real de ouros de ás, rei, dama, valete e 10 que é hipoteticamente o jogo mais alto perdia quando confrontada com  uma sequência mínima de paus (ás, oito, nove, 10 e valete). isto dá ao jogador uma sensação trepidante aquando da apresentação das cartas a fim de se saber quem vai ganhar a jogada. se por acaso o confronto fosse entre duas sequências mínimas, sendo uma de paus e outra de ouros ganhava a de ouros. resumindo, pois quem não percebe do jogo bluff-poker certamente que fica na mesma. é assim, tudo pode acontecer e não há certeza de nada. mal comparando é como a constituição portuguesa. vamos supor que os salazaristas abocanhavam o poder por via do  voto. a primeira coisa que fariam era mandar investigar pela "sua polícia" quem tinha avacalhado a lei fundamental actual. comecemos por este exemplo do tipo mesquinho:
salazarista-mor:
ora leia o que diz a lei senhor agente.
agente:
artº. 8
atentado contra a constituição da república
o titular de cargo político que no exercício das suas funções atente contra a constituição da república, visando alterá-la ou suspendê-la por forma violenta ou por recurso a meios que não os democráticos nela previstos, será punido com prisão de cinco a quinze anos, ou de dois a oito anos, se o efeito se não tiver seguido.
artº. 9
atentado contra  o estado de direito
o titular de cargo político que, com flagrante desvio ou abuso das suas funções ou com grave violação dos inerentes deveres, ainda que por meio não violento nem de ameaça de violência, tentar destruir, alterar ou subverter o estado de direito constitucionalmente estabelecido, nomeadamente os direitos, liberdades e garantias estabelecidos na constituição da república, na declaração universal dos direitos do homem e na convenção europeia dos direitos do homem, será punido com prisão de dois a oito anos, ou de um a quatro anos, se o efeito se não tiver seguido.
resultado da leitura da lei: os salazaristas mandariam prender o primeiro-ministro para já. e porquê? porque fariam cumprir a lei.
2º. exemplo
democrata-mor:
depois de lidos os textos e aduzida acusação, em nome desta república democrática eu ordeno aos juízes que mandem prender todos os salazaristas por atentado ao pudor da democracia.
o povo que esperava à porta do tribunal:
fascistas para o campo pequeno já!
terceira e antepenúltima parte desta cró-cró-crónica:
declaro em nome da constituição portuguesa a ilegalização dos partidos comunista português e do partido da extrema esquerda  autodesignado bloco de esquerda. para melhor esclarecimento passo a ler o texto constitucional que substituiu este: "portugal  é uma república soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na sua transformação numa sociedade sem classes.", pelo que transcrevo em seguida e que é o que rege actualmente  a política portuguesa: "portugal é uma república soberana na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade justa e solidária." vou armar-me em pateta, isto é vou fazer de constitucionalista português. uma espécímen que gagueja por períodos e com cobertura dos ocs, especialmente os televisivos dado que já ninguém os lê na imprensa diária. que se saiba só se constrói uma sociedade sem classes - na perspectiva marxista - através de luta armada. de outro modo poder-se-ia pensar que a constituição era um texto cristão que pretende que todos vivamos sem classes, mas no céu. porra! para bakunine é cá que se vai realizar a sociedade sem classes. (referi este anarquista para pensarem que eu sou culto e lerem até ao fim, claro que só quem me lê é que é intelectual) é com sangue, suor e mortes que isso se consegue. ora, depois da revolução aleitada do 25 de abril, os filhos da nova burguesia - composta pelos antigos pelintras da nação e outra gente revolucionária que enchia a saliva com o sofrimento do povo alentejano e outros ratinhos - resolveu dar a volta ao texto, para mamarem os dinheiros do estado que se mantinha como uma grande teta burguesa e capitalista. ora, retirando da constituição quem tem no seu programa a luta de classes pela via da força armada (o pcp e outras forças esquerdistas bem o tentaram, mas os reaccionários chefiados por eanes decapitaram-nos no famoso 25 de novembro de 1975) está-se a ilegalizar quem tal procure implementar. assim, era de prever que se se levasse a sério a constituição a polícia judiciária a mando dos detentores do poder político levassem a cabo a tarefa de ir às sedes dos atrás referidos partidos e de lá retirasse os computadores e os programas políticos comprometedores e os levassem perante o super juíz para os mandar (dirigentes)  com pulseira electrónica os mais "passifistas" e para peniche os cérebros. peniche foi de onde cunhal fugiu. ah, eu - apesar de semi-burguês - proponho-me para ajudar na fuga todos os comunistas. levarei sandes e sumos. claro que o gaguejante diria que isto que aqui está escrito não tem valor porque havia uma vírgula que estava escondida na puta que a pariu (mãe da vírgula) e que legalizava as tais forças partidárias. meu menino jesus, tu foste uma verdadeira chaga na minha vida (1) vê se dás tesão ao machos lusitanos para eles procriarem dado que o povo português está a liofilizar-se. ao menos uma vez por ano. vá lá, dá esse jeito à segurança social.
(1) - tive o azar de o menino jesus ser festejado no fim do Iº período lectivo. a porra das notas faziam com que as prendas fossem uma verdadeira merda constitucional. sim, meus senhores, era a lei fundamental lá em casa.
mmb

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

heloísa apolónia descobre piratas fora dos estabelecimentos prisionais

heloísa apolónio: os senhores são os piratas da política! foi assim que aquela  boca sagrada da assembleia da república chicoteou aqueles que são os detentores do poder em portugal.  como se processou a negociata da tap? pirata: blá, blá, blá! o senhor é um mentiroso!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

a tap e as manobras à la vígaro. fígaro cá, fígaro lá! (1)

este governo já há muito que deixou de surpreender. agora, que bata no fundo da pocilga é que não esperava. "olá, é usted, ó passaroco? sim, o mesmo que quer vender a tap. está interessado? é que se não estiver, eu coloco o anúncio no olx e no custojusto. eh pá!, espera aí enquanto eu vejo o que tenho na carteira. cá está, sim eu compro. mas quem está a falar? ora porra, eu sou o efromovich dos passaportes! ah, sim sim! agora, diz-me como é que vais vender aquela merda sem haver barulho? você julga que eu cheguei onde cheguei se não tivesse aprendido a vender bife de lombo a girafas? todo o mundo come! quer seja pela frente ou por detrás, o que é preciso é escolher o momento zen. zen quê? eh pá, ouve e toma tino. eu vou anunciar a venda da tap a ti e depois reuno o meu staff, que forma um belo conjunto de patetas que andam às apalpadelas. não! não! não apalpam a agricultura apesar de ela possuir uma belas pernocas. oh, que pena! depois eu anuncio o cancelamento da venda. para quê tanto trabalho? ora porra! é uma espécie de vacina, pois quando a venda se realizar o barulho passa para o estádio da luz por causa do cardozo. é canja com estes gregos! gregos? não, é um modo de falar. quando fores interrogado pelos nossos agentes ocs (órgãos de comunicação social) diz o que a malta quer ouvir. depois à segunda é de vez. que rica estratégia! ó vichinho, no princípio não te ponhas a despedir, espera até que eu esteja de férias em algum paraíso  onde haja praia e borracho. entendi! quanto tempo pensas que se  vai passar até eu lhe pôr as unhas em cima? pouco tempo, como já deves ter calculado isto é um país de bananas que só quer viver em trilogia. quê lá isso? fado, futebol e fátima. fôda? não é assim que se pronuncia, embora o prato aí esteja incluído. adeus e boas vendas." a gravação estava péssima, por isso pedimos compreensão. a táctica é sempre a mesma e a estratégia resulta quanto aos fins. como fugir a isso? impossível, faz parte integrante do dote que é ser-se português.
mmb
(1) - queria dizer vígaro.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

as garantias de efromovich serão mais fiáveis do que as garantias dos governos portugueses?



uma dado podemos aceitar como adquirido: uma coisa é este governo e uma corte de barbies de marrafa riscada à clark gable (1), outra é a população portuguesa onde incluo os patarocos a quem foi exigido que reflectissem durante as 24 horas que antecedem qualquer acto eleitoral. quando nos foi oferecida a democracia (não fizemos nada para a merecer) julgávamos que aquelas atitudes de governar contra os desprotegidos despoticamente iria finalmente acabar. o governo do estado novo "imprimia" leis e estas eram impostas a bem ou a mal. o mesmo é dizer-se que as forças repressivas ou da ordem (como queiram) imponham-nas à lei da bala. hoje, felizmente, já não é assim. só usam o cassetete, (por enquanto). com raras excepções quem salta para o poder volta-se sempre contra quem o elegeu. isto que aqui se afirma não merece refutação, pois faz parte do nosso viver. fica tão bonito ver-se os governanates rodeados de dezenas de guarda-costas que servem para os defender contra a violência daqueles que os querem lixar e que são os portugueses defraudados. esta situação tem uma base que assenta na falta de palavra dos políticos. isso era o menos não fossem eles arrastar o estado para a mesma pocilga. quem é que hoje se atreve a considerar o estado português uma pessoa de palavra? ninguém, a não os políticos que o parasitam e os trouxas. garantiram-nos que nas auto-estradas não pagaríamos portagens. pois era falso. o estado falhou e deixou de ser digno de crédito. mal as scuts (sem custos de utilização dos utentes) apresentaram um rico meio de sacar dinheiro  começaram a atacar na estrada como as senhoras profissionais do sexo (que eu respeito muitíssimo mais do que qualquer político). o povo revolta-se, mas nada consegue. compromissos do estado para com aqueles que trabalharam e que recebem pensões (estão velhos. até para mijarem ou praticarem  outro ritual fisiológico precisam de ajuda) são letra morta. mexem nas pensões como quem manipula o pénis antes de o pôr do lado de fora para os diversos usos a que nos habituou ou  se fica como um mortinho tipo algália ou pêndulo descrito por aquele senhor que escreve muito bem. nada é sagrado para a corja camiliana. há falta de verba? ataque-se a plebe com impostos. ter casa e viatura foi considerado uma vida sumptuosa. vivêmos acima das nossas possibilidades. ora porra, então para que entrámos de cabeça nesta merda de democracia saindo de uma autocracia que se alegrava imenso com a nossa pobreza? foi para  fingir que nos iam permitir ter habitação própria e podermos ir até à prais de pópó que virámos humanistas de pé de couve? pintaram uma constituição como quem assenta o cu num bidé para a estar a violá-la sempre que uma certa camarilha assim o entenda. o que lá está escrito parece o código da vinci. ah, mas há quem ainda o interprete! (risos). vou resumir. o estado português não tem palavra e para a manter tem de pedir a estrangeiros que sejam seus fiadores. é mentira? sem fiadores estrangeiros portugal não levanta uma serrilha de qualquer banco. portugal perdeu o crédito. e para que lhe sejam concedidos créditos para sobreviver sem uma guerra civil o país é hoje uma mula freiada que obedece ao chega asno dos troikanistas. quer dizer, o nosso país com 869 anos só por si não oferece garantias. mas, isso é que é obra. isto é, vai vender a tap (sim, a histórica tap) mas só o fará se o comprador oferecer garantias. só se assim for é que a venda se realizará. ó tridente poisedoniano salta para as minhas mãos para  enfiar pelo cu desta corja que nos vai levar à vergonha e à miséria! nem que gritem por ter hemorróidas lhes poupo o esfíngter. nós vendemos - dizem estes moluscos tinturettianos - mas o senhor efromovich tem de garantir que não vai despedir a tripulação e o restante pessoal. claro - diz o latino tripátrida - nunca faria uma tal coisa. eu só gosto dos trabalhadores. sou eu e o sr dr. relvas, podem crer. curvando-se até à altura de um bico em clinton, os moluscos agradecem de novo e retornam: senhor efromovich, o senhor não vai vender a tap a cartéis colombianos se com isso ganhar muitos milhões? nada disso, eu até nem fumo. e beber? - questionam os negociadores que estão jantando às custas de cartões dourados achados nos corredores da eva dois (2). muito pouco. não pensem que sou como o cavallière. bem, o senhor merece toda a nossa confiança. só queremos que trate bem a nossa querida tap (soluçam copiosamente com a boca cheia). efromovich também tem uma lágrima no canto do olho. eis que amália via cd surge dos céus: "os olhos ceguinhos de choro". vamos certamente  acabar em  tribunais populares... não há problema, isto é, se não é desejo é mentira.
(1) - não conseguindo uma foto do clark enfiei uma que trago sempre à mão. eu gosto tanto!
(2) - há uns bos anos atrás, vivendo no paraíso que o estado novo nos proporcionou, dei uma saltada ao bairro alto. o eva dois era uma casa de passe muito bem frequentada. isto é, bem frequentada de belas e prestimosas mulheres.
mmb

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

reconquista capitalista - a nova fase histórica portuguesa


quando passos coelho aparecia na pantalha eu automaticamente mudava de canal. a razão era simples: pessoalmente não suporto a ideia de ter como primeiro-ministro do meu país uma pessoa a quem não se pode fiar um sabonete azul e branco e cuja palavra não vale uma serrilha. mentiu e anda  permanentemente em tourné (reconquista capitalista) a tentar vender uma ideia para portugal baseada numa falácia de afirmação de procura de uma sociedade mais justa. o tipo usa uma táctica  de chico esperto que é apenas aceite pela camarilha que o suporta e pelos tolos dos portugueses (há excepções. eu - por acaso - sou uma delas) que ainda estão dispostos a votar nele como indicam as últimas sondagens. vamos à táctica. esta consta de dar dois tiros. um é de pólvora seca e o outro é a matar. "é verdade que o senhor passos vai-nos roubar os subsídios?" responde o então candidato: "isso nunca!". tem sido assim sucessivamente. vamos recuperar a estabilidade a partir de 2012. tiro de pólvora seca. duas semanas depois mete a mão nos nossos bolsos inventando todo o tipo de imposto; é tiro a matar. o último tiro de pólvora seca teve lugar ontem. constou de acusar de  quase trapaceiros todos aqueles que recebem reformas exorbitantes não tendo descontado durante toda a vida senão duas serrilhas de bicabornato e uns pentelhos da cor do senhor catroga. explico: há gente a receber 9.000 euros todos os meses numa base pouco digna, isto é, descontaram só 20 e tal euros e recebem em troca uma fortuna mensalmente. vão ter - segundo passos coelho - de deixar de receber e terão de devolver aquele dinheirão a que não têm direito, pois trata-se de uma pouca vergonha e roubo público. e blá, blá, blá. isto é mais um tiro de pólvora seca. vamos ao que segue que é o tiro que mata. transparece nesta acusação aos poderosos uma ponte psicológica (falsa) para a satisfação dos pobres e mal pagos. ficam os desgraçados tão contentes, pois este putativo castigo vai precisamente punir aqueles que eles invejam por uma questão de ódio de classe (presentemente ressuscitado). claro que isto é mais uma mentira de passos coelho, e isto porque tão depressa ele possa vai é  reduzir as pensões da antiga classe média ao mínimo. estão na forja contas retroactivas baseadas precisamente no facto de que o que auferem actualmente não corresponde ao que descontaram. dizer claro: vai continuar a tirar dinheiro a todos os que recebem de pensão quantias que vão  de 1.000 euros a 4.000 mensais e que não descontaram o que era devido, segundo ele, está claro. é mais uma afronta. claro que ele não pode mexer nas reformas milionárias porque estas estão salvaguardadas por legislação específica. olhemos o facto de que certas categorias de pensões privilegiadas continuarem a receber os subsídios de férias e de natal enquanto que a plebe se viu espoliada de um direito contemplado na constituição. a mesma que não  é respeitada pela corja. grandes sacanas! espertos! são-no sim senhor! a mim, ó deuses, um facalhão para capar porcos que em troca acender-vos-ei trezentas velas na ara da justiça de que sois afectos.
mmb

há gente que tem reformas escabrosas e que não trabalhou por tal


caneladas do primeiro-ministro? olhe como lhe respondo


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

entrevista

paulo rehouve:
pós-ateu, será que disse bem?
manuelmelobento:
sempre tive dificuldade em acreditar em divindades. é facto que durante muito tempo, pela educação que recebi, dirigi o meu pensamento para esse altíssimo reconfortante. depois, uma pessoa cresce, reflecte e opta. cheguei à conclusão que ser ateu era fazer o jogo religioso ao contrário; era cair num discurso que se escondia em substituições. como seres programados não estamos capacitados para perceber o universo nem os contornos que envolvem seu começo se até isso se pode assim tratar. o que temos pela frente é a observação humana caracterizada pela aceitação do mito por um lado e pela  actividade humana do outro que dá pelo nome de ciência. portanto, estar  numa ou noutra  posição é muito cómodo. eu prefiro catalogar essa atitude para me conhecer melhor, isto é, ver de longe sem afectação.
pr:
complexo de superioridade?
mmb:
não me incomoda!
pr:
a filosofia ensinou-lhe alguma coisa estranha?
mmb:
algumas mensagens organizaram o meu pensamento. deram-me mais elasticidade para olhar o envolvente. conduziram o meu pensamento reflexivo até certo ponto. depois, libertei-me de alguma lógica perigosa que por ser armadilhosa não tem refutação aparente, isto se jogarmos pelas suas regras.
pr:
como se pode fugir à lógica "perigosa"?
mmb:
pela sensibilidade. já reparou, por exemplo,  como a racionalização de um ponto  intermédio num espaço  euclidiano entre dois pontos nunca se pode atingir, visto que para uma pessoa se deslocar do ponto a para o ponto b terá de passar por c que fica no meio. depois terá de passar pelo ponto que divide os dois e assim indefinidamente. este exemplo "corriqueiro" serve para apelar a uma solução sensível para um problema insolúvel do inteligível. isto é, se  lhe atirar uma pedra - estando eu no ponto a - na direcção da sua  cabeça que está no ponto b, não acha que pode ir parar ao hospital se eu lhe acertar?
pr:
o seu mundo é resolvido pela sensibilidade?
mmb:
deixo ao meu cérebro a resolução de tudo. desde os erros que a sensibilidade me fornece até à racionalidade impante de certezas.
pr:
quer dizer que o seu cérebro é tudo. o pior será se avariar.
mmb:
se  não tiver conserto que hei-de fazer? (risos )
pr:
o ensino actual merece algum comentário?
mmb:
está na mão de criminosos. isso levaria a uma longa conversa que não caberia nesta entrevista. porém, posso dizer que a educação é uma preparação que começa logo nos primeiros momentos do nascimento. uma criança mal tratada não estará , de futuro, apta a aprender nas melhores condições. assim como mal nutrida também. o período de aprendizagem com outros que não os pais deve começar a partir dos 3 anos. como se pode criar o conceito de cidadão se a maioria das crianças chega à escola depois de um longo calvário de rua e/ou sofrimento às mãos de amas que as maltratam muitas vezes por ignorância? estão marcadas e distinguem-se negativamente na prossecução da aprendizagem. a maioria dos professores preocupa-se muito pela classificação e selecção tendo em conta os conteúdos dos programas, esquecendo que a massa humana que têm entre mãos já se encontra muito limitada e imprópria para o consumo de algumas matérias.
pr:
há milhares de jovens diplomados, isso não significa sucesso?
mmb:
a maioria dos diplomados  formou-se por modas. valem o que valem mas num outro mundo. temos elites entre nós, sim, mas isso é apanágio da burguesia que prepara os filhos o melhor que pode. veja-se onde páram os cérebros que foram produzidos pelo nosso ensino superior? uma limitada fila está colocada pela "família" a que pertence nos lugares de estadão. quanto aos outros (fila quase infinita), bem, estão no desemprego ou têm de emigrar. mas, pergunto, que lugares ocuparão sociólogos, psicólogos, teólogos e outros que tais quando emigram?
pr:
a  política preencheu-o?
mmb:
nunca fui homem para me dedicar a uma actividade a cem por cento, excepção feita a partir da minha profissionalização como professor. a actuação política devia competir a todos sem excepção. só assim se evitaria que o estado fosse tomado e dominado por pessoas pouco dignas. as castas existem e é muito difícil governar contra elas sem o apoio político da população. a ignorância generalizada do povo impede que o estado funcione exclusivamente para o seu serviço.
pr:
o que pensa da europa dos 27?
mmb:
é uma cobra com muitos anéis  em agonia. prevejo a constituição de uma liga de futuros estados católicos  unidos do sul da europa e que integrarão portugal, espanha, itália, grécia e a frança que acaberá por fazer parte desta liga. a cultura latina tem tendência a aglutinar-se separadamente das outras. olhe-se o novo mundo e veja-se como ela se formata. isto para não se falar da clarividente cultura greco-latina mesmo à nossa porta.
pr:
que apreciação faz da política portuguesa chefiada pela coligação psd/cds?
mmb:
neste momento está claro o que pretende o governo chefiado por passos coelho. impôs ao povo o modelo de economia de mercado que gere a europa e a américa em troca do estado social com raízes socialistas que foi sufragado popularmente e que se encontra na nossa lei fundamental. nada teria a criticar não fora o facto de ter traído o eleitorado com promessas falsas e contrárias. se o povo tivesse escolhido este caminho, não falaria senão contra o povo. este foi enganado e continuará a sê-lo porque a nossa sociedade caiu numa armadilha e quanto mais se mexer mais presa ficará. neste momento não há volta a dar. as manifestações não surtiram o efeito desejado que era fazer com que o executivo recuasse até às tábuas. a manter-se o rumo desta política, os investidores  irão surgir em força pois os seus investimentos permitir-lhes-ão os lucros por que esperam. repare-se no descaramento de passos coelho quando anunciou a nova tabela indemnizatória para os despedimentos. os trabalhadores só terão direito a 12 dias por ano ao serem despedidos. disse ele que foi acordado. com quem? com os estrangeiros. e nós por cá? todos bem, graças a deus e a dom policarpo e a esperar que catalina  vá buscar ao saco das perversões alguns casos que ela  - coitadinha - desconhecia   e que servirão para entreter o pagode sequioso de sangue e circo.
pr:
acha que o partido socialista vai deixar que portugal tome este rumo?
mmb:
ora essa, foi o partido socialista quem deu início a esta viagem construindo a antecâmara para onde fomos empurrados. o partido socialista arrepiou caminho (1975) quando se apercebeu que o mundo socialista se desmorona com qualquer pé de vento se não tiver forças de repressão a actuar a seu favor. aliás, para sobreviver na cola dos dinheiros do estado, o ps terá de apoiar no terreno a política do psd, enquanto no palco de todas as vigarices acusa o governo de estar a trair o povo. é a prática e esta é a traição por valores de pouca vergonha.
pr:
será que o presidente não tem uma palavra a dizer?
mmb:
cavaco é  um presidente a termo certo (e ainda bem). hoje dirigiu mais a senhora dona maria uma mensagem de boas festas ao patético povo português. disse ele que neste tempo de sacrifício de todos. interrompo aqui para dizer que este senhor está a gozar pelo menos comigo. nem todos estão a fazer sacrifícios meu cara. só se ele acha que um tipo que ganha 12.000 euros mensais se sacrifica se passar a auferir 9.000. sacrifício é quando não houver pão para alimentar os filhos por se ter sido despedido. passar necessidades  - fome incluída - e ver no futuro uma desgraça, isso sim dá vontade de chorar. isso sim é que é sacrifício. deviam ser proibidas as mensagens de boas festas e de fim de ano. calem a boca!
pr:
já o chamaram de escritor e artista plástico. ainda se sente como tal?
mmb:
aprendi a escrever e a pintar na escola. agora se sou escritor ou pintor, isso é coisa que eu tenho de respoder a mim e não a outros. não lhes dou confiança para perceberem que a minha realização passa por ser liberta e não mercenária. ser-se livre paga-se um preço muito caro, mas sabe tão bem. é como desejar uma bela, intocável e impossível mulher e ela cair-nos nos braços enquanto (uma pessoa fica espantada e entesoada) - se despe na nossa cama. a gente a comê-la e o pagode cheio de inveja a dizer-nos que não temos beiços para ela.
pr:
hoje, não praguejou?
mmb:
porra, esqueci-me!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

de república das bananas à república mafiosa?



o engº. que toma conta da ugt há tanto tempo quanto parece estar o cristo-rei a abraçar lisboa, de pé ao frio e ao vento na outra margem, disse uma coisa que serve para caracterizar este estado que ainda dá pelo nome de portugal. o que disse e que passou despercebido a quem tem mais que fazer (fazer pela vida que a coisa vai pegar como dizem nas telenovelas brasileiras que são o pão para a boca de milhões de portugueses) foi o seguinte: "está na lei, esperemos que o governo cumpra". ó santa maria mãe de deus (deus tem mãe?, não sabia), ó santo papa alemão bento XVI (o que pôs a correr o burrinho e a vaquinha que lambiam o rabo ao menino mandando-os para o matadouro), ó dom duarte pio (o rei português que avaliza esta república gomorriana), ó santos e santas (que em junho põem os portugueses a comer sardinhas e a beber muito como consta das autuações da guarda que toma conta desta republica), ó mónica lewinsky (a estagiária glutona que impediu durante 12  agradáveis minutos que o presidente cliton mandasse matar mais uns quantos inimigos que gostam de morrer heróis o que lhes permite petiscar 70 virgens lá em cima - "o etéreo céu onde subiste" (haja pau para tal tarefa. nem o casanova ou henrique VIII tinham-no em pé  o tempo suficiente para lavrar tal pradaria), ó dom pedro I (o rei que amava tanto a justiça quanto um bom pénis e que mandou matar um marido que tinha forçado o coito com a mulher antes de ter casado com ela), ó otelo saraiva de carvalho (o cérebro da pontinha...), ó tágides (putas nacionais que se escondem no rio fugindo da ramona e que os poetas indefinidamente esperam para tranzar), ó ...é  o tanas!!! como é possível  que joão proença, secretário geral da união geral dos treabalhadores portugueses, se atreva a duvidar  de que o governo  não venha a cumprir  a lei que ele mesmo redigiu, aprovou  e  homologou? será que deixámos de ser uma república das bananas para virarmos  numa república de mafiosos, onde a lei é a lei do mais forte? será que portugal é o seringueti europeu? interrompo para olhar o burburinho televisivo. ah, é a luta física entre os deputados ucranianos! toma lá que já almoçaste. soco para cá, soco para lá. ah, para quando na assembleia da república uma ana drago a apertar o gasganete ao líder da bancada social-democarta? e o luís fazenda a esbofetear o ministro relvas? o bernardino soares a apanhar porrada de outro gordo deputado mais pesado e que é professor universitário que também se alimenta dos nossos impostos e que eu não sei o nome? e a heloise apolónio a ser fustigada pelo chicote de um da direita que é a favor de só se fazer sexo  para procriar? hoje, como de costume, ouço a opinião pública. um telespectador dizia às tantas que na sua casa eram só cinco a viver de um subsídio o que significa alguma fome. que tinha treino militar e que estava disponível para a luta armada. será que os usurpadores do poder em portugal não se dão conta do que está na forja?  os ditadores primeiro são eleitos depois tornam-se usurpadores. às tantas têm de ser derrubados...
manuelmelobento

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

velhos e velhas, o estado e o mota que dá esmolas e que é ministro


experimente o leitor visitar alguns hospitais públicos em dias normais. o que vê? provavelmente doentes acamados nos corredores. uma cena horrorosa tirada do cu com um pauzinho para não dizer outra coisa. nunca em minha vida (sou apenas septuagenário e qualquer coisa mais) ouvi ministro ou secretário de estado a lamentar e a mandar fechar o hospital pelo que de escabroso acontece naqueles edifícios a que a maioria denomina de hospital. nunca ouvi responsável político pedir a intervenção do ministério público para pôr fim a uma das maiores vergonhas quais pestilências nos acompanham quando caímos na esfera do serviço nacional de saúde. há excepções? claro, ora porra! ainda o outro dia entrei de urgência no hospital de santa maria com uma cólica renal. roubaram-me logo à entrada 20 euros. depois enviaram-me para uma triagem. quem a fez? desconfiei que fosse médico. acertei, pois tratava-se de um labrego mal cheiroso que me colocou no braço um adesivo informativo à la pre-crematório e me indicou uma sala cheia de penosos e apáticos portugueses. como ninguém me chamou fugi daquela porra a sete pés e fui à minha vida. quanto aos 20 euros: filhos de uma puta, ficaram com eles, não devolvem. o que me salvou foram 4 litros de água que emborquei o que fez com que não fosse pregar um calote nos hospitais particulares que andam por aí como aranhas carnívoras. a porra da dor amainou e depois passou. foda-se, nunca mais! morrer por morrer prefiro morrer em casa. ouça seu ministro mota, eu desconto para a adse desde o tempo que salazar fodia a francesa que lhe veio tirar o desenho às partes. mamaram-me e mamam-me todos os meses descontos para esta organização e quando preciso dela, é o foda-se. bem, vamos ao que interessa. quando ouvi a intervenção do mota que é ministro da segurança social numa estação televisiva deu-me cá uma comichão que se eu pudesse atirava-lhe às fuças caca de pombo que frequenta a estátua de dom pedro IV. aquele pau de virar tripas estava todo empertigado porque num lar de velharias lá para os lados de azeitão uns queridos velhinhos passavam fome e eram maltratados. mandou logo actuar criminalmente contra os criminosos que com o seu comportamento faziam perigar a vida dos fósseis nacionais em fim de vida. ó seu cara de centrista epidémico, se você utilizar o mesmo método para todas as casas de fim de vida  que acolhem amostras humanas ficaria com  centenas de milhares de encardidos pelo tempo ao colo. onde os iria colocar? em são bento? no palácio de belém? no centro cultural de belém? o que você seu ministro a tempo certo devia fazer era apoiar os que metem velhos em cubículos sem condições para os explorar. explicando: o estado - porque foi assaltado pela corja que tomou conta dos seus negócios - não tem hipótese de cuidar dos seus idosos, logo devia apoiar quem procura proveito pela sua falta. como? formando os auxiliares que por ignorância tratam dos queridos velhinhos. ajudando monetariamente os proprietários na adaptação dos seus edifícios às condições que ele (estado) exige. para o turismo rural aquilo é que foi fartar! para coisas humanas e reais. está quieto que vou ali e já venho. se isto é governar, era embarcá-lo para belfast em dia de union jack. daqui a uns vinte anos havemos de ver o país transformado numa espécie de campo de concentração gerontológico. velhos e velhas a arrastarem-se penosamente para o forno de pão. isto de verão, pois de inverno ficarão caídos pelas ruas em putrefacção. não será assim, pois estou a exagerar. quanto aos velhos e velhas (grupo que   pertenço) e à sua desgraçada meta final, seria bom que fôssemos verdadeiros. por experiência própria assisti a uma cena à giovanni papini. era assim: uma senhora com 82 anos queixava-se gritando que a empregada que tomava conta dela  estava a apertar-lhe o pescoço. a mulher acusada pela velha ficava  com cara de fossa séptica depois de inspeccionada pela asae e, sem se poder defender, chorava. a filha da velha não acreditou porque suspeitou da atitude da mãe uma vez que esta não apresentava sinais de violência. eu assisti aos gritos da senhora que por acaso era minha tia-avó. a princípio fiquei na dúvida. porém, certo dia em que a fui visitar, a velha senhora começou a gritar quando me viu. dizia assim: demónio! tu és um demónio que me queres matar! felizmente a velha estava acompanhada pela filha que assistiu a tudo. quer dizer, se o mota das esmolas fosse autoridade na altura dos acontecimentos, lá estaria eu a contas com a justiça por ser um demónio que queria matar a minha tia-avó de quem eu não era herdeiro nem para qualquer coisa para aí chamado. os velhos são como as crianças; mentem quando querem e lhes dá jeito. no caso de azeitão, pareceu-me que as velhas que diziam passar fome estavam bem lavadas e anafadas. o fim de vida é chato, mas é preciso cuidado com a aproximação e apreciação destes fenómenos. eu, por exemplo, julguei que esta noite  estava instalado num lar e estava a ser abusado por uma empregada muito gorda que deitada por cima de mim me obrigava a fazer sexo oral. acordei aos gritos e a chamar pelo ministro. ó mota! ó mota! a minha vizinha ouviu os meus lancinantes berros e bateu-me à porta. vizinho! vizinho! o senhor está bem? estou querida vizinha. como a vizinha vive sozinha se quiser passar a noite ao pé de mim tem lugar aqui na minha cama. ora, o vizinho é um safado. velho nojento! vizinha eu estava lhe experimentando. a vizinha não vê a gabriela? eu quero-lhe usar e não sou coronel. faça-me essa esmola, querida vizinha! só se for hoje mas que não sirva de exemplo... eu quero um lar destes! querias!
manuelmelobento
septuagenário (contrariado)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

nenhuma instituição tem, hoje, moral para, revoltando-se, prender o presidente da república, primeiro-ministro e outros representantes actuais do descalabro em que estamos metidos

o que vai acontecer com os colaboradores da tap, desde o simples limpa-sacos até ao comandante de voo, acoplando pessoal  da alta administração, está escrito nos manuais da economia de mercado. a venda da transportadora aérea está "no bom caminho", isto é, o ... (vou jantar e já volto). continuando: o colombiano garantiu que ninguém será despedido. grande mentira. e porquê? porque no fim da intervenção do comprador foi claro e contrário ao que no início declarou. explico: o "milionário caridoso" só disse que só vai ser corrido/despedido todo aquele que nada faz na tap. gritemos em uníssono e gargalhemos. eu volto a explicar: há uns anos atrás aconteceu um facto giríssimo nos açores. a sata (transportadora aérea regional dos açores) ficou inoperacional e teve de ser substituída por uma equipa estrangeira composta por apenas quatro  pilotos e quatro hospedeiras. meus caros leitores, esta equipa holandesa obteve uma performance total. os voos passaram a ser contínuos e a região ficou servida a cem por cento. os holandeses "só" vieram substituir pilotos, co-pilotos e hospedeiras em número de trinta e seis. a sata que parava com o seu pessoal para cumprir não sei o quê e que a torna pesadíssima aos contribuintes  de um momento para o outro tornou-se rentável. claro que foi por pouco tempo, pois quando a anomalia foi recuperada a sata voltou a trabalhar no seu modelo... imaginemos que a sata tinha sido vendida ao colombiano. o que aconteceria? despedia todo aquele que nada fazia. certo? claro! como a região autónoma está socializada (eh pá, não vou explicar de novo) ninguém vai para a rua do estado nem de empresas que o estado "comanda". voltemos à venda da tap. estão a ver o que vai acontecer depois do colombiano a comprar? ele dá tanta garantia quanto a madame blanche dava aos seus clientes, isto se a bófia não interviesse. não há garantias no mundo quando a economia de mercado rege a sociedade. ele vai fazer uma autêntica razia. vai fazer aquilo que o engº. pinto (brasileiro e administrador) não conseguiu. isto é, racionalizar a transportadora nacional. ela é muito pesada e entrar por essa via era ir contra a constituição. nesta, há ainda certas garantias que não podem deixar de ser respeitadas. uma vez vendida, deixará de haver greves e pessoal que nada faz (em termos constitucionais será uma espécie de pessoal excedente mas contratado para toda a vida).  eh pá, é portugal no seu melhor partidarismo! vender a tap é como vender amália e o eusébio. a tap é um símbolo pátrio. mesmo que seja risível esta boca, o certo é que sem símbolos desportivos, de entretenimento, de religiosidade, etc., ficaríamos reduzidos ao jardim zoológico, principalmente na zona dos primatas... esta corja está disposta a tudo. ainda havemos de assistir à venda da "saudade-que-é-nossa" herança colhida e criada no século XVI quando partíamos em busca dos tesouros arábicos. a corja está a descaracterizar o país e a vender o braço do trabalho às futuras fábricas estrangeiras que espreitam o momento para se instalar cá dentro. haverá razões para inverter este movimento de total aniquilação do nosso país? sim, tantas ou mais do que aquelas que fizeram com que se agrupasse um grupo de militares que se revoltaram e  prenderam os responsáveis políticos do estado novo. quando isso aconteceu o povo ficou mais alegre e mais leve. e hoje? com tanto sofrimento causado por aqueles que nos governam haveria ou não um alívio se alguém se organizasse para prender os que estão a levar o país para o caos? neste momento, como as coisas estão, era uma benção. quem não respeita a constituição que jurou cumprir, quem sob a capa da democracia está a permitir que a ditadura económica nos transforme nos novos escravos europeus, quem sob a capa de defensor dos desprotegidos está a tornar a vida insuportável a quase dois milhões de portugueses que para viver têm de recorrer a obras de caridade privadas não merece ocupar cargo no estado. não merece representar-nos nem orientar a política nacional. demitam-se ou serão demitidos. a prisão é  muito pior... olhem a história e vejam o que aconteceu ao saudoso e muito honesto presidente da república da ditadura, o almirante américo de deus rodrigues thomaz. ah, já me esquecia do primeiro-ministro marcelo josé das neves alves caetano que também foi preso e depois expulso do país. mas quem poderá prendê-los, hoje? bem, aqui vai um alvitre: os bons juízes portugueses. estes têm o poder de mandar para a prisão todos aqueles que forem acusados comprovadamente de tentar destruir o estado de direito. lembram-se de quando o antigo primeiro-ministro (josé sócrates) foi acusado por dois juízes de atentar contra o estado de direito? safou-se porque foi difícil provar a alta traição. não haverá juízes com os mesmos tomates para actuar da mesma maneira? lembrem-se que há crimes que derrubam presidentes. nixon - presidente dos poderosos estados unidos da américa - foi obrigado a abandonar a presidência e só não foi parar à prisão porque se deu a doente e teve como "padrinho" o homem que o sucedeu (ford) e que o salvou. mas, estamos em portugal, e como bem diz passos coelho perante todas as vigarices dos seus comparsas: um não caso. 
manuelmelobento
jornalista/cp-2754

sábado, 8 de dezembro de 2012

a patética troika nacional



afinal quem gere os destinos dos portugueses? se repararmos bem, estamos entregues a três economistas. o presidente desta república (saída das reformas trôpegas do  levantamento militar de 1974 que destruiu o estado português e o reduziu à dimensão de um condado henriquino) é economista e nunca se apresentou à nação como um político de raiz. esta tendência para ver o mundo como um túnel cuja embocadura se enlaça nos mercados  veio à luz quando se tornou primeiro-ministro. o homem só sabe governar bem com dinheiro. sem ele resume-se a um técnico de contas certinho que até se atreve a dar aulas. a segunda personagem que comanda os destinos do país é também todo ele um economista. toda a sua vida - segundo consta - é dedicada a negócios de empresas. como o psd é um partido de partidos e de muitos ex-líderes (brigando entre si sistematicamente) e seus correligionários pró-lideres é fácil estar sujeito a crises que o enfraquecem. foi numa dessas crises domésticas  que grandes nomes da social-democracia foram arrumados de um pé para a mão. veja-se os casos de santana lopes, marcelo rebelo de sousa, mota amaral, cujos curricula apontavam e bem para a chefia de qualquer executivo social-democarta pela preparação e experiência que obtiveram nas lutas que travaram nestes últimos 38 anos. a personagem que se segue a estes dois e que está à frente do destino económico do país é outro que tal também formado em económicas. este é um caso gravíssimo de platonismo financeiro. nasceu num gabinete de contas e toda a sua vida foi economista entre quatro paredes. mais, deu aulas de finanças em altas universidades. nunca foi visto a comprar uma alface nem a discutir o preço do que precisa para morfar. quem quiser deixar mal o professor de economia vitor gaspar é perguntar-lhe o preço da cebola ribatejana que se vende por aí. da sua vida ao ar livre só temos conhecimento do caso quando chega o verão  e isto a conselho do médico na medida em que  os ossos  se reforçam com vitamina d.  o sol tem dificuldade em entrar no seu gabinete. por estar desfazado com o real é que um dia diz uma coisa para logo a seguir desdizer-se. ou então, diz uma coisa e o primeiro-ministro diz outra. afirma num dia o acerto das contas públicas e logo a seguir tem de as corrigir, pois não dá duas para a caixa. não há memória de nenhum país ser representado e governado por tantos economistas. estamos a aproximarmo-nos de uma crise financeira de resultados catastróficos parecida com o descalabro da bolsa de nova iorque (1929). estes três economistas dão a entender que têm duas escritas. uma só para eles e a outra para ir entretendo o poveco. o que é que ganhámos em ter economistas deste calibre a gerir as nossas vidas? experiência e antónio josé seguro. o mesmo é dizer: pára a música e toca o mesmo!
manuelmelobento

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

passos coelho atacado

por um vírus. o mesmo com que relvas infectou o poder local.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

cuidado com as balas


o dr. mário soares que costuma ser um chato a escrever crónicas, hoje, no diário de notícias, surpreendeu-me. parece que comunga como eu dos perigos que pode estar sujeito o economista passos coelho por estar a destruir o estado português sem apresentar alternativas humanas e credíveis. dizem algumas  iluminárias do pensamento peninsular que o mundo está a mudar. oh pá, quando é que ele deixou de mudar? hem?  mudou para melhor? na minha perspectiva não. quando éramos um bilião e tal sobre o planeta estivemos entretidos em guerras e genocídios tribais. no intervalo matámos e queimámos humanos vivos pela saúde dos deuses e para  equilibrar a demografia. sempre que a história  vomita percebemos que para matar os seus semelhantes os homens organizaram sistemas eficazes de extermínio. até agora foi sempre assim. a economia é hoje a invenção que mais perigos trouxe à raça humana. a economia "inventou" a riqueza. e esta a procriação desenfreada. com fome os humanos não se multiplicam. mas tão depressa a pia se enche, ei-los a fornicar as fêmeas e a sujeitar os espaços verdes e belos com o seu lixo. fodem como os coelhos e surgem como as minhocas. não há pachorra. quando éramos um bilião matava-se lá de vez em quando, isto é, quando era necessário. com oito biliões a prática informa o cadenciado diário das guerras e das mortes é permanente. eh pá, tenho que dar o salto senão isto vai cheirar a levi-strauss do tempo das primeiras temporadas entre os "selvagens". em portugal, nos últimos cem anos, quantos políticos foram mortos? muitos! só que nos últimos 32 anos ninguém foi assassinado. isto se tivermos em conta que sá carneiro e adelino amaro da costa apenas desapareceram do número dos vivos por causa de um simples acidente de aviação. há quem pense o contrário. não sei... no meu tempo, quem queria seguir económicas tinha de estudar a disciplina de história de portugal. lá, estava bem expresso o que os portugueses fizeram aos políticos sobretudo de noite, nos primeiros tempos da república. alerto para o ano de 1917, pois foi neste ano que o povo se descontrolou por causa da fome. o senhor economista passos coelho não tem o cérebro do tamanho necessário  para ocupar o lugar de primeiro-ministro e prever o que pode acontecer como resultado da sua política. política esta que não foi anunciada aquando da triste campanha eleitoral que o catapultou e à sua tropa para são bento. na campanha prometeu uma coisa e fez outra tão depressa tomou posse. nada que espante quem sabe como se costumam comportar os políticos quando alcançam o poder. agora, o senhor economista ultrapassou tudo que se podia imaginar. isto é, que começasse a destruir portugal e as suas instituições sem dar a entender como acautela o nosso  futuro, uma vez que não acerta em nenhuma das sua previsões de ordem económica. o senhor faz-me lembrar a história daquele chulo (não estou a chamar-lhe nomes - por enquanto - note-se, mas que me faz pensar em histórias macabras, lá isso faz) que prometeu casar com uma velha doidona que gostava muito de fornicar. coitada, as peles do pescoço pareciam um tapete de arraiolos depois de  a senhora merkel o ter mijado por efeito de ter ingerido muita bebida composta com malte. tão depressa o chulo se casou com a octogenária sequiosa, tão depressa começou a sová-la em vez de a montar, como ela tanto aspirava. bem berrava a velhinha, mas ninguém lhe dava ouvidos. naquela época - época dos coronéis - ainda não havia o conceito actual de violência doméstica. e elas levavam e calavam. a velha tinha filhos que até sabiam da desventura da mãe, mas nada faziam para a proteger, até um dia. e qual foi esse dia? o dia em que souberam que ela ia desfazer-se dos seus bens a favor do valentino - a velha tinha meios herdados do seu primeiro defunto. ai, não lhe conto nada! os filhos fizeram uma espera ao chulo e depois foi o que se viu. foi um escândalo tal que se houvesse as manhãs do goucha na altura ele não perderia a ocasião de os levar para o seu programa. e depois, como é que foi? perguntaria o apresentador. ah, meu caro, aqui o manuel - era um dos muitos filhos da pobre velha - agarrou-se aos testículos do chulo e apertou-os com tanta força que este mais parecia o criado e companheiro de sevícias do marquês de sade quando o tenente da polícia de montpellier o interrogava acerca dos abusos sobre catherine trillet utilizando o método de confissão, mais tarde praticado pela polícia política de salazar. muito gritava o chulo. depois de bem apertados os tomates do proxeneta, coube a vez do outro irmão de nome abraão salsete. com uma faca cortou-os bem rente. coisa parecida só conheço a que dom pedro I fez ao seu escudeiro por ciúmes. (dom pedro dava para os dois lados, o que hoje designaríamos de bissexual). com o homem a esvair-se em sangue arrastaram-no até ao quarto da idosa. mal esta viu o marido naquele estado começou a gritar e a amaldiçoar os filhos pelo que fizeram. bem, vou acabar. o manuel perdeu a cabeça e socou a mãe com tanta força que a velha empinou a carroça. ih!, o que foste fazer - disse araão. e se ela já tinha feito o testamento a este desgraçado? (que gemia como a minha vizinha de rua que recebe visitas a toda a hora e nada declara ao fisco). não tem problema. e ao dizer isto enfiou na cabeça do chulo um vaso do tempo dos etruscos que tinha sido comprado a  um político que se dele se desfez por ter medo que a judiciária o descobrisse na sua residência por via de uma pequena corrupção. um não caso, digamos assim, como dizia o outro... vamos acabar esta história. os manos disseram à polícia que encontraram a mãe a ser violentada pelo energúmeno e em defesa da honra bateram-lhe com a preciosa antiguidade.  conclusão concluída como dizia alceu carneiro proprietário e reaccionário açoriano: morreram o chulo e a velha pataqueira. a polícia levou o caso à procuradoria e não é que os irmãos estavam para ser levados a tribunal por desconfiança dos investigadores. de repente, nasceu uma revolução e o povo revoltou-se matando a torto e a direito. sim, foi em 1789. estão lembrados? o dr mário soares bem avisou o economista passos coelho no seu artigo dos perigos da sua política. resta saber se passos é bom entendedor. se não é, deve estudar de novo. ah, e não  esqueça que tem de pagar as propinas. um não caso, digamos assim...

manuelmelobento

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

partido comunista português isola-se na esquerda



jerónimo de sousa  deve ter feito o melhor discurso político que há memória desde que o país aderiu ao regime democrático. em linhas gerais: colocou o partido sozinho na esquerda  onde só cabem os trabalhadores e os pequenos empresários. trabalhadores , desempregados e pequenos empresários falidos  não têm em portugal quem - igual a eles se identifique com a sua luta - os represente sem mentir. jerónimo evitou a cassete dos operários e  camponeses, dado que estes últimos dão-se por satisfeitos uma vez que já não precisando de cultivar os campos recebem mensalmente um "vencimento" da segurança social, o que para eles é uma espécie de dádiva divina. quanto aos  operários, a coisa está a ficar incaracterística. o país está desindustrializado (25 empresas fecham diariamente) e - verdade seja dita - estão a ser despedidos aos cachos. pense-se nas centenas que estão e ser despedidos de norte  a sul  uma vez que os industriais estão a tentar fugir à falência real aproveitando a alteração da lei do trabalho da lavra da actual coligação. o discurso do líder comunista teve em conta a nova temporária-mentalidade-portuguesa fruto dos despedimentos generalizados, da fome de uns milhares e da insegurança que surgiu proveniente da  transformação e liquidação de sectores sociais do estado português por parte do grupo economicista que detém o poder executivo. o discurso de jerónimo de sousa, "operário" metalúrgico, tem muito mais importância ideológica do que aquele que mário soares, "burguês" enriquecido, pronunciou na fonte luminosa e que determinou o princípio  do fim da hegemonia de cunhal e dos "esquerdistas" modernaços que se infiltraram nas forças armadas (de então) e abriu as portas ao modelo capitalista europeu. o comunismo era visto em 1975 como um movimento sangrento que metia medo. toda a gente sabia pela propaganda do estado novo que na rússia - berço do comunismo sanguinolento - se matou toda a nobreza que não conseguiu fugir à sede de "justiça" social do "novo" povo russo. aquilo é que foi matar nobres e burgueses recheados. foi tão verdade que até a virgem qual astronauta viajou até fátima para pedir aos portugueses que rezassem milhões de avé-marias pela conversão da rússia. cá dentro foram muitos os desvarios dos populares que o partido comunista, encantado com os voos da revolução de abril, acabou por dar o seu aval. cunhal bem tentou ter as forças armadas do seu lado para cobrir a gesta da plebe. esse apoio falhou e os comunistas liofilizaram-se em eleições (uma maldita invenção burguesa e grega/inglesa de origem se não estou em erro). hoje, essa coisa de ocupações e assaltos às residências de proprietários é condenada pelos actuais comunistas. o que os comunistas de hoje mantêm do passado revolucionário é o facies de poucos amigos. de resto, jerónimo é um diplomata bem visto por milhões de portugueses. jerónimo ao querer que o partido socialista voltasse ao redil da esquerda estava a denunciar a traição dos socialistas. o que já vem de longe desde que mário soares meteu o socialismo na gaveta. o bloco de esquerda não conta neste momento. a inglória saída de louçã arrumou de vez com a esquerda caviar substituindo-a por um casal em dueto pró-paulista (1): combate aos banqueiros como a dona jonet combate os pobres atrevidos e gastadores. portanto, o discurso de jerónimo representou o mapa real e ideológico do país. e sem que ninguém se lhe oponha, ele e o seu partido são a esquerda. quem ouviu  jerónimo e está pronto a segui-lo? esta pergunta é imbecil. mas, pode-se tentar responder. há o eleitorado comunista que começou por andar à volta de 800.000 mil almas. perdão, materialistas, em 1976. neste momento, com um milhão de desempregados é de crer que grande parte deste pense duas vezes se vai cair novamente nas patranhas dos partidos da burguesia capitalista. que são a saber, o ps, o psd e o cds-pp. estes sabem que só sobreviverão metidos numa europa onde o mercado é livre  e quem manda nele, os banqueiros, que nela  pontificam. depois, temos todos aqueles que querem ser protegidos pelo estado nas três áreas (segurança social, educação e saúde) que passos e companhia estão a rendibilizá-las e a empurrá-los (a ex-classe média) para a indigência. já há números de quem passa fome. entre ser pobre sem protecção e abrigar-se num estado social de cariz comunista nem é sequer preciso pedir ao diabo para aconselhar a decidir. o discurso de jerónimo é um meio de esclarecimento e uma mensagem forte  do que pretendem fazer com o estado os comunistas: olhar para  segurança dos trabalhadores, dos pequenos comerciantes e empresários, independência nacional (até o hino foi cantado com sabor panlusitano e emoção... no fim do último congresso). os ricos ficaram de fora da função apelativa da palavra de jerónimo . pudera, no meio de tanta miséria à vista quem é que vai querer fazer festinhas àqueles que ofendem com a opulência dos seus sinais exteriores de riqueza e que estão a contas com a justiça? jerónimo falou para todos aqueles que perderam a casa e tudo o mais e que se vêem na iminência de ir viver para debaixo da ponte. em quem irão votar esses todos, a quem o capital até a dignidade vendeu? jerónimo sabe que se este  governo cair que não terá sorte nas urnas em novas eleições  e que iremos cair de novo nas malhas do rotativismo. daí que tenha feito um convite bastante discreto ideológico e directo para que os socialistas sejam socialistas... os socialistas são hoje ecomercadores. estão contaminados pelo dinheiros do estado e pela vida de luxo (sim, vida de luxo comparada com aqueles que sofrem por já não poderem pagar a mensalidade da casa, do carro, educação dos filhos, etc.) não está no horizonte do ps desistir das mordomias conquistadas com trapaças, mentiras e negociatas. os socialistas estão tão bem instalados  tanto quanto estão os social-democratas nos corredores do poder e do capital. não sairão de lá senão à lei da bala. estão a ver, caros leitores, os actuais socialistas que vivem descaradamente no bem-bom que este estado lhes proporciona a recobrar as velhas teses marxistas que lhes serviram de bíblia e com as quais atacavam o capitalismo? não é viável devido ao seu comprometimento actual e por isso a esquerda de hoje é assumida e representada apenas pelos comunistas, valha a verdade. a grande vitória dos camaradas e de jerónimo reformula-se  na implantação das "novas" teses sociais que vão desde o respeito pela propriedade privada até à aceitação de uma luta sem violência contra a  democracia burguesa da união europeia tendo como meta para já o manter o estado social em vésperas de dar o salto para a privada. os comunistas, que combatiam ferozmente o estado social regulado tanto por socialistas quanto social-democratas, são os mesmos que o querem, agora, manter em nome da defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo. este entendimento do pensamento político dos comunistas é caracterizado pelo salto por cima da velha orientação, práxis que não se ajusta aos dias de hoje. os comunistas estão bem acomodados e aceites dentro do sistema e é nele que o querem combater. fazem-me lembrar a velha estratégia dos liberais (pinto balsemão, mota amaral, sá carneiro, martins mota, etc) quando , em vez de combaterem a ditadura frontalmente, preferiram fazê-la implodir fingindo com ela colaborar para a contaminar. bem, termino. mesmo sendo semi-burguês vou votar nos comunistas nas próximas eleições (se as houver) porque estou de acordo com as suas teses a favor da manutenção de um estado social português equilibrado, da sua postura pelo respeito dos dinheiros do estado, da defesa intransigente de quem trabalha e de quem trabalhou e que está a ser enganado, da apresentação do modelo nacionalista que saiu das frases de jerónimo, da justa remuneração de quem trabalha e mantém este país vivo, da justa atribuição de impostos aos que mais têm para que a riqueza de alguns não se transforme num foco de instabilidade tão ao jeito dos países das ditaduras da américa latina sustentados pela política externa dos eua. o programa deste partido comunista português não esconde as preocupações da maioria da população. a nova mentalidade a nascer por via deste esfarelar anti-social das instituições vai abrir portas às actuais teses comunistas, a médio prazo. a ver vamos o que tenho na carteira, como dizia a minha avó perante os emergentes pedidos de ajuda que eu lhe fazia. em escudos, está claro.
(1) - inspirados pela acção meritória das vicentinas.
manuelmelobento
ps: recebi uma reclamação telefónica por causa de estar sempre a mudar de foto e a colocá-la ao lado das crónicas. respondo: a máquina de fotografia é minha e está paga, o computador é meu e está pago e utilizo a internet porque pago mensalmente sem falhar (por enquanto) a prestação dos seus serviços que me permitem (até hoje) escrever crónicas livres. a mim chamam-me reaccionário. algum problema?