sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OS RESTOS DO DESVARIO QUE NOS GOVERNA




Portugal ainda é independente! Não sabemos em que áreas... Apesar de tudo pode-se afirmar que os comentadores nacionais (até ver) têm sido "altamente" libertos de certo patronato internacional. O país é ainda hoje fruto das loucuras de Pedro IV acompanhado por uma turba de oportunistas e plebe ignara. Este Pedro (Dom) teve a sorte de tanto a Inglaterra como a França estarem de olho na parte que lhes caberia do desvario dos portugueses. Por isso, sempre que lhes convinha apoiavam o suicídio sustentado a que o país se entregou aquando das lutas entre absolutistas e liberais. Os portugueses nunca foram conscientemente nem liberais nem absolutistas. O povo para além de analfabeto não pensa (melhor pensava...) , o que acontecia era que grupos possidentes se acotovelavam para melhor captarem os impostos arrecadados à plebe. Isto é, alcançar o poder. Destes capitães, uns eram a Igreja e aqueles que viviam das rendas das terras, que aquela abençoava. A outra classe de capitães caracterizava-se por comerciantes, negociantes e trapaceiros (os actualmente chamados corruptos). Que são por natureza mais "pró-progresso" que os outros que não gostam de mudanças. Estes têm razão, pois, a palavra de deus mantém-se inalterável. Pudera, não fosse ele mesmo deus. Os improgressivos são afeitos a um Estado forte e nacionalista, o que não convém à estranja. Com um Estado forte não se torna fácil entalar a balança comercial. Já com os liberais a coisa muda de figura, Os negócios do Estado tornam-se numa verdadeira rebaldaria. A estes não importa se os cofres do Erário Público se esvaziam. O problema não é deles. Saltemos para os dias de hoje para compararmos absolutistas e liberais (se os houver, claro). Depois do chamado 25 de Abril de 1974, o Estado foi dominado no poder pelos liberais, perdão democratas (socialistas, social-democratas e quejandos). Aquela ideia de Estado centralista foi-se transformando em Estado protector. Este tipo de organização política obriga a que quem quer permanecer no poder ter de prometer e mentir naquilo que os votantes gostam de ouvir. Raramente conseguem cumprir. Porém, formatizam um tipo de discurso que permite explicar o não cumprimento das promessas. Este tipo de Estado esgota-se economicamente uma vez que a preocupação geral não é produzir mas transformar cada cidade num entreposto comercial de mercadorias estrangeiras. Pergunta-se, pois se a governança sabe disso por que não reage no sentido inverso? Não pode, e isso simplesmente porque os que nos governam são agentes dos entrepostos. Nada a fazer? Por um lado uma espécie de "soviete civilizado" (não estamos em 1917) e por outro um "absolutismo amanteigado" (Dom Miguel já morreu). Talvez a conjugação destas duas visões ainda vá a tempo de mantermos a pouca independência que nos resta. Aliás, toda a conversa fiada tem um fim...

manuelmelobento

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E A ÉTICA? CANDIDATO A PRESIDENTE CONVOCA CONSELHO DE ESTADO

Sem ética é o mínimo que se pode dizer acerca da convocatória do Conselho de Estado pelo candidato à Presidência da Republica. Teria havido alguma vez um equilíbrio entre candidatos a cargos políticos, na medida em que se possa discutir o grau de oportunidades? Nesta democracia nada se respeita e de onde devia vir o exemplo só sai oportunismo. A corrida ao trono de Dom Carlos, nesta república, tem foros de escassez de dignidade. Cavaco corre à Presidência como uma lebre que corre em competição com um coxo. Cavaco tem a seu favor uma publicidade exasperante. Se todos os candidatos usufruíssem da mesma publicidade, o professor de Economia ficaria atrás do médico Fernando Nobre umas boas léguas. Convocar o Conselho de Estado logo após ter anunciado a sua recandidatura é um golpe de baixa política que só tem paralelo em repúblicas americanas de expressão espanhola. O nosso homem entrou no CCB com a mulher e filhos e netos para anunciar que se ia recandidatar por patriotismo. Os escombros abstractos do palácio de Belém orientam-no no modelo mediático dos grandes actos. Fosse o homem mais gordo e a mulher mais estilosa e reposicionávamos um cortejo real salvaguardando as respectivas distâncias. No discurso para a corrida deu para ver como ele trata o povo e os seus tratadores. Ele é um pai para todos. Sabe tudo e que sem ele a coisa ficaria muito feia. Os basbaques que o acompanharam neste cenário representam uma nata. Mas que nata! Como diz a querida Inês Serra Lopes "ele tem o futuro de Portugal nas mãos". Eu acrescento: como o Padre Cruz de saudosa memória. Se fosse Manuel Alegre ou Fernando Nobre convocava um Conselho de Sábios para contrapor ao Conselho de Estado. Um Conselho de Sábios deve ser superior ao que por lá se senta. Outra questão para apor neste remendo é relacionada com o encontro de técnicos de finanças. Qualquer Orçamento do Estado é um acto sobretudo político e não económico. Se os dinheiros públicos provindos dos impostos e das transacções seguem uma linha de orientação social, o aspecto económico obriga-se a servir este desígnio, logo o seu papel é de sujeição. Aumentar impostos não é uma questão técnica mas sim política. Sócrates - que quer ganhar tempo com a agonia dos adversários - num passe de mágica, desloca o centro do furacão para uma mesa onde se discute importação/exportação, deve e haver. Mais, afasta-se da discussão ausentando-se. Com esta atitude obriga Passos Coelho a imitá-lo. Resultado? Parece uma pequena arena onde os galos se engalfinham a par das apostas feitas por fora. O Ministro das Finanças depena o representante de Passos. O ilustre Catroga não tem estaleca para aguentar com um desafio a este nível. É um velho ex-ministro representante de uma época em que se nadava em dinheiro (emprestado).
mmb

terça-feira, 26 de outubro de 2010

CAVACO AFINAL É CANDIDATO. OUTRA VEZ ANIBAL

O que é que sai mais barato? Reeleger Cavaco ou irmos à procura de uma solução fora de portas à guiza do rei da Suécia - século XIX - que perfilhou um general napoleónico e a ele lhe concedeu a honra de ser seu sucessor?
Eu cá faria como os judeus: poupava. Isto é, em vez de arranjarem vários deuses - que como todos sabemos comem muito - contentava-me com um só. Um só deus sai muito em conta. É ver os lucros que os judeus obtêm com esta linha económica. Já os judeus de segunda, os chamados judaico-cristãos, com a mania da sumptuosidade não se contentando vai daí e fazem do filho do deus único um deus também. Como não gostam de trabalhar e preferem os altares por serem mais aconchegados no Inverno e vai daí descobriram uma outra personagem - por sinal bastante esquisita - sem peso a quem deram o nome de espírito santo (e ainda não tinham estudado o mundo quantico). Outro deus para o palco. Este, por sinal, bastante calado como convém. E vão três. Os judaico-cristãos - tais foram as solicitações - com a criança nos braços resolveram dar uma mãe ao filho. E vai daí de Maria - virgem e pobre desamparada - fazem-na deusa. E a rapariga vai para o céu para junto do seu segundo e divino marido depois de ter batido a bota cá em baixo. Ora bem, para quê tanto disparate pró-divino? Haja dinheiro. Um Presidente da República gasta tanto dinheiro para viver em Belém que dava para sustentar um rei, uma rainha, princípes e princesas legítimos e outros menos legais. Mais, até crescia algum que dava para grandes paródias. Das que fazem os republicanos com os dinheiros dos impostos. Cavaco não apresentou um único pensamento credível nesta sua intervenção narcisista. Disse uma série de baboseiras de autoconvencimento sem ter tido a coragem de dizer que também ele é um dos culpados da nossa actual situação. E a lata do homem: meus senhores, vou candidatar-me. Parece que nos vai fazer um favor. Está tão convencido que é bom que nem pediu um único voto. Que candidato!
manuelmelobento

PS E PSD EM MAMADELA




Cavaco Silva estendeu-se ao comprido ao pensar que tudo estaria resolvido antes de anunciar a sua recandidatura. Enganou-se. Pedro Passos Coelho entendeu-se com o PS para deixar para depois do Acto Cavaco a pronúncia orçamental. Uma pequena vingança do Pedro contra o intragável Presidente que num passado muito recente lhe fez a vida negra. PSD e PS parecem dois seres do mesmo sexo enrolados num frenesi rotativista. O que eles querem todos nós já vislumbrámos. Parece impossível estarem estes dois partidos a pensar nas sua estratégias eleitorais e a deixarem os assuntos do Estado para posteriores cenários. Os portugueses só pensam na Pátria depois de pensarem em si. Cavaco idem. Quando já se encontravam no terreno os candidatos a Belém, Cavaco fingia que não era nada com ele. E a malta a querer saber numa de bisbilhotice e ele nada. O homem tem a capacidade de transformar os seus tabus em rebuçados. Os portugueses adoram-nos. Bem, dizem os rurais acerca das suas festas sacro-paganizadas: o melhor da festa é esperar por ela. O homem é natural de uma aldeia rural, daí que siga a sua banda. Como tanto o PS e o PSD estão agarrados à mama do Estado e como não podem ambos chupá-la ao mesmo tempo deram uma de Alunos da Apolo. Isto é, um tango. Ora agarrando-te levo-te à minha frente, ora recuando te arrasto. Nada mais a dizer. Aguarde-se o que os nossos maiores farão da Pátria que se dizia amada.

mmb

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O ORÇAMENTO E A CORJA

Se havia necessidade urgente de dignificar o Estado Português, por que razão só agora com a discussão do Orçamento surge uma onda de contestação e/ou reacção contra uma espécie de família que assaltou tecnicamente os dinheiros públicos. Que fez o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista ao longo de todo este tempo que não cumpriu com algumas das tarefas que lhes estão afectas e a saber: vigiar a legalidade dos actos de quem governa? O combate contra essa grande família que divide entre si os impostos que arrecada aos trabalhadores e às transacções comerciais não deveria deixar pregar olho aos deputados, polícias, magistrados do MP e dos Tribunais, fiscais de todas as actividades, Presidente da República e cidadãos. Não é de agora que o assalto aos dinheiros públicos viu nascer o Sol. Sempre foi assim. Umas vezes descaradamente, outras com mais decoro. Mas, porra, estamos a viver num regime democrático. Não se pode aceitar que nas nossas barbas a quadrilha/família chupe o nosso sangue e ainda por cima se divirta nababescamente. Proibem-nos de fumar em toda a parte, de beber e conduzir ao mesmo tempo, de cuspir para o chão, de ir por determinadas estradas sem pagar o asfalto, de nos manifestarmos sem autorização, de conduzir sem selo-seguro-inspecção, de estacionar a viatura aqui e ali sem pagarmos a senha,etc. É tudo proibido ou para que o não seja ala que temos de desembolsar as patacas. É um negócio do camano. Qualquer dia destes temos polícia à porta por termos dado mais passos dos que estavamos autorizados. Isto é, três passos a mais, multa de quatro cêntimos. E cuidado que para a semana que vem leva com o ajustamento da inflação. Eu não estou a brincar. Já tenho setenta anos. Levo tudo a sério. Até a falta de tesão. Com esta família - que abominava o salazarismo "caqueticobeato" por ser um regime opressor - não vamos a parte nenhuma. É por razões idênticas que se fazem revoluções. Estas tornam-se legais quando há fome. A fome é má conselheira. Os militares têm de sair novamente dos quartéis para pôr ordem neste vespeiro. Não vejo outra solução. Já dizia o bom Dom Carlos que foi vítima da escumalha sedenta de poder e dinheiro: um país de bananas governado por sacanas.
manuelmelobento
PS: existem regimes democráticos tão abandalhados que se torna necessário actuar para prevenir uma ditadura...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

QUE PENSA DO ORÇAMENTO, DONA ALMERINDA?




O repórter vai à rua perguntar às pessoas o que têm elas a dizer acerca do levante que está feito acerca do orçamento.

Dona Almerinda, que toda a vida foi doméstica e hoje usufrui de uma pequena pensão de sobrevivência, respondeu:

Meu rico senhor, o meu marido estava a dizer ao vizinho de cima que aquilo de orçamento era uma espécie de rol onde se lia o que ganhavam os novos senhores que mandam em nós.

Inácio Trabique que ia a passar metendo-se na conversa acrescentou: não é só isso dona Almerinda. Então a senhora também não ouviu dizer que eles gastavam muito dinheiro em tontices.

Dona Almerinda replicando: eh, senhor Inácio, a gente não tem nada com isso...

Para além destas pessoas foram inquiridas outras de melhores dizeres, que é como quem diz engenheiros, doutores, professores. Disseram o mesmo mas por palavras distintas. Para o ano haverá mais orçamento e pronto. Resta-nos esperar pelo anúncio da recandidatura de Cavaco para ficarmos mais na mesma.

Ermelinda Vasconcellos
Estudante Sénior

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

INCLINAÇÕES POLÍTICO-PARTIDÁRIAS NOS AÇORES


Vivo há três anos em Lisboa por livre opção. Todavia, por imperativos de ordem doméstica destino uns dias para a terra onde nasci. Como qualquer cidadão que se quer actualizado interesso-me por política e coisas afins tais como boa mesa, boas mulheres (pagando, claro) e tudo que mexer e der prazer. Para realizar estas apetências tenho, efectivamente de me mover. Melhor dizendo, por exemplo, para ficar a par das notícias tenho de manipular o comando da têvê. Ai, meus queridos, tão depressa sintonizo a RTP/Açores, ou sai uma missinha acompanhada por uma procissão, ou uma beata segurando um bolo lêvedo benzido pelo pároco da freguesia. Aguardo melhor perspectiva e lá vem uma banda de música tocando atrás do santo escolhido para abrilhantar mais uma procissão e/ou emissão. Bem, quando por artes de uma comunicação adormecida surge um programa mais vivinho não consigo aguentar a sonolência. Durmo e durmo bem. Eu é que agradeço pois não utilizo soporíferos. Mas, atenção! Às vezes sai surpresa. Olhem, até fotografei as personagens que se apresentaram num programa que dá pelo nome de "Parlamento". Meus queridos leitores, antes de adormecer percebi que se tartava de um programa político. Três senhores opinavam sobre se nos Açores devíamos ter como chefe máximo um Representante da República. Não vou tecer qualquer comentário. Para quê? Reparem bem para as inclinações dos eleitos do povo açoriano que aparecem a encimar este texto. Um, dos que defende o que sim, inclina-se para a esquerda na foto. Os outros dois que representam o que não sim inclinam-se no sentido oposto, isto é, para a direita na mesma foto. O que eu aprendi com a política açoriana não tem preço. Bem, vou rezar as minhas glórias e de seguida cama. E para quê? É que logo de manhã sai - espero - uma procissão com missinha e se tiver sorte ainda revejo alguma romaria, daquelas em que se consegue ouvir os romeiros nos seus típicos gemidos.
mmb

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O CAPITALISMO BURGUÊS NÃO SUPORTA A IGUALDADE




Podem-nos chamar atrasados de todo. Fartai-vos. Mas uma coisa não pode ser retirada de ânimo leve: o salto que demos na Eduacação e Saúde. Hoje, com a burguesia capitalista a querer acabar com o Estado Social Português, fácil é percebermos aquilo de que todos beneficiámos. Como é que num país como o nosso floresceu a apetência humanista a tal ponto que os grandes países capitalistas se encontravam a milhas do nosso? Olhámos para os nossos doentes pobres ou ricos e recebemo-los com dignidade e apoio, ao contrários de outros países ditos da Civilização Cristã que só estão disponíveis para quem tem dinheiro para pagar os tratamentos e internamentos. Olhámos para a nossa juventude e independentemente do pobre e do rico oferecemos-lhe ensino grátis a todos os níveis. Poucos países ricos se podem orgulhar de tão grande preocupação e preparação para o futuro. Tratámos o Povo Cigano como igual. Apoiámo-no na habitação social, na educação e protegemo-lo na sua integração. Olhámos para ele como parte integrante da nossa cultura centenária. Fizemos dele irmão de lei. Os outros países - tão cristãos quanto nós - procuram correr com eles, como solução étnica-económica. A mensagem cooperativista e comunitária vingou um pouco entre nós. Não fosse a traição burguesa e poderíamos ter sido um exemplo a seguir nesta Europa retalhada de objectivos. Fomos - povo - traídos cá dentro por sequases da corrupção, do assalto aos bens públicos, dos negócios ilícitos, de compras sem corespondência às reais necessidades deste Estado, do desvio de fundos sem explicação plausível para colocar o próprio Estado como mero mercador, do encobrimento bancário, etc. Esta burguesia, que traíu a própria Constituição que aprovara quando andava aos caídos, tem de prestar contas. Queremos ver as contas! Queremos saber a verdade do que correu mal. Queremos saber como se fizeram as grandes fortunas num país de poucos recursos. Enriquecer à custa da miséria dos outros é crime sem perdão. É medievalesco! Têm de devolver o que abocanharam incorrectamente. Não é preciso fuzilamentos nem perseguições. É a Lei que tem de ser respeitada. Se as dívidas atingem a quinta geração, o saque - como crime dos bens públicos - não deve prescrever, nunca.

manuelmelobento

Ps: Entregar de mão beijada a riqueza do nosso património humano, psicológico e social a mercadores só para estes apresentarem lucros é crime. O que nos resta de dignidade não pode estar à venda.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Passos: separará o trigo da palha




Este título resultou de uma consulta a um conhecido intérprete de sinais que indicam o futuro.

"Separará o trigo da palha" Foi a resposta que encontrou quando se lhe colocou a questão da aprovação pela AR do próximo OGE. Pedi-lhe que explicasse melhor. Só disse: "Nascimento" e mais não disse a não ser que não responderia a mais nenhuma questão. Só me resta interpretar as palavras. Creio que Passos Coelho vai votar contra o Orçamento proposto pelo PS de Sócrates. Vai nascer um novo país e muitos verão a pia ser-lhes retirada. Não vou adiantar mais nada, pois o que eu pessoalmente prevejo é uma revolução que vai até certo ponto acabar com a rebaldaria em que se tornou Portugal. Oxalá seja do tipo bons rapazes como foi a do 25 de Abril de 1974.

Mais não digo, isto porque tudo leva a crer que este ciclo terá fim.

Tratem dos passaportes rapazes..........................
mmb

terça-feira, 12 de outubro de 2010

É PRECISO COMBATER A TRAIÇÃO



As medidas restritivas impostas pelo último primeiro-ministro desta República não foram bem recebidas. Sócrates meteu-se a retirar privilégios a tudo que era mais ou menos escandaloso. A última medida afecta alguns magistrados. Estes reagiram como é óbvio. Até aqui tudo bem. Quem não sente não é filho de gente!!!!!!!!!! O pior de tudo foi ouvir uma madame Pinto do Bloco de Esquerda reagir contra a medida. Não se percebe o que pretende esta esquerda à portuguesa. Esta esquerda é uma encapotada escória burguesa. É preciso estender o rigor a todos. Mas a todos sem excepção. Só assim se consegue implantar um regime que não deixe alguns de fora. Todos, mas todos têm de estar nesta onda. Quem a furar terá de ser chamado à pedra e denominado de traidor. Quem deseja que Portugal se afunde só pode ser considerado traidor. A traição paga-se. Quem mexe ilegalmente nos dinheiros do Estado é, neste peíodo de grande carístia, um verdadeiro traidor. Quem se aproveita deste descalabro para seu proveito e de "sua família política" é traidor. É traidor todo aquele que ajudar a enterrar este País seja ele do clero ou da burguesia. Vamos estar atentos para os denunciar e combater. Só nos resta lutar outra vez.

mmb

domingo, 10 de outubro de 2010

ERROS MONÁRQUICOS OU FALTA DE CONHECIMENTOS

Um dos erros que cometem os monárquicos e/ou simpatizantes é permitir que se difunda a monarquia portuguesa como sendo a culpada por todas as desgraças sociais que o país sofreu antes do aparecimento "destas repúblicas" sem contrapor. Os monárquicos portugueses assistiram ao desvario dos que sequestraram o Estado - 1910 - sem se organizarem. Deram oportunidade que surgisse uma ditadura misturada de catolicismo reaccionário e prepotência militar, logo após o afastamento dos republicanos que iam salvar a Pátria. Estes líricos que apregoavam melhor Saúde, melhor Educação, melhores Vias de comunicação, mais Habitação , mais Emprego, menos Igreja para todos os portugueses sabiam que isso era ficção mas olhavam para o lado. Quando acabou o crédito e o saque ao Estado terminou , os republicanos (não se pode atribuir estes crimes aos monárquicos, claro está) fugiram, como ratos que são os primeiros a abandonar um barco prestes a afundar-se aconselhados pelo instinto, tão despressa os militares se zangaram. Os militares sempre dispostos a obedecer quando os vencimentos estão em dia aperceberam-se que a coisa ia ficar cinzento carregado (não digo preta para não dar a algum filho de puta ocasião de me chamar racista e reaccionário que não sou) e vai daí tomaram o poder económico. Como nada percebem de contas foram desencantar um bom contabilista para pôr cobro à desbunda. Depois veio o Salazar - que até era monárquico e etc e tal que toda a minha gente sabe do que se trata pois há bem pouco tempo votaram nele como o maior português de todos os tempos. Abreviando que não tenho muita pachorra, a falta de dinheiro sempre foi causa de revoluções. Porra, mas que grande novidade. A falta de dinheiro quando ataca os pobres transforma-se na falta de pão. É sinal para fugirmos. O povo fica cego de fome e quando aparece um maluco que com uma espingarda faz pum!, pum!, aquele segue-o como se tratasse de um Messias. Nestas alturas, o povo consegue apropriar-se de alguns bens e como o poder se esvazia existe uma propensão para se criar no papel medidas em prol dos mais desprotegidos. Quem passa ao papel as regalias não é o povo - que não sabe ler - mas os letrados messias. Os messias passam a governar pois tornam-se insubstituíveis e vai daí congregam-se em grupos que sacam para si e para os seus a melhor parte dos despojos. Surge de novo um ciclo tal qual o ciclo da chuva. Durante o período do Estado Novo ficámos a saber - e obrigados a estudar - que a República que se seguiu (2 anos) ao crime de homicídio na pessoa do Rei Dom Carlos era composta por gente do piorio. Agora, nesta República - por enquanto não é para rir - estuda-se o mal que a ditadura salazarista fez à malta, ao país, ao mundo e não sei mais a quê. Que os salazaristas eram assassinos, criminosos, fascistas confessionais, etc..................
Vem aí borrasca da grossa. Já cheira a FMI, a cortes de tudo, tomates incluindo. Os que virão posteriormente salvar a Nação Portuguesa hão-de dizer tudo o que lhes der jeito para condenarem os criminosos autores da recente temporada caída em desgraça.
Bem, eu dei dentadas no Diário da República quando soube que os meus impostos serviam para pagar despezas com passeios, comilanças, carros de luxo, casas de luxo, putas de gabarito, ordenados de marajás, encher contas na Suiça de dinheiro roubado, perdão desviado... estaria aqui até amanhã a descrever aquilo que fazem com os meus impostos uma caterva de correligionários de assassinos. Por isso, só vou acabar esta merda dizendo que para além de ter dado dentadas no referido diário até chorei gritando. Pois, não querem ver que o meu dinheiro até serviu para pagar o ridículo, piroso, rural, pestilente, lodoso chapéu com que uma primeira dama se aperaltou quando foi fazer uma visita régia no estrangeiro.
Viva o Rei!
mmb

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

JAIME GAMA O LÚCIDO




Disse o dr. Jaime Gama no dia em que a República comemorou cem anos: "Ninguém é dono da República!". Oh, senhor doutor! Quem é que quer ser dono de uma coisa que está falida? Ninguém! A não ser os que a tal forem obrigados. Eu não sei qual será o desenvolvimento que vou dar a este texto. Antes que tal "se desenvolva" quero afirmar o seguinte: a República não é a minha Pátria. No território Pátrio, a República teve e tem espaço. Não o posso negar, mas posso contestá-lo. É aqui que a coisa fica de tremeliques. Uma pátria sem nação é como um galinheiro sem galinhas. Uma nação sem estar politicamente organizada é como uma casa de passe só com proxenetas. Os meus quatro habituais leitores tenham calma. Eu ainda não comecei a chamar nomes a ninguém...

A minha Pátria tem 857 anos de existência. Comemoramos os últimos cem... Não comparando, era como se eu que tenho 69 anos apenas comemorasse os últimos 20. E isto porque tinha feito uma operação para alterar o sexo e me transformava em mulher há 20 anos. E então, os meus 49 anos como homem? Vou atirá-los ao gato? É complicado, eu sei, mas não posso ser só mulher. Credo em cruz, salvo seja o Padre Cruz. Esta comparação é coxa! Retracto-me já. A nossa Nação é muito misturada. E isso deve-se não só por termos sido invadidos como nos cruzámos com vários povos que fomos conhecendo (e fodendo, claro está). No princípio da nossa nacionalidade fomos tendo como parceiros na nossa organização a Igreja. Ela tinha os livros, a cultura, o método, a sabedoria e estrutura. Até nos ajudou com armas. Eu que não sou de Igrejas nem sou pagão, não posso deixar de lhe dar o devido valor (claro que às vezes e quase sempre não é muito recomendável). A Igreja sabiamente foi sobrevivendo e tornando-se imprescindível. Até - o foi nas democracias burguesas - que as tivemos. E isso deve-se a um dispositivo biopsicológico que coloca o ser humano ao dispor de quadros imagéticos. Não há pátria sem benzeduras... há que viver com isso. A nossa Nação não a dispensa! Porém, foi alterando os métodos. Ela ensinou durante séculos. Temos que lhe agradecer o gesto e o jeito. Vou saltar. Na monarquia, onde os republicanos tinham o seu lugar nos órgãos de decisão, também houve adaptações. Dos monarcas absolutos passámos a monarcas constitucionais. A monarquia foi percebendo que a política e os seus jogos deviam ser separados. O monarca passou a reinar e a política e os políticos a governar. O monarca acaba por encarnar o espírito da nação. Assassinaram o Rei Dom Carlos. Ele representava a Nação portuguesa. Qual a utilidade do crime de homicídio? Mudar o regime? Matar o espírito?

continua

mmb

VARETT - entrevistado por Paulo Rehouve



pressportugal

Existe alguma época em que a pintura represente para si mais do que panoramas de estágios pessoais com correspondências sócio-económicas?

Varett

Repare numa refeição brasileira algures no início do século XIX: feijão preto misturado com farinha de milho e um pouco de torresmo de toucinho frito... Penso que hoje em dia é tudo muito diferente. Se olhar a pintura através dos tempos ela também me diz que dá saltos. A pintura é feita por homens. Estes têm sempre correspondências em tudo o que fazem. A pintura faz sentido para mim na minha época. A minha época limita-me apesar de me servir dela para olhar o mundo para trás.

pressportugal

A pintura é sentimento?

Varett

Claro. Eu, por sinal, pinto ou tento pintar sentimentos embora o faça de várias maneiras.

pressportugal

E como o faz?

Varett

Olhe, eu já pintei duas angústias. Tendo em conta que ela é única, veja só.Um dia comecei a pintá-la porque a vi nas feições de uma pessoa. Mais tarde dei por mim a pintá-la (angústia) sem ter qualquer referência. Sei que a expressei na tela embora a sua compreensão não seja extensível a outros. Para mim ela é bastante perceptível.

pressportugal

Será a pintura negócio e arte, só negócio ou só arte?

Varett

Para mim é como a medicina. Há os que curam e cobram. Há os que só curam. Eu só "curo", ainda não comecei a cobrar. Não consigo dar aquele salto. É complicado.

pressportugal

Que pensa dos que negoceiam com a arte?

Varett

Alguns são mecenas. Nem tudo é mau. Reajo negativamente quando se corporativizam e seleccionam artistas com base em critérios duvidosos.

pressportugal

Que pintura se faz em Portugal?

Varett

Há em Portugal uma pintura de ideias e ideias que são pintadas. Há quem se dedique à paisagem, ao retrato. Há os que pintam para a parede e para o gosto da clientela decoradora. Pinta-se muitas vezes pelo petisco, pelo prazer, etc. De Almada para cá os nossos pintores portugueses provaram que são tão bons ou melhores do que os outros. O que ainda não aprenderam foi a serem unidos e isso impede-os de transpor fronteiras. Também os responsáveis pela Cultura não têm estado à altura para a promoverem a nível internacional, como , por exemplo, se faz na vizinha Espanha, França, etc.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A PRIMEIRA REPÚBLICA PORTUGUESA DATA DE 1383





Nota introdutória: sou monárquico de natureza determinista! Aconselho aos monárquicos a não leitura deste texto. Por uma questão de pruridos, também não é de indicar a sua leitura a republicanos decentes.

ORA BEM

A nossa Pátria começa - sec. XII - com Afonso Henriques. À força! Era moda do tempo. E à força nos transformámos em monarquia. Ainda bem para nós que evitámos misturas com outras coisas humanas da Península. A chamada Primeira Dinastia estava voltada para a terra e para a expansão territorial dirigida até para dentro das terras de Leão e Castelas. Temia-se a unidade com a restante península. Esta política de guerra dirigia-se para a sobrevivência. Era a que tínhamos. Foi para materializar este estado de espírito que Dom Fernando - o que casou com Dona Leonor de Menezes (Menezes por parte do primeiro marido) - intentou por diversas vezes incursões a terras dos leoneses-castelhanos. Dizem que Dom Fernando era muito formoso daí o "diminuitivo" de O Formoso. Apaixonou-se pela Menezes e nomeou-a de Telles (seu antigo nome de solteira). Dom Fernando não comparando era como um ex-recente hóspede de Belém - palácio que fica junto dos Pastéis de Belém - também ele casado duas vezes. O problema foi o da filha de Dom Fernando ter casado com o Rei de Castela. Naturalmente que pelas nossas leis quando morresse Dom Fernando que ela (Dona Beatriz) se tornaria Rainha. Teria como marido um Tal Dom Juan que era como atrás referi também ele Rei por acaso. Que grande problema, pensaram alguns. E agora que vai ser do comércio para o Continente Europeu se Portugal se unir a Castela?

Quem assim pensou foram uns antropomórficos que davam pelo nome de ingleses. Castela tomaria nas mãos todo o comércio da área e ditaria as regras a seu favor. Na altura os ingleses não tinham o M16 e os 007s com que lixam, perdão fodem o planeta, mas tinham espiões comerciais ao seu serviço. Não lhes convinha tal unidade na Península. E vai daí toca a imitar a CIA da altura: provocar cisóes internas para arranjarem marionetas que lhes permitissem dominar a zona. Compraram alguns naturais com alguns trocados e promessas de enriquecimento. A eles - ingleses - convinha acalentar o desacordo entre monarcas peninsulares. Como a coisa não lhes estava de feição, pois para além do perigo comercial que oferecia o casamento atrás referido, a sua substituição no poder pelos filhos de Dom Pedro I não auguraria rotura na orientação política. Dom João e Dom Dinis viviam em Castela. Eram por assim dizer amigos. Não esquecer que sua mãe era, como hoje se diz, espanhola. A coisa está cinzenta - não digo preta por não ser racista e não estar sujeito a interpretações de certos filhos de puta - pensaram os anglo-saxões (para não lhes chamar outros nomes, como por exemplo os que chamei ao filho de puta do Blair). Que fazer? Era simples. Um filho ilegítimo do Senhor Dom Pedro e de uma espécie de rameira que dava pelo nome de João Mestre de Avis seria o ideal, pois esquecia que para ocupar o trono - que tanto custou a Dom Afonso Henriques - havia herdeiros directos e de sangue. Bem, encurtando ideias, senão passo a historiador, os ingleses compraram o Mestre e alguns dos seus amigos com dinheiros e homens de armas e promessas imobiliárias. Até enviaram um verdadeiro exército com técnicas modernas para a altura: a disposição em quadrado para melhor se defenderem dos castelhanos. Estes, percebendo que os ingleses lhes eram superiores, abandonaram o quintal desocupado onde pretendiam brigar. Ganharam folgadamente os ingleses - digo ingleses porque as "tropas" portugueses apenas formavam uma ala. E como eram todos uns belos putos ficaram na história pelos da Ala dos Namorados. Ou Namoradas, pois os ingleses também petiscavam rapazes ao modelo dos Gregos Clássicos. Pedófilos, por assim dizer. Bem, mas isso não confirmo. Não estava lá e não acredito em tudo o que leio ou dizem. Os ingleses, sempre eles, meteram na cabeça do Mestre que este se fizesse eleger Rei. Podem rir à vontade que eu não me ofendo. Eleger o Rei? No século XIV? Tenham dó de mim que não sei se sou diabético. Não faço análises! Eleger um monarca e mais a mais na nossa Pátria do século XIV. É obra. Escusado será dizer que o pobre Mestre teve de casar com uma inglesa para o agarrar até ao tutano. A tal ponto que fomos obrigados a ir roubar para o Norte de África. O filho da Ana pernas abertas feito Rei... E Eleito! Pior só a "instalação" da II República em 5 de Outubro de 1910. Outra vez os ingleses e a sua agente Filipa de Lancaster-Lencastre com um exército de mercenários nos obrigaram a ir mais além para sacar Ceuta. Daí até estarmos a comprar e a vender escravos foi um ápice. E foram mandando em nós até muito depois das invasões francesas. Tínhamos dois reis. Um inglês e outro indígena inoperante. Um dos reis ingleses chamava-se Beresford. Este até mandou enforcar um português de cepa, o general Gomes Freire de Andrade, por este olhar para dentro de Portugal... Essa dos ingleses mandarem nos portugueses não é novidade para as novas gerações. Ainda há pouco tempo vimos um sacana de inglês de nome Blair levar-nos para uma outra guerra. a guerra com os islamitas com quem nós estávamos em paz desde o século XIII. Já não se trata do Mestre filho da Ana Pernas Abertas ao Rei, mas sim um tal de Durão Barroso que assinou um tratado de guerra. Ainda não sabemos qual o preço a pagar. Veremos. Ora bem, este texto é para corrigir interpretações históricas que esquecem o nosso passado. Na medida do possível, está claro.

Ps: Esta Segunda República faz cem anos. Parabéns e viva o Rei!

mmb

domingo, 3 de outubro de 2010

O QUE É A DEMOCRACIA?

A democracia é um regime que torna os ricos mais ricos e os mantém no poder através do voto dos pobres.
Varett