sábado, 5 de novembro de 2011

o hino nacional dos estados unidos da europa


o povo europeu? será possível dizê-lo? não, definitivamente não. mas, ressalve-se a denominação de europeus. quem são? se quisermos chamar nomes aos brancos que se estabeleceram em áfrica, aqui está a solução económica da linguagem. os russos são europeus? claro que são. só que para a malta cá do ocidente, eles não passam de russos. mesmo os que ainda há dias pertenciam ao ex-império soviético e que foram admitidos na europa dos ricos são lá nada tidos como iguais a nós. eles são loiros e elas também. mas na europa do aço há os loiros da alemanha e os menos loiros da frança. e depois? eles é que mandam. mandam? enquanto nos emprestarem dinheiro para a gente lhes comprar o que produzem a gente não quer outra vida. eles se não nos emprestarem o cacau também não vendem nem mais um parafuso. e os chineses já têm parafusos a mais. ah, estás a esquecer-te da inglaterra que se designa de reino unido... estes não gostam muito de se misturar. não é que eles perceberam a tempo que não deviam aderir ao euro. adivinharam a tempo que a europa não passava de uma sociedade de comerciantes que não conheciam a mãe a quererem mercados para impingir produtos. a história dos povos europeus. calma, calma. eu não sou historiador nem estava lá. o que vou dizer não passa de invenção. a gente (porra para o nós, eu não quero misturas) desde que senta o cu na escola pela primeira vez leva logo com os berros histéricos dos mestres acerca dos feitos dos nossos avós. avós de alguns, está claro. ele mete a faca no pescoço dos traidores. lá vêm os franceses a matar toda a gente que encontra pela frente. foda-se e os ingleses que nos ameaçam há seiscentos séculos com uma porra de uma aliança que nos torna o seu mais antigo aliado. filhos de puta que só se serviram de nós e ao longo da história nos colonizaram como indígenas de pele escura. esses grandes merdas chegaram a matar a malta que os queria ver pelas costas do nosso torrão pátrio. ah, como eu gosto dos dinamarqueses. explico. invadiam a inglaterra matavam os ingleses como carneiros, fodiam-lhes as mulheres e os que escapavam eram feitos escravos mesmo na velha albion que é como se chama aquela puta de gente. vamos para a história contada por mim e não pelo beato do mattoso filho. de repente lá vêm os castelhanos. toca a fazer guerra contra eles. passados anos, o nosso rei filipeII começa a quebrar os cornos aos ingleses com tiros de uma armada muito visível. depois foi a frança numa guerra contra a inglaterra que os historiadores tidos como verdadeiros chamaram da guerra dos cem anos. bem, ela não durou sempre. tinha uns grandes interregnos para irem foder as mulherese procriar como os porcos. a alemanha teve guerras e batalhas que eu nem sei. as que me lembro foram duas. a primeira grande guerra e a segunda grande guerra. nesta última, que eu ainda cheguei a sentir por tabela, toda a europa e os seus habitantes se guerreavam. contra quem? contra eles próprios, está-se mesmo a ver. ao contrário dos americanos que mal cabaram com a sua guerra civil se tornaram americanos. corações ao alto. mal acabou a segunda guerra, os europeus (eh pá, não passam de europeus...) foram cada um para o seu lado e levaram consigo a língua e as tradições. cada um foi fazer o seu ninho na esperança de vir mais tarde a foder o próximo. é que o próximo para o europeu (não me ocorre outra designação) é sempre um adversário ou inimigo. adversário na economia e inimigo quando esta dá para o torto. e os suiços? que raio de gente que vive em cantos (ah,ah,ah!) da montanha e lida com o dinheiro de quase todos os povos do mundo. eu sou americano diz qualquer um que tenha nascido ou pedido a nacionalização no território da américa. ich bin berliner! está asno, disseram os russos - que ocupavam o berlim oriental - às bocas do kennedy. algum alemão dirá eu sou europeu e tu ó escuro meridional és como eu, meu querido. e os trastes dos ingleses? os franceses são mais acomodados a certas coisas. são mais elásticos na ideologia. sartre deu uma ajuda. também não admira, pois eles eram considerados os mestres do sexo oral quando isto ainda era tabu (a palavra tabu lembra-me sempre do outro) e a dra. marta sexóloga ainda não o tinha promovido ao altor do baco machista nacional. que ricos europeus. quer dizer, a grécia viu-se à rasca e de repente já lhe estavam a fazer-lhe um caldinho. isto é, preparavam a sua expulsão. só que depois é que perceberam que poderia seguir-se o caos europeu. mas que grande filhos de puta. não tens com que pagar o que deves, então deixas de ser europeu cá dos nossos. ora, isto faz-se, gente sem coração. tenho de parar pois estou com riso convulso. estou a rir-me das minhas asneiras tal qual o herman josé dos seus retroactivos quadros teatrais que passam na moribunda rtp1/esgoto e no seu programa que não lembro o nome. bem, vou terminar. já agora retomando a tese inicial: lá vem o feioso durão de bandeira na mão a cantar o hino (no meu próximo número vou inventá-lo), seguem-lhe as pisadas a frau merkel tendo a seu lado o senhor bruni com um bébé ao colo (parece o baixinho napoleão com o filho nos braços a quem fez rei de roma). segue-se uma caterva de engravatados vestidos de igual para não serem identificados(calculo eu). no fim vem uma banda de música da minha terra: a música da relva. ora deixa cá ver o que me vai sair no primeiro verso. puxa, pela cabeça. puxa pela cabeça...

cá vai:

comprai comprai

preservativos da noruega

cuecas da suécia

comprai comprai

salsichas de boémia

durão a solo: comprai comprai

merkel: cerveja de munique

todos em coro: comprai comprai

sarkosy: leite da frança

todos juntos: somos uma nova nação. comprai comprai

iguais! seremos iguais mas não do mesmo tamanho

deputada europeia nacional: os do sul são até maiores. pegai pegai

fim. se tenho de pedir desculpa, é a mim.

mmbento
nb: escrevi cerveja com s. já há muito que a não bebo. será que pensei em sede quando a coloquei no texto? e como ela no passado recente me a matava muito... tenho de rever o quê? psiquiatras a estas horas, não!

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