segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

bom ano aos filhos do deus ou do universo, é o meu palpite-desejo para 2014

- e você aí, que idade tem?
- duas por semana?
-  há gente para tudo! que ordinarice!
- aquilo que está na cabeça das pessoas serve-lhes de guia para interpretar o mundo que as rodeia. o que está a pensar não é o mesmo que eu!
vem isto a propósito de considerarmos tudo o que nos interessa sem nunca usarmos o "dicionário" social. numa época em que alguns portugueses estão a passar dificuldades que os impedem de poder tomar uma refeição decente, a estação televisiva do estado passa concursos de belos petiscos cozinhados por altíssimos maîtres. mal comparando era como vermos (alguns) a crucificação de cristo  ao vivo e termos ao mesmo tempo uma tailandesa a massajar-nos o caminho entre os joelhos e o umbigo. dói-lhe? pergunta a moça. a mim nada. nada mesmo. até que está tão bom!: respondemos. este é o universo onde nos atolámos. melhor, onde nos coube viver. este ano, mercê de três "malucos" ficámos a saber que alguma tropa invasora dos países do islão se treina a matar civis desarmados. que todos os países se espiam uns aos outros e que o papa francisco diz o mesmo que todos os seus antecessores mas com redobrado êxito. o seu sucesso deve-se ao fato de o seu sorriso ser sedutor e à necessidade que o mundo tem de alguém  que pareça uma pomba branca imaculada  a voar sobre os milhões de crimes que damos conta diariamente. o universo ou seja lá deus criador fizeram-nos mal feitos. segundo a nossa consciência que procura discernir o bem do mal, está claro! se nos acontece alguma desgraça ou ela é devido a um desastre natural ou então trata-se de um desígnio divino. uma coisa ou outra não deixa de ser uma grande chatice. andarmos a reforçar metade da população mundial com armas mortíferas para limpar o casco à outra metade, eh pá, que chatice! estou a voar como de costume e perdoem-me os disparates que digo e ainda faço. lembro-me de quando alexandre soares dos santos (o milionário português) foi ao programa do par judite de sousa e  medina carreira (uma espécie de fred astaire e ginger rogers dessincronizados). nos próximos dez anos - dizia o bem empossado cavalheiro - os partidos da rotatividade deviam assinar um pacto de amizade pelo período de dez anos. isto para levantar o país.  era de fato um passo em frente. mas nada tem a ver com a natureza humana. e esta é que conduz os destinos de tudo. claro que as velhinhas e os que têm contas recheadas nos bancos gostariam que assim fosse. ai que paz! era tão bom! e o resto da população mundial que passa fome e é assassinada como os antílopes quando os leões e outros reis da selva querem refastelar-se com carninha  fresca? não há bênção do papa francisco que consiga dar a volta a isto. termino já, pois estou a ficar nervoso. não é que uma viúva negra deu para se transformar em porta-bomba suicida e lá mandou uns quantos russos para o outro mundo. se calhar estava  a querer vingar a morte de um familiar ou familiares... quando vejo uma gazela a ser devorada por um leão apetece-me fornecer-lhe um pistolão para dar cabo de quem a quer comer. e depois de o leão estar a contas com um ou dois balázios no coiro dizer-lhe: experimenta comer erva meu leão, perdão, meu cabrão.
bom ano de 2014 a todos os que ainda estão vivos.
mmb

domingo, 22 de dezembro de 2013

em 1628 - no porto - uma multidão enfurecida escorraçou francisco de lucena por este ter aumentado os impostos

este tipo de grito de revolta a que deram o nome de "motim das maçarocas" teve como objectivo ir à farronca do antigo secretário de estado (uma espécie de passos coelho de hoje). e porquê? é como está escrito no título: a culpa foi por ter aumentado os impostos ou aconselhado a tal. passados quase 400 anos a malta que tem sofrido com o aumento dos impostos limita-se a cantar a grândola ou a interromper - na casa da democracia - os que por meio do voto legal se alcandoraram nos órgãos de soberania e que não atinam com os negócios de estado para o qual deviam estar preparados, como se verifica pelos resultados da governação não estão. ivo margarido deu para berrar contra o que achou de indecente com o embrulhar no esquecimento dos golpes na banca e que fomos obrigados a pagar. nós que nada temos com tais crimes, reforce-se a ideia. o homem foi abrir a boca quando falava o quase pelado passos coelho. o que lhe aconteceu? está com termo de identidade e residência e sujeita-se a ir de cana como costumavam dizer os meus antigos companheiros de cárcere. francisco de lucena acabou por ser tramado por um determinado grupo e acabou por perder o pescoço. acho que há certas atitudes que deviam traduzir-se por simples coimas aplicadas pelas forças policiais e que não deviam passar disso mesmo. fazer barulho com decibéis proibitivos paga tanto. quer dizer, mandar um primeiro-ministro à merda ´só devia ser motivo de multa quando atingisse um determinado tom vibratório. de outro modo estamos como no tempo do botas/cerejeira, isto é não se podia falar sob pena de perdermos a liberdade. acho que é salutar mandar o merdoso-bem-fanante do primeiro ministro à merda. e por que não? está-me a cheirar a um modelo de ditadura que finge ser democracia. com este passos coelho o país encontra-se no caminho que o manuel alegre versejou: "vão-se os homens desta terra ficam cabras sem pastores ..." nota: retiro a palavra merdoso antes que seja tarde. ah, também retiro a palavra merda porque já estou a ficar medroso! também não subscrevo o ataque aos bancos que o senhor ivo atirou para o ar. retiro tudo o que possa suscitar alguma ofensa. retiro tudo menos o pénis do cutileiro que o prof. pulido valente informa ser tão importante como a torre eiffel para se vender portugal. mas também não quero escusar a futura utilização da parte da obra de cutileiro se por acaso o povo fizer aquilo que o dr mário soares vaticinou e não tiver armas para foder os que estão a transformar portugal num condado comunitário..

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

estamos sem estado? levantemos a espada de afonso. e zás!

o que nos espanta muito é haver ainda parolos que acreditam que esta fação do partido social democrata - aliada ao partido de paulo portas - representa os interesses do estado português. o estado como era compreendido não se confundia com mercados e produtos financeiros. aliás, quando do derrube da ditadura salazarista ninguém se atrevia a pensar entregar a "pátria" aos estrangeiros, salvo o partido comunista e alguns grupos de direita que se aliaram aos estados unidos. socialistas, social-democratas e centristas eram cada vez mais pró-américa sempre que no terreno o pc avançava. a loucura desses tempos "idos" não se enquadrava com a ideia de um país subjugado e espatifado. por todo o lado se cantava a portuguesa. gostávamos de ouvir o hino nacional quando este fechava as emissões televisivas. no tempo da outra senhora ninguém o ouvia até ao fim. não abro exceções. era assim porque a malta confundia o hino com salazar, caetano, os bufos e outros credenciados instalados. quando viajávamos de carro pelo estrangeiro saíamos com a alma aberta para o céu da europa. era só alegria. depois, na volta, termos tido consciência que "essa europa" não passava de uma grande fábrica que nos queria meter lá dentro, só o fato de nos aproximarmos da fronteira era o suficiente para batermos palmas. era portugal que nos esperava com as suas "misérias", o futebol, as vincadas classes sociais, a censura, o amor em portugal diferente de uma queca numa bifa bêbeda, uma noite de copos e fado e o contar dos tostões, os livros do luíz pacheco,a crítica mal dizente de tudo. ah, e fátima terra de fé. fosse mentira ou não a invenção da pastora lúcia, era (é) um modo de juntar gente como nas romarias a delfos ou coisa que o valha. unidade até na religião: 95% de católicos. éramos um todo. acho que posso dizê-lo. mal amanhado, claro. bem, o estado com aquela raça de "patifes" metia medo. depois alongava os tentáculos aos tribunais. e aqui era mesmo a doer. viva a liberdade gritou um jovem. foi o quanto bastou para ser preso por três anos. acreditem. se duvidam, vejam a origem da amnistia internacional. esta prisão está na base da criação desta instituição! que alegria foi mandar para o bueiro esta gente que se tinha apoderado da máquina do estado. e foram! respirámos fundo. mas qual quê, depois de um interregno de 30 e poucos anos, vespas mais sedentas vieram substituir aqueles queridos. tudo bem. a democracia implica alternativas. é uma saída. podíamos escolher para melhorar o que estaria mal. é então que damos por nós metidos numa armadilha da qual não podemos sair. ou votamos nos bons que depois se tornam maus ou votamos nos maus que se tornam bons e que depois se tornam maus. e com esta gingação fomos perdendo a noção de estado como unidade nacional. hoje, os que representam o estado estão à frente de negócios que cheiram a privada. a privada não olha a meios para atingir o máximo de lucro. ela produz regras próprias e se não tiver a mão reguladora para corrigir abusos ninguém a parará. neste momento bastante triste - para não atirar palavrão - quem faz as regras é a privada através dos seus homens de mão. foi-se o espírito de estado! tentaram desviar o estado dos seus compromissos. o tribunal constitucional parou-os. não sabemos por quanto tempo vai aguentar. entretanto a corja aproxima-se do tribunal constitucional fingindo cumprir a lei fundamental. é a cena mais perigosa. o tribunal constitucional é hoje onde se encontra o estado português. como assim? é como a garrafa do aladino. passos vai esfregá-la e quando o génio sair dela vai matá-lo. e antes que ele o faça levantemos bem alto a espada de afonso I. e zás! só assim não resvalaremos para a fossa capitalista selvagem. mmb

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"não vou responder à sua pergunta, o que posso dizer é o seguinte." quando a pergunta é de fundo ele não é de cá. não é a resposta de um tolo mas sim do primeiro-ministro



ps: esta entrevista ao primeiro-ministro bem poderia ter sido substituída por uma preleção dominical tipo "conversas em família" do saudoso pré-democrata marcelo caetano. "a dívida cresceu, mas temos de ter atenção ao conjunto..." mas, afinal de que serviu tirar o pão da boca a milhares de infelizes para a tentar baixar? por que razão a entrevista foi dada num canal privado em vez de ter sido realizada na rtp? quais foram as medidas que aquela cabeça tomou mais os seus meninos  que  justificasse um aumento nas exportações? ele lá sabe, a não ser que para isso acontecer contribuiu muito os baixos vencimentos dos novos escravos a quem organizou o seu futuro... será que o programa cautelar terá a ver com o fato de pôr os pés no chão quando nos levantamos da cama no inverno? cautela, dizia a minha avó, pés no chão logo de manhã, pode dar dor de barriga! muita cautela! chinelos é o que se aconselha.
mmb

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

"ora bolas, leitora amiga. ..." foi a maria joão fidalgo autora de "a razão da raposa" quem teve o descaramento de escrever essa blasfémia (tesouro) em 1952, o tempo da fossa espiritual


às vezes é assim: um caixote de livros à porta de uma espécie de livraria, lá para os lados de campo de ourique. um pequeno cartaz encimava-o e informava que cada livro custava um euro. levei dois. uma biografia de einstein  por johannes wickert para juntar às outras que tenho do sábio e espertíssimo judeu. só que este livrito tinha como prefaciador o senhor nuno crato (professor e atual ministro da instrução. se dissesse educação estaria a provocar tudo o que fui como professorinho). o outro , já meio gasto, era uma seleção de éclogas de bernadim ribeiro pelo professor rodrigues lapa, uma 3ª edição da "textos literários" de 1947. tive o prazer, se assim posso dizer, de ao ler o trabalho de rodrigues lapa encontrar uma folha desnudada do original no meio delas. se comprei por aquele preço era mesmo para ler tudo. peço aos meus dois leitores que leiam para verificar o que pensavam as mulheres de lisboa acerca da sua tão afamada escravidão. que outro nome? só uma pequena nota: nuno crato escreveu um pequeno prefácio na biografia. até que se lê bem, só que deve ter sido antes de ter levado com uma barra no toutiço. eu aconselhava tratamento ao ministro crato. podia ser, por exemplo  ler com espírito aberto as primeiras cem páginas de a  "servidão humana" de sommerset maugham. como ministro deve estar a seguir os ensinamentos do tio e dos professores de philip para recriar a nova escola portuguesa.. buau!!!
mmb
ps: este texto obedece ao acordo, ao desacordo e à minha intuição. é a minha troika!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

a promessa de dom joão V teve como inspiração o útero de sua mulher e daí a enormidade do convento de mafra. qual teria sido a promessa que fez erigir o centro cultural de belém por cavaco? promessa de melhoria na obstipação da mulher?

e não é que se construiu por este país fora conventos, igrejas, sepulcros mais parecendo os nossos reis ou chefes políticos uma caterva de faraós. comecemos por dom joão I (usurpador do trono de portugal que nos vendeu aos filhos de puta dos ingleses no século XIV ajudado por comerciantes portugueses): que mandou construir o mosteiro da batalha (santa maria da vitória) para comemorar o tratado de windsor... a história diz que foi por causa da vitória dos ingleses (portugueses inclusive)  contra dom joão de castela, casado com a herdeira do trono português e que vinha reclamar o que pertencia ao pedaço. porém, eu não acredito nisso e quem me proíbe de fazer história com tanto mentiroso por aí que dá pelo nome de historiador? serei mais um! ora em 1383 que exército tínhamos em portugal? um amontoado de parolos peões-camponeses  capitaniados por senhores da nobreza que  treinavam armas com os touros do ribatejo. claro que para nós quem venceu os castelhanos foi o pagem nuno álvares pereira um dos filhos de um gordo padreca que tivera de várias mulheres uma coisa como 32 crias. como venceu? rezando, obviamente. ora, nós sabemos que foram os ingleses a invadir portugal para apoiar  comerciantes  que não viam com bons olhos a competição com castelhanos. os ingleses tinham uma longa experiência de guerrear, pois desde o século XI que lutavam para se libertar dos dinamarqueses que os ocuparam. os dinamarqueses fizeram de londres o seu bidé durante muitos anos. ora em vez de aplicar o que saqueou à nobreza no desenvolvimento do país, joão I dedicou-se a imitar o faraó do egito. e vai daí, lá vem o mosteiro da batalha. mas que necessidade havia de criar condições para desenvolver portugal se comprávamos tecidos e demais panos a inglaterra além do bacalhau (disse bem, bacalhau!) e esta comprava os nossos vinhos sem impostos que por acaso estavam na mão de ingleses? esta foi a prenda ou preço  que pagámos pela aplicação da tática do quadrado: empobrecemos. ao ponto de depois termos ficado tão miseráveis que eles (os filhos de puta dos ingleses) nos empurraram para o crime. isto é, chutaram-nos para o assalto a ceuta. a quem idiotas de historiadores denominam de princípio de expansão. eles só nos ajudaram com 7.500 mercenários... ah, ingleses eram também os filhos que joão I tivera da bifa filipa. até ao marquês de pombal estivemos de rabo voltado para espanha e de bolsos abertos para os ingleses. depois eles nos ajudaram construindo a carris, a companhia dos telefones, da eletricidade, do gás etc. ah, apropriando-se naturalmente de tudo. mal comparando, nós éramos os africanos da península a quem ainda hoje se lhes rouba as riquezas a troco de espelhos que fazem pum pum. vamos dar saltos no tempo senão vamos nos transformar em sacristães à procura das razões do aparecimento de tanta igreja... os portugueses foram treinados na rapina tendo como mestres os ingleses. os portugueses quando descobriram riquezas nas terras que foram encontrando, o que fizeram foi sacar sem qualquer critério. o que interessa(va) era a apropriação apenas. quando no brasil se descobre ouro, pedras preciosas e outros tesouros a ideia de criar condições ao desenvolvimento de portugal já era. se havia tanto dinheiro para quê a preocupação com a baboseira de desenvolvimento? isso é coisa de espanhóis e ingleses. dom joão V, que possuía um cérebro cheio de caca, resolveu aplicar quase um quinto do ouro do  brasil que sacava em impostos na construção de um sumptuoso palácio-convento como promessa a pagar a deus do céu (penso eu) no caso de sua mulher a rainha vir a dar-lhe descendência. assim aconteceu. o rei fez pau e a cloaca da rainha o resto. milhares de operários - durante 13 anos - deram no duro (alguns morreram) para mais uma pirâmide à portuguesa. e à portuguesa foram o resto do ouro e das pedras preciosas para pagar as nossas importações aos ingleses. o costume! mais tarde em substituição da entrada do ouro brasileiro chegaram os euros. entrava dinheiro por todo o buraco. nasceu dessa abundância uma elite de ladrões modernos que se enfeitaram numa tríada composta por banqueiros, políticos e empreiteiros. estes instalaram-se nas máquinas partidárias e foi um tal encher-se do erário público. por exemplo, houve uma altura em que o partido que gere os nossos negócios comprou um palácio para lá instalar a sua sede. uma verdadeira fortuna foi paga em dinheiro vivo. de onde veio o dinheiro? e eu sei? para comemorar a riqueza que veio da europa branca e com uma coisita de racista, o então primeiro-ministro, prof. cavaco, resolveu à imitação de dom joão V, mandar construir uma mastaba (centro cultural de belém). seria - como dizem as más línguas - para comemorar o fim da obstipação a que estava sujeita sua mulher. esta  tinha pedido  à senhora de fátima o milagre de pôr  fim a tal sacrifício? não sei se é verdade! penso que isso é assunto para especialistas já que camões  e o professor josé hermano saraiva já cá não estão para limpar e fazer uma história cheia de sonhos e epopeias mirabolantes à maneira de fernão lopes. a herança ideossincrática é tão pesada que não temos outra solução senão seguirmos os ensinamentos do antigo cardeal cerejeira de saudosa memória: meus irmãos (falava para os pobres para os anestesiar) deveis ser resignados. se hoje sois pobres, não vos chateies. é bom não esquecer que no céu deus vos esperará com mesas cheias de iguarias (naquele tempo havia muita fome). não invejeis os ricos que desperdiçam no lixo aquilo que vos faz falta. eles serão punidos e castigados pelos seus pecados. o alto padreca falava bem, lá isso falava. portugal é mosteiros, conventos, igrejas, basílicas. portugal é onde tudo pode acontecer na base do milagre. quando éramos um país que vivia exclusivamente da agricultura qual a razão de não termos empregado o ouro num plano de regas e de caminhos para maior crescimento do setor? porque razão comprávamos panos a inglaterra em vez de ter investido na indústria de tecelagem que estava ao nosso alcance? nesse tempo o cacau que crescia ia todo para construirmos igrejas e sumptuosidades. até que está bem! por que razão não investimos em estaleiros com tanto mar a envolver-nos, na indústria automóvel, na confeção de tecidos e roupas em série para exportar em vez de importar? por que razão não se investiu a sério na formação de gente em  tecnologias de ponta para poder competir com os produtos estrangeiros que sufocavam a nossa economia? não é rentável, dizem. então qual o nosso papel nesta europa? por que não desenvolvemos a indústria cinematográfica para podermos discutir com a merda que nos impingem quer a privada quer a estatal? temos mais atores por metro quadrado do que missas por alma. os interesses de classe sobrepõem-se aos interesses do país total. este mundo é assim. quando na ucrânia decapitaram o toutiço ao lenine eu parti a moca a rir. a luta de classes existe em toda a parte. até nos usa - prima dona do capitalismo selvagem -  está emergente. e só ainda não rebentou por duas razões: o emprego precário cobre o berro dos que sofrem e as centenas de polícias que vigiam tudo e todos. a luta de classes já não se parece com aquela que lenine "estudara". fome e miséria levavam a uma acesa luta entre os que comem tudo e os que nada têm para comer. hoje, a luta de classes centra-se na exigência de possuir uma boa casa de banho e a possibilidade de comprar carro e roupas de marca. não destruam as estátuas seus palermas. utilizem o espaço para urinar e para terem referências do colonialismo russo. ou então, façam como os portugueses: salazar "construiu" a ponte sobre o tejo. esta tomou o seu nome. quando os militares empurraram o estado novo para a fossa da história, os capitães impuseram outro nome: ponte 25 de abril. e não a destruíram... eu se fosse ucraniano tirava a barba e o bigode a lenine. pintava-lhe os lábios de vermelho. colocava-lhe uma cabeleira loira. vestia-lhe um fato de banho de duas peças e riscava o nome do grande chefe marxista substituindo-o pelo da antiga primeira-ministra lulia timochenko que está presa e prestes a ser libertada. no poupar está o ganho. até hoje tenho sido implacável com o balconista que se alcandorou ao lugar que anteriormente pertencera ao ex-seminarista antónio de oliveira salazar (salazar pela parte da mãe). não tenho refletido corretamente. o balconista não está sozinho. se os social-democratas quisessem já o teriam removido de são bento. bastava deixá-lo sozinho. abandoná-lo. mas qual quê estão todos feitos e no fundo estão com passos coelho na destruição do estado criado pelos verdadeiros humanistas que estiveram à frente dos destinos de portugal. o partido socialista podia abandonar todos os cargos políticos para não ser considerado cúmplice de um  grupo de fascistas que tomou o poder. o ps, neste momento, não perspetiva o país de amanhã. e chamavam marcelo caetano de fascista... as leis destes criminosos políticos colocam marcelo num patamar que só um lenine, marx e outros alcançaram... ah! ah! ah!
mmb

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

mandela e o interregno da guerra em áfrica. a seguir se verá...


morreu um homem que representou a partir de 1974 - se não erro - uma saída pacífica para o problema da áfrica do sul. mandela "cometeu o erro" de ter deixado a luta política para enveredar pela via da violência. isso levou-o a infringir as leis dos brancos racistas que governavam a sua terra e a de todos os africanos originários de áfrica. depois do assassinato de 69 africanos originários que se manifestavam pelos seus direitos (eram escravos na sua própria terra), mandela mandou à fava a via pacífica para defender os seus irmãos e foi o quanto bastou para ser acusado - pelos brancos usurpadores - de terrorista. pagou por essa interpretação com mais ou menos 27 anos de cadeia. e a destruição da sua família. antes de continuar a minha visão das coisas e para que não façam juízos errados acerca do meu pensamento devo afirmar que gosto do homem que ele foi. no dia em que foi libertado senti uma comoção e a sua morte deixa-me triste. ora, fala-se do legado de mandela como se isso fosse verdadeiro. nada mais falso. o que ele fez foi tentar derrotar o poderio branco racista com o pacifismo copiado por gandhi quando dirigiu a luta indiana contra o poderoso império britânico. de braços caídos  os indianos expulsaram os ingleses. acabou-se a mama e retiraram com o rabo entre as pernas. o que os ingleses queriam era confrontar os indianos no campo de batalha para lhes infringir pesada derrota devido ao seu forte dispositivo militar. tornou-se insustentável economicamente a índia britânica e esta foi-se. "a grande alma" gandhi,  de seu nome, era um intelectual e percebeu, ao contrário das bestas imperialistas que escravizavam o seu povo na base da repressão, que perderia no confronto físico. bom, voltemos a mandela. este teve - na prisão - tempo para perceber que pela força não poderia bater o branco ocupante, pois este com o saque que fazia às riquezas sul-africanas conseguia manter um exército todo poderoso. seria uma luta inglória com custos enormes em vítimas. é que para além do genocídio, o branco metia na prisão com penas perpétuas os líderes do povo originário. se na índia a economia expulsou os ingleses, na áfrica do sul a questão era outra. apesar de todos os países ocidentais - que agora choram a morte de mandela - apoiarem o regime branco (sabia-lhes bem ajudar na rapina do ouro, diamantes e metais preciosos), à volta da áfrica do sul estavam nada mais nada menos países governados pelos líderes originários que os libertaram do usurpador branco na base de uma guerra horrível com mortes para ambos os lados. moçambique era um deles. entre a áfrica do sul e angola está a república da namíbia que desde 1966 combatia a áfrica do sul - que a explorava - com uma forte guerrilha (swapo). angola estava em guerra de guerrilha desde 1961. logo, para além destes países os outros que faziam fronteira estavam em pé de guerra. e porquê? para se libertarem dos brancos que os roubavam, matavam e violavam. é história! isto não saíu da minha cachimónia! com a ajuda da rússia (urss) e da china, o ocidente começou a ver a sua vida a andar para trás e os seus carrascos e delegados sul-africanos começaram a fazer contas à vida. estavam cercados por todos os lados pelo poder negro. os brancos estavam preparados para a guerra, mas sabiam que qualquer vitória sobre os nacionalistas era como a vitória de pirro. e mais tarde teriam o mesmo fim da população branca dos países libertados que teve de pôr-se na alheta. é assim que começam a fingir uma aproximação a mandela - o pacifista - a quem tinham aplicado uma pena de prisão perpétua ,em 11 de junho de 1964 por traição à pátria dos brancos por acaso situada na sua terra. mandela percebeu a situação e pactuou nessa perspectiva de paz. era bom para os dois lados. far-se-ia a transição do "poder" (?) para os autóctones de um modo lento e a contento. ao branco de klerk sucedeu na presidência o nosso mandela. a riqueza continuou na mão do branco, havendo algum desvio dela para o originário para lhe calar a boca: a cena dos costume. resumindo: nas mãos dos brancos estão as riquezas da áfrica do sul encapotadas nas grandes companhias que levam de áfrica tudo que valha a pena e possa ser vendido no "mundo livre"  . ah, nessas multinacionais estão empregados muitos originários. agora, que o apartheid já está enterrado para inglês ver e os originários de cor perderam o seu símbolo da paz, o que se segue eu não queria estar lá para ver. o povo verdadeiro de áfrica do sul vai abrir os olhos e reivindicar tudo a que tem direito. e isso vai custar muito em vida e em bens. para lá vamos! ou julgam que quando os originários se aperceberem que estão a ser roubados não vão atuar como acontece ao longo da história quando um povo acorda? eu pago para ver. mandela foi o interregno da guerra entre escravo e esclavagista. sentidos pêsames. segue-se a verdeira libertação de áfrica. "áfrica para os africanos!" foi a boca do mr. kennedy quando se negou a apoiar a política salazarista. eu acrescentaria à laia de complemento democrático: originais. é que se assim não for que ganham em ser livres os autóctones se lhes continuam a roubar as matérias primas que vão enriquecer os ocidentais
mmb

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

o josé gil, o filósofo que ainda consegue pensar. portugal é um país privilegiado em tê-lo ainda.esperamos que não emigre, pois isso criaria um caos quântico





este empresário, que é o nosso primeiro-ministro, também pensa.

o estado português na mão desta gente está como a aranha



vi uma vez uma aranha agarrada pelas patas conseguir escapar. como o fez? deixou para trás três delas de oferta ao inimigo. lembro-me de no estado novo, o governo do prof. salazar ter comprado aos ingleses a companhia dos telefones que nos explorava. lembro-me ainda  muito bem da alteração do custo da chamada local que  passou de 50 centavos para 70. nós passámos a pagar mais. quem? os portugueses! não fora a atitude violenta e repressiva aos oposicionistas do regime; não fora o oportunismo da igreja ao colar-se aos seus crimes políticos; não fora entregar a fanáticos mentecaptos censores o espírito de crítica e de progresso; não fora, repito, a impossibilidade de a oposição ter lugar nos destinos do país, teríamos passado pelo período de maior glória nacional. a lição do regime foi altamente revigorante para a unidade nacional. é certo que esta assentava - em substância - na ignorância do povo e nas crendices que vendia a igreja católica através de um paganismo que arrepiava e ainda hoje arrepia. ao abater  o regime, os militares do 25 de abril abriram a porta à destruição do país. hoje, acima de tudo, estão as ideologias só depois vem portugal. as ideologias através das atuais forças partidárias levaram à perda da independência como aquela a que estávamos habituados. com o país atado pela dependência a potências europeias dominantes o governo preparou-se para voltar a entregar empresas nacionais a estranhos-estrangeiros. aludem os governantes que só dão prejuízo e que não são sustentáveis, isto é, não dão lucro. da maneira como gerem as empresas estamos aqui estamos a ver o estado a ficar só com as funerárias e as incineradoras pois a morte é um facto lucrativo e é um ótimo negócio. quem coloca no mercado de venda empresas como os estaleiros de viana é porque não tem capacidade de gerir os  negócios a eles inerentes. nós, contribuintes conscientes, sabemos que têm custos certas empresas. só que elas são nossas... agora, estarmos a pagar gorduras  a mercenários que se infiltraram nos dinheiros do estado é que não estamos para aí virados. não sabemos se estamos a lidar com traficantes e chantagistas, mas o que têm vindo a lume garante que a suspeição está instalada. e como diz mário soares: vem aí porrada! porrada com pancadaria. ai vem! ai vem! bem dizia a minha avó: onde há dinheiro há ladrão, logo - acrescento eu - toca a apanhá-lo com ou sem violência que sempre nos há de calhar algum...também.
mmb

domingo, 1 de dezembro de 2013

ordem da mirandela para barroso já!

Adicionar legenda
americanos pagam a cumplicidade de barroso na invasão, destruição e morte de milhares de inocentes no iraque com a comenda da ordem de mirandela. os açores ficaram sujos de sangue de inocentes por causa do servilismo deste senhor que nos meteu numa guerra contra o islão sem consultar o povo português de quem na altura era primeiro-ministro. estamos ou não ainda em guerra, já que fomos companheiros da aventura da guerra contra o iraque? foi chamando-nos burros que os yankies pagaram o apoio logístico da base aérea nos açores para que continuassem a explorar o petróleo da zona do médio oriente. que lucrou o país com aquele criminoso compromisso? ah, deram a barroso um púlpito internacional para fala-baratos. isso serviu de alguma coisa? ora que país de asinino-mirandês!

é esta república legal???



a república portuguesa foi construída na base da lei da bala e mantida à lei da bala. em 1908 caíram - feridos mortalmente -  el-rei e o príncipe real. os assassinos também morreram no local - terreiro do paço. dois anos depois, o novo rei encetou uma fuga para inglaterra via ericeira para fugir ao mesmo destino. a 5 de outubro de 1910 meia dúzia de civis declararam aberta a república proclamando-a através de um seu porta-voz. tudo que é confecionado  em lisboa passa a ter validade geral. como não tínhamos televisão o berro libertador foi feito da varanda da sede autárquica. em 1926, militares - vendo a sua vida andar para trás - resolveram dar por terminada esta república. a primeira das que hão de vir. em 1928 um dom sebastião de seminário diocesano formado em finanças públicas e antigo deputado monárquico deu início a um portugal de novo republicano mas já sem bagunça despesista. em 1933 impingiu uma constituição que vigorou até que militares cansados de fazer guerra com fracos vencimentos rebentaram com esta segunda república (alguns não a consideram república. podia ser pior). entrámos - em seguida - num período onde pontificou - como primeiro ministro - um militar analfabeto (no dizer do prof. pulido valente) que destruiu o que ainda havia de "bom" no país. em seguida, devido a entrada de fundos europeus, por venda da alma nacional, a república - a terceira - organizou-se. melhor dizendo, um tal cavaco silva  que chegou a primeiro-ministro pôs portugal a viajar em estradas, pontes e rotundas. aumentou o funcionalismo público até à rotura, construiu hospitais e escolas a dar com pau. quer dizer fomentou o aparecimento de médicos e professores cuja eficiência deixaram muito a desejar. os médicos ora estavam no público ora no privado:ubiquidade... era um tal esfolar. os professores foram feitos a martelo. daí que tenham horror a ser avaliados. e com razão... ficámos por esta terceira república dita de burros de mirandela?  (dito americano para nos classificar. ora, os filhos de uma puta que invadem países, matam mulheres, velhos e crianças ainda têm a distinta lata de nos comparar com burros (pobres animais) que não fazem mal a nnguém? burro alimenta-se de palha. os americanos de sangue. bem, vamos ao que interessa: um tal primeiro-ministro josé sócrates foi deposto do lugar de chefe do executivo por um golpe financeiro. o que se seguiu foi o aparecimento da quarta república chefiada por uma espécie até então desconhecida nos assuntos do estado: empresários sedentos de dólares e de euros. o que caracterizava a terceira república era a sociedade promiscua entre o estado social e uma quadrilha que se foi formando e que enriqueceu ofensivamente. agora com passos coelho o estado vai ser reduzido a um entreposto comercial. entrámos de cabeça baixa nestas repúblicas sem sermos consultados. vivemos uma democracia esquisita. não conhecemos os nossos deputados e não temos um rei ou um presidente que faça a ligação com o povo. falta legitimidade ao que se intitula seu representante por não cumprir os desígnios constitucionais. os deputados desconhecidos do povo decidem quase sempre contra os seus interesses beneficiando os seus concomitantes patrões na privada, já denunciados na comunicação social. não é de espantar, esta república assenta na ilegalidade pois nela nada foi sufragado. ah, perdão, a lei do aborto... que não tem no presidente, no governo nem na assembleia da república quem com ela se identifique. estes três órgãos de soberania estão do lado contrário do povo. até parece uma espécie de ditadura. e que ditadura!
mmb

terça-feira, 26 de novembro de 2013

dos quatro ministérios invadidos só um poderá aguentar mais tempo

o ministro das cervejas, por ser estruturalmente robusto, é o único dos seus colegas do executivo capaz de aguentar uns bons  dois minutos no jogo do sopapo que tudo leva a crer irá ter lugar dentro em breve  em vários ministérios. e a polícia? a polícia nos dias mais próximos está de mãos-morais-atadas pela triste cena da tomada das escadarias do palácio de são bento onde pernoitam e "perdiam" os representantes dos empresários, dos esquerdistas e de outros queridos que têm deixado passar imensas leis criminosas contra um povo e a sua constituição sem se aperceber que o próximo 25 de abril está já na forja. marcelo governava contra o povo - e os miliatres - e lixou-se, perdão fodeu-se e acabou no brasil e dar aulas que era o que ele mais sabia fazer. estas invasões nos ministérios que o povo mascarado de sindicalista (e vice-versa) anda a realizar fazem-me lembrar  outras, especialmente as de 12 e 13 de novembro de 1975 quando o governo e deputados à exceção dos comunas  não tendo ninguém (forças policiais) para os defender (eh pá, não gosto de ser sequestrado...) resolveu organizar uma fuga à dom joão VI para não levar umas bofetadas dos filhos de puta dos franceses e de alguns indígenas nacionais que eram do contra, isto é, eram republicanos. não pensem estes trastes  viajar até aos açores que maus cheiros já há lá que  baste. aqui - nos maus cheiros - não posso deixar de incluir o eleitor servilista regional que é de uma tristeza de todo o tamanho. só um aparte: cavaco lixou o povo açoriano e descredibilizou as suas instituições democráticas e como resultado de tal sacanagem foi o que mais votos obteve nas urnas aquando da sua reeleição. a rebelo pinto acaba por ter razão: não incomodem a burguesia com esses barulhos seus populaços reivindicativos. pois é, o governo e os deputados ficaram reféns de uns tantos ferozes trabalhadores de sindicato que lhes queriam ir às fuças. ninguém os defendia. nem os militares. a bagunça estava instaurada e a vida nada valia. trinta e tal anos depois, uns esqueceram e outros não tendo assistido ao perigo não fazem a mínima ideia do que é estar próximo de uma guerra civil em banho maria ou banho de sangue. estamos  falar de lisboa-portugal. não refiro terras do cu de judas. a malta não liga muito àquilo que alguns andam a preconizar. são como todos os que deixam para o último dia a resolução dos seus problemas. depois, é um ai madrinha que estou fodido! pois é, sem os militares e a sua cobertura nem o ranhoso lacaio dos americanos queria ser governo. estou a referir-me ao amigo do criminoso de guerra george bush. eh pá, esta merda saiu-me sem querer. é que não se pode ofender os americanos nem os seus cúmplices que isso até pode dar prisão ou um tiro no toutiço. quer dizer que em qualquer lado que estejamos a vida não vale um tusto. se levarmos a vida toda direitinha ou vem ladrão que nos assalta a casa e nos maltrata ainda por cima ou os pulhas que se infiltram nos corredores do estado  nos roubam descaradamente e nos obrigam a fazer dieta. ninguém, hoje em dia, tem palavra ou honra. nem eu! com as greves por tudo e por nada controladas pelo pcp, com todas as forças de segurança em atitudes desafiadoras contra estado de direito, com as greves dos meretíssimos juízes e procuradores através dos seus sindicatos, com os sargentos dia sim dia sim a imporem-se contra a desarticulação da instituição militar, com as greves semanais nos transportes e com aquilo que nos foi dado observar acerca do derrube das barreiras que impõem o limite para manifestações pela própria polícia é bom que nos preparemos para uma próxima madrugada... é pena que a dona zita seabra - que edita grandes pensadores portugueses como os casos de santana, filomena, etc. - não queira ganhar algum editando um manual de defesa e nos instrua como nos defendermos das invasões tanto de civis como das forças de segurança. este manual deve ser dedicado aos deputados, aos ministros, à dona maria cavaco silva (esta senhora está inocente neste caldeirão, e não achei bem que ela fosse apupada pela populaça aquando de um seu recente aparecimento público numa grande superfície comercial) e a muitos outros que nunca leram o que fez afonso costa e seus apaniguados no tempo em que portugal estav na fossa. ministro prevenido vale dois secretários de estado, um cartão com desconto de 10% no continente, um preservativo com música e a possibilidade de assistir a um filme na rtp1 à noite e que também se recomenda a presidiários. para terminar esta carta e que já vai longa: com a aprovação do tribunal constitucional no aumento de horas para os trabalhadores da função pública sabendo que isso fere o espírito da letra da constituição estamos conversados. vem aí outra vez a vez do medieval clero, nobreza e povo.
mmb

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

cantador de fado ridiculariza mário soares dizendo que dormia nos conselhos de ministros quando o assunto em discussão versava finanças.

  1. o dr. mário soares cometeu um enorme erro de análise ideopsicológica ao convidar o cantador carlos do carmo para discursar numa espécie de ação "pró-comissão eleitoral de união democrática" que teve lugar ontem na sacra aula 










magna da universidade clássica de lisboa. lugar de "muito respeito" onde a luta ideológica atingira no passado altos momentos. estou a lembrar-me, por exemplo, de uma célebre intervenção da intelectual fátima bonifácio quando portugal se desmoronava em cacos e havia que definir rumos à custa de um confronto que apresentou - por vezes - a sua face  mais violenta. o atrás citado cantador, para além de ter retratado o convocador do "encontro de esquerda (do tipo pseudo e muito clorofórmico)", o dr. mário soares como dorminhoco nos cenários do conselho de ministros  atreveu-se mesmo a atirar uma boca tipo fadistal  para os supranumerários  oposicionistas: soares portava-se como um monarca. depois desta deselegante prosopografia cc empolou a sua amizade com álvaro cunhal para evitar pronunciar-se sobre o período do prec... mal citou o nome de cunhal levou com uma ovação do tipo canoa de vela erguida cantada pelo zé viana no parque mayer. o peripatético cantador - move-se muito no palco - ainda se atreveu a dizer que estamos nesta púcara vazia e cheia de juros a pagar por causa de uma certa  esquerda. qual esquerda? todos perceberam e calaram. a maioria estava pregada nos fauteuils. não vou comentar intervenções de helena roseta, mário soares ou mesmo do prof. j. pacheco pereira porque pertencem a um grupo de rotativistas. podem dizer as coisas mais alarves que não conseguem afugentar nem agregar seja quem for fora do seu circulo de amigos. são todos beneficiários do estado e de outras instituições aparentadas como sejam câmaras, assembleias e outros apanágios. fazem o que podem: ganham o seu. se ganham demais, não sei, não vou atrás do que se diz pelos jornais. a mim só me interessa a lei e o respeito por ela. refiro-me à lei fundamental e não às leizinhas que à custa dela se vão impingindo aqui e ali mordomias para beneficiar este ou aquele, grupo ou indivíduo. para estas espetadas legislativas estou-me espremendo. ao mesmo tempo que se discutia a situação do pais -( e alguns oradores mais tripadores pediam a demissão de cavaco silva e aconselhavam a fuga dos usurpadores do trono dos antigos reis antes que o povo se lembre de acordar )- os polícias derrubavam as barreiras que dão direito a bastonadas indiferenciadas nos ciaddãos   manifestantes (os que lhes pagam o vencimento). os polícias que não são parvos - o que querem é ganhar o seu para poderem comer, sustentar os filhos, pagar a renda da casita, a prestação do carro e outras culinarices - permitiram que os seus camaradas de armas reduzissem as leis protetoras dos senhores do regime à ínfima espécie. isto é, se aquela malta estivesse  mais esfomeada, naturalmente que imitaria o golpe intramuros do 25 de abril congeminado pelos capitães por via de estarem a ser mal pagos e fartos de dar tiros e levar alguns. a guerra matou cerca de 11.000 portugueses quase todos paisanos... um membro deste governo que já esteve mais longe... invocou a instituição militar para dizer que os militares não se poderiam confundir com os polícias pois sabiam obedecer e cumprir a lei. neste caso era a lei das barreiras. estava discretamente a pedir uma próxima intervenção militar para pôr em ordem a polícia que ponha as suas vidas em perigo. não diria que enlouquecera mas sim que empatetara. hoje, a força física está toda centrada nas várias polícias, são estas que detêm o poder nas mãos. ou queria o empatetado que os militares para defenderem este governo e seus apêndices bombardeassem lisboa como o está fazendo o "assador" da síria? há cada pateta por aí! para já os militares estão velhinhos e os novos estão - acho eu - na bósnia ou afeganistão... os polícias estão militarizados e especializados. não acham que se resolvessem dar o golpe ou o primeiro passo não atuariam preventivamente como aqueles que fizeram o 25 de abril? ps e psd transformaram as forças militares no penacho e os polícias a puros centuriões defensores dos... que se escancharam na caixa dos dinheiros públicos. os polícias de hoje tem mais habilitações literárias do que aqueles revolucionários abrilistas. os polícias de hoje pensam! o ministro das polícias "expulsou" o diretor nacional da psp para dar ao país uma imagem de defensor da lei. a polícia prevaricou a polícia apanhou. nada mais falso, não passou de cenário. vamos só ver o que cedeu passos e cª à polícia. se não cedeu, o melhor a fazer é sairem pelos seus pés. para acabar: não gosto de carlos do carmo - aprecio muito mais lucília do carmo - mas dou-lhe nota positiva: aquilo é que foi liberdade de expressão ao criticar os ricos socialistas e parentes social-democratas nas vitrinas do seu próprio antro de vaidades abstratas. tanto uns como os outros entregaram o poder do povo de quem tinham procuração para um grupo de financeiros internacionais. dá-lhe carmo! quanto aos polícias: por favor, da próxima vez não batam nos seus companheiros civis de infortúnio quando estes se expressarem em proximidade temerária  aos que nos estão a empurrar para uma pobreza que julgávamos estar só nos livros de história.
mmb



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"democratas no hemiciclo de são bento com tanto tempo de permanência quanto o dos seus históricos camaradas do antigo regime"

no estado novo, aquelas caras foram quase sempre-sempre as mesmas. estou a referir-me aos deputados da assembleia nacional refundida  em assembleia da república pelo repúdio que os democratas demonstravam por tudo que cheirasse a salazarismo. quando salazar foi exonerado - por doença - pelo almirante américo thomaz e substituído pelo prof. marcelo caetano a assembleia nacional foi invadida por um pequeno grupo que trouxe sangue novo e a que deram o nome de ala liberal. era uma espécie de revoltosos bons burgueses que lutavam contra a asfixia em que o país vivia em muitas frentes, sobretudo no que dizia respeito ao direito de informar a população na área da política, das artes, das letras, do social (era até proibido aplicar o termo  barraca quando em notícias e artigos de imprensa se referiam a pessoas que viviam em bairros de pobres adjacentes à cidade de lisboa e do porto). já em relação à igreja católica romana, futebol, touros e fado (com letras respeitosas da moral vigente) nada a dizer, pois este conjunto orientava actividades que contribuíam para a alienação das massas, o que era de agrado a quem governava. os deputados da assembleia nacional ganhavam relativamente bem em relação aos funcionários públicos e relativamente mal em comparação aos tubarões da banca, dos seguros e da indústria. melhor dizendo, não se considerava o vencimento de deputado escandaloso. escandaloso era o que defendiam... e aquelas caras - sempre as mesmas -  a aparecer nos televisores e paradas militares. com o golpe dos capitães em 1974 a assembleia nacional levou uma limpeza total e transformou-se em assembleia da república. tomou o nome inicialmente de assembleia constituinte já entregue a grupos políticos que se organizaram em partidos que aprovaram uma constituição que substituiu a de 1933. até ao desaparecimento de almeida santos, por imensa idade, a assembleia da república manteve durante dezenas de anos consecutivos as mesmas caras. quando estas começaram a cheirar a mofo, os partidos resolveram transladá-los para outras esferas da política portuguesa. e foi assim que ex-deputados foram descobertos em centenas de conselhos de administração de organizações que se cooptaram com o estado em negócios esquisitos que a comunicação social vem dando às pinguinhas conhecimento pelo interesse público que ostentam. lá de vez em quando saltam para a ribalta do conhecimento público qual electrões sujeitos à incidência de fotões muitos figurões ex-deputados com elevadas contas bancárias. aliás, deve-se ao trabalho de investigação jornalística o facto de alguns que mexeram muito  mal em dinheiros do estado estarem a ser acusados de má conduta pelas polícias especialistas e magistério público. hoje acusa-se (prof. paulo morais, in cm) muitos deputados de servir e defender interesses de grandes grupos económicos na casa da democracia. a saída dos fósseis foi lenta e programada com os interesses dos que mandam no nosso governo e de quem o nosso governo se apraz servir.
manuelmelobento
jornista
carteira profissional-2754





quarta-feira, 13 de novembro de 2013

a última do governo de passos e portas

foi-nos garantido que o governo português elaborou um plano para pagar as indemnizações e despedimentos na função pública. leiam só esta:

"com o dinheiro que retira aos funcionários e pensionistas da cga, o governo português chefiado pelo economista pedro passos coelho pagará os despedimentos com indemnização dos funcionários públicos. é isto que passos coelho e paulo portas chamam de reforma do estado e   redução dos efectivos para aliviar a carga do estado. esta estratégia foi congeminada em abril de 2012 e era considerado uma espécie de plano b, caso as medidas de recuperação financeira falhassem como veio mais tarde a verificar-se."

não há dúvida que este governo nos surpreende economicamente. e para onde vai o dinheiro que vai receber através da troika para a reforma do estado? estejamos atentos! (só por curiosidade, claro)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

já é tarde para as forças armadas actuarem:


percebe-se agora melhor a "descolonização" começada por dom pedro IV depois de "olhar" para a que foi feita na década de setenta do século passado. ainda há muita gente viva que pode falar acerca desta última por ter actuado em  muitos palcos africanos. quer numa quer noutra foi essencial a participação das forças armadas. por exemplo, dom pedro reorganiza parte do exército para combater uma outra parte deste a quem por economia de palavras chamaremos de situacionista, a fim de acabar com o domínio português na américa do sul. dom pedro retorna ao país com armas, bastardos, bagagens e homens armados à custa de ajudas financeiras de muitos mercadores a quem mais tarde "tornou" nobres pelo pataco investido naquilo que se chamou exército libertador. chefiava o contraponto dom miguel. a história conta que ganhou a guerra o liberal e libertador dom pedro. até hoje ninguém explicou com evidência o que é que ele libertou, dado que nos entregou aos ingleses tornando-nos uma espécie de lacaios assalariados. mais recentemente a descolonização das possessões africanas precisaram da actuação do exército para terminar com os custos da  exploração daqueles territórios. neste intervalo de tempo o liberalismo lusitano (?) deu origem ao fim da monarquia e ao surgimento da república a qual pôs o exército a trabalhar (1915) fora do país onde levou uma sova mortífera por falta de preparação e treino. aquando da descolonização dos territórios de áfrica não havia uma cabeça a chefiá-la mas várias o que fez com que a ordem e a disciplina levassem muito tempo para se impor. as forças armadas terminaram com a guerra sem pedir licença aos políticos. não havendo solução política por parte do governo fascista só restava uma solução: retirar de mãos a abanar. isto deveu-se à falta de um chefe militar carismático que encarnasse o espírito de um portugal imperial e multirracial que julgávamos ser e que impedisse a fuga desastrosa de quase meio milhão de portugueses. numa forma tosca teríamos uma imitação de dom miguel num spínola e no de dom pedro IV um  francisco costa gomes como chefes militares. tanto dom miguel quanto dom pedro eram carismáticos e isso levou-nos à guerra civil. os referidos militares não o sendo não passaram de um amanho positivo que não gerou clima de guerra mas sim de desentendimento social. a verdade é que os políticos ajudados pelo capitalismo financeiro aprenderam a lição e acabaram por descaracterizar as forças amadas reduzindo-as a um punhado de altas patentes de quem nada sabemos. são desconhecidos do povo. não falam, não se comprometem para não serem reduzidos à reserva compulsiva. são vistos em paradas e pouco mais. em vez de suspeitas e perigosas forças armadas os civilistas criaram forças policiais especiais que estão sob o seu exclusivo comando. atiram contra a cara do cidadão o facto de ser preciso cumprir a lei quando o poveco se manifesta. é o estado confessional no seu melhor. depois é a vigilância secreta para prevenir futuros golpes com muitos civis à mistura já de que militares estamos falados. é preciso que saibamos que para se impor os cortes e os assaltos aos bens dos portugueses nada como um contingente policial em permanente prevenção. não será exagero dizer-se que com a redução dos vencimentos e das pensões de reforma tanto do sector público quanto  do privado muita propriedade passará para as mãos dos bancos. muitos portugueses - mesmo depois de espoliados - ainda ficarão com compromissos financeiros incomportáveis. os negócios passarão para outras mãos levando a que muitos empresários entrem em falência num ritmo maior do que tem acontecido até agora. por que se pediria às forças armadas para agirem no sentido de avançar e prender os responsáveis políticos como aconteceu em 1974? por três coisas de máxima importância: o não cumprimento da lei fundamental; a desconexão entre a população e o executivo; e a destruição do estado português através da privatização de sectores chave do estado num faseamento escamoteado. o não cumprimento da constituição está plasmado na posição dos juízes do tribunal constitucional. a desconexão entre povo e governo está comprovado pelo perigo que corre qualquer dos seus membros quando descoberto por populares na via pública. existem videos que confirmam o que aqui se afirma. é por isso que se passeiam rodeados de guarda-costas quais cosa nostra. com os despedimentos e a redução das repartições do estado orientando-os para associações do foro particular como - entre muitas - os ctt, os hospitais, as escolas fecha-se o ciclo. quanto à segurança social, com o corte sistemático e descontrolado por vezes, o que permite reflectir-se no empobrecimento dos beneficiários, é mais do que previsível a sua desarticulação e desvio para regimes do tipo americano. nada se pode provar. o que existe são indícios. tratando-se do tipo de gente que assaltou o estado, não será difícil adivinhar o futuro. é o destino? não! estivemos ao longo da nossa história próximo do precipício e sempre demos a volta. esperemos que a próxima volta não seja ao bilhar grande...
mmb

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

o estado social não está já em putrefacção porque ainda sofre o efeito da congelação. é demais o desrespeito pelo tribunal constitucional e pela procuradoria geral da república



não sabemos como são fornecidas, via troika, as directrizes para corrigir a governação de passos coelho. mas dá para percepcionar alguns indícios. vamos tentar levantá-los. assim, e sem fugir a uma leitura subjectiva, podemos começar pelo que foi o golpe na educação. a troika-porta-voz obriga o governo a reduzir os gastos com o sector exigindo não o despedimento declarado mas o cumprimento de um contrato com exigências que desviarão do ensino dezenas de milhar de candidatos. como diz crato: "o ministério não despediu, o que existe é que para um determinado número de vagas concorreram 80 mil candidatos a mais. naturalmente que não serão colocados". a par desta estratégia a troika obriga a que o governo abra as portas ao ensino privado apoiando-o descaradamente. a legislação virá cobrir o que aqui se infere. a seguir e muito mais grave, veio a guerra contra o tribunal constitucional e contra a procuradoria geral da república. passos e durão barroso pressionam os juízes arregimentando um prazo previamente combinado. a estratégia é sempre a mesma. primeiro atacam para depois desmentir. os juízes do constitucional não são estátuas e estão sujeitos aos tratos psicológicos de qualquer ser humano. é natural que fiquem abalados pela responsabilidade do possível desastre económico que se vislumbra irá registar-se. o orçamento para 2014 é uma ofensa aos portugueses e um ataque à constituição. o esquema é simples: umas vezes é a troika-porta-voz a impor as directrizes ao governo, noutras é o governo de passos e colegas partidários na comissão europeia a tentar castrar vergonhosamente um órgão de soberania que se quer independente apesar de o seu ADN estar ferido de partidocracia. mais grave foi o que a comunicação social difundiu acerca de uma investigação a um alto membro do governo angolano  que obrigou o governo de passos a pedir desculpa ao visado antes mesmo de a procuradoria da república ter comunicado o arquivamento do processo. como é que um pedido de desculpas feito pelo ministro dos negócios estrangeiros pode vir a lume sobre um processo de averiguações que se encontra por força de lei em segredo de justiça? ao pedir desculpas pelo engano não estaria o ministro a incorrer num acto ilícito, uma vez que não tinha competência para se referir ao inquérito? como obteve conhecimento que ilibava o político angolano? e por que razão não é chamado a prestar declarações na procuradoria a fim de esclarecer o facto de estar por dentro de um assunto que estava em segredo de justiça como foi já referido? estranha-se que em vez deste procedimento o que se verificou foi o surgimento de um comunicado da procuradoria a dar por terminado o inquérito de há muito tempo atrás arquivado... acho que era uma boa altura para se saber de onde provinha uma possível fuga de informações. solicitar ao senhor machete de onde a origem da informação que o levou a referir-se a um inquérito  ao vice-presidente angolano nos termos em que foi feito aos microfones de uma rádio seria uma boa tarefa para a polícia judicária ou outra. para terminar, agora é que vão ser elas. o ministro das polícias foi aplaudido por duzentos agentes na casa da democracia na mesma bancada  onde o povo canta grândola vila morena. para se dominar o estado é preciso reduzir a assembleia da república a uma consultadoria geral do governo, os tribunais a tribunais plenários, o presidente da república a um corta-fitas e muito poder policial para calar a voz da nação. perdão, perdão, a voz dos europeus do sul comandados pelos europeus do norte...
mmb

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

diarquia socialista prepara o toque de finados a antónio josé seguro

não restava a seguro senão desaparecer com uma desculpa napoleónica dos terrenos dos dois acontecimentos  que se organizaram numa quase global oposição mediática ao governo do dr passos. repare-se que não foi dito governo social-democrata coligado. tirando um dr seabra vereador e uma ou outra adjuvante laranja nestes grandes eventos ,  a "malta" que se ajuntou à volta da reinvestidura de antónio costa e ao lançamento da tese de mestrado de j. sócrates é muito esperançosa do primeiro e adorável simpatizante do segundo. seguro sabia que não se podia confrontar na guerra das presenças mediáticas com este tipo de grand seigneur do partido socialista. chuparia com um segundo plano, o que abreviaria o  funeral que dentro do ps se lhe prepara. seguro e napoleão têm muito de comum, apesar de um estar morto e o outro ainda viver. claro, claro, salvaguardando as diferenças. napoleão conquistou moscovo sim senhor, em 1812. só que moscovo estava vazia quando ele lá entrou e de nada lhe serviu ter a cidade a seus pés. na retirada perdeu à volta de 200.000 soldados. foi o começo do seu fim. seguro ganhou o ps, mas o ps esvaziou-se aos seus pés. seguro é senhor do ps vazio enquanto o ps ressabiado enche salas e salas com socialistas e com alguns fósseis social-democratas esperançosos de qualquer coisa boa que venha a melhorar a situação actual,  e a eles por tabela. costa e j. sócrates estão a preparar alguma coisa que torne antónio josé seguro ainda mais inoperante. juntaram os trapos porque passos - apesar do maus tratos infligidos aos portugueses com menos posses e aos pensionistas tabelados - não baixa mais na intenção do voto popular. o que quer dizer que do modo como seguro gere a oposição sugere um resultado não muito favorável aos socialistas nos próximos actos eleitorais. quer j. sócrates quer a. costa são as faces de uma mesma moeda. isto é, tanto um como o outro podem vir a dar primeiro-ministro como presidente da república. os estudos de prospecção ditarão a sua futura acção quanto a manobras políticas neste quadro. estes dois movem-se ao milímetro para não cometerem erros. seguro não soube ou não pôde aproveitar o tempo desta falsa e propositada mornaça para limpar o ps tal qual o fizera passos no psd. agora só lhe resta fazer o que fez napoleão: entrar num consulado tripartido. ah, mas para isso teve de levar com a josefina!, senão ainda hoje não teria passado de um tenente corso com muitos irmãos a quem alimentar.
mmb

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

político rico político pobre


ou analisamos os actores políticos dentro de um quadro específico e a partir daqui a descrição passa a ser um documento construtivo ou, num outro ângulo, misturamos tendências pessoais na narrativa que vai desde um texto apelativo até à crónica fraudulenta, passando pela ingénua, religiosa, autopromotora, imbecil, etc. este texto que se segue pertencerá, obviamente, à segunda categoria, isto porque em portugal quando um infeliz se dedica à análise "positiva" está sujeito - pela ignorância temática da generalidade dos portugueses - a ser estigmatizado ideologicamente. encurtando dizeres: por exemplo, em portugal há duas justiças! uma para pobres e outra para ricos. em portugal há ricos (poucos) e pobres (muitos) nas cadeias. isto quer dizer que os ricos são - oficialmente - mais honestos do que os pobres. estes, são, de facto, muito rapinadores. é fácil chegar a esta conclusão pois os dados são oficiais. para cada rico desonesto enclausurado contra vontade existem 1.756 pobres (por alto e carecendo de confirmação) - dentro, claro está. ora, ser-se rico implica poder pedir justiça sempre que se pense  estar a ser vítima de uma condenação injusta. para isso é preciso pagar. paga-se aos advogados e aos advogados especialistas, a investigadores e peritos, a testemunhas (despesas de alojamento e outras necessárias), transporte de detectives e outros mimos. e quando um rico consegue defender-se contra aleivosias provando a falsidade das acusações faz-se justiça. o pobre apanhado a roubar é acusado de flagrante delito. vai a juízo. que lhe acontece? se a graduação da pena não atingir determinado período de prisão, volta à liberdade, mas sujeito a cumprir o protocolo. por exemplo, tir. que quer dizer qualquer coisa como se tiveres de fugir estás a infringir e deixa-te ficar na residência. como a constituição obriga a que todos tenham habitação supõe-se que os ladrões a possuam. claro, que o pobre ladrão (sim, porque também há o rico ladrão!) sem emprego, com fome e com a família (quase todos a têm) para sustentar vai novamente tentar a sorte. como? roubando de novo! e se for , de novo - apanhado por causa de tuta-e-meia apanha com mais um tir para se ir entreter. quer dizer, a própria lei organizou recursos para pobres sem despesas para eles. isto é justiça indirecta para pobres! há pobres ladrões com muitos tir. o professor/ministro/com emprego certo crato explicaria matematicamente uma coisa assim: x5=10/tir . bem, se não for assim será parecido. por que que é que eu comecei com actores políticos a acabei em tir (medida de coacção aplicada pelas entidades competentes) e a escrever sobre ricos ladrões e  pobres ladrões? na verdade, não sei. mas isto faz-me lembrar certo dia na escola em que um engraxente levou uma régua em osso de baleia para que a mestre-escola punisse todos aqueles que ao conjugar os tempos dos verbos mandassem o "a gente" para uma terceira pessoa do plural e outras gramatiquices plebeias. ora o que aconteceu, para gáudio de toda a turma, é que foi o sacana do doador patrimonial o primeiro a provar as palmatoadas (reguadas, dizíamos) da professora. ah, e a professora era toda ela estado novo... ora se bem entendo quem anda a fazer leis contra todos está a esquecer-se de quando lhe bater à porta a mestra com a régua, também eles vão apanhar de cima abaixo. leis contra os corruptos, contra os ricos ladrões, contra as más gestões, contra o enriquecimento celestial, contra o despesismo fraudulento, leis contra a entrada de dinheiros ilícitos nas tesourarias dos partidos, leis contra nomeações ilegais para cargos do estado ocupados sem concurso, leis que permitem a busca de dinheiros deslavados em paraísos fiscais, despesas ilegais denunciadas pelo tribunal de contas, gastos infundados utilizando cartões de crédito a expensas do estado, viagens irrealizadas pagas pelo erário público, entrega de serviços a clientelas descaradamente feitas com o poder, concursos de obras públicas não regulamentadas, apoios a estruturas privadas sem a aprovação do tribunal de contas que rondam muitos milhares de milhões e que servem para esconder falhas estatais, revisão de contratos feitos à margem do interesse nacional desde que se enquadrem numa figura de má fé, negligência e cumplicidade. quer dizer, portugal tem mais leis que ladrões. isto é, ainda o ladrão não pensou num novo modelo de roubo já as nossas centenas de milhares de leis os aguardam para ser aplicadas (quando der jeito, claro está). até parece que quem as faz, as faz porque conhece todos os meandros da malandrice. mas vai chegar à altura em que haverá alguém que as irá materializar como tem acontecido ao longo da história. e já tarda a mestre-escola... que até era toda estado novo!
mmb

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"todos roubaram mas nunca ninguém os julgou, como é sabido. porque é que o presidente da república não é julgado?" a maior ofensa jamais feita a um presidente da república!!!


não tem 24 horas, aparecia na pantalha um pobre diabo português a pedir ao presidente cavaco que lhe perdoasse o facto de o ter mandado trabalhar. explico, pois há português que não percebe à primeira. cavaco e/ou o pessoal do seu grupo de apoio por si mandatado  queixaram-se do pobre diabo ao ministério público que tomou conta da ocorrência e prontamente deu início ao processo de injúria e difamação... artº.328 (e para quem quiser pôr fogo na fogueira leia de entre muitos outros o artº 346...). o português visado já tinha sido condenado a pagar de coimas 1.200 euros. melhoremos a questão para português entender: o injurioso cidadão ( cidadão é a palavra que serve para designar os membros da antiga ralé estruturada pelo saudoso estado novo agora tornados também de contribuintes) estava tão borrado que metia pena. como é que o nosso estimado presidente da república encontra um tempinho para tentar punir cidadãos palavrosos entre as viagens que faz acompanhado pela dona maria? e como é que não dispôs de tempo para desistir de um inquérito que nos vai custar muito dinheiro como contribuintes e que não justifica o empenho dos tribunais? peço à  virgem maria (a que chegou de roma) e que tem acompanhado o casal cavaco silva em antimatéria por esse mundo das alturas o favor interceder soprando ao ouvido da sua homónima  no planeta  terra um perdão presidencial  para aquele pobre português. muito bem! há tempos o escritor miguel sousa tavares inadvertidamente - como mais tarde reconheceu - chamou o presidente de artista de circo numa entrevista que deu a um jornal que se edita em lisboa. nem mais! levou com o 328 pelo nariz de olfacto destituído e lá se desfez em desculpas na esperança de não  passar o resto dos seus dias a entrar e a sair dos tribunais... ora, não tem 24 horas, o dr. mário soares afirmou num meio técnico de comunicação com o público palavras que fazem título a este texto do pressportugal. e agora? agora ao contrário do que se esperaria coerentemente do presidente cavaco e do seu cortejo oficial - nada mais nada menos do que uma queixa (como procedeu com os ingénuos atrás referidos injuriadores)  ficámos a saber que enquanto o dr soares o queria vê-lo julgado depois de o haver caluniado (ou não conforme o juízo) o sr. cavaco preferiu afirmar que do banco que foi roubado (por todos - disse soares) só tinha sido cliente depositante. ora! ora! ora! se o senhor foi só depositante do dito banco por que razão não apresenta queixa aos tribunais da pessoa que mais o ofendeu. melhor dizendo desde que o sr cavaco nasceu até agora nunca ninguém tinha ousado proferir tal despautério. em nome da justiça e do bom nome desta república portuguesa (prefiro a monarquia) e do seu, o senhor deverá apresentar queixa contra o dr mário soares. e digo isto porque doutor cavaco silva acho o senhor um vazio (de santidade... ah! ah! ah!) e não digo de quê porque também eu fui parar ao banco dos réus por ter ofendido as bochechas do dr soares e mais tarde por ter dito que as suiças do major eanes pareciam  as de um labrego. e fui condenado! mais, a pagar por cima uma quantia que representava o dobro do meu vencimento como professorinho. ai, era muita massa! não pedi desculpa e também não paguei nada a nenhum deles. mas lá borrar-me lá isso me borrei.  o assunto é sério e diz respeito ao povo português. como se sentirão as pessoas depois de tais acusações - dirigidas ao supremo magistrado da nação - ficarem sem resposta quando um piropo leva, qualquer infeliz que o profira, à perseguição das autoridades para ser levado a julgamento? pior, será, doutor cavaco, se houver receio de alevantes populares em defesa do dr soares... que diga-se em abono da verdade cometeu um crime à vista de toda a gente!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

fragilidades da cgtp e pensionistas

entre aquela senhora ex-professora de robusta compleição física que representa os colegas velhinhos e espoliados pelo nosso governo de empresários composto e arménio carlos - o grande líder fónico das arruadas lisboetas - existe apenas uma grande diferença. e qual é ela? arménio veste lindamente. até parece o rui oliveira e costa quando brilhava na pantalha falando pelos trabalhadores com aquelas camisas feitas à medida, enquanto a dita senhora enfeita com estampados de gosto reposteiral o seu verbo adamantino.  o senhor arménio sabia de antemão que não tinha poder físico para enfrentar este governo. por que razão não imitou a líder dos velhinhos tremulantes? , o que quer dizer expressar-se num bom português que não ofende nem arrasta ninguém atrás: porque vazio em acções de rua. aliás, quando se manifestam os professorinhos desactivados mais parecem os foliões das marchas de santo antónio. interrompo a feitura deste texto para ouvir os conselhos de eduardo catroga na antena 1 acerca da redução da despesa pública. pena, fiquei sem saber quanto ele vai sofrer com os cortes. voltando a arménio. se o senhor estivesse quieto com as "suas" inócuas manifestações não permitiria dar a conhecer aos donos da europa que nos tutela que o governo do empresário passos coelho tem o suficiente poder policial para, de facto, nos colocar ao nível do terror do estado novo, isto é, a repressão física está aí para o que der e vier. o senhor abriu o jogo e nada nos poderá salvar! nem as forças armadas que nem sequer estão nos quartéis... está tudo na mão da economia e é ela, a economia, quem vai fazer com que portugal  se transforme numa região autónoma tipo catalunha ou numa pacífica galiza. passos não é mais do que um gorbachev de reduzida dimensão. eis a nossa perestroika... e lá se vai a constituição dita de esquerda ou numa linguagem mais moderna a constituição social.
mmb

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

e não é que a táctica estava bem à vista: um ameaça comer tudo, o outro põe paninhos quentes.

leiam o último texto que foi escrito - há mais de um mês - quando saltou cá para fora (secretamente) a notícia que vai completar  a descrição do saque aos reformados. o partido socialista é vergonhosamente cúmplice, pois sabia o que estava na forja...  façam favor de se prevenir.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

o próximo golpe dos actuais social-democratas já está na forja: anúncio de falta de dinheiro para pagamento das pensões de reforma



os indícios estão já no terreno. a caixa geral de aposentações está falida. alguns batedores a soldo do executivo preparam a próxima intervenção de passos coelho. isto é, numa determinada manhã passos comunicará ao país que tudo fará para que os reformados e pensionistas recebam as suas pensões, embora sabendo que está difícil dado que não existe liquidez. pedirá que aguardem uns dias até que seja solucionado o problema. nesse mesmo dia à tarde, paulo portas, convocando uma conferência de imprensa, anunciará que o estado português irá repor metade do montante das pensões. assim, cada reformado e cada pensionista poderá contar com metade daquilo a que tinha direito. só assim o país poderá sobreviver. acredite se quiser. convinha que antónio josé seguro - que sabe o que se está a tramar com os credores - preparasse o povo para o que aí vem já que passos e portas optam pela estratégia de golpes meio disfarçados mas sistemáticos. que terão um fim com o golpe total. e perante a impotência dos pensionistas assim se fará. é que o objectivo é libertar o estado para que este entregue ao privado a condução da causa pública. os que trabalham terão os seus vencimentos assegurados o que fará com que descolem da posição dos reformados. é preciso que antónio josé seguro difunda a dívida da caixa geral de aposentações e da impossibilidade de o estado poder cumprir com os seus compromissos. não se percebe como os socialistas estão a actuar perante a destruição da estrutura do estado que já nada tem a ver com o fim do estado social, já que isso são favas contadas e ultrapassadas. a população já aceitou e anda entretida com o que se anda a dizer na campanha das autárquicas: os bancos vão passar a pagar o imi dos quase 30.000 fogos que em nada contribuem. zero disse seguro. não pagam nada, mas vão começar a pagar. há quanto tempo é que isso é ma realidade? ainda cristo andava no mundo e o ps era governo. a verdade é que os pensionistas nada poderão fazer. os companheiros que trabalham já só têm um pensamento: cada um por si. foi o que deu termos entregado o estado novo a uma cáfila ainda mais nojenta. safa!
ps: estejam atentos que aquilo que aqui se diz não saiu dos lábios de uma cartomante...
mmb

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

passos coelho e a nazificação de portugal leva-nos a pedir aos juízes do constitucional que tenham bom senso

quando os membros do exército invasor da alemanha eram apanhados a jeito, os resistentes limpavam-lhes o cebo. às vezes, aqueles estavam sentados nas esplanadas dos países ocupados e lá vai bombão. resultado, três ou quatro deles depois de voarem uns bons sete metros caíam que nem pardais. mortos, naturalmente. e depois? depois, as autoridades germânicas matavam 10 paisanos por cada um dos seus que batia a bota. na minha opinião - por ser adepto do estar vivo mesmo que me estrangulem sem magoar muito - o melhor é arranjar outra saída, melhor do que a que a "orquestra vermelha" preconizava. ora, se eu tivesse nas minhas mãos uma boa granada naturalmente que não a atiraria contra os alemães. assim, se fossem 3 deles sob a minha mira eu ao não despoletar o engenho estaria a permitir que trinta jovens continuassem vivos. não era tão bom para eles e suas famílias? vejamos agora o que esta patetice tem a ver com passos e os juízes do ratton. os juízes estão entalados. se chumbam as vigarices do governo logo este faz apelo aos métodos das tropas hitlerianas. isto é, vocês não querem que mandemos uns apêndices parasitários para fora da pia estatal? ai é? então, espera que eu já vos digo:" maria luís, em vez de cortares no fim de 2014 50% das  pensões dos reformados, ataca já estes sacanas que são um peso dos demónios nos nossos cofres!" "é para já meu senhor!" "tiras agora 30% e daqui para dois meses - pelo natal quando eles estão mais abananados - ferras-lhes com mais 40%." o povo, os afilhados do estaline e até os enlouquecidos da esquerda bloquista estão contra as medidas do governo usurpador social-democrata. em abono da verdade diga-se que estes grupos estão inocentes dos crimes que ps, psd e cds cometeram depois do 25 de abril. e estão inocentados porque não atingiram o poder. compreendo que os capitalistas queiram dominar o mundo explorando todos os povos que lhes caem nas garras. também compreendo que o povo e alguns dos seus verdadeiros representantes os desfaçam. eu pessoalmente opto  por desfazer o sistema, mas deixando vivos todos os sacanas que estão a destruir o equilíbrio entre os povos e isto para os levar a pagar pelos seus crimes. os socialistas se fossem verdadeiramente socialistas nunca mais ponham os pés no parlamento. faziam o mesmo que a oposição salazarista, isto é, não se misturava nos actos do estado novo. mostravam ao mundo o que se está a preparar ao povo e ao estado português. não saindo a tempo serão mais tarde julgados não pela opinião pública mas pela raiva pública. vai ser um tal fugir. alguns - mais ladinos - já rebolam nas praias das mornas ou do verde mar. e para terminar, não vá o antónio jorge da antena aberta cortar-me o pio, devo aconselhar aos conselheiros (só mesmo eu para aconselhar quem aconselha) do palácio ratton o seguinte comportamento: venham para a rua denunciar estes  nazis modernos que se fizeram eleger com mentiras. o povo está à espera de alguém ainda limpo...
mmb

domingo, 1 de setembro de 2013

o assalto ao estado fez-se através da associação de certas empresas com com os partidos que desde 1976 governam o país. será lícito pegar em armas para correr com os traidores? que responda o tribunal constitucional que eu tenho medo em dar a minha resposta.

a gente (escrevo para a plebe) lembra-se muito bem da dança que havia (e continua a haver) entre grandes empresas e os ministros. eu explico - plebe é estúpida e ainda por cima vota - quando os patetas e ignorantes derrubaram o estado novo sem um plano alternativo tiveram que chupar com mário soares (um burguês que aspirava vir a ser político) e um álvaro cunhal - que não passava de um agente soviético - como futuros dirigentes. os fascistas que gostam de morrer de pé - empedernidos   e cheios de crendices - não perceberam que os tempos estavam a mudar, o que implicava olhar o país com vista ao futuro e politizar a questão da guerra nas colónias. os portugueses  mantinham uma guerra em três frentes (nela só morreram 10.000 jovens! - de entre estes a maioria pertencia ao campesinato).  éramos e continuamos a ser um portugal pequeno mas cheio de sonhos! organizar a casa para podermos viver melhor? nada disso! vamos é conquistar terras e riquezas que é menos trabalhoso. é assim que se pensa e não há volta a dar. caiu o estado novo e caiu o país no lodaçal dos partidos. em pouco tempo o país estava dividido em partidos. daí ao aparecimento do fanatismo foi um saltinho. é claro que esse fanatismo alimenta e bem os que aderem. e foram muitos! passada a euforia das ideologias, de repente, tínhamos empresas por um um lado e uma assembleia de deputados pelo outro. abreviando: para manter a vida partidária é preciso dinheiro. sem este ninguém é eleito. quer em portugal quer nas outras paragens... note-se. ora, entre nós o que aconteceu? o partido socialista e o partido social-democrata envolveram-se em negócios, melhor a aprovar negócios com os quais metiam ao bolso milhões. começou-se em escudos e acabou-se em euros. ah, claro, no entrementes os dólares também fizeram um pezinho. o cds também pôs a boca por aí, mas em menor fatia, daí nunca mais sair dos seus 10 por cento dos votos que saca aos patarocos nos actos eleitorais. os grandes partidos não deixam... ah, fala-se muito do negócio dos submarinos e de entradas de dinheiro nas suas contas feitas por um tal capelo leite que o sentia no rego. mas para aí não posso adiantar mais do que li por esse mundo comunicável nacional. adiante: encheram-se os partidos e as empresa. aquilo é que foi abocanhar. tanto abocanharam que o país secou. agora vejam - seus palermas que ides votar nos mesmos pulhas - o que fez o capital ao país. num golpe palaciano, um grupo financeiro apoiou um empresário - no caso passos coelho - na sua campanha para alcançar o poder. repare-se - volto a chamar patarocos aos que votam com a estupidez do costume - que até para se ser presidente de um clube de futebol é preciso gastar milhões em campanha para "convencer" os sócios a votar nas suas propostas. lembram-se  de sá carneiro, um assíduo frequentador dos grupos de casais que a igreja do norte apadrinhava e que a casamenteira natália correia empurrou para os braços e não só de uma loira bonita? ele previa um novo (?) modelo de representação patriótica que era assim: um povo, um presidente e um governo. passos coelho tem outra visão política para o país: consumidores, empresa e contabilistas. como sabemos, este empresário passos e o grupo que o comanda não respeita as leis, os tribunais e a constituição. será legítimo pegar em armas para correr com gente deste calibre que está a destruir o estado português como ele é? eu não responderei a isto com medo das represálias. mas pode, por exemplo o bloco de esquerda dos piropos - questionar o tribunal constitucional sobre se o governo atentar contra a soberania e a legalidade estará ou não sujeito a ser acusado de traição? a constituição é clara no seu artigo 3º ponto 2: o estado subordina-se à constituição e funda-se na legalidade democrática. a perda da soberania nacional sem consulta ao povo é ou não crime? para que serve a constituição? às vezes quando passo num troço de estrada em que é proibido viajar a mais de 50 kilómetros por hora e respeito a velocidade ouço os condutores que vêm atrás chamar-me nomes. "passear é ao domingo, seu chouriço!". sabem como respondo? seu passos! seu passos! que tem outro significado constitucional, obviamente. aonde vai parar a constituição?
mmb

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

considero os arquipélagos dos açores e da madeira duas administrações coloniais protegidas pela política expansionista da comuindade europeia. grande entrevista a manuel melo bento

paulo rehouve - pressportugal:
continua sepratista açoriano ou já alterou a sua maneira de enfrentar o problema das ilhas portuguesas.
mmbento: se não me interromper vou responder-lhe como deve um homem livre que julgo que sou. eu não chamaria separatismo ao que penso ser o melhor para o futuro dos açores. ressalvo a questão da madeira que deixo  para os madeirenses. não me passa pela cabeça que um povo que vive isolado no meio de um oceano tão grande como o atlântico seja governado à distância. este é o primeiro ponto...
paulo rehouve:
mas a maioria do povo açoriano deseja que a administração central portuguesa tenha uma mão sobre os açores...
mmbento:
lá está você a interromper-me!
paulo rehouve:
desculpe, continue!
mmbento:
eu construo o meu pensamento a partir de um princípio de liberdade. foi isso que aprendemos com a revolução do abril de 74 e que muitos desejavam. o portugal do continente e das possessões ultramarinas deixou de existir tal e qual o império romano. acabou de uma vez para sempre. voltou à primeira forma e já sem o pateta do marido da inglesa filipa de lencastre que se pôs a invadir continentes empurrado pelos ingleses para satisfação dos seus interesses económicos. só podemos discutir os açores a partir de uma ideia de liberdade. sem isso, há que desconfiar das intenções de quem sempre nos governou, de quem sempre mexeu nos nossos cofres impunemente. mas antes de continuar devo responder à sua interpelação quando falou do povo açoriano e da sua livre queda para a sujeição ao poder político externo. a economia açoriana caiu nas malhas do estado português que actuou da seguinte maneira: instituiu entre os açorianos o estado social que não existia e abriu as portas de milhares de impreparados no funcionalismo público. para quem nada tinha, perspectivar um emprego, a posse de uma casa e o respectivo automóvel era uma espécie de sonho só realizável através da emigração. ah, e via-se muitos filmes americanos fomentadores de paraísos - naqueles tempos - não tantos como hoje...
paulo rehouve:
acha isso condenável? 
mmbento:
você faz perguntas de pateta, desculpe que o diga. olhe para portugal nos dias de hoje. a europa comprou-o. os portugueses tal qual os açorianos foram no balão e agora que estavam a viver tão bem, de um dia para o outro ficaram pobres. é o desemprego nos postos de trabalho privados e no público. são as dívidas e os despejos. as falências fraudulentas para beneficiar empresários desumanos. é a fome que leva alguns ao suicídio. os doentes estão entregues à piedade de um empresário que se fez primeiro-ministro. são as escolas a fechar num ritmo assustador. são os bandidos que se infiltraram no circuito dos dinheiros públicos e se tornaram ministros e secretários de estado  levando o produto dos seus roubos para fora. portugal penhorou-se para viver um pouco melhor durante 25 anos para depois entrar numa fossa de todo o tamanho. de que serve uma geração viver assim tão bem para depois legar aos filhos a fome, a miséria e a fuga para outros países? estou de acordo que os povos devem viver bem, mas à custa do seu trabalho e não ao assalto do que não lhe pertence. os açorianos, devido à sua falta de visão e também a uma crónica falta de cultura são como os indígenas  dos tempos das descobertas. deram-lhes espelhos para se mirar e em troca ficaram com  o território e o mar que os envolve. 
paulo rehouve:
não tinham alternativa! ou acha que tinham?
mmbento:
os açores são pelas suas características um território rico na agricultura, na agropecuária e na exploração marítima dos seus quase um milhão de quilómetros quadrados de zona económica exclusiva. tem um clima que dá para tornar os das regiões frias uns invejosos. os açores estão situados geograficamente entre os poderosos polícias do mundo - os usa - e a europa socializante (por vezes...) a questão é o modelo de organização que inclua um paralelismo com a riqueza que se produz. isso é uma falha...
paulo rehouve:
são isso tudo e estão falidos?
mmbento:
não existem colónias falidas. a política portuguesa aplicada nos açores é a responsável pelo estado a que as coisa chegaram. além disso, quem vendeu os açores aos americanos e aos europeus foram os portugueses do continente..
paulo rehoiuve:
há para si portugueses das ilhas?
mmbento:
evidente! como há portugueses nascidos em angola... como houve portugueses nascidos no brasil antes de 1822...  como há portugueses que com a euforia barata que os dinheiros comunitários transtornaram se intitularam de europeus. os açorianos quando querem sair dos açores e viajar para o estrangeiro só o podem fazer através de um passaporte português. não têm direito a um passaporte como por exemplo os das antigas ilhas portuguesas de cabo verde. tudo isso é uma questão de direito, porque de facto as coisas não seriam (não são por enquanto) bem assim. é uma questão de falta de pão e logo se verá...
paulo rehouve:
querer separar partes do território nacional é crime e pode levar os acusados a penas pesadíssimas.
mmbento:
mais pesadas do que aqueles que venderam portugal à banca e vivem como nababos sem ninguém os incomodar? que tribunal se atreveria a condenar uma pessoa que pense que o melhor para os açores é fugir da desgraça que o governo português está a preparar para o país? onde está a constituição que aponta ser crime pensar? isso foi chão que deu uvas no tempo do otelo saraiva que mandava para a prisão - através de papelada revolucionária - quem muito bem queria através de uma cambada de ranhosos armados em revolucionários.  a constituição só penaliza quem utilizar armas. aliás em todas as revoluções que tiveram lugar entre nós, o que não faltava eram armas e até estavam em boas mãos e segundo me parece só um homem foi apanhado com elas um tal senhor pedro que estava inocente como se veio a verificar mais tarde quando os amigos dele moveram cordelinhos...
paulo rehouve:
se é assim, é o faz que anda e não anda!
mmbento:
ouça: quando a fome se fizer sentir os açorianos ficam por sua conta durante uns tempos. depois serão os estados unidos - que lá mandam - quem irá pacificar a zona, pois são avessos a perturbações nas suas zonas de influência. não é preciso repetir ou você não entende? portugal teve que engolir a prática democrática no pós 25 de abril senão os açores tornar-se-iam independentes. só com as garantias de um portugal democrático fez com que os eua permitissem a continuação da administração portuguesa nos açores. os governos portugueses - velhacos como sempre - inventaram uma espécie de região autónoma com assembleia legislativa (de fachada) e um governo dela dependente para contentar os americanos. é assim que fazem os americanos nas suas áreas de interesse. fantoches. olhe, o que é que acha que é o governo de passos coelho senão um conjunto de fantoches manipulados pelos banqueiros que enviam periodicamente os seus sátrapas para ver se a exploração corre a seu gosto?
paulo rehouve:
com o seu discurso você dá a entender que os açores são auto-suficientes?
(risos e gritaria)
mmbento:
e você acha que os estados unidos são auto-suficientes? 
paulo rehouve:
e não são?
mmbento:
você deve ter tirado o curso nas novas universidades! depende do petróleo que sacam aos islamitas na base de umas forças armadas poderosíssimas. as mais poderosas cabe dizer. se tivéssemos umas forças armadas tão fortes a primeira coisa que fazíamos era colocar a espanha a trabalhar por nossa conta... depois, a dívida dos estados unidos à china é tão grande que se fosse, por exemplo, uma circunferência , dava para meter lá dentro um universo paralelo. internamente os estados unidos - a tal forte nação - escraviza  através de mão-de-obra barata sazonal os mexicanos e  outros latinos. 11 milhões de ilegais (controlados) a trabalhar sem quaisquer regalias é tudo lucro. mal eles se portam indevidamente são logo expulsos. está tudo "vigiados". todos os povos, hoje em dia, dependem de outros povos. você já viu em que  que é portugal se transformou depois da onda nacionalista e do orgulho nacional do estado novo que os militares destruíram? numa região autónoma da europa comunitária!!! repare que o que a sua assembleia da república - - cheia de representantes - legisla é o que o poder central europeu impõe. portugal  tem, hoje, um fantoche que o governa. mal comparando, o que é que você acha que as necessidades fazem às pessoas? todos os povos têm o seu preço. 
paulo rehouve:
para terminarmos: que fazer em relação aos açores?
mmbento:
quando este estado português se tornar numa grande superfície comercial e nos abandonar como o está a fazer ao seu povo deixando-o à mercê e voracidade dessa economia competitiva que aniquila e assassina a verdadeira função social do estado só nos resta declarar a independência. só nessa altura os açorianos deixarão de ter medo porque já bateram no fundo. viveremos como os outros povos, isto é com as dívidas que nos permitirem fazer. temos de nos separar dos órgãos de soberania lusitanos aos poucos. penso que enquanto não resolvermos a questão da verdadeira identidade açoriana devíamos nos bater por um regime presidencial a exemplo da frança. que aos portugueses do continente deveriam ser concedidos passaportes açorianos assim como aos açorianos deveriam ser concedidos passaportes portugueses. dois passaportes num  só povo com diferenças mas com quase tudo em comum. disse e não digo mais nada.