terça-feira, 28 de junho de 2016

quanto custa um referendo? ora, dê-me dois, por favor. como é que disse? disse referendo, não vê que sou um boneco de ventríloquo?

há muito que os portugueses desistiram de assumir uma identidade própria. somos uma espécie de camponeses velhacos que vieram dos vales e montes para o litoral a ver se papavam mais qualquer coisa para aconchegar a barriga que isso   de trabalhar para os senhores da terra mal dava para comer e havia que enviar as filhas para lisboa, para, na mira de um próspero futuro, arranjar uma boa casa onde servir e, talvez, com com um pouco de sorte, caçar um polícia para esposo, que isso é que era promoção. lisboa florescia com entra e sai de gente de fora e de repente loja aqui loja acolá obrigou-a a transformar-se num viveiro de pequenos e médios donos de estabelecimento. hoje, com a promoção psicolinguística surgida com a  convulsão abrilista, são designados de empresários; médios ou pequenos conforme os impostos. para além disso cultivámos - para melhor sobreviver - a denúncia, a mentira e a distorção da realidade durante um certo tempo até que uma classe de homens - filhos legitimados desse comércio - tomaram a seu cargo a sua gestão. estou a referir-me aos políticos. antes desta classe ter surgido no nosso panorama social já esta questão (política) era tratada pelos filhos diletos da santa madre igreja. que muito bem os preparara para orientar os reis e as rainhas na gestão das coisas da coroa, coisas essas (impostos)  que depois passaram a ser conhecidas por negócios de estado. o negócio, mais tarde, fugiu-lhes das mãos sem eles darem por isso. bom, mas afinal o que são os políticos? eh pá, é aqui que entra a minha má língua. e sem pedir desculpa, vou continuar. depois de matutar muito tempo dentro e fora do mar do estoril e cascais (que tem estado uma maravilha. não tem preço!) verifiquei que não há diferença entre os primeiros filhos dos lojistas e os atuais políticos. para eles tudo é negócio. com a diferença é de que os seus ascendentes vendiam produtos de várias qualidades: nabos, chouriços, panos, cabedais para os quadrúpedes, flores para putas, senhoras sérias e altares, pão e bolos, etc. estão a ver? se não estão a ver eu também não. não estava lá. os lojistas são pois os pais dos atuais políticos. esta é uma tese que é minha e não só não a apresento como tese de mestrado porque não tenho dinheiro nos bancos. (o que é uma sorte!). porra, como é que eu vou escrever sobre referendos se me estou a estender? ah, já sei! quando se criou o embrião da futura união europeia, o engodo foi criar um espaço que teria por finalidade servir o consumidor em moldes democráticos. que bonzinhos que eles eram! esse grupelho foi crescendo até se transformar numa enorme tesouraria. dinheiro por todo o lado. pareciam as escadas da casa da banqueira do povo cheias de sacos de dinheiro. alguém ficou com eles. depois a benfeitora acabou na prisão sem um tusto. o costume! aquela loja que dava inicialmente pelo nome de comunidade europeia do carvão e do aço era um foco apelativo para muitos desgraçados. entre estes estávamos nós, pobres, sem o império e  de mão estendida à caridade dos novos unidos na europa. mas vaidosos, pois tínhamos acabado de criar   uma constituição que colocava a revolução francesa no bidé da cleópatra. aquilo é que era defender, apoiar, dar e distribuir riquezas aos mais pobres (que ainda não eram considerados consumidores)! um louvar a deus! e é de louvá-lo pois os filhos dos lojistas permitiram que os consumidores votassem neles. que democratas! esta constituição foi obra dos mais inteligentes dos filhos dos antigos lojistas que tal como os progenitores procuraram vender um produto. neste caso abstrato, imaterial e espiritual que servia às mil maravilhas a ansiedade de ser alguém provindo do poveco. eh pá, aquilo é que foi votar impante e de fato de ver a deus! ficámos compostos com a constituição. tínhamos conquistado identidade política. durou pouco. às tantas os filhos dos lojistas começaram a vender outra ideia. portugueses: nós agora somos europeus! nada de nacionalismos que fica feio. aliás, muito feio, que até parece racismo quando se defende o nacionalismo lusitano. com este produto apregoado, aquilo é que foi mamar dinheiro da grande loja dos unidos do aço alargados. nós até  chegámos a pensar que éramos iguais aos alemães, aos franceses e até ingleses.  os filhos dos lojistas enriqueceram e davam loas, vivas e beijinhos para  o ar e voltados para o norte da europa. depois, a loja dos unidos disse-lhes: vocês (era para nós portugueses) vão governar a europa durante 6 meses. eh pá, que cagança minha nossa irmã lúcia! bem, tivemos altos e baixos. mais baixos que altos. hoje, quem somos? será que  ainda mantemos a nossa identidade, aquela que tínhamos adquirido quando aderimos à união europeia?  não! há muito que somos bonecos de ventríloquos. por exemplo, se o nosso primeiro-ministro for de direita, só diz o que o ventríloquo quer que ele diga. e se for de esquerda? o mesmo e mais forte! então, historicamente temos: lojistas, os filhos dos lojistas que deram em bonecos de ventríloquo. isso dará para uma tese? é  difícil pois umas vezes o boneco fala francês, outras inglês e outras alemão afeminado. e quanto ao referendo? oh, porra, isso é com o ventríloquo!
m-bento varett





domingo, 26 de junho de 2016

espanha: olé para referendo após estas eleições

estas eleições espanholas que ocorrem no país de onde saímos e fomos oriundos como nação vão levar os espanhóis a preparar o próximo referendo. isto é, continuar ou não na união europeia. o resultado destas eleições, de que se saberá mais logo, não vai resolver seja o que for no sentido governamental interno. a espanha continuará a ser aquele forno onde 5 nações distintas - que no passado se digladiaram e ainda hoje se  digladiam mas em modelos distintos, claro. há tempos, a direita impositiva provocou um milhão de mortos. o franquismo obrigou a uma falsa unidade espanhola que hoje se está a fragmentar. aguardemos,  com calma que a união europeia também está aqui está a cair aos bocados. depois, para que a alemanha se mantenha hegemonicamente, no que resta daquela, havemos de assistir a uma maior aproximação destes dois grandes mercados (gremano-espanhol). uma espécie de eixo que levará ao salto abreviado da frança. a frança - ao contrário da alemanha - está com problemas internos. a aposta férrea contra o terrorismo celular fá-la desorientar-se e a não escolher o verdadeiro inimigo. aliás, dentro do espaço da união europeia ninguém sabe onde eles estão. só a alemanha está preparada para se defender. os seus serviços secretos são muito mais eficientes. a frança está a tornar-se perigosa mesmo tendo em conta o atual eixo-franco alemão que faz com que a alemanha tenha de levar às costas a economia francesa que atravessa nos setores sociais e no das exportações uma grave crise. o mercado só dá alemanha mesmo com 800.000 refugiados a seu cargo. caso é! estranho, estranhíssimo para quem pensa que os refugiados representam um enorme peso... a alemanha resolve a questão pondo-os a trabalhar. e  a frança? em bairros-centros-de-retenção que mais não passam de bidões de pólvora prensada. finalmente - e sem querer ser bruxo - a união europeia vai dar lugar à "aliança XXI" (1). e quem fará parte desta filha natural da união europeia? a alemanha, o portugal ubíquo, a espanha-direita-mercadora, a bélgica, o luxemburgo, e mais algum que esteja aos caídos para os lados da rússia...
(m-bento)varett
ps:
alianças há muitas! é como o chapéu do vasco santana antes de ser comido no zoo.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

preparem-se! os ingleses tudo farão para destruir a alemanha e com esta estratégia

pôr todos os estados - que com ela mantêm a união europeia coesa económica e socialmente - numa guerra permanente. o primeiro passo que vamos ter a "felicidade" de observar será a tentativa de colocar portugal fora dessa europa intoxicando-nos contra a alemanha. vão levar os estados unidos - de quem ainda dependemos - a tomar uma atitude contra nós com a finalidade de os acompanhar na sua  futura política expansionista (por alturas da segunda guerra obrigaram os eua a invadir território nacional expondo-nos às balas dos alemães). a seguir vão tentar o mesmo com a espanha fragilizada e a braços com o perigoso problema da catalunha. com a suécia contam também com a pressão dos estados unidos. a suécia é hoje, para estes, uma espécie de lacaio-enobrecido e protegido. a suécia segue à risca a diplomacia de guerra  americana. até se sujeita a alterar a sua legislação para agradar à casa branca. é que a suécia depende muito da força militar dos estados unidos. o urso do leste  é já ali à porta... a noruega pode parecer mais liberta (está fora do "contrato"), porém, está agarrada ao negócio do petróleo como fornecedora deste produto a países a quem os americanos selecionam. no que diz respeito à polónia, a inglaterra não terá muito trabalho em arrastá-la consigo. os polacos ainda não estão satisfeitos com as compensações dos "estragos" da política hitleriana. a inglaterra vai fingir ameaçar aproximar-se da rússia de putin para assustar os polacos. só resta à polónia voltar a aliar-se à inglaterra. tudo isto são invenções. continuando: a existência do eixo franco-alemão tem sempre muitos aderentes. neste momento, os franceses estão mais soltos e esta aliança dá à frança muito fôlego e crédito. o "ódio de competição" dos franceses aos ingleses vai fazer com que a união europeia se transforme num clube de ricos que todo o mundo quer ver destruído. falar da bélgica, holanda e dinamarca nem vale a pena perder tempo com eles, pois, trata-se de aliados naturais dos germânicos. a questão mais grave surgirá quando países do leste europeu, como a ucrânia (pré-união), por exemplo, se virem entre a espada e a parede. isto é, os ingleses (não digo britânicos de propósito) vão diplomaticamente forçar aqueles a optar por uma ainda maior aproximação a si e  aos eua. o medo de uma nova urss vai fazê-los fugir da falsa proteção que a frança e a alemanha oferecem. a guerra pode ter início nesse espaço. as suas terras ainda estão quentes de sangue que jorrou de "escaramuças" havidas não tem  ainda três lustres. 
varett
ps:
tenho muita pena dos empregados políticos da união europeia. ainda me lembro de um deputado centrista europeu que disse publicamente que o que a união lhe pagava dava para custear o restauro de um velho palacete que tinha adquirido com aqueles trocos. eh pá, que peninha se essa mama acabar! ah, ainda há a caixa! porra, ia-me esquecendo!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

portugal jogou sem alma e a culpa é do senhor pedro abrunhosa

quando a nely  furtado cantou portugal, melhor, portugal como uma força,  rapazes  ladinos - que chutam a bola e metem algum ao bolso por esta subtileza - tomaram fôlego nos pulmões e foram por aí balizas adentro e aquilo é que foi um tal  meter a redonda onde os adversários mais se resguardam. também às vezes, quando o rei ronaldo pontapeia o couro, muito dos que se lhe põem na frente metem as mãos em frente das miudezas. pudera não que aquilo é como bala de canhão e se lhes acerta nas suas bolas (por direito natural) lá se vai o desoxirribonucleico para a ricardo jorge para futuros certificados de óbito. portugal tem muitas federações. a mais simpática é a do futebol. a sua seleção dá-nos muitas alegrias antes dos jogos. o povo escolhe outros jogadores que não os dos sábios. o senhor fernando, que toma conta do grupo dos rapazes, não sabe escolher os mais aptos? haverá lugar cativo para este ou aquele? o moutinho estava-se mesmo a ver que não dava para meia missa. quando foi substituído a coisa mudou de eficiência. o país do futebol  que éramos está a ir-se e a esvair-se. jogadores jeitosos mas velhos, doentes  e gastos são batidos por labregos de dois metros de altura que a única coisa que sabem fazer é correr e dar coices. se a irmã lúcia não nos acode a federação de futebol está aqui está a imitar a federação da caixa geral. isto é, os tachos são só para os mesmos velhos. que raio de mentalidade! quem é o responsável por convocar o abrunhosa a criar uma música fúnebre para acompanhar aquele arrastar de pés como quem vai a fátima em peregrinação? da maneira como estamos a jogar até parece que jogamos com botas emprestadas. não há alegria, não se vê aqueles rompantes que nos empurram para o delírio como costumava ser quando o simões corria com a bola. um gajo até se levantava do banco tal era a excitação. agora é bola ao lado e para trás. o que eu quero é ir para casa da minha mãe. dó, ré, mi...  foi encontrado o culpado. até que enfim!

terça-feira, 21 de junho de 2016

ingleses? isso o que é? pressportugal entrevista varett

pressportugal:
como comenta a situação internacional, mais precisamente a "questão inglesa"?

varett:
acha-me com cara de comentador! eu sou apenas um fala mal de tudo. mas aqui vai, pois tenho um certo tempo antes da ida à praia, meu desporto preferido: os ingleses são uma raça...

press:
raça?

varett:
só existe, por enquanto, uma só raça humana como é sabido e "confirmado" antropologicamente. porém, como eu não aprecio os ingleses, designo-os de raça para os desprestigiar. os ingleses servem-se dos outros povos com menos experiência política. os chamados trouxas. os portugueses são trouxas porque serviram os ingleses umas vezes como lacaios outras como entreposto comercial dos seus interesses. os ingleses só conseguiram êxitos no continente europeu ocupando portugal e dispondo deste a seu bel-prazer. todos os outros povos correram com eles e deram-lhes luta feroz. até os dinamarqueses os invadiram. paparam as suas fêmeas e os governaram. os vikings tinham muito tesão!

press:
não foi o que lhe perguntei!

varett:
você acha que eu sou um criado dos ingleses? eu só respondo o que me interessa. se lhe convém, muito bem. senão deixe-me em paz que tenho de descansar um pouco mais antes de ir à praia. compreendeu ou quer acabar por aqui?

press:
ok, faça o obséquio!

varett:
bom, aos longo dos anos, esses cabrões aprenderam como ninguém uma atividade a que se costuma dar o nome de diplomacia. é com ela que têm enrabado todos os povos que com eles lidam. menos, claro, com os alemães dos anos quarenta que os iam transformando em cachorros quentes muito antes das carrinhas que os vendem nas ruas terem sido inventadas. neste momento, salvaguardando as diferenças, os ingleses estão perante um fato parecido com o que se passou na europa da segunda guerra. isto é, a alemanha tinha tomado e dominado a europa ocidental e mais uns milhares de quilómetros além danúbio. a europa germânica (tal qual como hoje é, mas sem peça de canhão) crescia a olhos vistos e a inglaterra ou lá como aquela porra se chama a si própria de reino unido só andava aos papéis. a europa estava "pacificada" pelos hitlerianos e isso significava paz e lucro. só uma guerra daria à economia inglesa um balão de oxigénio. receberam um tal coronel de gaulle e fizeram dele porta-voz da frança livre. este dirigia a guerra contra a alemanha numa rádio aquecida no inverno e arejada no verão. 

press:
o senhor não vai contar a história da segunda guerra? já basta vermos aquela excelente série que dá pelo nome de uma aldeia francesa...

(varett, começa a rir alto e quase a gritar)

varett:
eh pá, meia dúzia de tarecos a discutirem como é que iam fazer frente e derrotar  o mais poderoso exército do mundo, na altura. ah, ah! a alemanha venceu a frança numa semana. e depois os alemães paparam todas as francesas que queriam comer um paté de foie e cujos maridos não conseguiam arranjá-lo no mercado negro. que  delicioso produto! eu só repito o que vejo na "aldeia francesa".  só quem se lixou foram os judeus que foram assassinados por alemães e franceses. misérias deste mundo! 

press:
estou perdido!

varett:
está como os ingleses perante a europa comunitária. esses bifes de merda (li o joão magueijo e gostei) julgavam que iam mamar os dinheiros da união. foderam-se porque tiveram de desembolsar mais do que receberam. e como são chulos já estão a querer saltar barco fora. já não têm os estados unidos a ajudá-los na destruição da europa alemã e a pô-los novamente a chupar tudo e todos. esses filhos de puta - que só criam carneiros - passam a vida a beber os nossos melhores vinhos e a comer a nossa melhor carne de bovino, etc. e para lhes limpar o cu aceitam portugueses que se encontram desempregados e que não têm futuro à vista. isto é, teriam se não fossem vítimas de quadrilhas que se instalaram em todos os organismos do estado. portugal ou foi governado por ingleses ou por quadrilheiros. aqueles filhos de uma cadela depois de os estados unidos terem vencido os alemães deixaram que o regime ditatorial de salazar permanecesse no poder para melhor nos governarem. explico: os ingleses têm experiência do regime democrático mas dão-se muito bem com regimes fascistas pois estes servem os seus interesses. é que as ditaduras mantêm a paz à custa da repressão. esta paz faz com que consigam chupar nas calmas as riquezas e o trabalho de povos como o nosso. caminhos de ferro, companhia de telefone, matérias-primas das nossas colónias, era tudo deles. 

press:
eu queria era saber dos tempos de hoje!

varett:
cale-se e deixe-me tergiversar!

press:
o senhor parece o outro!
(riram-se muito e durante o tempo de uma benção papal)

varett:
a inglaterra, ou melhor, os comerciantes ingleses querem ficar livres desta europa para se unirem com  os estados unidos.

press:
com os estados unidos?

varett:
a união europa-germânica representa um mercado de 600 milhões de consumidores. a inglaterra está aos papeis neste mercado e os estados unidos precisam de novos mercados. há muito que pouco ou nada petiscam por cá. este é de novo um mundo germânico. a única coisa que de cá levaram foi o apoio político nas invasões que fizeram para dominar os territórios produtores de petróleo. só destruindo o poder  económico alemão é que poderão conquistar de novo a europa com os seus minis e casamentos reais, ah e a "city" das golpadas financeiras. os ingleses perderam em toda a linha nas novas e atuais  necessidades consumistas. só uma guerra contra a alemanha os poderá salvar. hoje, a inglaterra tem pouco poder em portugal mesmo com aquela merda do tratado de windsor a lembrar durante séculos o quanto lhe devemos. aqueles bebedolas puseram-nos de costas contra a espanha, contra a frança, contra a alemanha e não contentes com isso ainda nos governaram durante séculos. meteram na nossa cabeça que tínhamos sido nós a ganhar aljubarrota para que a independência daí derivada servisse os seus intentos de expansão. depois empurraram-nos para ceuta com aquela trupe dos filhos de filipa de lencastre que eram conhecidos por ingleses. no século XVIII e princípios do XIX eram eles que nos dirigiam politico e militarmente. deram-se ao luxo de enforcar portugueses que se queriam ver livres deles. porra, quando tudo apontava para nos vermos livres deles ameaçaram-nos com invasões e isto quando quisemos ligar o território entre angola e moçambique. mandaram-nos um ultimato! oh seus filhos de puta! só que desta vez eles não nos servem de grande coisa nem como amigos nem como inimigos. nós, os trouxas dos portugueses, já percebemos que também podemos ser gente. e só voltados para a espanha ou união europeia é que conseguiremos sobreviver. os ingleses sempre nos deixaram com uma cana verde nas mãos que  não serve para nada nem para meter no cu das bifas que se passeiam nas terras algarvias na esperança de serem montadas pelos profissionais magriços. 

press:
como classifica o papel de rebelo de sousa neste cenário?

varett:
 nunca apreciei o presidente enquanto comentarista. mas como presidente da república devo dizer o seguinte: de fato a ideia de unir os portugueses mesmo em termos de afeto traz consigo um princípio de identidade inquestionável. é que estivemos durante muito tempo perdidos quanto a identidade. o 25 de abril destruiu oito séculos de historieta própria. foi-se o identitário nacional e em substituição impuseram-nos o clubismo partidário. a elite que nos governou dividiu-nos para seu proveito. marcelo está a transformá-los - com a sua permanente hiperatividade - em competentes funcionários públicos. antónio costa dá uma ajuda neste aspeto. para já é o que precisamos.

press:
para terminar: e o problema da caixa?

varett:
tem o mesmo problema que eu tenho?

press:
não entendi!

varett:
você é estúpido ou nunca ouviu a sentença da minha avó?

press:
não conheci a sua avó! diga lá!

varett:
onde há dinheiro há ladrão!

press:
minha nossa!

varett:
qual minha nossa qual quê! dirija as suas preces para carlos alexandre!

press:
meu nosso, agora é que vão todos dentro!

(segue-se uma espécie de peça de teatro popular)


(o grande juiz encontra-se sentado numa secretária atafulhada de pilhas de papel. centenas de dossiers acham-se encostados às quatro paredes do quarto. uma janela, ainda não consumida pela montanha  de processos, deixa passar a luz do sol através de vidros à prova de bala. debaixo do rabo do magistrado está um exemplar do correio da manhã que apresenta na primeira página uma foto enrodilhada de um ex-político acabadinho de sair da cadeia. está muito calor. é verão nacional. carlos, o super, encontra-se em mangas de camisa. sua tanto como quando leva a virgem aos ombros na sua aldeia natal. é fã de deus e de sua amantíssima mãe. um cinzeiro vazio de beatas acolhe uma borracha. não fuma nem bebe. não é de praias e se alguma vez vai molhar os pés fá-lo sempre com um chapéu de chuva, herança do avô materno, que o defende dos ultra (violetas).

super juiz:
saraiva! ó saraiva!

saraiva:
(nome escolhido à sorte)
sim meretíssimo!

super juiz:
falta-me aqui uma folha com o número 34.888 do processo "avia-te na caixa". rápido que a quero aqui quanto antes!

saraiva:
esse processo já cá não se encontra!

super juiz:
o quê! onde é que para?

saraiva:
na torre do tombo, excelência!

(continua)







ingleses? isso o que é? pressportugal entrevista varett

pressportugal:
como comenta a situação internacional, mais precisamente a "questão inglesa"?

varett:
acha-me com cara de comentador! eu sou apenas um fala mal de tudo. mas aqui vai, pois tenho um certo tempo antes da ida à praia, meu desporto preferido: os ingleses são uma raça...

press:
raça?

varett:
só existe, por enquanto, uma só raça humana como é sabido e "confirmado" antropologicamente. porém, como eu não aprecio os ingleses, designo-os de raça para os desprestigiar. os ingleses servem-se dos outros povos com menos experiência política. os chamados trouxas. os portugueses são trouxas porque serviram os ingleses umas vezes como lacaios outras como entreposto comercial dos seus interesses. os ingleses só conseguiram êxitos no continente europeu ocupando portugal e dispondo deste a seu bel-prazer. todos os outros povos correram com eles e deram-lhes luta feroz. até os dinamarqueses os invadiram. paparam as suas fêmeas e os governaram. os vikings tinham muito tesão!

press:
não foi o que lhe perguntei!

varett:
você acha que eu sou um criado dos ingleses? eu só respondo o que me interessa. se lhe convém, muito bem. senão deixe-me em paz que tenho de descansar um pouco mais antes de ir à praia. compreendeu ou quer acabar por aqui?

press:
ok, faça o obséquio!

varett:
bom, aos longo dos anos, esses cabrões aprenderam como ninguém uma atividade a que se costuma dar o nome de diplomacia. é com ela que têm enrabado todos os povos que com eles lidam. menos, claro, com os alemães dos anos quarenta que os iam transformando em cachorros quentes muito antes das carrinhas que os vendem nas ruas terem sido inventadas. neste momento, salvaguardando as diferenças, os ingleses estão perante um fato parecido com o que se passou na europa da segunda guerra. isto é, a alemanha tinha tomado e dominado a europa ocidental e mais uns milhares de quilómetros além danúbio. a europa germânica (tal qual como hoje é, mas sem peça de canhão) crescia a olhos vistos e a inglaterra ou lá como aquela porra se chama a si própria de reino unido só andava aos papéis. a europa estava "pacificada" pelos hitlerianos e isso significava paz e lucro. só uma guerra daria à economia inglesa um balão de oxigénio. receberam um tal coronel de gaulle e fizeram dele porta-voz da frança livre. este dirigia a guerra contra a alemanha numa rádio aquecida no inverno e arejada no verão. 

press:
o senhor não vai contar a história da segunda guerra? já basta vermos aquela excelente série que dá pelo nome de uma aldeia francesa...

(varett, começa a rir alto e quase a gritar)

varett:
eh pá, meia dúzia de tarecos a discutirem como é que iam fazer frente e derrotar  o mais poderoso exército do mundo, na altura. ah, ah! a alemanha venceu a frança numa semana. e depois os alemães paparam todas as francesas que queriam comer um paté de foie e cujos maridos não conseguiam arranjá-lo no mercado negro. que  delicioso produto! eu só repito o que vejo na "aldeia francesa".  só quem se lixou foram os judeus que foram assassinados por alemães e franceses. misérias deste mundo! 

press:
estou perdido!

varett:
está como os ingleses perante a europa comunitária. esses bifes de merda (li o joão magueijo e gostei) julgavam que iam mamar os dinheiros da união. foderam-se porque tiveram de desembolsar mais do que receberam. e como são chulos já estão a querer saltar barco fora. já não têm os estados unidos a ajudá-los na destruição da europa alemã e a pô-los novamente a chupar tudo e todos. esses filhos de puta - que só criam carneiros - passam a vida a beber os nossos melhores vinhos e a comer a nossa melhor carne de bovino, etc. e para lhes limpar o cu aceitam portugueses que se encontram desempregados e que não têm futuro à vista. isto é, teriam se não fossem vítimas de quadrilhas que se instalaram em todos os organismos do estado. portugal ou foi governado por ingleses ou por quadrilheiros. aqueles filhos de uma cadela depois de os estados unidos terem vencido os alemães deixaram que o regime ditatorial de salazar permanecesse no poder para melhor nos governarem. explico: os ingleses têm experiência do regime democrático mas dão-se muito bem com regimes fascistas pois estes servem os seus interesses. é que as ditaduras mantêm a paz à custa da repressão. esta paz faz com que consigam chupar nas calmas as riquezas e o trabalho de povos como o nosso. caminhos de ferro, companhia de telefone, matérias-primas das nossas colónias, era tudo deles. 

press:
eu queria era saber dos tempos de hoje!

varett:
cale-se e deixe-me tergiversar!

press:
o senhor parece o outro!
(riram-se muito e durante o tempo de uma benção papal)

varett:
a inglaterra, ou melhor, os comerciantes ingleses querem ficar livres desta europa para se unirem com  os estados unidos.

press:
com os estados unidos?

varett:
a união europa-germânica representa um mercado de 600 milhões de consumidores. a inglaterra está aos papeis neste mercado e os estados unidos precisam de novos mercados. há muito que pouco ou nada petiscam por cá. este é de novo um mundo germânico. a única coisa que de cá levaram foi o apoio político nas invasões que fizeram para dominar os territórios produtores de petróleo. só destruindo o poder  económico alemão é que poderão conquistar de novo a europa com os seus minis e casamentos reais. os ingleses perderam em toda a linha das novas e atuais  necessidades consumistas. só uma guerra contra a alemanha os poderão salvar. hoje, a inglaterra tem pouco poder em portugal mesmo com aquela merda do tratado de windsor a lembrar o quanto lhe devemos. aqueles bebedolas puseram-nos de costas contra a espanha, contra a frança, contra a alemanha e não contentes com isso ainda nos governaram durante séculos. meteram na nossa cabeça que tínhamos sido nós a ganhar aljubarrota para que a independência daí derivada servisse os seus intentos de expansão. depois empurraram-nos para ceuta com aquela trupe dos filhos de filipa de lencastre que eram conhecidos por ingleses. no século XVIII e princípios do XIX eram eles que nos dirigiam politico e militarmente. deram-se ao luxo de enforcar portugueses que se queriam ver livres deles. porra, quando tudo apontava para nos vermos livres deles ameaçaram-nos com invasões quando quisemos ligar o território entre angola e moçambique. mandaram-nos um ultimato! oh seus filhos de puta! só que desta vez eles não nos servem de grande coisa nem como amigos nem como inimigos. nós, os trouxas dos portugueses, já percebemos que também podemos ser gente. e só voltados para a espanha ou união europeia é que conseguiremos sobreviver. os ingleses sempre nos deixaram com uma cana verde nas mãos que  não serve para nada nem para meter no cu das bifas que se passeiam nas terras algarvias na esperança de serem montadas pelos profissionais magriços. 

press:
como classifica o papel de rebelo de sousa neste cenário?

varett:
 nunca apreciei o presidente enquanto comentarista. mas como presidente da república devo dizer o seguinte: de fato a ideia de unir os portugueses mesmo em termos de afeto traz consigo um princípio de identidade inquestionável. é que estivemos durante muito tempo perdidos quanto a identidade. o 25 de abril destruiu oito séculos de historieta própria. foi-se o identitário nacional e em substituição impuseram-nos o clubismo partidário. a elite que nos governou dividiu-nos para seu proveito. marcelo está a transformá-los - com a sua permanente hiperatividade - em competentes funcionários públicos. antónio costa dá uma ajuda neste aspeto. para já é o que precisamos.

press:
para terminar: e o problema da caixa?

varett:
tem o mesmo problema que eu tenho?

press:
não entendi!

varett:
você é estúpido ou nunca ouviu a sentença da minha avó?

press:
não conheci a sua avó! diga lá!

varett:
onde há dinheiro há ladrão!

press:
minha nossa!

varett:
qual minha nossa qual quê! dirija as suas preces para carlos alexandre!

press:
meu nosso, agora é que vão todos dentro!

(uma espécie de peça de teatro popular)


(o grande juiz encontra-se sentado numa secretária atafulhada de pilhas de papel. centenas de dossiers acham-se encostados às quatro paredes do quarto. uma janela, ainda não consumida pela montanha  de processos, deixa passar a luz do sol através de vidros à prova de bala. debaixo do rabo do magistrado está um exemplar do correio da manhã que apresenta na primeira página uma foto enrodilhada de um ex-político acabadinho de sair da cadeia. está muito calor. é verão nacional. carlos, o super, encontra-se em mangas de camisa. sua tanto como quando leva a virgem aos ombros na sua aldeia natal. é fã de deus e de sua amantíssima mãe. um cinzeiro vazio de beatas acolhe uma borracha. não fuma nem bebe. não é de praias e se alguma vez vai molhar os pés fá-lo sempre com um chapéu de chuva, herança do avô materno, que o defende dos ultra - violetas - )

super juiz:
saraiva! ó saraiva!

saraiva:
(nome escolhido à sorte)
sim meretíssimo!

super juiz:
falta-me aqui uma folha com o número 34.888 do processo "avia-te na caixa". rápido que a quero aqui quanto antes!

saraiva:
esse processo já cá não se encontra!

super juiz:
o quê! onde é que para?

saraiva:
na torre do tombo, excelência!

(continua)







segunda-feira, 20 de junho de 2016

a caixa da democracia num dia de fibados

todas as democracias  do tipo ocidental são contempladas com um cacho de chupistas ao longo de todo o tempo em que aquelas se formam. são como o bolor do pão muitos dias depois de ter saído do forno. o bolor tem utilidade assim como  o cacho de chupistas. o primeiro serviu a farmacologia. quanto ao segundo temos a considerar o melhoramento dos serviços judiciais. isto é, a nossa polícia judiciária ficou mais apta e qualificada a servir um novo regime que se imponha no sentido de serviço público. só que este regime tarda a aparecer. a culpa é de quem? do dinheiro que ainda anda por cá. só quando este acabar, sim, iremos mudar o rumo da história. esse cacho de chupistas infiltrou-se em tudo que é estado. eles dominam as polícias, os tribunais, os hospitais, o sistema tributário (onde sacam ao povo tudo o que é passível de criar riqueza que distribuem como bem entendem). por exemplo, quando o sistema educativo deixou de contribuir para a riqueza dos cachistas eles tentaram destruí-lo. tudo que não os alimente é para ser substituído. são poderosos ao ponto de terem colocado forças de repressão ao seu serviço. ninguém os consegue abater. eles representam um certo tipo modernizado de feudalismo que durante séculos chupou os povos que amanhavam as terras para seu proveito palaciano. a caixa está na sua mira porque os alemães querem-na mais limpa. é por isso que a vão transformar. em quê? depois de lá sacarem "o seu" havemos de ler nos jornais ou ouvir nos telejornais o quanto marfaram. 
varett

domingo, 12 de junho de 2016

que literatura de esquerda, de direita e universal?

se eça fosse nos dias de hoje um escritor vivo, como seria considerado? um reacionário de direita!  quem está por aí a catalogar o que escreve este ou aquele? uma verdadeira célula profissionalizada que se diz de esquerda e que para ela só existe uma literatura e é a de uma certa esquerda. a par desta claque de capela existe ainda um certo grupo de intelectuais que domina a entrega de prémios pecuniários a este ou aquele do seu conhecimento e intimidade. mas, porque, por exemplo, eça de queiroz é, hoje, lido, relido e falado?   bem, eça já não pode opinar direta e politicamente. está morto há muito. já não belisca nem incomoda os que comem à custa da política e da pia cultural. não os pode  denunciar!  a cultura nacional é chafurdante e tem os seus homens de mão na comunicação social. esta promove e despromove quem muito bem entende. um único escritor que até chegou a ser catapultado para o nobel, o nosso saramago, homem de leve  cultura, mas sagaz vigia e olheiro de mentalidades, é produto mediático de uma luta entre  ideologias. a direita , quando no poder, promove sem querer figuras de segundo plano. estas florescem como papoilas . o que veio do tempo em que o salazarismo as proibia não serve senão de introito a obras maiores. tiveram valor enquanto obreiros de abertura intelectual em períodos em que até o pensamento livre era passível de criminalização; mas não passaram disso. em liberdade liofilizaram-se. a edição de pretensas  grandes obras  literárias em portugal levanta muita suspeição de qualidade. na área do romance a coisa cheira mal. pessoalmente não vejo algo merecedor de atenção para além de miguel sousa tavares. temos galinhas, porquinhos e muita simpatia caritativa dirigida ao escritor (de certa esquerda) com raízes campesinas. há ainda intelectuais nacionais  que escrevem montanhas de palavras, nos fins de semana, que ajuntam depois em romance. melhor, julgam ser romance. a nossa literatura atravessa uma crise só comparável a um crash bolsista. calma! calma! há mais atividades para além de se escrever um livro! por exemplo, ler com critério mas fuja-se a conselheiros mediáticos acoplados a editoras, perdão, imprimidoras. 
varett
ps: literatura universal? bem, isso é com a academia sueca. ela é que sabe  quando escolhe politicamente os seus laureados ou a laurear .