sexta-feira, 29 de maio de 2009



A JUSTIÇA É CEGA MAS PARIU UM ÚNICO CORRUPTO...


Neste momento já lá vão seis meses sobre a prisão de Oliveira e Costa. As autoridades judiciárias resolveram mantê-lo sob prisão não permitindo que ele fosse para casa com pulseira electrónica, adqurindo assim a figura de prisão domiciliária. Muitos criminosos, desde aqueles que traficam dogras assim como homicídas, já beneficiaram dessa medida. Pronto, só há que obedecer. O que sabemos sobre o antigo secretário de Estado de Cavaco Silva é o que vem nos jornais e nos noticiários das televisões. Parece que ele é o único crimonoso da banca que deu um desfalque e prejudicou centenas de aforradores, agora desgraçados, que tinham as suas poupanças depositadas na instituição de crédito que o agora arguido geria. A justiça segue o seu curso e o inquérito não resultou noutras prisões. O inquérito tem seis meses. Os investigadores trabalham há seis meses e ainda não descobriram mais nada. Como tudo se sabe em Portugal é de crer que assim seja. O homem tinha associados? Devia ter porque um homem sozinho não poderia ter feito aquilo que dizem que fez. È que até ser julgado presume-se inocente. Esta é uma das muitas prerrogativas de um Estado de direito. E ainda bem. Havia o perigo de fuga: diz a comunicação social, daí ele estar nos calaboiços. É capaz até de ser bom para ele, pois podia dar-se o caso de algum dos desgraçados ludibriados querer fazer justiça por mãos próprias. Só os parvos engolem esta história. Sabe-se que Portugal vai sempre a reboque de outros países. É assim com as telenovelas, concursos de televisão, caça aos pedófilos, soldados para o estrangeiro (para defenderem a pátria), com os criminosos que entram e saem pelas nossas não fronteiras, caça às prostitutas (que até anunciam nos jornais as suas apetências) que se não estão legalizadas é porque deve faltar alguma assinatura, com os desfalques que fazem as operadoras de telemóveis a centenas e centenas de portugueses que não os dispensam tal é a utilidade, etc. Vou parar por aqui pois esta lenga-lenga já está longa. Este texto só terá alguma validade se lhe se acrescentar um dado. É que Oliveira e Costa vem de famílias humildes. Trabalhou e estudou ao mesmo tempo. Fez pela vidinha e saiu-se bem. Não pertence a grandes familias que tudo podem em Portugal. Algumas personagens destas ditas famílias já estiveram a contas com a justiça e safaram-se a bem da nação. Têm as costas quentes e são como o polvo que tem muitos tentáculos. Oliveira e Costa está sozinho e sozinho vai pagar por todos. Nem a Santa da Ladeira ou mesmo o governador do Banco de Portugal o podem salvar. Seguem-se as apostas para se saber quantos anos vai apanhar o antigo pastor de ovelhas. Eram para aí cinco e tal, oito e coisa, nove e tal.
Mmb
PS: Estou a lembrar-me da Banqueira do Povo que se fartou de ajudar este e aquele. Só quando os seus negócios começaram a prejudcar a poderosa banca é que foi detida, julgada e presa. A banca não perdoa. E tanto assim é que só o trouxa está preso. Ele será a nova Dona Branca que até morreu na miséria depois de ter sido rica e considerada. Só que nunca pertenceu a nenhum governo... por acaso.

terça-feira, 26 de maio de 2009

CARTA ABERTA A MARINHO PINHO

“Alô Randolf”

Numa determinada cidade dos USA, a Comissão dos Homens Honrados resolveu contratar um pistoleiro justiceiro para acabar com os bandidos que a ponham a ferro e fogo. Assinado o compromisso, o nosso justiceiro começou a abater toda a pestilência que encontrava pelo caminho. Quando chegou a meio da tarefa, a comissão convocou-o para uma reunião e, muito aflita, pediu-lhe para que parasse com a razia. O nosso homem que era um profissional competente não aceitou. A sua palavra era para ser mantida e não queria perder as suas credenciais pois isso prejudicar-lhe-ia em futuros contratos. A comissão perante tal teimosia resolveu procurar outro pistoleiro para acabar com ele. Bem, vejamos quais os pressupostos que levaram a dita comissão a querer que o justiceiro não levasse a tarefa até ao fim e fosse também ele assassinado, já que o enredo daqui para a frente pouco interesse tem. A cidade perdera a trepitante vida nocturna e o que isso trazia de lucro nos impostos sobre o álcool e semelháveis. As profissionais do sexo ao abandonarem os locais de trabalho fizeram cair funestamente os lucros dos hotéis e motéis. Até as farmácias se ressentiram com a falta de venda de produtos apropriados à vida da noite. Os restaurantes ficaram às moscas desencadeando o desemprego no sector. Os agentes imobiliários tremeram com a falta de clientes. Os vendedores de automóveis estavam aflitos com uma frota enorme e inerte nos seus standes. A lagosta apodrecia nos balcões frigoríficos das marisqueiras. As cabeleireiras, na falta de clientela dedicavam-se à má língua. Os médicos-esteticistas pediram transferência para outras clinicas. As marinas deixaram de ter iates atracados. Os traficantes de droga e os accionistas da banca saltaram para outras paragens e aí passaram a gastar somas fabulosas com as suas festas. O casino fechou as portas. Os ladrões emigraram. Os padres deixaram de dizer missa (só as do sétimo dia). Estas foram algumas das razões pelas quais a Comissão dos Homens Horados (composta por políticos, comerciantes, empreiteiros de construção civil, corretores, conselheiros de Estado, magistrados e um bispo da religião oficial) quis ver o justiceiro bem morto de morte lavada. Certo dia uma puta infiltrada fingiu fazer-se ao justiceiro conseguindo levá-lo para a cama onde o assassinou. A cena foi assim descrita por uma jornalista: a puta tinha colocado um revólver debaixo da almofada. Depois de umas cambalhotas ela pôs-se à maneira, isto é, pôs-se por cima. Aproveitando o segundo orgasmo do parceiro meteu a mão na arma e disparou na direcção de um olho ao mesmo tempo que dizia: alô Randolf.
Cuidado Bastonário. Nunca te vires quando ouvires o chamamento alô Randolf...
mmb