segunda-feira, 30 de abril de 2012

parece-me   que correram com ele para
se instalarem. puxa, nunca mais sairam!

pensamentos de varett

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pior do que a monarquia constitucional são as ditaduras de esquerda e de direita. pior do que a monarquia constitucional são os estados partidocráticos. pior do que a monarquia constitucional estão os tribunais que julgam de acordo com os "juízes" de rua e da praça pública. pior? muito pior!

quando tenho consciência de que tenho consciência, fico com consciência de quê?
varett 2012
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o lugar de deus é nos museus. está como as múmias, já não fala nem ouve ninguém. é um embalsamado.
varett 2012
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sê bom pelo homem e não pelo mito = realiza-te com o teu semelhante.
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não vou repetir as teses em que defendo o regime monárquico. já não tenho pachorra. só vou acrescentar que a monarquia natural só pode coexistir com a ideia de nação. o monarca limita-se a representá-la e a defender o que o povo decidir. torna-se - o monarca - daquele o seu defensor. não foi sempre assim. eatá bem, porra! isso foi no passado. ai do monarca que se atreva, hoje, a tornar-se partido. passar-se-ia de um regime natural para o regime da macacada. digo regime natural na medida em que é respeitada a nossa programação biológica. não tem nada a ver com o poder abençoado por deus e etc que são umas quantas baboseiras criadas pelos antigos monarcas mais a malta dos templos. os povos precisam de quem os represente e os defenda. está provado materialmente que assim é, pois o exemplo dos que querem substituir o chefe natural e nacional é demasiado conhecido: um mau exemplo, o do passado. no século XIX, os monarcas suecos não tendo descendência procuraram fora da suécia uma pessoa para adoptar. quem foi escolhido para ser futuro rei foi um general de napoleão (esquece-me agora o nome dele. vejam, por favor, na enciclopédia ou na net se quiserem). para evitar que um futuro pretendente trouxesse divisões e guerras internas correspondente a interesses de partidos (os reis) tomaram essa decisão arrojada. inteligente? penso que sim. aos representantes da nossa casa real e de outras formas de representação monárquica falta-lhes cultura para poderem mostrar ao povo o quanto é benéfico mudarmos de sistema de representação. o nosso não passa de um misto monarquia comunado  com chefe de partido que representa interesses medonhos. para terminar. vejamos, o rei joão carlos (descendente directo de dom manuel I de portugal) e a sua performance em áfrica. tem de resignar. no mundo de hoje andar a matar elefantes como os caçadores furtivos é de correr com ele. que venha filipe e a sua letícia. o rei está velho? muda-se. é assim a vida. a república portuguesa está doente? mude-se de regime. viva o rei! seja ele qual for! se tiver sangue real do início da nacionalidade, melhor ainda. uma nação é uma família e esta tem chefe. não sou eu que o digo, é a natureza que o mostra.
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* viva o rei de portugal e do povo!



domingo, 29 de abril de 2012



o meu bilhete de identidade é o único que não me mente. estás velho e enfurrujado, diz-me quando o apresento para fins de pagamento de coisas sérias. filho de puta! já lhe disse que isso não me chateia. o que me chateia são as paragens que tenho de fazer por causa da porra das pernas. fraquejam e paro. respiro. depois lá vão mais umas passadas e mal chego a casa ligo a antena dois. o único serviço público que ainda não foi contaminado pela porra da política, melhor dizendo, pelos políticos que nos invadem de sorrisos quando nos querem chupar os votos. mal conquistam um lugarejo, nunca mais os podemos tocar (apalpar não me importava de o fazer na querida cristas, com o devido respeito, está claro) nem ouvir. ouvir, minto, podemos fazê-lo na rário e nas estações de televisão. deixámos de lhes servir e eles a nós por motivos ainda hoje por descortinar. a verdade (se é que isso existe) é que pouco tempo depois estou a dar cabeçadas no livro que tenho no colo. não é só sono não. deu-me para ler um tal de schopenhauer pela pena de ribot. como não sei francês. aliás sei o suficiente para perguntar - há que anos - a uma francesa da rue pigalle quanto custa ir para a cama (com ela), pedir leite e pão, enfim combiem? não dá para tantos voos. e é mais por isso que pego no sono à segunda tentativa  folheio no dicionário o respectivo significado, dado que o significante eu ainda posso soletrar. anda para aí uma onda para repescar os velhos e dar-lhes um fim dignificante academicamente falando... da minha parte agradeço, mas já não dá. se os novos andam aos bonés, o que faremos com títulos universitários? querem mexer-lhes (aos velhos como eu)  com o cérebro para os espevitar. eu gostaria era de manter aquilo que perdi mas noutras zonas do corpo mais palpáveis. se não fosse por causa das coisas eu ainda me ponha a aprender o islão para - no caso de ir para o céu - ser recebido por setenta virgens. por causa das coisas quer dizer que ainda me limpavam o sarampo por duas vezes. não, não arrisco que eu desde que tenho cu tenho medo e muito. a minha avó - que não sendo nenhuma sábia - disse-me coisas que eu na altura queria era ser mouco: guarda sempre uma ou duas gargalhadas das muitas que costumas dar que é para quando estiveres a gemer de dor física, ou outra, elas te compensarem. pois, apesar de não ter dado muita gargalhada  por causa dos tropeções dos velhos fi-lo só uma vez em que me ri imenso quando meu avô da cidade ia caindo sustentado por duas bengalas. sim, duas bengalas que meu avô era rico e tinha uma certa inclinação pelo sr. presidente do conselho. escrevo com s porque não me predisponho a ficar de cócoras. então eu que chumbei por causa do ditado. foda-se! penso que até já escrevi sobre isso. ah, esta cabeça! c de cão para concelho do imi e s de sacana para o que diz a galinha ao pinto. que confusão! às vezes a minha cabeça fica oca. não perco o hábito de escrever só que não tenho nada para dizer. já agora que estou com a mão na massa e não me apetece enviar ao filóso afonso - companheiro de abril (à cicil, claro) - um recado que é o seguinte: já cheguei à capital. agora é só marcar a dia para o café vegetariano. também, se ele não ler este texto, no problem. ah, já sei o que queria escrever. bom, mas agora é tarde. fica para outro dia. como não tenho sono e não gosto de tomar drogas (gostar eu gosto, mas já não me posso embebedar) para ressonar vou pegar no th. ribot que aquilo é remédio santo e nem preciso ir mais do que uma vez ao dicionário. as fotos? bem, uma é de ponta delgada velha, beata e ordeira de ontem e era lá que eu brincava. a outra é de um barco enorme que nem em pesadelos sonhava vê-lo  beijar as rochas do calhau das senhoras que foram obrigadas a frequentar outras aquáticas paragens.
varett

quarta-feira, 25 de abril de 2012

a cada um o seu 25 de abril

caro companheiro tribuno das liberdades

relatar os factos que tiveram lugar em lisboa em 25 de abril de 1974 pode dar origem a interpretações pouco credíveis, dado que muitas vezes elas surgem eivadas de ideologia ou de precipitação intuitiva, para já não falar da doença da clubite muito afeita aos humanos. fosse o que fosse que tivesse acontecido naquele dia - mesmo dando ouvidos  a insignes construtores sectários de histórias -  uma coisa pode afirmar-se em termos de comportamento observável: o povo ao sair em massa para a rua inverteu o programa dos oficiais do quadro (uma espécie de homília de boas intenções pseudo-humanistas que minuto a minuto se foi tornando num abc de esquerda consoante o volume dos gritos de quem viveu reprimido durante quase 50 anos). ora um povo pobre que servia para carne de canhão para manter interesses coloniais, tão depressa se viu liberto tão depressa se amontoou nas avenidas e ruas da capital tornando-se numa espécie de tsunami sem cabeça. primeiro ficou encantado com o espectáculo da soldadesca armada para logo a seguir começar a dar caça desenfreada aos que tinham alguma coisa e que representavam um poder aterrador sustentado por uma sanguinolenta polícia política, uma polícia de segurança pública feroz na vigilância e cumprimento de leis contra o povo, uma guarda nacional que defendia os patrões à lei da bala para manter a subserviência dos mais desgraçados, vigilantes da pátria como a  legião e brigada naval que viviam defendendo o estado novo através da denúncia dos emergentes democratas. tudo isto acompanhado por uma religião oficial que vinha há muito retardando o crescimento intelectual de toda gente. perante a gritaria e o histerismo  geral teriam os golpistas de tomar posição senão o país caíria num caos imparável. e naturalmente seriam arrastados pelo desastre que iniciaram sem prever as consequências. note-se que apenas queriam reivindicar uma justiça de ordem corporativa. não passavam de um grupo cansado de guerra e de injustiça. um "bando" que nada tinha de ideologia na cabeça. não leram camilo, não leram eça nem tão pouco antero. eram os mais lídimos defensores do fado, futebol e fátima. claro que havia um ou outro que tinha umas leituras mais afrancesadas, como era o caso de melo antunes. mas mesmo este não era homem para pegar em armas e derrubar o poder instituído. ele servira o regime embora o criticasse intelectualmente. no dia 25 de abril de 74 encontrava-se a 800 milhas do palco da golpada. boa cabeça, não teve outra solução senão dar uma mãozinha nos textos que o otelo tinha na cabeça confusa. os militares não são dados a reflectir. são pessoas limitadas e isso compreende-se. são militares criados para obedecer aos políticos. tudo que for além disso dá disparate. compreende-se por  que os capitães - para não perderem o domínio da tempestade que arrasava o país - tivessem de chefiar a rebeldia geral. assim, de golpistas palacianos passaram a imitar os revoltosos da américa do sul que combatiam um capitalismo esclavagista de toda a população latino-americana. otelo que dirigira o golpe - por ser o mais mediático - deu uma de che guevara. foi promovido a oficial general e deram-lhe uma força de polícia político-militar (coopcon) para aguentar o que se previa: divisão da sociedade civil. foi responsável pelas centenas de prisões de pessoas que viviam sob a bandeira do salazarismo (não havia outra opção para quem quisesse viver em portugal). prendeu-se homens e mulheres só por serem ricos. bancários ou fugiam ou iam dentro. esta festa popular-militar deu azo a verdadeira anedota: deixaram marcello e thomaz "fugir" para o brasil numa desnorteação total. os verdadeiros responsáveis escapavam assim à justiça . antes que fosse tarde demais os militares começaram a ocupar tudo que era cargo. estou lembrado de o então major eanes ter sido catapultado a presidente da rtp. e logo ele que é falho na figura mediática.. militares feitos ministros com poucas letras era o pão nosso de cada dia. ao mesmo tempo que os militares eram arrastados pela  desportugalização, a propriedade privada era assaltada em certas zonas do país (aquelas onde o partido comunista tomara o control das massas, como o alentejo, por exemplo). de um dia para o outro milhares de famílias ficaram sem nada devido ao assalto dos seus bens. as casas apalaçadas despovoaram-se devido à fuga dos seus proprietários. tudo isto nas barbas dos revoltosos. era impossível tomar mão da onda socializante que assentara arraiais entre nós. e foi assim que enquanto uns tantos fugiam perdendo a fazenda, outros tantos a ocupavam. uma nova burguesia tomava lugar da velha  tendo como lema o poder do povo, substituído logo em seguida pela democracia burguesa. enquanto o povo não baixou de excitação as suas reivindicações foram tomando forma. ideias como, pão, paz, habitação saltaram para o texto constitucional. houve quem arranjasse casa, desse educação aos filhos e arranjasse emprego no estado. este começou a dominar todas as áreas anteriormente pertença das famílias (60 ou à volta disso) patrícias nacionais. em pouco tempo o estado português passou de um estado confessional para um estado totalitário na linha do materialismo dialéctico. os meios de produção caíram nas mãos de  novas organizações: os partidos políticos. o estado não reteve a lição da história materialista. assim como os generais de alexandre repartiram o seu império logo após a sua morte, assim também os partidos-generais dividiram o estado português entre si. claro que isto só se deu quando os militares caíram em si e regressaram aos quartéis com o rabo entre as pernas (exagero de linguagem aceito a crítica do doutor bastos. saíu assim... foram todos penalizados e a carreira foi ao ar. tiveram qualidades que temos que realçar. poderiam ter feito pior, isto é, não deixar o poder e enveredar por uma ditadura militar mais prolongada. nisso portaram-se bem. a liberdade veio estabelecer-se entre nós. a imprensa tornou-se livre tempos depois, pois houve no princípio tentativas totalitárias de uma certa esquerda ( a esquerda totalitária) para criar em portugal uma satelização soviética. em vez desta caiu-se numa república das bananas apadrinhada pelos estados unidos da américa. o partido socialista enveredou por este tipo de protectorado. hoje, sabe-se que os golpistas não tinham como objectivo acabar com a pide/dgs. bem, esta análise ficará para daqui a 50 anos, pois parece que aqui há gato e não é o gato de schrodinger. mais um dado positivo: a politização de muito capitão de abril (nome que depois foi-lhes atribuido). a maioria voltou a estudar e foi assim que por exemplo um dos golpistas - maia -  se formou em sociologia. e outros de quem o nome esqueci. portugal tornou-se de um momento para o outro numa universidade (universal) do conhecimento ideológico. nasceram como as ervas daninhas centenas de cronicões, politólogos, fazedores de opinião, líderes políticos, corruptos, políticos lacaios de empresários, empresas parcelares (uma espécie de fundo fantasma onde o dinheiro do povo foi parar), etc. as cadeias estão a abarrotar de bons pobres, e de bons assassinos estrangeiros. os hospitais já não têm filas de espera (os doentes já morreram), as escolas que formaram humanistas, juristas, jornalistas, economistas, sociólogos, professores, e etc, fomentaram o desemprego. a fome já deu sinais de si em certas zonas do país. a segurança social foi assaltada e está prestes a entrar em colapso financeiro. o ministério das finanças inventa diariamente novos impostos. ah, para terminar, o primeiro-ministro é um tal empregado de um empresário que já foi ministro de um partido que associado a outro tem arrastado o país para o desnorte económico e para a sodomia política.
ps: não posso deixar de dizer que de qualquer modo fiquei satisfeito com a queda da quadrilha que geriu portugal durante o chamado estado novo. isso deveu-se, claro está, a um punhado de homens que arriscou o pescoço. se o fez em nome do povo: obrigado. se foi apenas para olhar o umbigo: pois é, há males que vêm por bem.
varett

terça-feira, 24 de abril de 2012

iremos ao fundo?

  1. será que os açores irão atrás das directrizes dos novos donos de portugal? será que a riqueza que nos passa pelas ventas não poisará por aqui?

sábado, 21 de abril de 2012

nos açores as empresas públicas encontram-se em falência técnica


a primeira empresa insular que se esvaiu sem estrondo nem reclamações foi a televisão dos açores, a ainda chamada rtp/açores. foi criada pelo imperativo político de impedir a independência das chamadas ilhas adjacentes englobadas no antigo império colonial português. foi uma opção caríssima. mais uma vez os cofres do estado foram assaltados pela ideologia (expansionista, no caso). porém, tornou-se compensadora pois uma vez controlada a informação o domínio "lusitano" teve artes de se prolongar. independências que se tornaram numa evidência criada pela difusão do programa do mfa reconstruído após o 26 de abril de 1974 foram adiadas. as contas das despesas foram metidas em caixinhas e embrulhadas no amontoado da mãe. isto é, na rtp. um fosso enorme onde há de tudo um pouco. um organismo do estado que se rege por normas próprias de um clube/empresa privada. foram tornados públicos os vencimentos de alguns "colaboradores" e "colaboratrices". uma coisa pró grande! quanto a negócios de compra de material (filmes, documentários e bosta pornográfica)? bem, só os deuses é que estão nesses segredos. só que para manter aquele aborto mal cheiroso nós dispendemos milhões e milhões. que muita falta nos faz. quanto aos açorianos? bem, penso que não merecem mais. está-lhes na massa do sangue ficar de cócoras contra os ventos da história. saltemos para uma coisa que dá pelo nome de sata. uma companhia à imitação da tap. sabemos o que é a transportadora nacional. uma empresa que se fosse obrigada a fechar, portugal teria de vender o algarve para pagar a enorme dívida que ela acumulou e fez crescer ao longo destes últimos 30 anos. tanto a sata quanto a tap - que parecem ser duas companhias - não passam de um jogo de capitais esquisitos. se duvidarem, investiguem, por exemplo, na internet e nos ministérios das finanças e da administração interna. atenção pois os ministérios vão mudando de nome consoante as vitórias eleitorais. claro que uma investigação deste tipo dá para perder mito tempo, e já não há pachorra, nem tempo nem dinheiro para isso. estamos quanto a investigações de coisas escabrosas sujeitos à boa vontade de uns quantos espiões que colocam cá fora (ao público) o que vão apanhando quando lhes passa pelas mãos coisas significativas. os verdadeiros jornalistas de investigação em portugal estão todos nos ministérios e nas polícias. os jornalistas que estão cá fora são uma espécie já gasta. ora tanto a sata quanto a tap estão falidas tecnicamente. em pior situação está a sata com uma dívida tão alta quanto a montanha do pico. ela dá pelo nome de empresa de utilidade pública ou empresa pública consoante as modas. tanto a tap quanto a sata vivem da exploração do povo açoriano. praticam tarifas fora de toda a conjuntura turística actual. impedem que se viaje para as ilhas e só permitem aos mais abonados a saída. que contas presta a sata ao povo açoriano? responderão os seus donos que está tudo no branco e no chocolate. mais, que as contas estão disponíveis a quem quiser consultá-las e etc. bem fiquemos por aqui pois com este tipo de imbecilidade que opera nos crânios dos indígenas insulares não vale a pena gastar muita saliva. a sata e a televisão são dois símbolos de colianismo encapotado. enquanto não nos livrarmos do modelo que as gere estaremos sempre sujeitos a este tipo de vivência que envergonha uns tantos e alimenta um punhado.
manuel melo bento
(texto ditado pelo telefone e transcrito por paulo rehouve)
nb: este texto não obedece a nenhum acordo ortográfico oficial. limita-se a fomentar a luta de letras. ganharam as minúsculas. todas iguais todas democráticas...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

ideia perigosa de varett por paulo rehouve - o governo que se cuide


à consideração do primeiro-ministro

senhor primeiro-ministro


estas linhas não passam de uma informação que lhe devo por ofício de formação. foi um juramento de profissão de que não abdico. esta tarde, estando eu a ouvir varett discernir sobre o estado de direito e das responsabilidades das sociedades europeias que muito bem foram caracterizadas por voltaire no século XVIII, fiquei abismado com as conclusões a que chegou. disse ele que se o povo se dirigir às forças armadas para que estas recoloquem os verdadeiros democratas no poder, o senhor e os actuais partidos serão expulsos das instituições como o foi a acção nacional popular, aquando do golpe militar do 25 de abril de 1974. está a ver o professor marcelo caetano dentro do chaimite no largo do carmo e o povo cheio de saliva pronto para lhe esfolar o cabedal? bem, tome cuidado! ainda está a tempo de corrigir os erros e de repor o sistema político que dirige a coberto das promessas que apregoou quando andou à caça dos votos dos portugueses para ser eleito como salvador da pátria. veja o seguinte cenário: o povo português farto de si e dos seus a manifestar-se nas ruas e a gritar pelas forças armadas (as verdadeiras): queremos democracia! queremos democracia! o povo está com o mfa2! depois ouvem-se rajadas de metralhadora no rossio. a subir a avenida da liberdade partindo dos restauradores milhões de portugueses a cantar o hino nacional abraçados. está a ver a cena dentro do velho chaimite posto novamente a andar? se não está, estou eu. ah, não esquecer que a malta nesses dias prescinde da ida à praia para fazer volume de rua. na costa da caparica e a do sol só estarão as bifas a apanhar o sol. do nosso, claro!
cumprimentos, melhor dizendo, a bem da democracia
seu
paulo rehouve

terça-feira, 17 de abril de 2012

"antónio mota compra e colecciona políticos de todos os quadrantes. todos lhe são úteis."

na segunda página do correio da manhã de hoje, o professor paulo morais - que há bastante tempo tem vindo a atirar balas de canhão mortíferas a tudo que é político neste país ex-moçárabe - escreve o que nem dom pedro se atreveu dizer ao meio morto pacheco enquanto lhe comia o coração a cru. o professor morais indica os nomes dos políticos que em seu parecer (que muito boa e má gente conhece) se venderam aos industriais. face a esta denúncia pública eu espero que a pj (sobretudo os inspectores que descobriram que leonor cipriano tinha morto a filha, utilizando métodos que foram ao tempo das múmias abençoados pela santa madre igreja de roma) mais os impolutos magistrados - que ainda os há - actuem conforme o que está prescrito quando notícias sobre hipotéticos crimes vêm a lume. este tipo de informação que tem saído na impressa indica ser real, pois ex-políticos prestam serviço como lacaios de negociantes. eu evito repetir os nomes dos que morais implica no sistema porque deixo de fora a suspeição enquanto ela não for confirmada. com estes exemplos há que repensar se ainda temos estado. é que o estado também pode ser destruído e o nosso tem dado ares de anemia ao logo da sua já longa história. dom pedro I e o seu trineto de nome joão II cometeram crimes de morte. explico. dizem que por uma questão de estado o pai de dom pedro, afonso IV de seu nome, cortou o pescoço à mulher que o filho escolhera para amante por esta (grande dama de espanha) representar um perigo à segurança nacional. pedro I também sujou as mãos com os cúmplices de seu pai. conseguiu matar dois no gadanho. já dom joão II, para além de ter mandado matar por terceiros (tribunal) o duque de bragança, esfaqueou - ele mesmo - o duque de viseu por este estar a congeminar matá-lo. vai daí amandou-lhe a sua faca ao peito. ah fadista! bem e assim foi conservado em molho picante o país. mais tarde, os reis deixaram de sujar as mãos directamente. só mais tarde,no tempo de dom josé I (sec. XVIII), o estado português teve de se impor. e nesta ordem de ideias lá apareceu o carrasco dos távoras, um tal sebastião de carvalho e melo (uma espécie de ralé de baixa nobreza). toca a forjar provas contra a velha nobreza para as reduzir à merda. e conseguiu. enforcou tudo que se opunha ao estado (no caso os interesses do rei). até a velha marquesa dos távoras foi sujeita a mil tropelias antes de morrer. esse sebastião foi feito conde oeiras e mais tarde marquês de pombal. honrarias estas devido a ter mandado para a morte gente fina e não só. imagine-se o quanto este sebastião era assassino. por causa de os camponeses do norte não terem obedecido a um édito real que os impedia de cultivar certo tipo de vinha, o carvalho foi de propósito assistir ao seu enforcamento (cerca de uma dúzia de pobres diabos que teimaram em desobedecê-lo). mata e esfola tem sido o tipo de andamento binário que tem protegido a ideia de estado. claro que no início o estado português não passava de um aborto. aos poucos foi tomando forma de gente com a ajuda da actuação de dom pedro IV (o fodilhão) e os textos representativos da revolução francesa, onde germinou sentimentos de igualdade, fraternidade e liberdade. há épocas em que o estado se vai aperfeiçoando, outras há que dá passos em sentido contrário. mas o certo é que já não se mata tanto quanto naquele tempo. as nossas revoluções que metem negócios de estado dão notícia de um a cinco mortes. não passa disso. bem, a fome também ainda não apertou para que possamos ficar apreensivos. há que esperar e ver se é preciso desenterrar dom afonso IV ou em contrapartida irmos todos a pé e a orar à dona maria também conhecida por fátima terra de fé e de muita esmola em moeda cantante. há que esperar... para ver ou sentir.
varett

segunda-feira, 16 de abril de 2012

coronel otelo com a razão de estado pelo seu lado


quem percorre o texto da constituição não encontra justificação para este tipo de regime que governa portugal de hoje situado à margem do povo e dos seus mais lídimos interesses. têm sido constantemente adulterados os valores expressos na constituição e nas várias revisões que desde 1976 são a marca que serve para distinguir a velha pauta que o salazarismo fez aprovar quase por unanimidade. melhor dizendo, o actual texto constitucional, mal comparando, não passa de uma fraca imitação da do longínquo 1933. gritarão os esquerdistas de serviço a tudo que é pia ou alimento da suinaria: reaccionário, e etc. os da fornada - da actual direita que se guindou para o poder - não permitirão tais comparações. dado, claro está, estão já com a mão naquilo que é pertença de todos os portugueses. isto é, um outro tipo de pia. e que pia! a política nacional (não sei se esta palavra ofenderá os europeístas. bom, que os pariu!) saltou das mãos dos defensores de um estado forte e rico, cheio de miséria e fome para os mais desprotegidos para aqueles que tiveram a ilusão de colocar o estado ao serviço total e para todos. sonho que durou pouco tempo para dar lugar a uma realidade mais crua: aquela que nos cerca. esta caracteriza-se por o estado democrático ter desaparecido. sim, desapareceu de repente. justificação. salazar ponha as pessoas no desemprego. era um ditador malvado. o povo passava fome. esta democracia - que mais não é do que uma ditadura do capital - fomenta o desemprego e bolsas de portugueses a passar fome já por aí se vislumbram (alguns matam-na nos centros de caridade de certas instituições). é por isso, por estar implantada uma outra ditadura, que o coronel fazedor do 25 de abril disse o que disse. se estamos a ser governados por uma ditadura "democrática" há que a pôr em ordem e fazer com que entre o povo e o governo por este eleito não haja mais distância a separá-los. repare-se como esta democracia é falsa e tão falsa quanto a ditadura. um dos muitos exemplos flagrantes é o modo como os terrenos que pertencem ao estado/povo são negociados. zonas de reserva natural são de um momento para o outro transformadas em zonas turísticas que passam para mão esquisitas. este pequeno facto demonstra em como o estado não é de todos mas de certos cavalheiros. salazar deixou uma pesada herança estes que agora tomaram de assalto as propriedades do estado deixam-nos uma levíssima herança. sempre que se mexa em solo sagrado temos de estar atentos. sempre que negociatas estejam ligadas a interesses do estado há que agir der por onde der. trata-se da nossa sobrevivência. com a lição da falta de transparência (aqui cabem todos os que já foram governo) devemos sair à rua. não para queimar nem criar clima de vandalismos, mas sim para expulsar quem se apropriou, vende e negoceia o estado. claro que é tarefa quase impossível dado que suas excelência criaram falsas forças da ordem que mais não são do que os seus guarda-costas e protectores dos melhor instalados. a guarda pretoriana tem apenas como objectivo amordaçar o povo português. sim, otelo tem razão, embora não tenha explicitado muito bem a necessidade política de devolver portugal aos portugueses. isso só se poderá realizar com um levantamento. bem, do género violência doméstica ou militar? perguntem a otelo saraiva de carvalho a quem coube ver a sua última participação política de alerta sufragada pelo órgão de soberania competente bem contra os que se estão a instalar no que é nosso.
varett

quinta-feira, 12 de abril de 2012

qual será o próximo ministro português a ir parar à cadeia?


akis tsohatzopoulos foi preso por suspeita de lavagem de dinheiro. o caso está relacionado com a compra de uma mansão luxuosa em atenas. notícia inserta no correio da manhã que confirmei para não estar a veicular aleivosias. sim, o homem que foi ministro da defesa da grécia (país que está nas mesmas condições de portugal) está entre grades. parece que é mesmo crime na grécia lavar dinheiro e comprar moradias de luxo suspeitas. em portugal, fala-se de políticos que compraram verdadeiros palácios. alguns ao nascer já vinham com sola rota nos pés e levavam pancada para não comer tal era o ambiente à sua volta. talvez seja essa quase miséria que os motiva a ter de meter ao bolso tudo o que mexe. em portugal a política e a sucata são parceiros. em portugal a banca e os políticos cofundem-se. em portugal o estado invadido por uma corja de almocreves negoceia em publicidade, em seguros, em bebidas, em tabaco, em produtos farmacêuticos, em prostituição. convém explicar como o estado português ganha dinheiro indirectamente com esta saborosa actividade. por exemplo, você está com tesão e tem algum disponível para ir às meminas, perdão às putas. o que faz? compra os diários da especialidade e depois entra em contacto com as oferecidas. ora, como é sabido, cada anúncio paga imposto sobre valor acrescentado. quer dizer que esse dinheiro não vai parar ao bolso dos chulos mas aos cofres do estado. se você não quer correr o risco de ir aos quartos onde as putas estão e procurar segurança num quarto em hotel ou residencial saiba que ao pagar a hospedagem aparece no recibo o tal imposto que vai parar aos bolsos dos chulos. perdão, perdão, vai parar aos cofres do estado. continuando. a estação rtp e excrecências compram filmes aos estados unidos e outros programas de um gosto muito duvidoso. bem, uma merda mal cheirosa que não leva ninguém a ligar para essa peste que herdámos do estado novo. essa pestilência gangrenosa custa milhões de euros aos pobres dos portugueses. essa pestilência alberga gente de todos os estilos de inutilidade cujo montante de vencimentos os governos têm vergonha de mostrar ao público. pretendem abafar o escândalo para em contrapartida poder manipulá-la. já nada nos espanta neste país. e foi preciso que as mentiras dos políticos fossem denunciadas para que aos poucos tenhamos consciência da embrulhada em que nos meteram. anda tudo à volta do desfalque dos dinheiros públicos. ainda não faz um ano, dizia o ministro da esgurança social que esta só suportaria pagar as pensões até ao ano de 2025. houve velhadas que suspiraram de desafogo, pois nessa altura já estariam debaixo da terra ou em alguma câmara frigofífica. ontem, dois ex-responsáveis ministeriais afirmaram que a segurança social estava falida. foda-se, mas que país este e que gente é esta que tomou e toma conta dele. o actual ministro da saúde foi atacado por um ex-sns que afirmou ser possível, que os doentes que estão a sofrer agruras e dores e que já não têm possibilidade de ser tratados, venham para a rua manifestar-se. mas em manifestações diferentes das que são levadas a cabo pelas domesticadas centrais sindicais. bem, comecei com o akis e acabo com os doentes revoltados. é o que se pode arranjar. é isso. por enquanto ficamos com a sensação de que certas manobras de bastidores já começaram a construir acusações para caso a troika exigir culpados exemplares metidos na cadeia. eh pá, está-se a meter pelos olhos dentro. tá tá...
varett

terça-feira, 10 de abril de 2012

varett responde a paulo rehouve acerca da participação dos deputados nacionais


paulo rehouve:
como vê o trabalho dos deputados nacionais na assembleia da república?
varett:
fazem-me lembrar as manhãs do hilariante goucha. atrás dele e da gritante loiraça que faz de partenaire estão dezenas de mulheres que ao menor sinal do seu maestro começam a rodar com ambas as mãos no sentido dos ponteiros do relógio. não sei se é para não pegarem no sono ou se para outro fim. o que sei é que as mulheres fartam-se de rodar as mãos que deviam estar na cozinha. já sei que isto é reaccionário visto que elas têm todo o direito de viver do rsi e de uns garetos televisivos. mas para terminar e responder à pergunta devo dizer que os deputados não servem para nada. nada mesmo.
rehouve:
pode justificar a sua resposta?
varett:
você só me dá trabalho. ora veja. de que serve aquelas ameixas estarem a discutir durante semanas uma proposta qualquer se no final a votação já está determinada com antecedência pelos donos dos partidos que em tudo mandam? eu penso que aquilo é mais uma escola de retórica do que outra coisa qualquer. os deputados andam, nos períodos antecedentes às eleições, a prometer mirabulâncias que depois não se concretizam. o eleitor quando se sente defraudado não tem a quem pedir contas acerca das suas espectativas. este tipo de democracia caíu no esgoto da abstracção. ninguém é objectivamente responsável por nada. claro, existem excepções que surgem quando algum deputado tornado governante é chamado a prestar contas de fugas de capitais detectados pelo tribunal de contas. e mesmo assim só quando perde eleições.
rehouve:
mas é de lá que saem as leis. não acha que essa crítica é demasiado atroz?
varett:
estamos a falar de desgraçados que são manipulados pelo sistema democrático. a manipulação só existe quando eles se agarram ao lugar de representantes do povo como um emprego de futuro e não o querem largar. até comem merda se tal for necessário. com perdão da comparação, claro. falou nas leis. ora bem. repare no que vou dizer que com a minha idade não sei se terei mais alguma oportunidade de repetir. as leis que aparecem em são bento para ser votadas são elaboradas por grupos de especialistas que trabalham em empresas privadas de consultadoria. aí é que elas são construídas para tomar a forma final na sua aprovação. em são bento existem dezenas e dezenas de advogados que prestam serviço nessas empresas. mas que pouco ou nada percebem de leis. o papel deles é apenas fazer de número para votar. não, não são especialistas. são apenas correias de transmissão dos seus donos privados e de seus interesses. quem faz de especialistas são os velhos advogados (umas grandes trutas) que se servem de juristas estrangeiros batidos na batota de enganar o povo. estes é que ganham e fazem ganhar muitos milhões. aliás, só quando a temperatura sobe perigosamente (quando o povo começa a movimentar-se por causa da fome) as leis e os seus criadores fazem um desvio no percurso da exploração. veja-se o que aconteceu no brasil. para que não houvesse uma verdadeira guerra civil modificaram as leis que protegiam só os ricos em prejuízo dos pobres. lula que era um sindicalista foi eleito presidente porque havia aquele perigo de revolta. houve maior distribuição das riquezas e a coisa amainou.
rehouve:
em portugal, vislumbra-se alguma tempestade social?
varett:
vai depender do aumento da pobreza e do desemprego. pobres e desempregados organizar-se-ão em gangues. é a lógica. portugal era um país do terceiro mundo com uma ditadura em cima dos cornos. democratizou-se sem saber ler nem escrever. começou a andar de carro que era sintoma de classe média e das suas cinco refeições diárias. neste momento mais parece um bairro nova-iorquino onde os mafiosos impõem as suas leis. aliás, já tivemos ocasião de observar coisa parecida entre nós quando duas etnias se puseram aos tiros para defender territórios de droga e honra. a polícia interveio apenas para limpar os vestígios desses crimes. nenhuma arma foi recolhida nem o caso saltou para inquérito dos nossos magistrados sempre tão atentos aos crimes que a comunicação social denuncia. tudo isto que nos acontece é derivado a uma falsa revolução que dá pelo nome de 25 de abril. veja-se o que fizeram os autores do derrube da velha ditadura. correram com marcelo caetano e logo em seguida foram entregar o poder a um general (spínola) que acompanhou o exército nazi aquando da invasão da rússia. temos de tudo. até revolucionários patetas. muita gente é culpada e ao mesmo tempo dado a sua ignorâcia passa a inocente. inocente porque não premeditam as sua acções. no entanto era preciso julgá-los a eles a aos civis que deles se aproveitaram.
rehouve:
acha-se capaz de os julgar? que penas lhes atribuía?
varett:
boa questão para terminar. bem, vou julgá-los dentro dos meus parâmetros líricos. vou começar por otelo. obrigado a fazer de protagonista num filme com eunice muñoz com imposição de linguado no final. pena suspensa por dois anos. vasco lourenço: obrigado a aceitar as estrelas de general e a trabalhar no departamento de topografia do exército sem direito a transporte. ramalho eanes: a marchar com a barba cortada em frente dos jerónimos durante uma hora nos dias santificados que a igreja conseguiu manter. válida por seis meses. pena efectiva. mário soares: expulso da função pública até à quinta geração. sampaio: pena de 180 dias de trabalho comunitário na pastelaria suiça na qualidade de garçon ou em alternativa fumar diariamente dois maços de tabaco inalando o fumo. cavaco silva: condenado a viver como sem-abrigo todos os sábados e domingos durante 7 anos ou em alternativa o divórcio com dona maria. josé sócrates: condenado a dois anos como apresentador do canal oficial do telejornal das oito ou em alternativa casar com a fernanda câncio mesmo contra a vontade dela. durão barroso: obrigado a fazer uma operação plástica para se embelezar ou em contrapartida andar de tanga à volta do fernando pessoa do chiado à hora do chá. santana lopes: condenado a dizer palavrões no final de cada transmissão pela renascença da missa dominical. sem alternativa à pena aplicada. já não tenho mais pachorra, a não ser obrigar a dona conceição esteves no parlamento a apresentar uma proposta de canonização do açoriano joão bosco pelo bom nome e desapego aos bens materiais ou em alternativa pedir ao bispo policarpo que abençoe o conspurcado semicírculo de são bento. ah, todos multados segundo a lei do estado novo com efeitos retroactivos. refiro-me aos crimes contra a segurança do estado, lei esta promulgada pelo insígne salazarista cavaleiro ferreira. qualquer coisa como tantos dias de prisão e um dia. este a determinar pela pide se poderia ser prolongado ou não

segunda-feira, 9 de abril de 2012

informações secretas chegam ao professor marcelo rebelo de sousa e transformam antónio josé seguro no herói da semana


não senhor, passos coelho não está disponível para apoiar marcelo rebelo de sousa a uma possível candidatura a belém. a informação salta para o professor por meios indirectos mas cúmplices do actual primeiro-ministro. passos quer cortar com as velharias do partido que ainda estão grudadas a sá carneiro. não esquecer que este cristão de paróquia do grupo de casais da sé do porto e que se perdeu de amores por uma inês loira esteve no alentejo a distribuir terras dos senhores aos camponeses logo após o 25 de abril. o psd na altura dava pelo nome de ppd, uma coisa oriunda do socialismo do norte da europa. o que passos quer é remeter portugal para uma economia saudável à custa de baixas remunerações, etc e tal. passos é uma espécie de ditador bancário. explico. conseguiu transformar o semi-queque vitor gaspar das finanças numa marioneta. o ministro foi desmentido no seu projecto de patranhas feito à medida das necessidades correntes. isto é, vamos anunciar ao morto que está morto mas em doses ritmadas e letais. passos salta de (já lá vamos ao professor marcelo, tenham calma) dos braços invisíveis de ângelo correia (está feito numa eminência parda) para o cadeirão de belém que o dr cavaco reserva para aqueles que lhe obedecem. ambos, cavaco e passos, estão concertados no portugal financeiro. explico: a mira é o lucro. só este faz girar o mundo. repare-se no que tem acontecido às empresas que não apresentam saldos positivos. são obrigadas a fechar as portas e enviar os seus trabalhadores para o desemprego. o dinheiro que passos está a pedir (e que nós, os trouxas iremos pagar se o não pusermos a correr de são bento, massamá e mais o raio que o parta) é todo entregue aos grupos financeiros. só as migalhas caem concerteza no chão das casas portuguesas. eh pá, informem-se e vejam se não tem sido assim desde que o grupo do psdr (psd renovado) se guindou no poleiro. bem, o professor marcelo é um comentador social-democrata de raiz intelectual. serve-se daquela meia hora com o júlio do porto para paralisar/encantar todos os que se dedicam a petiscar política aos domingos no conforto dos seus lares ainda por pagar. o professor bate no ps até lhe doer as mãos. tem sido assim desde que reconhecendo as suas capacidades mediáticas lhe ofereceram aquele acrotério. claro, que o professor sabe dizer com palavras bonitas aquilo que traduz ódio partidário. nisso é um mestre. basta estarmos atentos ao seu palavreado para melhor o entender. leva sempre a água ao seu moinho, mesmo nas ventas dos mais prevenidos. ah, mas o professor também comenta forte e feio os que à partida parecem ser do seu agrupamento político. fá-lo aos que estão queimados e não servem aos seus desígnios ou àqueles com quem se incompatibilizou na sua breve estadia como líder máximo dos sociais ultramontanos (aqui empregue como sinónimo de desejos de um grande e insofismável chefe concentrista). ora bem, poder-se-ia dizer que depois de chamar golpista a antónio josé seguro quis pôr água na fervura e vai daí toca a bater nos "seus" para que não pensem que é um parcialíssimo opininialista (inventado agora mesmo, caso não haja a palavra). não pega (para mim pelo menos), pois o professor está a ver o chão a faltar-lhe e a ficar reduzido a tornar-se num simples comentarista. está aqui, está reformado da faculdade de direito onde é catedrático. dentro do psdr (renovado) tem os dias contados e no ps não recolhe qualquer gesto de simpatia quanto a qualquer investida para se catapultar lá para o alto dos pastéis. o professor concorre, por sua culpa e inteligência, para um solipsismo atrós. é que comentarista em portugal quer dizer lacaio deste ou daquele. já tinha sido corrido de uma estação por causa da sua língua viperina. mas, havia vários lugares em alternativa para onde pudesse saltar, de modo que estava sempre no ar e nos domingos. porém, sem apoios partidários vai ser corrido de vez. foi o que aconteceu após ter sido expulso da tvi por atacar josé sócrates. tudo leva a crer que lhe vão preparar a saída, isto se não arrepiar caminho nas bocas domingueiras. já é tarde para isso. bem, vamos a antónio josé seguro. parabéns! uma semana inteira a falar dele (e ele imobilizado numa camisa de forças) e à espera da reacção do mestre da palavra domingueira. já nada interessava ao pagode. nem que passos tivesse chamado incompetente (confundiu 2013 com 2015 em termos de contas de impostos) a gaspar, nem que todas as semanas os portugueses se estejam a transformar em candidatos à frequência dos arbeit macht frei. seguro cascou respondendo ao putativo inimigo partidário porque este o tinha acusado de manobrar os estatutos do ps com o fito de remeter o dr antónio costa (de quem toda a gente gosta) para a inelegibilidade. toda a gente sabe que antónio costa cada dia que passa se está a transformar numa espécie de estátua de cristo rei de tão pesado que é. além disso, não está nos seus objectivos chefiar qualquer governo. é um lugar pouco apetecível e que tem estado mais ao alcance de rapazinhos afoitos e masoquistas. costa voará mais alto se para lá for empurrado. agora que seguro beneficiou em publicidade e em destemor, lá isso beneficiou. seguro não precisa andar de galocha na mão a fazer escarcéu para gritar contra injustiças de sempre. é de outra loiça. está num lugar ingrato. seguro pode berrar contra a política de passos e de seus capatazes que ninguém o ouvirá. nem os seus. mas, se lhe forem apresentadas algumas abertas como aquela que marcelo proporcionou, não haja dúvidas que isso fará com que ele se desloque do pacote que nos tem empobrecido para o lugar sempre mítico de um dom sebastião saído como santo esperançoso da catástrofe que ele próprio ajudou a criar.
manuel melo bento

sábado, 7 de abril de 2012

pátria? o que é isso? é receita de burgueses!



dom luís I, pai de dom carlos, o rei que foi assassinado no terreiro do paço em 1908, certo dia, velejando no iate real ao largo da póvoa de varzim, vislumbrou um barco de pescadores a quem se dirigiu assim: vocês são portugueses? ao que os pescadores lhe responderam? é meu senhor, o que nós sabemos é que somos da póvoa de varzim... veio a primeira guerra mundial (uma espécie de guerra civil europeia) e toca a arrebanhar carne para canhão. obrigado a ir defender coisas que não pertencia ao seu círculo de interesses o bom povo lá marchou para a morte sofrendo frio, fome, petardos e gás tóxico (esquece-me o nome). quando voltou (os que escaparam) depois de ter visto morrer companheiros e irmãos esperava-lhe o desemprego, a fome e impostos. na altura governava portugal uma corja de interesseiros chefiados por afonso costa. dizia este filho de puta (não tem nada a ver com a mãe dele) que era conveniente o país entrar na guerra para não perder poder e prestígio. oh meu grande filho de puta e mais os da tua raça: vai tu também bater com os cornos na guerra para ver se não dói. o povo foi sempre esfolado quer pela monarquia quer pela 1ª república. quando salazar, o bondoso ditador (bondoso porque não queria que os portugueses se divorciassem para manter a família como base do seu sistema ditatorial de meiguices cristãs escanchado)precisou de defender as colónias e os interesses de certa burguesia reinventou o grito patriótico de viriato (que nunca existiu) e lá mandou a juventude morrer nas colónias. o povo voltou a morrer encorporado num exército pouco dado a batalhas sem o apoio dos ingleses. deve-se, pois, à burguesia a ideia de pátria e de amor a esta.e o morrer por esta. é que o povo, que até há pouco tempo vivia do que conseguia tirar da terra depois de dar ao senhor dois terços do que colhia, não tinha a certeza se era espanhol ou português, liberal ou absolutista, monárquico ou republicano. ah, quando chegou a democarcia ele vibrou com as marchas militares dos revoltosos e dos cânticos da vila morena. de repente, disseram-lhe que tinha direitos. e teve. mas foi sol de pouca dura. entre o chá das cinco e as trindades, nasceu-lhe debaixo dos pés estradas e auto-estradas acompanhadas de pensões de sobrevivência, idas aos hospitais de ambulância. eh pá, de um dia para o outro era vê-lo na rua a reclamar por isto ou por aquilo consoante a burguesia assim determinava. burguesia essa que se infiltrou nos sindicatos para além de se ter metido no circuito dos dinheiros públicos (o costume). com a vinda de dinheiros comunitários voltou a perder-se a ideia de pátria. alguns chefes burgueses propalavam aos sete ventos que eram europeístas. ora ser europeísta era como se ser da póvoa. puta que os pariu! e o povo que não consome literatura vai na onda. claro, desde que lhe dêem o de comer e uma certa segurança que nunca teve até então. junto ao povo está a igreja de roma. que diga-se em abono da verdade até tem feito um bom trabalho impedindo-o de pensar ao nível de povo europeu. eh pá, ainda bem, pois se ele começa a juntar dois mais dois a coisa pode ficar maria da fonte. salazar - que eu nunca vira nem de perto nem de longe, mas que rezava por ele (a professora obrigava) investiu muito no saudoso padre cruz. este ia de escola em escola pedir que colocassem por detrás do estrado dos professores um crucifixo de joshua cristo. fazia esta romaria por portugal inteiro. toda a gente gostava do padre. era um homem muito sorridente e tinha ar de santo. por isso é hoje tratado por santo padre cruz. outro conceito de pátria era também tratado à luz de milagres da mãe de joshua, a insuspeita senhora de fátima que gostava muito de pastorinhos. a pátria confundiu-se outra vez com áreas imateriais. ainda bem, pois dava muita alegria à burguesia ver o povo ordeiro orar a maria mãe de deus que foi transportada - segundo os padres de cada freguesia e que nunca foram desmentidos - para o céu para estar junto ao filho e ao seu inseminador artificial e celestial. a pátria para o povo português é um altar e em cada um deles está o santinho que mais se identifica com o clima. na primavera os santinhos são mais alegres à imitação de baco e suas companheiras, as bacantes. no verão a pátria é praia e subsídio de férias (foda-sa. já foi) não sei, de facto, o que quer dizer heróis do mar no contexto actual. não sei se é por ser um burguês (estou inocente, nasci assim) que quando cantava o nosso velho hino me arrepiavam os pêlos. hoje, nãam é a mesma coisa. é que quem o canta, parece-me que finge. para a burguesia o dinheiro não tem pátria e a pátria está sempre do lado do dinheiro. gostei muito de ouvir o hino nacional cantado pelos troikanos (social-democratas) no último congresso. e na parte do contra os canhões marchar até, quase chorei de alegria. isto é, vê-los em nome da pátria levar com bala de canhão nas miudezas. bem, para acabar. a pátria do povo é o pão!
varett

terça-feira, 3 de abril de 2012

a nova consciência revolucionária em portugal: a consciência de estado

esta é a nova consciência surgida pelas transformações sofridas ultimamente pelo estado português. ela surge quando a classe de trabalhadores do estado enfrenta situações paralelas às que enfrentaram no século XIX uma nova classe de trabalhadores: os operários que surgiram com a industrialização e a consequente exploração da sua mão-de-obra. a desenfreada procura de lucro por parte de um capitalismo desumano , horários de dezasseis horas diárias em condições de escravidão, exploração de mão-de-obra infantil e feminina, os parcos proventos provenientes da prestação de trabalho precário e a fome como resultado, os castigos infligidos a quem se revoltava com tais tratamentos forneceram à humanidade motivos para entender um novo espírito de unidade. o operariado estava sozinho nessa luta. até a igreja católica fechava os olhos para com os crimes praticados pelo capital. os trabalhadores do estado estão à beira de um rotura com o seu estatuto antigo. o actual governo tem procurado - num esquema de falso progresso - retirar as regalias conquistadas pela classe trabalhadora que lhe presta serviço. ao reduzir as condições de vida aos seus trabalhadores, o governo português mais não faz do que criar uma nova consciência de trabalhador de estado. a consciência de estado é também fruto de como o povo se encontra mais consciente no apreender de que quem o serviu e o serve se desviou dos interesses globais para servir uma clientela desavergonhada e vendida ao grande capital. onde ficam os interesses do estado que somos nós todos se os que deviam governar para o povo o fazem contra o povo?
manuel melo bento