quinta-feira, 27 de maio de 2021

DO CENTRO-DIREITA AO CENTRO-ESQUERDA. A MINHA PIEDOSA AVÓ ANGELINA DO CARMO TINHA UMA GRANDE PREOCUPAÇÃO COM O CENTRO DE MESA DE JANTAR. MAL ACABAVA A REFEIÇÃO EMBONECRAVA-A COM UM JARRO DE FLORES. NUNCA PERCEBI PARA QUE SERVIA TANTO ESMERO. E ATÉ HOJE!

 


Depois de enfeitar o centro de mesa de jantar com um buquê  de flores, minha avó mandava fechar as bandas de dentro das janelas. A sala de jantar ficava às escuras até nova refeição. As Rosas-do-Japão que às vezes eram colocadas no jarro e que eu gostava muito de as olhar nas árvores metia-me pena vê-las assim tão  longe do sol e do vento. Nesta vida, havia e ainda há, muitas coisas que não percebo. Centros de mesa, centros-políticos e por que usam as mulheres bonitas sapatos apertados que lhes deformam os pés.  Deixemos de parte a floricultura e a podologia de parte e viajemos pelo centro-político. Não sei o que é, por isso vou inventar e atirar coisas ou palavras para este blogue e que nada têm a ver com o que dizem os compêndios. Entendo que a esquerda "íntegra" é aquela que tal como um livro sagrado diz tintim por tintim como é que o homem social deve proceder. No que diz respeito à direita "divinizada" é fácil encontrar o também livro sagrado que a orienta e sustenta. A esquerda é (mal comparando) como a marabunta em passando - mesmo em passeio - devora tudo menos aos seus elementos. Fica tudo depois de atuar num formigueiro. São tudo formigas! A direita (mal comparando) é como viver  num ofício religioso onde um ser divino que não se consegue ver mas que está presente é representado por um quase par divino que interpreta tudo. Isto é, a sabedoria é espalhada de cima para baixo. Em baixo estão multidões cegas e ignaras e que só passam a ver e a pensar quando o embaixador do divino e seus colaboradores lhes fazem ver e sentir o mundo à volta. Quer dizer, estes obedecem com o fito de viverem uma sociedade perfeita, enquanto aqueles é que impõem as regras a si mesmos também aspirando uma sociedade perfeita. Dizem que no meio é que está a virtude. Porra, o centro? Quer dizer, então que os políticos que optam pelo centro cambados para a esquerda ou para a direita são virtuosos? Trata-se de uma forma de expressão. Serve para - diga-se em abono da verdade (possível) - comer dos dois lados. Resumindo: os esquerdas como os direitas só comem de um dos lados. Os que optam por serem cambados aparecem com nenhum dos lados da ideologia (peço perdão pelo termo) direitos. Nem a perna da direita está direita nem a perna da esquerda está direita. São os políticos cambados. São os tortos. Como hoje em dia são quase todos cambados já ninguém estranha. Poderão ser designados de cambados de esquerda ou cambados de direita? Podem, mas acontece (dizem) que a política é a arte do possível, logo ser cambado de esquerda ou de direita passa a ser substituído por centro-esquerda e centro-direita. Por exemplo, o dr. Rui Rio afirmou-se centro-esquerda à entrada do MEL. E eu a pensar que o PSD era um cambado de direita. Afinal é um cambado de esquerda. Mas, ora bolas, não é também o Partido Socialista um cambado de esquerda? Para que fui meter-me em confusões. 


quinta-feira, 6 de maio de 2021

PORTUGAL 2021