sexta-feira, 30 de março de 2012

caça ao homem. de josé sócrates a dominique strauss-kahn


os velhos sábios diziam dos inimigos que nunca se lhes devia virar as costas. os velhos sábios para além de muito saber não deixavam de ser uns belíssimos filhos-de-puta (significado com hífen: nada tem a ver com as suas mães, mas sim com o seu estofo). não se devia voltar as costas ao inimigo porque o estupor pode esfaquear pelas costas. enfim, nada como estarmos vivinhos da cavaco, perdão da silva. vamos analisar em primeiro lugar o putanheiro francês. homem poderoso mas que gostava mais de vaginas do que camões da dinamene. estava o francês a posicionar-se para ir aquecer no eliseu o lugar em que o nacionalista de gaulle aquecia o sim-senhor, perdão o cu. o cu da frança histórica. essa mesma frança que nos invadiu, fodeu as mulheres dos portugueses e roubou os túmulos dos nossos reis em nome da liberdade, da fraternidade e da igualdade. para strass-kahn ganhar esse poleiro só precisava de chegar vivo até ao dia das eleições. tudo a correr bem para o seu lado até que lhe armadilharam as calcinhas de uma empregada de hotel. claro que a armadilha foi organizada. até o acusador público aceitou a nulidade da acusação. a história é conhecida e não vou repeti-la. acontece que o francês sofreu um rude golpe nas suas aspirações políticas. no entanto, em frança os indígenas votantes não tinham intenção de enterrá-lo embora ele mais parecesse um zombie colado na boca da urna. o presidente francês - a quem o vulgo deita certas culpas na feitura do imbróglio - queria manter-se no poder e com strauss meio vivo ou meio morto no terreno isso não lhe dava jeito. e vai daí havia que acabar de vez com o putanheiro. como actuar? o homem tem uma estatura elevadíssima. é um intelectual inteligentíssimo. é rico e poderoso e só lhe falta para completar essa auréola ser presidente de todos os franceses. e o fraco? vaginas! ah, vamos nessa! de repente, os companheiros da alegria começam a colocá-lo outra vez entre vaginas, mas só que desta vez em moldes diferentes já que não conseguiam "matá-lo" por gostar de mulheres sete vezes ao dia e antes do jantar. chulo! proxeneta! explorador de redes de prostituição! e pronto, apareceu logo um procurador da tricolor que o manda prender pois na frança só havia um chulo: o srauss-kahn. e para sair em liberdade condicionada até ao julgamento lá teve o chulo que depositar cem mil euros nos cofres do luís XIV modificados. se ele se safar desta acusação eu aposto que a próxima será assim: preso novamente o grande femeeiro por ter sido apanhado a violar a rainha nefertiti, mulher número um de amen-hotep IV, mas feita múmia que estava de passeio nos lavabos do louvre. bem feito seu tarado vaginal. creio que com estas acusações strauss-kahn nunca mais será presidente no país dos melhores minetes. este já está arrumado. vamos agora a josé sócrates. este senhor que foi durante seis anos primeiro-ministro acabou por ser cuspido de são bento porque o parlamento chumbou o orçamento. este continha uma série de medidas que nos iriam apalpar o rabo de uma forma chata. este acto dava pelo nome de pec IV. medidas horrorosas que nos iam remeter para a pobreza de onde tínhamos fugido em 1974. sócrates é um homem inteligente e dá-se bem com a vida. deve ser rico. cometeu um erro que o levou a perder a maioria porque em vez de andar nas mentiras das propostas eleitorais, que dava e ponha aqui e ali e mais merdas destas alturas, devia ter proposto ao povo português o seguinte: querem que eu vos apalpo o rabo ou querem ser fodidos pelos troika? olha que eles enfiam bem dentro e dói. não, não lhe deu para ser verdadeiro. fodeu-se e deixou que nos fodessem ainda mais. mas, acontece que josé sócrates é um homem com poder. tem muita gente na mão e deixou muita gente de mão a infiltrar-se em pontos onde podem criar desestabelização. por isso há que destruí-lo. como portugal é um país onde os políticos podem foder fora de casa com mulher de outro e onde quiserem - que isso só conta positivamente para o curriculo - toca a cozinhar os crimes do costume. os partidos sabem que a corrupção de militantes para arrecadarem fundos para o partido é norma da casa. ainda há pouco tempo um baronete foi apanhado pela psp com centenas de milhar de euros numa mala para o partido (no caso psd). é norma de todos os partidos. tá! se josé sócrates meteu ao bolso algum na transação do free, se tirou rápido uma licenciatura por ser amigo dos professores (caso único em portugal. conheci uma colega que para apanhar um doze numa cadeira de filosofia levou uma canzana de um professor na sala matos romão na faculdade e depois lá foi dar aulas aos putos), se procurou dominar o estado de direito atentando contra a constituição (quantos partidos portugueses venderam a pátria a países estrangeiros. cala-te boca), etc e tal. isso não é nada. ou melhor, seria muito se não vivêssemos num país de ladrões e de políticos corruptos capazes de tudo. acontece que josé sócrates ainda pode fazer mal até no ps e arredores. o ps (algum) e o psd não estão na disposição de o ver ressuscitado. é que se o zé povo das couves começar a relacionar o estado socialista com o actual estado social-democrata e cair da burra, verificará que era muito melhor viver na era "socrática" do que nesta onde o estado não cumpre com os contratos assinados que fez com o seu próprio povo. é por isso que é preciso prender josé sócrates ou coisa parecida para o liquidar e enterrar de vez. dominique e josé foram vítimas por terem sido poderosos e de terem desviado as bocarras de clientelas ainda muito mais poderosas. na selva é assim. às segundas, terças e sábados comem os leões. nos restantes dias pastam os herbívoros descansadamente.
manuel melo bento

quarta-feira, 28 de março de 2012

ménage à trois


paulo rehouve encontra-se com varett numa conversa informal, pois varett nega-se a dar mais entrevistas políticas enquanto o governo português estiver transformado em veículo de extorsão a mando troika.
paulo rehouve:
que me diz da entrevista da judite?
varett:
eu não digo nada!
paulo:
nem uma boca sobre o assunto?
varett:
aquilo pareceu-me uma ménage à trois em casa da porteira. e isto significa foder não em dobrado mas em triplicado. claro que retiro aqui deste pensamento a jornalista. a coitada não tem culpa e precisa comer como qualquer português. quanto ao primeiro-ministro, bem, mais parecia um gerente da casa bensaúde, que são os mais qualificados do mercado. aliás, é por isso que aquela grande casa cresceu enorme.
paulo:
bem, gerente já temos. não lhe apetece um cafézito ali na esquina?
varett:
okeijo!
paulo:
e depois?
varett:
depois é simples. para uma ménage à trois são precisos três parceiros. um já é, isto é, trata-se do dr. pedro coelho (é assim que ele é conhecido na estranja e em especial na casinha onde se pede esmola). a seguir a troika (como ela é composta por machos vai fazer papel de pénis entesoado. temos pois dois machos. falta-nos uma parceira para um certo tipo de ménage. aqui vamos colocar o povo português. como ele está passivo, presupõe-se que esteja de cloaca aberta para ser papado à la fêmea. onde é que foram buscar o epíteto de lusitanos que tinham enfrentado os romanos? porra, isso são tudo tretas dos historiadores para elevar o moral dos indígenas antes de irem polvilhar os campos de futebol com as cores das quinas.
paulo:
bonita imagem! foi isso que concluiu das palavras do senhor doutor?
varett:
tenho aqui o abc da economia e um outro livrito que transcreve uma entrevista do professor gailbraith. eh pá, o dr. passos coelho é um mestre de gestão comparado com os crânios que aqui se explicam. passos está altamente fortalecido na sua imagem. até parece o treinador do sporting de braga a crescer domingo by domingo quando se desloca para o balneário.
paulo:
o senhor é capaz de falar a sério?
varett:
neste momento ou se chora ou se faz dieta. não há tempo para seriedades. estas devem recair no governo. é que um papel de embrulho sem seriedade não é fruta que se venda no mercado. mas, cá vai. o dr. coelho não tem uma palavra para quem trabalha, para quem está doente e não tem dinheiro para medicamentos, para quem está desempregado, para quem não tem meios de subsistência e a fome aperta, para os estudantes que se viram sem ajudas (a que tinham direito) de um momento para o outro para continuar a estudar, para quem tinha os subsídios de natal e de férias para pagar dívidas estabelecidas sobre aqueles proventos, para quem depois de ter perdido o emprego não tem com que pagar as prestações da casa e se vê na iminência de ir parar com os trapos e filharada no olho da rua, para quem julgava que o trabalho era um bem permanente conseguido através da queda da ditadura, para quem de olhos esbugalhados assiste à entrega de grandes somas/vencimentos que o estado paga a figurões que estiveram por dentro da feitura de leis protectoras deles mesmos...
paulo:
isso o senhor diz sempre. será cassete?
varett:
qual cassete. chorar de verdade é cassete? essa agora! não foi o povo quem colocou o portugal neste estado! por essa razão há que explicar as razões por que estamos numa rota perigosíssima de suicídio colectivo. claro que os ratos serão os primeiros a darem o fora.
paulo:
e tem alguma solução para esta situação?
varett.
tenho sim. mas como sou um filósofo-idiota e medíocre formado na escola utópica acho (e não se ria) que só com uma grande abrangência sindical se pode resolver ou tentar resolver o que nos está a levar para a desgraça. temos, todos os que trabalham e já trabalharam (produzindo riqueza com o seu suor, inteligência e esforço) de nos unir num sindicato enorme. tão grande quanto a nossa importância. nós produzimos riqueza, por isso temos o direito de sindicar o que é feito dela. ninguém tem tanta possibilidade de controlar o que se produz a não ser quem está envolvido na produção. isto de se pagar pouco a quem trabalha para se obter lucros escabrosos já deu. tenham os empresários os lucros que tiverem mas terão de pagar aquilo que for estabelecido por uma lei humana e que acabe com este tipo neo-esclavagista de economia. isto de se pagar pouco e ser empresário não é vantagem. os nossos empresários têm de aprender a obter lucros em prazos mais dilatados. as grandes empresas que ninguém sabe o que são mas que rapinam as divisas dos países têm de passar pelo crivo do sindicato. a este cabe informar o país que trabalha para onde vai a riqueza que se produz. quem tem controlado os grandes impérios que nos sacam o produto do nosso trabalho acabou por ter no país em lugares chave políticos corruptos seus lacaios que descuraram com a sua vil actuação os direitos do povo. agora, somos nós - todos os que trabalham - quem fica com a responsabilidade de pagar a sangria que estes filhos de puta realizaram nas nossas costas depois de nos terem pedido procuração (nas eleições) para tratarem dos nossos legítimos bens.
paulo:
é de facto um utópico!
varett:
e isso que interessa. o que é preciso dizer a todos os que criam riqueza que há que encarar as coisas de modo diferente do que até aqui.
paulo:
isso não é possível e não passa de conversa fiada.
varett:
não me faça puxar pelos galões e um galão é mais do que um litro, tá! os sindicatos actuais estão no terreno. basta que alarguem os seus quadros gratuitamente e ofereçam um outro modelo de posicionamento a todos os que trabalham e não só. as greves são um direito nos estados democráticos. isto é sagrado mas já não faz o efeito (nota-se) pretendido. foi chão que deu uvas e tem levado o governo de direita a gozar com as manifestações dos desesperados. eu ainda não consigo explicar bem aquilo que tenho na cabeça. mas vejo o alargamento sindical como solução para um efectivo equilíbrio social. também é certo que sem os dirigentes sindicais perceberem que isso de se armarem em líderes de pronunciamentos de rua já era. há que acabar com o negócio das centrais sindicais de partidos. isso delimita a actuação de vigilância que se espera de todos os portugueses que trabalham e criam riqueza.
paulo:
não se lhe pode fazer qualquer pergunta. safa!

terça-feira, 27 de março de 2012

assim cratíssimo vai o ensino


exame no quarto ano do ensino básico? claro, não fosse este governo e a maioria de direita afectos a um sistema de selecção dos indígenas de tenra idade e estaríamos perante um ataque inconsistente ao sistema educativo. esta gente sabe o que faz, pois tudo para eles tem característas ideológicas. a lei de bases do sistema educativo que este grupelho quer reduzir a cinzas (um documento de grande importância social que passou despercebido tanto da classe docente quanto às associações de pais por falta de treino intelectual) tem lá apostada a assinatura do dr. cavaco silva quando era simplesmente primeiro-ministro. este assinou a lei, mas não deve ter lido o documento. e digo isto porque semanas depois escreveu um artigo no semanário expresso cujo conteúdo estava a milhas do projecto por ele aprovado (também assinou o dr mário soares que na altura era presidente da república). o projecto que iria aproximar portugal dos demais países desenvolvidos tinha por base uma importantíssima alteração pedagógica. colocava o processo mnésico num plano secundário permitindo ao aluno desenvolver outras áreas, que julgo serem muito mais importantes do que aquele. isto é, criava-se um mundo de desenvolvimento para levar o aluno a potenciar capacidades tais como o espírito crítico, a criatividade, e a cooperação. preparar o aluno para uma vivência democrática e formá-lo como cidadão consciente tinham lugar no articulado da lei. numa única unidade lectiva, o professor teria de ter em conta estes itens ao desenvolver os conteúdos propostos pela sua disciplina. seria difícil aplicar este programa se o pedagogo não interiorizasse a mensagem ideológica nela contida. sem esse entendimento, o falhanço era total. e isso repercutia-se no insucesso escolar. não se podia aplicar este tipo inovador de ensino-aprendizagem com o espírito selectivo que se impunha e que estava erradamente alicerçado em testes que excluíam todos os que não obtivesem êxito na pontuação. a avaliação contínua é uma característica desse ensino. este tipo de ensino transmuta o poder de avaliar e seleccionar para o de orientar o aluno. isso levou, em parte, a um conceito de desprestígio do professor que estava habituado a ser uma espécie de polícia de um estado confessional, que ia subindo de escalão com o andar do tempo sem ter de prestar provas da sua capacidade. quando se pediu aos discentes que prestassem provas do seu profissionalismo, eles habituados a um sistema viciado (viciado porque boicotado) de classificação unilateral, revoltaram-se. e isto, porque - talvez - a alguns lhes fosse mostrar a careca o facto de terem de prestar provas. tinham de ser preparados ideologicamente para a nova escola. o estado que aprovou uma nova lei não teve a preocupação de se fazer entender quanto ao projecto. não teve porque o estado foi infiltrado por gente que alinhou falsamente num projecto democrático traindo as directivas cozinhadas na lei e protegidas pela constituição. é óbvio que uma direita vai impor selecção e exames, para criar o espírito individualista que a revolução destruiu. é o retomar do poder por uma nova elite que quer trocar o espírito cooperativo pelo tal espírito competitivo. ah leão, toca a criar riqueza! só que desta vez a distribuição da mesma vai ter um outro sabor na mesa dos portugueses. até porque as dietas nunca fizeram mal a ninguém. só que não se pode deixar de comer. e já dizia o bondoso ditador salazar (nome que adquiriu da parte da mãe) enquanto houver um lar português com fome a revolução continua. viva salazar, o grande ideólogo que nunca faltava a uma missinha dominical.
manuel melo bento

segunda-feira, 26 de março de 2012

o que diria charlot no congresso do psd se não fosse mudo?

os congressos que mais espectáculo deram ao país foram certamente os do psd. lembro-me das entradas de leão do já apagado pedro santana lopes. eram momentos mediáticos em que o dr. santana aparecia como uma star candidata ao óscar. o josé barroso dado cá dentro por durão barroso, porque feio e esquisito entrava e saía sem que a malta da estética televisiva lhe passasse o mínimo cartão de crédito. o professor marcelo porque também não era um femeeiro por aí além, ficava-se por uns slides e minutos desencontrados. caso raro foi o do paulo cabral portas. sim, conseguia um grande plano sempre que se disponha a organizar congressos. estes menos importantes do que os do seu cúmplice actual, mas sempre vivaços. havia, também, os liofolizados congressos socialistas. mas depois de terem destruído ferro rodrigues que representava um socialismo social (digamos assim) o partido socialista travestiu-se de democrata-cristão e social-democrata do sétimo dia. congressos sem muito palco são os do pcp e os do be. estão mais voltados para os verdadeiros temas portugueses e por se posicionarem ideologicamente. estas duas forças partidárias são, apesar de alguns despistes de linhas programáticas, as que interpretam com mais rigor o estado actual da vivência nacional portuguesa. tanto ps como os dois grupos políticos que hoje governam portugal (psd e cds-pp) representam a traição aos fundamentos da constituição. estes partidos não podem fugir à responsabilidade que lhes cabe na situação de bancarrota, melhor dizendo falência técnica, ainda muito melhor dizendo: o dinheiro fugiu. não há dinheiro. eu achava que só os governos governavam, mas depois de assistir aos congressos onde os militantes se encontram todos perfilados fico sempre arrepiado. é que os congressos lembram-me os poderosos congressos do charlot, perdão do hitler. ninguém, se opunha ao charlot, perdão hitler, depois da histeria colectiva daquele povo que gostava muito de encenações. depois daquela gritaria toda qual o governo que não obedecesse ao que ali se cozinhava? que responda o bento XVI que é da altura daquele berreiro europeu que deu origem a um genocídio que se tornou oficializado durante o período da segunda guerra. o que fica do congresso do psd reduz-se ao que disse o dr. passos coelho. só gente despolitizada e iletrada não percebeu o que ali foi cozinhado. só para reflectir e terminar. o dr passos afirmou que não cabia ao estado preocupar-se em criar emprego, mas sim criar condições para que outros o façam. sim senhor, então por que razão não acaba o seu governo com o saque do dinheiro do povo, repito do dinheiro do povo que vai mensalmente para o bolso de gente que foi colocada para lugares que o próprio estado artificialmente criou. essa gente ocupa lugares, melhor dizendo empregos que não foram obra de empresários? os partidos que se infiltraram no estado e que hoje são confundidos com ele são os promotores dessa sangria que só acabará quando de facto forem expulsos como os do regime salazarista o foram pelas forças armadas em 74. não percebo por que razão as forças armadas não actuam para repor a dignidade perdida e que julgávamos ter encontrado quando eles expulsaram os salazaristas. é que na altura qualquer ataque a um merdas do antigo regime era considerado um acto criminoso contra a segurança do estado. ora que porra! e hoje, atacar uns certos merdas que por aí andam é considerado um grave delito, pois estes merdas actuais julgam-se uma espécie de instituição estatal. é o mesmo do antigamente. só mudou o nome que qualifica o delito. tudo leva a crer que passos coelho vista uma nova casaca (gente nova e sequiosa de poder. os velhos do partido já estão a ser colocados na prateleira para dar lugar ao sangue novo. que vampiros virão aí...) disfarçada de uma nova vaga que se vai ocupar de todas as partes do estado. será fácil, pois, repare-se quem está no poder. está tudo laranja. em belém o laranja cavaco, o parlamento laranja está. o executivo é laranja e apesar do cds/parceiro ser azul nada impede que esteja a perder tonalidade a troco de promover o próximo inquilino de belém do seu jeito. tá? quanto ao órgão de soberania que dá pelo nome de tribunais, bem, atenda-se ao movimento de certa elite que já está a actuar no sentido de ficar com a fatia que sempre sobra nestes casos em que predomina uma só cor política. estamos em rota de colisão. só não sabemos com quem vamos colidir.
manuel melo bento

quinta-feira, 22 de março de 2012

video de arménio carlos -

arménio carlos agradece o sangue derramado pelos manifestantes


arménio carlos da central sindical afecta ao partido comunista é hoje um homem vitorioso. a polícia - com orientações recebidas do ministério - carregou sobre os manitestantes (plataforma 15 de outubro) que actuavam no rossio/lisboa. depois da carga policial, houve vítimas que se apresentaram nos hospitais com ferimentos e sangue. as greves e as manifestações em portugal não se podiam comparar com as outras dos países da comunidade europeia, até hoje. as nossas eram caracterizadas por passeios de reformados e outros com mensalidades garantidas a quem não lhes falta o bem estarl. estes movimentos sociais mais pareciam uma romaria onde se notava a falta de um fadinho aconchegador. depois destes sinais de violência oficial, não se espera que de futuro as manifestações sejam pacíficas. este governo é tão pateta quanto o do estado novo. pouco a pouco os portugueses vão tomando consciência do que é governar para o povo ou governar para o mundo financeiro. as medidas impostas pelo governo de passos coelho são ofensivas e dão a entender que os graúdos que ele transforma em colaboradores mais não são do que agentes muito bem pagos do capitalismo internacional. este governo está a pressionar a população. quando os militares fizeram cair o governo antidemocrático de marcelo caetano o povo saiu à rua como cabra desvairada. tal era a pressão a que estava sujeito que ninguém conseguiu pôr a mão na balbúrdia. as coisas em portugal estão a tomar um aspecto parecido. se este governo quer governar não respeitando as regras do sistema democrático há que fazer com que caia o mais rapidamente possível, para não voltarmos ao período que foi conhecido por prec onde ninguém se entendia e era perigoso viver em portugal sem aderir à convulsão geral. para emparelhar este modelo de regime que se está forjando suspeita-se de uma vaga de fundo justiceira num só sentido. já se sentem no ar as retaliações. os tribunais vão ficar entretidos com novos actores (e também novos no banco dos réus) a quem os órgãos de comunicação social já estão (a mando dos seus senhores) a colocar nas primeiras páginas. ah, eu não sabia que só o partido socialista era o único que metia a mão nos sacos azuis que estão em toda a parte e em toda a repartição pública digna desse nome. está na altura de os tribunais chamarem a capítulo todos os responsáveis por esta crise que se caracteriza pela delapidação dos dinheiros públicos. isso é que era justiça e da boa. os agentes da justiça têm diante de si autênticos criminosos que estão acoberto tanto no ps quanto no psd. a justiça leva-nos tanto dinheiro em impostos e como retorno só recebemos uma sensação de inoperância. se o estdo e os órgãos de soberania não cumprem com o seu dever, isso não terá repercussões no comportamento dos cidadãos?
varett


terça-feira, 20 de março de 2012

pobres assaltantes de banco em portugal


raramente um assalto a um banco consegue um "lucro" de mais de 4 ou 5 mil euros e isto se o assaltante tiver sorte. na generalidade ronda umas centenas e pouco mais o apuro do roubo. agora, já os que prepararam o assalto aos dinheiros públicos, esses têm uma sorte enorme. chegou-me através de correio electrónico uma imensa lista de pessoas que arrecadam milhões de euros todos os meses do estado e de empresas a este ligadas. homenzinhos que berraram pelo pobre povo vítima do fascismo português (sistema político que se deu a finados em 1974 d.c.) estão hoje, eles mesmos, a meter a mão em dinheiro que pertence ao estado de uma maneira escandalosa. há meninos que estão a receber mensalmente coisa que daria para pagar a um trabalhador durante uns bons 15 anos de prestação de serviço. no tempo da ditadura e na década de sessenta e numa possível comparação, um destes comilões auferiria num mês qualquer coisa como 3 anos de um trabalhador. isto no máximo. era uma ditadura que explorava os desgraçados dos trabalhadores. em comparação com esta corja mafiosa que assaltou o estado os fascistas nacionais são gente de bem. eu repito, os fascistas nacionais eram gente de bem comparada com esta corja mafiosa. entonces não é! repare-se no que será quando o povo que vive extorquido e faminto começar a reagir e reflectir sobre o que se passa à sua volta. diria - como o convidado de judite de sousa e do prof. medina carreira - o advogado josé antónio barreiros:" tenho receio de que a coisa se descontrole e se torne perigosa" (não sic). esta situação por que passamos faz-me lembrar a história dos que decaem de bens e que não são capazes de dispensar os criados para serem eles próprios a fazer os serviços domésticos. vão vendendo tudo para manter as aparências e depois ficam na miséria e sem criados. uns, não suportando a degradação a que chegaram, suicidam-se. outros, é vê-los nas filas da sopa dos pobres. se este regime que nos "governa" tivesse à sua frente gente responsável certamente que o primeiro-ministro estaria a prestar dierectamente contas ao povo acerca da situação e dos resultados das medidas que anda a implementar. para isso servem as estações de televisão. alguns mamões dão-se ao luxo de quando questionados ficarem chateados com os que lhes fazem as perguntas. só falta dizer: eh pá, não chateies. esta gente perdeu o bom senso, a dignidade e mais do que tudo julgam-se donos do estado. esta situação e estes senhores não estão a enxergar aquilo que lhes espera se a situação não mudar. e será que mudará... é claro que há quem acredite que a presença do governo no parlamento serve para explicar o que anda a fazer. ah, e ainda se sujeita a ser criticado pela oposição. bem, a verdade da questão é esta: aquilo é tudo a mesma família, dizia a minha avó quando se apercebeu que estava a ser enganada por um determinado grupo.
varett

segunda-feira, 19 de março de 2012

artigo chato. é o que se pode arranjar

para governar é preciso considerar dois aspectos essenciais, no mínimo. um é haver uma ideologia definida como motor de arranque para se realizar os objectivos do estado e outra é haver sabedoria para o exercício da governação. uma ideologia definida impõe e define uma economia. a sabedoria para poder orientar o projecto é imprescindível. também fica claro que sem uma consciência nacional não haverá facilidades para se pôr a trabalhar a máquina que tem por raiz o poder do estado. só consciência não chega. é aqui que entram as forças policiais e uma justiça célere, medonhamente "respeitada". para quem acha que é a economia que condiciona a sensabilidade política, a afirmação atrás referida não faz sentido. explico para melhor esclarecimento. sim, o processo económico produz o homem e este por sua vez reformula a economia e assim continuamente. tudo bem. só que há que perceber que no intervalo do produz, saca, explora, esfola, desemprega existem momentos em que a economia foi dar uma volta ao bilhar das senhoras sousas. claro que está na origem de comportamentos mas o descontrolo físico é coisa que talvez o dr freud possa explicar. assim, e olhando para o que nos rodeia sérá possivel comparar o executivo do dr passos coelho com outros. o dr passos ainda não explicou ao povo que nele votou por que razão disse uma coisa e acabou por fazer outra. se a culpa é do governo do eng. sócrates isso já não pega. é preciso não esquecer que o seu partido colaborou no saque de muitas propriedades para as entregar aos populares revoltados do pós-25 de abril. eram os tempos do marxismo e aí só se falava na legalidade revolucionária para dar cobertura oficial a todo o tipo de atropelo. neste estado em que as coisas estão o psd é um dos cúmplices e isso é um facto. basta estudarmos os períodos em que governou para confirmar a conclusão. quer dizer, quando julgamos o psd de esquerda (afirmou-se nos tempos do prec assim) lá está ele feito com a direita centrista. vimo-lo agrupado com o ps no governo. vimo-lo - com cavaco feito líder num passeio a espinho - a desligar-se do colega socialista para governar durante dez anos seguidos. aquilo é que foram estradas e estradas. parou um pouco para construir o ccb onde um senhor meio tosco lá enfiou os seus negócios à custa de milhões que o zé das couves terá de pagar. quer dizer, até hoje temos dificuldade em definir o que é ideologicamente o psd. porém, com um pouco de exercício mental talvez tenhamos sorte em encontrarmos o fio à meada. sabemos que o governo tem executado regulamentos impostos pela troika. e esta é uma espécie de cão de fila de uma política à americana no que diz respeito aos trabalhadores. isto é, na américa fecha-se uma fábrica em cinco minutos e ao sexto minuto os operários estão no olho da rua. o capitalismo americano não quer saber se os desgraçados irão passar fome ou se vão passar a viver debaixo das pontes. actuam assim pelo lucro e só por ele. o patronato empreendedor torna-se bastante competitivo e é o primeiro a beneficiar com este sistema social. as últimas atitudes de passos coelho ajudam a levantar o véu da ideologia. o último golpe à americana está na forja: os trabalhadores dos estaleiros de viana do castelo. vamos ter de contar com este tipo de política, lá isso vamos. no que diz respeito à sabedoria do nosso primeiro-ministro estamos conversados. sabe cumprir com as ordens do mercado, sabe impor ao serviço público o regresso ao estado mínimo. no que diz respeito à ordem nova policial, penso que está um pouco atrasado. talvez seja aqui que convulsões do tipo das do século XIV venham a ter um palco. o da rua, claro. ah, só que um dom condestável não é fácil de encontrar na prata da casa.
manuel melo bento.

domingo, 18 de março de 2012

as forças armadas devem interferir o mais cedo possível


quando daqui a três meses se constatar que as segundas promessas desta maioria não apresentaram os resultados esperados em que é que ficaremos? sabemos que promessas feitas pelos líderes dos partidos valem tanto quanto um tostão furado. e também sabemos que depois de mentirem e de a malta (os parolos do costume) perceber que foram enganados, aqueles mantêm-se no poder com um tal descaramente que faz lembrar quando os sacerdotes egípcios papavam as oferendas que eram destinadas aos deuses e deixadas à porta do templo e depois informavam o bom povo de tal milagre (o milagre da fome dos deuses saciada). deuses gordos como dizia jorge amado. o povo acredita. o povo é feito para acreditar. por isso é que é povo. daqui a três meses a conversa será a mesma, isto é, que vamos conseguir equilibrar as contas públicas, mas no entanto será preciso fazer-se mais cortes. e de três em três meses, tendo à ilharga a troika fiscalizadora a conversa manter-se-á igual ou mais ou menos isso. até que a corda não aguentará mais e teremos o povo desnorteado nas ruas. o que é uma chatice. uma verdade pode retirar-se desta escalada: a culpa foi a entrada precipitada no euro. mal comparando aquilo que nos fizeram é parecido com o que fizemos aos judeus no século XVI. obrigámo-los a que se convertessem a uma religião que eles abominavam em virtude de esta adulterar o seu deus todo poderos e apresentá-lo a dar a outra face depois de ter sido esbofeteado. um deus tão vingativo e severo transformado num cobardolas. mas os judeus não tiveram outra solução senão não sobreviveriam. a sua sobrevivência custou-lhes a totalidade dos seus bens que foram pelos portugueses surripiados. com os nossos bens vai dar-se o mesmo. e à custa de podermos sobreviver vamos aceitá-lo. para não cairmos na total miséria, o mais óbvio era saírmos da zona do euro. talvez a nossa dívida aumentasse, porém seria controlada por nós e não pelo capitalismo que nos vai arrastando para o fundo do poço. os portugueses deixaram-se ludibriar pela esparrela da chantagem que a europa rica nos está a sujeitar. retornando ao escudo regressaríamos a um estádio de pobreza ao nosso nível. com o euro estamos pobres, falidos, perseguidos e dependentes mas anestesiados. esta cegueira ajudada pelos capões que tomaram o poder não vai nunca permitir que paguemos as nossas dívidas. elas estão numa rota infernal de avalanche imparável. com o regresso à nossa antiga moeda (escudo) haveria um maior controlo nacional, um tomar consciência da realidade. permitir que vivamos nesta mentira vai-nos levar à perda da indepêndência e à escravatura moderna. em tempos comentei uma frase de otelo. e apesar de o ter achado um tonto ideológico, percebi que à luz das necessidades de todo um povo que são as forças armadas quem devia intervir para acabar com os vendilhões e comerciantes que se instalaram no poder. otelo voltou a referir-se a uma intervenção das forças armadas. é uma possibilidade que se antevê como uma saída para não nos afundarmos. não que essa intervenção recriasse um modelo ditatorial - isso não! mas poderia colocar o povo frente a umas verdades que estão escamoteadas por interesses medonhos e que nos estão a empurrar para a ruína total. é preciso fazer com que o povo não volte a estar de costas voltadas para a política. isso permite que lhe atraiçoem pelas costas e governem contra ele. governar contra o povo é dividir a riqueza produzida por todos por meia dúzia de gabirus, enquanto o resto faz dieta forçada.
a) - não esquecer fechar as fronteiras...
manuel melo bento

sexta-feira, 16 de março de 2012

ideologias que se evaporam em portugal


no período que vai desde 1928 (data em que salazar entra para a pasta das finanças) até à saída de josé sócrates de são bento em 2011, portugal adaptou-se a duas ideologias orientadoras. vejamos com um pouco de paciência os dois períodos. peguemos num pequeno exemplo para darmos início ao nosso raciocínio. a primeira república criara a escola superior do magistério primário, onde os estudantes se formavam em ensino superior. este tipo de formação cria um elite de professores que está apta a preparar mentes para altos voos. eh pá, a exemplo de países que nos habituámos a chamar de civilizados. salazar e o seu grupo, a primeira tarefa que tiveram na área da educação foi acabar com as escolas superiores de educação dando origem ao que se conhece por obscurantismo. as escolas superiores do magistério passaram a escolas do magistério primário. estas passaram a fornecer ao país professorinhas sem nada na cabeça. eram uma espécie de freiras que podiam casar desde que os pretendentes tivessem "bons" empregos. para não as chularem, assim determinava o estado novo, por lei. ensinavam a rezar nas escolas e tinham a enfeitá-las por detrás (uma espécie de sexo oral em abstracto) um crucifixo acolitado por duas fotos. uma de salazar e outra de um velhinho simpático (carmona). ah, e ensinavam as primeiras letras muitas vezes à base de pancada. sou testemunha. com o 25 de abril, voltou-se à velha forma e em vez de se criar escolas do magistério optou-se por se formar os futuros professores primários no ensino superior de nível universitário. em relação ao ensino de engenharia o que fez salazar e o tal grupo? engenheiros auxiliares (que se formavam nos institutos politécnicos) passaram a agentes técnicos de engenharia, tendo os institutos onde se formavam sido transformados, na forma, em institutos de estética. no entanto, mantiveram o nível de exigência de ensino pois havia poucos engenheiros licenciados pela universidade e era preciso mão-de-obra baratinha. professores primários (eram na quase totalidade mulheres) e agentes técnicos caíram num fosso sem fundo na escala social. veio o 25 de abril e com ele a retoma das antigas prerrogativas. entre professores primários e professores de liceu ia uma distância mais comprida que a ponte salazar. entre agentes técnicos e engenheiros, o que os separava caracteriza-se pelos cargos de chefia que eram sempre atribuídas aos segundos. repare-se como funciona a ideologia. o estado novo caracterizava-se por um sistema hierarquizado. assim criou-se o ensino liceal que dava acesso às universidades estas, depois, forneciam a classe dominante. em paralelo ao ensino liceal surgiram as escolas técnicas que formava uma espécie se cidadão de segunda. se o aluno quisesse prosseguir estudos era canalizado para os tais institutos de cosmética, digo eu. claro que se um estudante fosse inteligente podia alcandorar-se para o ensino universitário. para isso bastava perder dois anos lectivos num instituto para depois se abalançar para a universidade, indo inscrever-se no primeiro ano. só grandes batalhadores se aventuravam a tanto. isto para se dizer que o estado novo dividia os cidadãos numa de camuflar a tal trilogia nacional: clero nobreza e povo. com o 25 de abril e o advento da democracia havia que destruir esa grande clivagem que existia na sociedade lusitana. a própria igreja teve um papel fundamental no sustentar das teses da separação das classes. manter os pobres como pobres e criar neles o respeito pelos de cima. fizeram-no com êxito, as cabeças dos indígenas adaptaram-se rapidamente a esta sujeição. repare-se na insegurança no emprego. no regime salazarista qualquer empregado era despedido à velocidade da luz. e isto para não esquecer que as classes existiam distintas e havia as que mandavam e outras que obedeciam. os verdadeiros regimes democráticos (socialistas) apostaram na reforma das antigas instituições. gastou-se muito dinheiro em educação. principalmente no governo de sócrates com a criação do parque escolar que ninguém percebeu. aliás, está a ser combatido ferozmente por causa das derrapagens do costume. como se só houvesse derrapagens na educação. este ataque cabe agora a este governo de direita que vai - faz parte da sua ideologia - acabar com o "descalabro" educacional. sócrates quis colocar computadores ao alcance de toda a população estudantil. eh pá, que crime. até, uma certa esquerda (a da merda) combateu a medida. é que, apesar de tudo a alteração que uma certa esquerda levou a efeito tinha justificação à luz do progresso. quem, hoje, procurar fazer uma leitura ideológica, vai encontrar semelhanças arrepiantes com o que este governo de passos está a tentar realizar. salazar procurava manter o estado novo ligado às famílias. para isso proibiu os divórcios entrando de conluio com a igreja através da concordata. como o povo português é facilmente levado devido à sua falta de ginástica mental, não foi fácil criar o preconceito de ostracismo contra os filhos que eram ditos e feitos fora do casamento. esses não tinham direito a paternidade. ai daqueles que se casavam só pelo civil. eram olhados de lado. a igreja de cristo era a primeira a amaldiçoá-los (ora que porra). até aqui um milhão de portugueses eram olhados como párias. lá tínhamos outra vez uma perspectiva de dois tipos de cidadão. veio o 25 de abril e a coisa recompos-se. toda a gente passou a ter direito a ter pai e mãe. eh pá, bem bom. na economia, os escalões eram bem claros. um pequeno grupo de privilegiados arrecadava a maior parte da riqueza produzida enquanto que o resto andava aos miolos. grande parte da população trabalhava por conta de outrem sem garantias e desrespeitados pelo sistema. veio o 25 de abril (na parte boa, pois muito filho de puta de esquerda sabotou o regime que parecia ser a alternativa ao fascismo lusitano) e com ele a segurança e uma maior repartição de benesses até então distantes de povo trabalhador. enquanto uma ideologia procura separar a outra procura diminuir as diferenças. tanto uma como a outra se aplicam nas suas estratégias. estas incidem no ensino, na religião, na política, no desporto, etc. no estado novo os "representantes" do povo (não passavam de representantes do regime) pronunciavam-se sempre a favor das directrizes políticas institucionalizadas e votadas em 1933. no estado democrático os representantes do povo actuaram no sentido da criação de um estado de direito. só que isso foi música de pouca duração. o capitalismo comprou tudo e todos. o capitalismo transformou os representantes do povo escolhidos pela liberdade do voto dos ignorantes e dos confiantes ingénuos em verdadeiros lacaios dos grandes senhores dos negócios . uma vergonha! as ideologias estão corrompidas. penso que, bem, não penso nada pois posso de repente disparatar. eh pá, mas isto não tem solução? acho que tem, mas é preciso encontrarmos uma nova cultura de ideologia. é preciso criarmos a generalização da mesmo nas nossas mentes. é que isso permitiria estarmos vigilantes. vigilantes na medida em que não deixaríamos que houvesse desvios a um programa nacional. é disso que se trata antes de pensarmos viajar para uma europa tão próxima e ao mesmo tempo tão desconhecida. temos de nos transformar num sindicato abrangente onde cada um se sinta sindicalista. é a unidade que está em causa.
manuel melo bento

quinta-feira, 15 de março de 2012

a questão da sobrevivência portuguesa


o capitalismo financeiro internacional aprova as medidas impostas pelo governo de coligação cds-psd. por enquanto, convém esclarecer que esse, digamos, projecto só pode avançar se houver da parte desta direita - cada vez mais definida - o domínio do poder político apoiado pelas forças da ordem. melhor dizendo, das forças armadas em último caso e de imediato pelas forças políciais. aconteceu o mesmo com a recuperação capitalista encetada por salazar em 1928. mesmo assim, o ditador foi sujeito a um atentado que o ia apanhando com o missal na mão. a bomba que lhe era dirigida descaíu e encostou-se a uma parede o que fez com amainasse a energia que fora despoletada. escapou o bondoso ditador de uma morte trepidante. milagre, gritaram os dignitários da igreja, logo acompanhados pelo bom e "analfa" poveco em ecos litúrgicos. colocar grande parte do povo a passar necessidades pode dar asneira e ser muito perigoso. daí que se preveja nos tempos mais próximos um reforço das forças de "compensação" à democracia. isto é, forças especiais altamente treinadas para debelar qualquer tentativa de recondução ao estádio anterior ao aparecimento da troika que se caracterizava por sermos servidos por um estado providência, democrático, fraternal e pró-igualitário. aguarde-se em último instância os acontecimentos da vizinhança. como somos exímios no copianço, talvez não se chegue a tanto extremo violento putativo se da velha europa surgir um milagre alternativo a este afundamento que se prevê. ou que os menos optimistas anunciam.

terça-feira, 13 de março de 2012

o que aconteceu ao fundo de pensões que garantia as reformas até ao ano 2025?

o fundo de pensões está sem dinheiro. deve qualquer coisa como três mil milhões de euros. este número está confirmado oficialmente.

na foto: dois pensionistas analisam a demissão do secretário de estado da energia.

segunda-feira, 12 de março de 2012

prof. medina e jornalista judite estão aqui estão em salto quântico numa rua de andrómeda


o que disse o professor?
- "portugal é um bairro das cantigas"
o professor medina carreira tem vindo a subir de cotação de todas as vezes que surge no programa de judite sousa. no princípio das suas intervenções cometi o erro de o achar fora do sítio. errei. o professor é um cientista em coisas de estudo económico. produz um discurso em termos matemáticos. claro, que às vezes torna-se caústico. o homem tem razão. ponto final. para mim portugal não passa de um engarrafamento de trânsito tendo como orientador um polícia de trânsito formado nas escolas do estado novo. gostaria de pegar nas palavras do professor e começar a abstrair à minha maneira. à parte do ganguismo - para não dizer gangsterismo - de que foram acusados alguns políticos que dirigiram o estado por outros que também lá estão bem assentes no poder (de mexer nos dinheiros públicos). à parte este pequeno pormenor, devo dizer que também tive acesso a números. estes dizem respeito ao organismo que vai dar o berro. melhor dizendo, que está na bancarrota. daqui a 3 meses o fundo de pensões vai reduzir para quase metade as contribuições a que está comprometido. falar claro: se recebes 1.000 euros vais ver que só te pagarão um pouco mais de 500 euros. e porquê? está escrito na contabilidade do organismo que superintende as caixas que já não há dinheiro e que o estado esgotou a sua capacidade para negociar mais empréstimos para este sector. ordens claras da troika. aliás, já foram divulgadas as normas que o mesmo organismo regulador financeiro tinha para este governo aplicar. esta medida só será travada se o governo de passos renegociar a dívida. nessa altura e só nessa altura cavaco silva irá salvar a máscara interferindo no sentido de obrigar o executivo a inverter a marcha suicida que nos levará a uma possível guerra civil. a reforma que passos está a querer realizar não é mais do que aquilo que caracterizou o começo do estado novo. só que salazar podia fazê-lo porque os compromissos do estado na área da segurança social eram nulos. só os funcionários públicos aspiravam à reforma e como se sabe eles só recebiam uns trocos. havia reformas no sector privado, mas só abarcava um número mínimo de privilegiados. a segurança social no tempo do bondoso ditador estava a cargo das misericórdias e na quantidade de filhos que os pobres "faziam" para assegurar um fim de vida digno. a fome era um hábito. hoje, a fome pode dar asneira já que os portugueses se convenceram que podiam fazer várias refeições ao dia. até as escolas foram transformadas em pastelarias e em restaurantes. ah, os portugueses até engordaram e é vê-los obesos e felizes a consumirem vorazmente nas grandes superfícies. os tempos são outros. salazar paralizou o país económico para estabelizar a vida. quer dizer. ele achou que a primeira república tinha gasto muito dinheiro com a educação (havia escolas superiores do magistério primário que salazar reduziu a um ensino medíocre que pouco contribuía para o crescimento mental dos portugueses. um ministro salazarento até afirmou que bastava a terceira classe para o povo macho...). o povo era pobre e pobre continuou. agora a coisa fia mais fino. passos quer fazer o mesmo e julga que pode fazê-lo escudando-se na troika. de facto, pode fazê-lo se tiver forças policiais a ajudá-lo na repressão. também, convém dizê-lo, sozinho não andará nas ruas porque já houve sinais que indicam ser perigoso. salazar manteve a miséria à custa da psp, da legião, da judiciária, da pide, da guarda nacional republicana, da guarda fiscal, de alguma facção militar e dos bufos que eram aos milhões. um costume muito dado a seres inferiores. refiro-me a bufos de ordem política, se me faço entender. ora, na altura, o grande sábio da economia organizou as finanças públicas em nove meses. salazar era de facto um homem muito grande. a seu lado o cardeal cerejeira - que navegava nesse mesmo mar, o da repressão aos trabalhadores e apoio à guerra - tinha a mesma credencial. o escudo (que era a nossa moeda) tornou-se uma das moedas mais fortes do mundo. isto é verdade. não estou a gozar. vejam só as medidas do governo de salazar e procurem relacionar com o de passos: o estado novo permitia que os portugueses do continente (os ilhéus foram transformados em escravos tecnicamente expressos que nem isso poderiam aspirar) fossem de salto para frança, alemanha e luxemburgo. o governo salazarista era tão sacana que sabia que eles iam fugidos e fechava os olhos, mas nem mesmo assim procurou defender os seus interesses criando serviços de apoio porque iria gastar dinheiro em mais repartições. salazar só via o lucro em divisas que entravam diariamente pela fronteira. esses milhões eram enviados pelos portugueses para os seus familiares. o banco de portugal transformava de imediato os francos e os marcos em escudos. salazar - grande incentivador da agricultura nacional - comprava o trigo à américa por dois escudos e cinquenta centavos o kilo para vender ao povo a quatro escudos e cinquenta. os pobres agricultores faliam porque não podiam apresentar preços tão competitivos. salazar comprou a companhia dos telefones aos portugueses e no dia seguinte aumentou o preço de vinte centavos por cada chamada. ofereceu monopólio aos grandes capitalistas (fugiram do país logo após o 25 de abril. alguns foram caçados e aprisionados) que dominavam o preço dos mercados. salazar transformou o estado num pátio das cantigas, isto é, numa grande merda, pois o estado salazarista só queria mamar. era tudo dentro. para fora nada. se uma pessoa entrasse à noite num hospital de distrito com braços e pernas partidos tinha de esperar uma boas horas porque só havia um enfermeiro de serviço e este limitava-se a tomar conta da ocorrência. em ponta delgada no ano de 1961 fui testemunha do facto. em lisboa, talvez não fosse assim. posso dar bons dias a vossa excelência? podia, mas só se fosse em papel selado que custava 5 escudos (moeda de prata). ah, tem de reconhecer a assinatura. quanto? mais uns escudos (não me lembro de quanto). nos açores, mandar uma saca de batata de uma ilha para a outra pagava-se direitos aduaneiros. foda-se! aquilo era só a arrecadar. éramos obrigados a pertencer à mocidade portuguesa a bem ou a mal. isto é, tínhamos de pagar 30 escudos para aquela instituição humanista, sempre que nos matriculávamos. bonito, não? o sacana do estado novo sugou os açorianos até ao tutano. fodeu-nos as nossas indústrias não permitindo que vendêssemos para fora das ilhas para não prejudicar os tubarões do regime. a exportação álcool e do açucar foram dos exemplos dessa política. o passos coelho está a fazer o mesmo em portugal. vende aos estrangeiros o que devia ser do povo. diz ele que é para tornar o estado muito levinho. estamos aqui, estamos caídos nas mãos dos patrões. e estes são muito cristãos, como é sabido. havia grandes companhias de navegação nacionais. era de se lhes tirar o chapéu, só que cresceram através de uma política de protecção. todos os grandes impérios assim se formaram. eram impérios particulares sustentados à custa da miséria popular. repare-se que passos tem actuado da mesma maneira. em vez de fomentar mais e melhor trabalho melhores vencimentos o dr passos opta por descapitalizar os que criam riqueza em nome dos altos interesses do novo capitalismo financeiro. certo dia, os americanos que tomaram conta da ilha terceira (base americana só de nome portuguesa) resolveram pagar aos trabalhadores ilhéus o ordenado mínimo que aplicavam no seu país. o que eles foram fazer. salazar proibiu. e porquê? para não criar desesquilíbrios entre os pobres trabalhadores e aqueles que se tornariam os novos-ricos. nada de que permitisse espírito reivindicativo. esperto, não? passos quer que ganhemos menos dentro espoliando-nos mas envia-nos mensagens para que emigremos. retiro o nome feio que estava a pensar. passos está como o velho bode das sacristias que nos governou quase 50 anos. uf, foi demais.
mmbento

domingo, 11 de março de 2012

qualificações por varett

paulo rehouve: varett, o que pensa de:
cavaco silva:
não sendo um homem muito inteligente nem culto é um homem de família;
passos coelho:
transformou o executivo num escritório de import/export;
josé relvas:
um santos silva, mas com açaime;
vitor gaspar:
encomenda não registada que não pode ser reclamada;
álvaro santos pereira:
porta giratória emperrada, com ele lá dentro;
paulo portas:
um primeiro-ministro em anti-matéria;
assunção cristas:
se não chover, murcha;
francisco josé viegas:
a secretaria da cultura que faça versos que a carminho cantará;
marcelo rebelo de sousa:
não possui consciência acutilantemente social, mas é muito inteligente. o seu programa é muito apetecível. é uma espécie de "se bem me lembro" do prof. vitorino nemésio, mas para melhor;
jerónimo de sousa:
há muito que deixou de salivar;
antónio josé seguro:
não será primeiro-ministro, mas ninguém lhe tira isso da cabeça;
mário soares:
começou a trabalhar depois dos 50 anos, mas mesmo assim: que rica reforma do estado;
vasco pulido valente:
se não utilizasse o apelido materno, estava hoje a apanhar sol num banco do jardim da estrela;
alberto joão jardim:
entrou numa biblioteca por engano;

sábado, 10 de março de 2012

o estado da nação-semana por varett - cavaco literário e a nova terminologia oficial para classificar o trabalho dos socialistas

paulo rehouve:
vamos ao que mais importante se passou nesta semana.

varett:
descobri que cavaco silva se tornou escritor. o que é de salientar é que o faz sem dificuldade. o mesmo não se pode dizer do general spínola que por não saber escrever livros se socorreu do auxílio de um jornalista para se realizar em literatura. enquanto cavaco escreve resumos da sua alta prestação de serviço pátrio com um total desprezo pelo cargo que ocupa o outro estava farto de comandar o massacre de inocentes. e, sem o denunciar directamente, pôs-se a querer orientar o destino da pátria através da palavra escrita. o que era perigoso na altura do fascismo à portuguesa. agora, por mais que cavaco se esforce nunca atingirá o nível de intectualidade de spínola. por outro lado, nunca mais conseguirá apagar a imagem de injustiçado e coitadinho de quem disse perante um milhão de desempregados e umas centenas de milhar de esfomeados que ganhava apenas uns míseros 1.300 euros de reforma como professor.
paulo rehouve:
e não era verdade?
varett:
toda a gente que lê jornais e vê têvê sabe que ele acumulava essa "miséria" com chorudos proventos. mas, já que estou com a mão na massa, convém esclarecer que acho estranho ele receber reforma como professor. que eu saiba ele passa a ser conhecido como ministro de sá carneiro depois de ter estado em londres a estudar para ser phd (depois pede equivalência em portugal. depois foi dar aulas num tempinho (também acumulava com um tacho no banco de portugal) até se tornar líder do psd em espinho. depois esteve no poder uns bons dez anos. depois de corrido foi dar umas aulitas. nesse intervalo de tempo - como grande mestre pedagógico - aguçou-lhe o apetite para ir para belém. o povo rejeitou-o a favor do irmão do professor daniel sampaio. passado pouco tempo, ei-lo de novo a bater-se a belém. a campanha correu-lhe bem, pois não disse/deu uma para a caixa. só repetia que ia salvar portugal com dignidade (só se fosse em romarias a fátima para pedir chuva). mora em belém com dona maria - que também dá uns toques em literatura - há uns bons seis anos. que tempo de aulas tem o homem no curriculum? pouco naturalmente e matematicamente contado. não é tão bom receber 1.300 euros que é quase o que aufere um professor que durante 36 anos - ameaçado com sevícias físicas - sofreu os libertos do zoo nacional que invadiram os estabelecimentos de ensino? alerto para o seguinte: para cavaco ter recebido aquela quantia foi-lhe aplicado a equação que descrevo: o ordenado dele vezes os anos de prestação de serviço a dividir por trinta e seis. qualquer merceeiro verificará que trabalhou pouco tempo como equiparado a doutor, mas que ganha mais do que suficiente.
paulo rehouve:
como interpreta o comentário de joão jardim ao chamar de gang ao governo de sócrates?
varett
aquilo que eu admirei em alberto joão já lá vai. tem trabalho feito em nome da madeira. tudo bem. ele pertence a um governo autónomo que escondeu as suas contas durante anos criando um fosso enorme que só pode ser tapado com o aumento de impostos sobre todo um povo. açorianos incluídos. neste caso ele pertence ao gang da madeira. e gang por gang o dele é anterior ao de sócrates. seria bom que as autoridades judiciais começassem a ter em conta as bocas dos políticos e dessem início a um rigoroso inquérito, pois de denûncias se trata. se eu disser que conheço o gang do multibanco, de certeza, que a pj estará em minha casa com mandado operativo antes ir mijar (o que faço logo de manhã) e de tomar o café da manhã. um primeiro-ministro chefe de um gang? isso não terá repercussões? ou ganguismo, em portugal, quer dizer palhaçada?
paulo rehouve:
e a questão do casal dos mansos?
varett
a mulher (chefe uls) nomeia o marido para uma auditoria (dentro de portas). tem poderes para tal. porém, a moral dos que ainda estão de pé e sem tacho acaba por achar mal. na minha opinião a senhora tem toda a razão. só ela conhece a integridade do marido. e conceitos tais como marido e mulher pressupõem partilhar cama juntos de verão despidos e agasalhados de inverno, o que permite um parecer demais do que rigoroso.
paulo rehouve:
uma última questão. o dinheiro que saíu dos bolsos dos contribuintes em agosto directamente para a lusoponte e dias depois a mesma lusoponte volta a receber das estradas de portugal/estado igual verba correspondente à mesma prestação de serviço público/férias que já tinha sido paga antecipadamente e que não foi devolvida de imediato.
varett:
conhece a história do balde de newton?
paulo rehouve:
não!
varett:
eu também não!
ps: há perguntas que não se fazem, porque é pura perda de tempo. as contas do estado precisam de ser sindicadas por gente de tarelo. só sabemos o que é denunciado. e o que fica no segredo dos deuses? os conselhos de todas as administrações fazem tudo à porta fechada. não há direcção do mais rasco instituto até aos mais "credíveis" que não se feche no seu gabinetes para tratar de assuntos secretos. e esses assuntos secretos nada têm a ver com os legítimos interesses do povo/estado. cabe aos sindicatos avançarem para tomarem conta de tudo que diga respeito aos interesses do público, na medida em que são, hoje, quem mais créditos tem no que respeita ao combate à corrupção. disse
nota: a palavra rat que aparece no texto de voltaire deve traduzir-se ratazana. e já agora grenouille por rã. bavard=tagarela. o resto é imaginar para quem não tem dicionário à unha de coçar.

quinta-feira, 8 de março de 2012

o que camões disse e o que o estado novo


nos proibiu de ler e os desta parademocracia acaba por realizar:
"vê que aquelles, que devem à pobreza
amor divino, e ao povo caridade,
amam sómente mandos, e riqueza,
simulando justiça, e integridade.
da feia tyrannia, e de aspereza,
fazem direito, e vã severidade:
leis em favor do rei se estabelecem,
as em favor do povo só perecem."
(estrofe xxv111 - canto 1x)
refª. porto, livraria chandron em data desconhecida devido ao muito uso em baçaim...)
quando um dia na minha juventude (já vai longe, ora porra) entrei na biblioteca do liceu nacional de ponta delgada e pedi para ler "o crime do padre amaro", a pitonisa, perdão a puta da bibliotecária foi logo dizendo: vou fazer queixa ao senhor reitor que na altura era um inglês nascido em são miguel. uma espécie de tatcher na culinária que me expulsou por dois dias sem eu saber o verdadeiro porquê... acho que foi porque tinha escrito na parede do campo de jogos que o reitor era um babou. fiz essa obra à andré gide. ah, estava acompanhado por um colega que teve de ir estudar para o continente (hoje portugal europeu) e até chegou a juiz da relação. o rapaz nunca mais passava de ano naquele estabelecimento de instrução da mocidade nascional. comecei com uma estrofe de camões (por causa deste filho de puta de poeta chumbei duas vezes o antigo quinto ano, na oral, pois, nas provas escritas, mudava o estilo de letra para os sacanas dos examinadores não me reconhecerem. claro que uma vez na oral eu não passava de um cordeiro pascal. e lá se iam as férias de verão e a praia de que era um grande fã. o jota cristo fora substituido pelo sol. bolas, este ao menos dáva-me calor e tesão. optei pelo sol como divindade auxiliar e pessoal e mandei o judeu divinizado voltar para o deserto para chatear as abóboras, se lá as houvesse.), comecei, dizia eu, com uma estrofe do canto nono que - imagine-se - fora retirado do programa da disciplina de português porque o poeta referia nela relações sexuais entre os portugueses marinheiros e umas boazonas. estas, eram muito ricas de carnes e feições. há a declarar um tal nereu a quem os portugueses as muitas filhas foderam. não sei se os nautas lusitanos as comeram analmente. sei, porque o vate tarado sexual nos diz, que elas se lhes entregaram. e como havia muito vinho à mistura, penso que a coisa cedeu aos maus saborosos costumes. tanto assim foi (ou deve ter sido) que não houve filharada descendente. voltaire(1), que deve ter ganho uns trocos a escrever sobre camões só fica enternecido com os lusíades no canto terceiro na parte que diz respeito aos amores entre o hetero e homossexual dom pedro 1 com a espanhola inês. de resto - parece que ele (voltaire) não leu a obra toda. se calhar plagiou de algum escrevinhador aqueles merdas que desenhou em cima do joelho. os últimos dois versos da estrofe acima retirada aponta para um camões diferente. um camões crítico. uma especíe de militante do bloco de esquerda admitindo uma boa imitação à laia do deputado fazenda, o ruivo. teriam sido os censores do salazarismo cerejeiral tão espertos que teriam cheirado os versos revolucionários e que estão na origem do 25 de abril? esta parte é para rir. é que, logo após a revolução dita dos cravos, camões foi perseguido pelos comunas. e isto porquê? porque o estado novo tinha elegido camões como farol do nacionalismo português. fascistas e social-fascistas são a mesma merda, em termos de literatura, claro. lá enviaram o poeta para a carroça das índias e lá se ficou. é que é proibido ser-se nacionalista porque pode ofender os europeus que nos emprestam dinheiro. imaginem todos aqueles que só agora tiveram conhecimento de que era proibido ler eça, parte dos lusíades, ramalho, oliveira martins e a sua história de portugal, o que era a cabeça dos portugueses da altura. nós éramos a vergonha da europa. ao ponto de os portugueses de classe média e alta quando visitavam o estrangeiro dizerem-se... brasileiros. que rica cotação! antero? ler esse dava para se ser chamado à pide e as queixas eram apresentadas pelo reitor nos seus relatórios periódicos àquela instituição de utilidade pública. estavam também probidos os estudos sobre a primeira república. ah, a não ser a referência à morte de sidónio pais, o presidente-rei, com um tiro na caixa craniana, perto da estação do rossio. só estudei afonso costa e outros belos pontos, já estava quase reformado... será que se pode inferir da mensagem do camões uma crítica germinativa aos governos de passos coelho, de joseph sócrates, sanatana lopes, ladino durão, beato guterres, etc., melhor dizendo, à corja de traidores que sendo eleitos pelo povo para o defender elaboram e aprovam leis escabrosas mais porcas que as regras que os chulos aplicam às que negoceiam o seu corpo e a eles se entregam. só os sindicatos, mudando de atitude, poderão salvar este país. e como? permitindo duas coisas: deixar os empresários criarem riqueza nacional e ao mesmo tempo substituirem o estado no controlo da mesma. a riqueza nacional não é controlada pelo estado porque este foi assaltado pelos agentes financeiros. não vai ser fácil expulsá-los dado que eles asseguraram o seu futuro com as prebendas anuais do estado através de leis que criaram em seu próprio benefício. o facto de esses bandidos estarem sistematicamente com a boca no erário público torna-os como que drogados. se houver uma revolução. e não é necessário fazer-se sangue como os estalinistas apregoam. é fazer-se com eles aquilo que os franceses fizeram às suas concidadãs que durante o período nazi abriram as pernas aos alemães. denunciadas e rapadas na praça pública. os seus crimes (dos nossos colaboracionistas) são facilmente detectados: são as leis que fizeram aprovar para empobrecer o povo trabalhador. esta é a prova. não há que fugir. só com o trabalho do povo português poderemos sair da crise e não está certo torná-lo vítima do parasitismo de uma classe que abancou no éden estatal com filhos e netos. e se o diabo não acudir ainda havemos de ver os bisnetos com os cornos na mesma pia. safa!
ps: antes de anotar a ficha bibliográfica de voltaire, devo confessar que andando à procura dos motivos ideológicos da revolução do 25 de abril, fiquei de boca aberta. nada. nem uma linha saltou para a rua para o homem comum. excepção à catequese comunista que através do avante ia denunciando os crimes contra a liberdade. a ideologia comunista ficava entre as sacristias dos camaradas. é que para cativar este povo imbecil para a sua causa não se lhe podia abrir os olhos para as incongruências da religião pagã que o cristianismo fizera adaptar e cuja proveniência define a velha linha greoco-latina e do seu olimpo de prazeres mais os seus benefícios de ordem psicológica. no século dezoito e antes da revolução francesa uma série de intelectuais (tais como voltaire (liberdade do pensamento), montesquieu (divisão do poder), j-j rousseau ( estado democrático e igualdade para todos), diderot, d´allembert, etc) preparou as mentes para a revolução de 1789. esta foi sólida em ideologia e acção. nós - na nossa - só tivemos para mostrar acção descabeçada e sem teor ideológico. é certo que apareceram cunhal e mais modestamente soares mas isso é posterior e pouco efeito teve sobre as mentes gritantes de apetências consumistas. porém, e isto é para rir, tanto camões, como vicente e a geração de setenta (com antero como veículo de um espírito tipo declaração universal dos direitos do homem) pregaram no deserto no seu tempo e não deixaram raízes que crescessem . a bola, as romarias, a politiquice do particular nos cafés, a ausência do espírito crítico e científico, uma cristianização (de aceitação sm revolta) do pensamento político, a repressão política da igreja e do estado, tudo isto serviu para secar os fundamentos de um verdadeiro estado democrático e de livre pensamento. logo após a queda do fascismo nacional os esquerdas - da merda - que tomaram o poder impediram a verdadeira criação e construção de uma nova era. foi vê-los perseguir a liberdade de expressão e a sanear todos os que não alinhavam com eles no assalto às riquezas do país.
(1) - voltaire, camoens (louis), supplément au cours de littérature, tome premier, chez philippe, libraire, 1830
varett

segunda-feira, 5 de março de 2012

será necessário que o governo desminta

o governo de passos coelho prepara-se para mexer novamente nas pensões. o corte atingirá os 30%. só que desta vez é a a partir de 485 euros.

trafulhice ou ingenuidade dos que gerem a vida dos portugueses?

tudo o que aqui se escrever pode pecar por falta de conhecimento. por outro lado, as questões do estado e da nação dizem respeito a todos e não a meia dúzia de infiltrados no palco da força e do poder políticos. pois bem: os governantes nacionais vão receber e distribuir muitos milhões de milhões de euros de empréstimo provenientes da ajuda dos bancos da união europeia. para onde vão esses milhões? para já e não havendo outra informação mais credível, esse dinheiro vai dar entrada nos bancos portugueses que como toda a gente sabe são organizações que pautuam o seu comportamento com actuações muitas vezes criminosas. as autoridades portugueses estão a preparar-se para levar alguma banca ao banco dos réus porque se descobriu um sem número de falcatruas que tinham como objectivo fugir aos impostos. coisa que é considerada roubo pelo código penal (actualizado). depois de o dinheiro entrar na banca, vai o estado pedi-lo (pagando juros, repito:pagando juros) à mesma banca para pagar os "atrasados", isto é, as suas dívidas provenientes dos compromissos que assumiu com a educação, a saúde, a segurança social, com as forças armadas e, militarizadas e outros negócios pouco claros para a opinião pública. parte da dívida de portugal pertence a muitos portugueses que compraram casa, carro, mobília fiado e em mensalidades suicídas. e, claro, outros bens de ordem doméstica que foram adquiridos com outra invenção para sacar o sangue já que o suor estava dentro traficado em juros altíssimos. os que compraram casa devem-na e sem emprego e sem dinheiro perdem-na para o banco. a viatura é também um bem que está sujeito a penhora por falta de pagamento. restam as dívidas das "pequenas coisas" que se tornam incobráveis. segundo as estatísticas, milhares de famílias estão arruinadas. um milhão de portugueses está no desemprego. vai ser muito difícil não serem arrastados para a miséria. só que são portugueses que estão desprotegidos por um estado e o grupo que o domina que não olhando para a sua situação estão mais interessados em salvar a banca. melhor dizendo, o estado e o grupo que o assaltou preferem proteger todos os que exploram os portugueses. a protecção, entenda-se aqui os meios de garantir os empréstimos que fazem ao povo. não comparando é como se a polícia protegesse os bandidos quando estes atacam as suas vítimas. sim, o estado e o malvado grupo só estão a proteger os sacanas que nos querem esfolar. o português, até prova em contrário, está ao deus dará. numa verdadeira democracia onde o povo se governaria através dos seus representantes o dinheiro que portugal pediu emprestado (parte dele) serviria para pagar as dívidas dos portugueses que não conseguem pagar a casa e estão sujeitos e ir viver ao relento. não era nada de espantar, pois o estado teria como garantia a própria habitação o que permitiria que a banca não se apropriasse dela como tem feito sem apelo nem agravo. muitos estarão contra esta medida. pois, para estes é preferível que a banca espolie em vez do estado cumprir com o dever de defender os seus nacionais. pessoalmente, não devo casa à banca nem defendo interesses imediatos, por isso estou livre para acusar os trafulhas e ingénuos que com eles colaboram - neste saque - de estar a levar o país para uma guerra civil ou lá perto. já me assaltaram no que eu tinha direito a receber. se é para auxiliar outros companheiros da desdita, até que está bem, agora se é para dar aos mafiosos da banca e companhia...
ps: o fim deste texto está em reticências porque não estou na disposição de ir parar com os costados nos tribunais por estar a pedir que os portugueses se... com... contra esta corja e a escorrassem do país!
varett

sábado, 3 de março de 2012

francelina e o novo acordo ortográfico

"advertência
ensinar a redigir na escola primária é muito difícil, porque a criança, embora conhecedora de inúmeras definições e nomenclaturas gramaticais que a torturam, é incapaz de escrever conscientemente e sem correcções uma página de português, por não saber aplicar os seus conhecimentos de gramática. a causa de certos insucessos na arte de redigir está, a meu ver, na falta de aliança entre a "teoria" e a "prática". ..."
do prof. josé m. gomes (c.1967 - tip.
silves - rua d. pedro v, 120 - lisboa


( o jornalista paulo rehouve esteve no tribunal da comarca (...) onde foi encontrar-se com a dona francelina, arguida num processo de violência de "literatura doméstica", cuja vítima fora a sua neta alzira)
paulo rehouve:
a dona francelina pode falar um pouco de si?
francelina pacheco:
é senhor, eu sou uma mulher de respeito!
paulo:
isso não está em causa. era só para enquadrarmos a questão. bem, a senhora lembra-se de na escola escrever os ditados?
francelina:
então se não!
paulo:
fazia muitos erros?
francelina:
no princípio sim, mas depois aquilo era uma beleza. mas eu não me quero lembrar desse tempo que até fico com pele de galinha.
paulo:
faça um pequeno esforço e fale-nos de como eram corrigidos os seus erros ortográficos.
francelina:
certo dia escrevi numa redacção: "o senhor diretor escolar", assim mesmo, "esteve na nossa sala de aula." tinha-me esquecido de colocar um c de cão antes do t. como era a segunda vez que errava na legal ortografia, a minha professora, a dona lurdes, deu-me 57 palmatoadas. fiquei com as mãos muito vermelhas e inchadas e só consegui pegar num lápis passada uma boa semana.
paulo:
a senhora não condena esse tipo de ensino em que se usa a violência para que as pessoas aprendam?
francelina:
não senhor! eu aprendi tudo muito bem e na ponta da língua. até sabia de cor e salteado tudo sobre os caminhos-de-ferro de angola e nunca tinha visto um combóio na minha vida.
(continua daqui a pouco e com comentários de varett)
varett:
a entrevista acaba por explicar o que realmente se passou entre a francelina e a neta. aquela resolveu ditar um pequeno texto do seu antigo livro escolar para averiguar do andamento nos estudos da alzira. esta tinha na escola como professora uma progressista que era = não a. quer isto dizer que não pactuava com a sagrada ortografia do senhor do ccb, o crânio graça moura tido como tradutor de línguas mortas e poeta editado pelos seus conhecidos que o reconhecem como de editável. a francelina verificando que a sua neta repetira o erro de escrever a palavra director sem a letra c voltou-se para ela e chamou-a atenção para o grave erro cometido. a neta defendeu-se e disse que a professora lhe tinha dito que agora já não havia c de modo nenhum e que o acordo é que mandava. francelina, pensando que a neta lhe estava a mentir deu-lhe uma sova mestra até a miúda confessar - cheia de dor e medo - que tinha inventado tudo. depois da sova, francelina amarrou-a na cama e dirigiu-se à escola para falar com a professora. por acaso a escola estava sem ninguém com excepção da professora. foi encontrá-la preparando-se para sair. a professora recebeu-a no refeitório onde tinha deixado a sua cesta do lanche. eis a conversa:
francelina:
eu venho pedir desculpas à senhora professora pelos erros da minha neta e pelas mentiras que ela disse acerca de si.
professora zulmira:
não estou a perceber. ela é uma aluna excelente!
francelina:
ela anda a dizer que a senhora disse que director se escreve sem o c de cão.
zulmira:
claro, é assim que eu a ensino. está certíssimo!
francelina:
a senhora deve estar a brincar comigo. director é com c de cão.
zulmira:
isso era dantes, agora com o acordo já não é.
francelina:
mas que raio de professora é a senhora. e quem é esse acordo com quem a senhora se dá?
zulmira:
não seja grosseira, senão vejo-me obrigada a pô-la na rua.
francelina:
para a rua vais tu, sua ignorante!
(francelina aproxima-se da professora e dá-lhe uma forte bofetada. a professora desequilibra-se e cai batendo com a cabeça na mesa de alumínio. até hoje, encontra-se de coma no hospital central. no entanto, ninguém dera conta que francelina tinha estado na escola. logo, pensou-se que a mestra teria sofrido um acidente. porém, como a neta ficou maltratada, apresentando muitas nódoas negras, a catequista participou à polícia de que suspeitava de maus tratos. a velha francelina ficou a contas com a justiça. o juíz condenou-a a quatro anos de pena suspensa e com a obrigatoriedade de ler duas vezes por semana o acordo ortográfico durante 18 meses. mais, o juíz encarregou a neta de verificar se a avó lia, de facto, o acordo.)
- sim senhor, ainda ontem, passei pela casa da francelina e, de facto, vi através da janela que a neta tinha uma régua na mão...
nota final:
o poeta e crânio das letras nacionais graça moura, director do centro cultural de belém (para quem não saiba é o lugar onde outro crânio sem letras, senhor joe berardo, mantém uma grande colecção de arte), proibiu qualquer intromissão do abusivo acordo nos recibos, facturas, convites, etc. na minha opinião ele tem toda a razão dele. eu explico. o primeiro grande chumbo que eu apanhei foi por causa de um filho de puta de um professor que falava um português mal amanhado de são miguel. atrapalhei-me e lá fui atrás da fonética mortífera daquele doutor do liceu. disse o suíno cobra em vez de cabra, sendo este o erbívoro referido no ditado.
eu também ainda tenho relutância em acordar com o acordo que ficou acordado por pessoas que estão preparadas para actualizar a língua. vou tentar, mas não vou obstar porque sei que de acordo em acordo a língua se vai plastificando racionalmente. percebo que para os jovens que começam a trabalhar com o novo acordo que isso não os afecta. e tudo bem. acordos são necessários. acho estranho é que pessoas ligadas desde o umbigo e à carteira aos negócios do estado sejam os mesmos a desrespeitar as regras por ele (estado) determinadas. o acordo é para ser respeitado. para isso servem as leis. não as aceitam? muito bem, aceita-se. agora, não podem é estar a prestar serviço em instituições do próprio estado. demitam-se e, por favor, vão fazer versos para o calhau onde ninguém os ouve (isto de inverno, pois de verão ainda apanham vítimas.)
ps: este texto não respeita acordos. acordar só na cama. as palavras são todas minúsculas. se os homens são todos iguais perante a lei, qual a razão de as letras não serem????? oxalá nunca encontre a francelina. ai meus deus!
varett