sexta-feira, 26 de abril de 2013

seguro fala para a burguesia e para a plebe recheada. o povo precisa de um chefe revolucionário que acabe com a exploração a que está sujeito. banana! mais coerente foi cavaco...

cavaco presidente em presidencialismo

tratar-se-ia de um discurso banalíssimo num país normal, é a ideia que resulta da interpretação - da minha pelo menos - da intervenção do presidente da república. por que as circunstâncias em que o proferiu determinam  uma análise mais profunda - tipo schopenhauer - vamos  tentar colocar o profligador (x) político cavaco silva no divã de estudo psicopolítico (y) . apesar de o ter na conta de uma pessoa quadrada, não imbecil, penso que é uma pessoa de ideias mais fixas do que aquelas que há mais de 2.500 anos expandia heraclito molhando os pés nas águas dos rios gregos e não só. sabe-se que o presidente tem uma caterva de asessores que vão desde o grão velhaco até ao beijador das sotainas em  sacristias. a dona maria não é para aqui chamada dado que a sua dedicação à causa pública não é do nosso conhecimento. quem quiser saber o que se passa na cabeça de um político com responsabilidades tem de se esforçar por saber quem é que lhe faz os discursos e lhe mete na torre de controlo as ideias a difundir. eu sei que é cavaco quem está - por agora - no divã. mas já lá vamos... a task force que o rodeia foi criada à imagem de um tal bush pai (de um dos maiores imbecis que o povo americano empurrou para a casa branca que por acaso é habitada nestes tempos por um democrata casado com uma senhora muito bonita que serve de amparo às suas promessas não cumpridas). senhor presidente, o que temos de começar a fazer é virar a constituição. isto é, o facto de estarmos a viver sob um regime semipresidencialista implica, dentro de pouco tempo, autodestruirmo-nos. os partidos destroem países pequenos que não são capazes de se auto-sustentar - rosnou o assessor talkitosta (nome fictício). isso é impossível creditou cavaco. é simples, retorquiu talkitosta, vamos descredibizar o executivo para que o verdadeiro poder caia no seu regaço de mão beijada. eu não tenho seios, ó senhor assessor! (neste momento dona maria  que sabe muito de literatura intervém e diz assim: estava de passagem e não me quero meter, mas regaço não é só seio. não me vais falar outra vez de thomas mann, hem! bolsou o presidente. acabemos com esta treta e falemos a sério. é visível , desde há muito,  o comportamento de cavaco em relação ao executivo. começou no momento em que tentou quebrar os queixos a josé sócrates e a reduzi-lo a um infame. em vez de se colocar como parceiro harmonioso das instituições encetou uma guerra contra o antigo primeiro-ministro. vencida esta, só lhe restou esperar pelo novo chefe de governo para lhe aplicar a domesticação. apareceu a substituir sócrates um certo tipo de português inclinado mais para o comércio do que para a res publica. o homem não sabe o que isso significa  e só a entende sem a diplomacia política. era e é o seu fraco. ele e os seus patrões traçaram um caminho e sempre que lhes surge um obstáculo fazem como os touros bravos.  sempre para a frente  é que é caminho. ultimamente, o nosso primeiro-ministro percebeu que lá de vez em quando é preciso contorná-los (obstáculos) e vai daí mente como qualquer feirante-banha-da-cobra. e como qualquer caloteiro (estou a referir-me a coisas públicas. quero lá saber se ele deve ou não deve dinheiro a bancos) promete que vai pagar o que deve aos trabalhadores ou a quem já trabalhou e depois  põe-se a rir mais o seu finanças dos estratagemas  encontrados para protelar o pagamento. quer dizer que à luz de aceitação popular todos o querem fuzilar. e cavaco a ver... o governo tem sido um verdadeiro tambor a anunciar o cheiro pestilente que o persegue. ora, para o poder se encontrar em algum sítio é preciso saber onde fica. a malta desvia o olhar para a assembleia e repara que aquilo é algo parecido com o que diz o paulo morais cronista do correio da manhã: a sede da corrupção nacional dado que os deputados (alguns) do povo fazem leis a favor dos seus patrões. eh pá, morais dixit! dois constituintes imediatos queimados e enegrecidos politicamente o poder salta. para onde? para os tribunais? não, estes estão atafulhados e emperrados. o poder deles não é político e por enquanto são muito mal vistos. só tratam de assuntos escabrosos tipo sexo-correio da manhã. resta o presidente. sim, e depois? não pode sair à rua porque o povo invectiva-o e quer chegar-lhe a roupa ao pêlo. e então, não está implantada a bagunça? sim, mas os que são órgãos de soberania são-no porque "por acaso" existem forças paramilitares que os guardam e protegem. e é assim que cavaco aproveita a oportunidade para aparecer como se fosse eleito presidente todo poderoso colocando na algibeira os outros órgãos de soberania. fez de uma espécie de gaulle. meteu na cabeça (meteram-lhe) que pode centrar o poder em si. mesmo contra o povo. inaugurou o presidencialismo à portuguesa porque ao discursar como se fosse primeiro-ministro remeteu este cargo para a missa do sétimo dia. quer dizer, deu ordens a passos coelho para fazer cumprir o que ditou (explicou) no 25 de abril. passos ficou esvaziado. passos coelho parece-se com um miúdo que toca num objecto quente e salta com os dedos para outro onde se volta a queimar. passos coelho é chefe de um governo que se remodela aos bochechos. estes fizeram estas coisas feias e lá vai ele ter com cavaco: senhor presidente já pús na rua sete garotos, faça favor de assinar. com certeza! até para a semana, senhor presidente. não se esqueça que o aguardarei para mais uns chutos nesses putos, diz versajando o de belém. grave com o seu ar sério  de plebe recheada, cavaco fez "tremer" toda a comunicação social. ele passou a ser o dirigente máximo de momento. o poder é ele. governa sozinho contra o povo e contra a oposição. o seu primeiro-ministro - a partir de agora  - obedece-lhe. pois se o não fizer será despedido pela possível convocação de novas eleições. o homem absorveu o poder total, e chantageia. obedecem-lhe o executivo e  o parlamento porque está adstrito a passos. tribunais prisioneiros na sua própria teia não entram nesta dança. quanto ao tribunal constitucional? inconstitucionalize o que quiser que os políticos tratam-lhe da saúde, isto é, dão-lhe a volta com prazos e formas de cumprir a lei que nos orienta desorientando. finalizo citando dona leonor augusta freire moradora de um solar muito respeitável daquele tempo, porque inspeccionado pelos delegados de saúde: "meia hora 30 escudos, uma hora sessenta. meninas, não se esqueçam dos toalhetes."
(x) - um deita-abaixo.
(y) - se não existe é porque não existe
manuel melo-bento
ps: e quanto ao partido socialista e restante oposição? meia hora 30 escudos, uma hora sessenta.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

a plebe recheada que se ponha a pau...

a chamada burguesia que surgiu com o evento do salazarismo regia-se por regras de vida que a controlavam e a metiam na ordem (nova). por exemplo, uma vez casados  homens e mulheres - ainda não havia a liberdade civil de hoje que permite casamentos entre pessoas do mesmo sexo - não tinham possibilidade de se descasar. além do estado e da igreja os que terminavam com a união abençoada por deus (coisa difícil de perceber, pois o casamento não é mais do que uma apetência sexual objectivada pela cópula violenta, coisa que deus (o nosso) não está para aí virado. tanto  é  assim que engravidou uma virgem através da lábia de um seu guarda-costas, o conhecido arcanjo... (lá se vai o nome. perdão pelo esquecimento) eram vistos pelo poveco como pessoas indignas. metem na cabeça daquele, tudo. até merda, com perdão da palavra. estávamos habituados à ordem e disciplina supervisionadas por um deus de quem diziam coisas maravilhosas. ninguém o viu até hoje a não ser o moisés alpinista de outros tempos e mesmo assim foi de perfil. tinha barba e grande bigode, segundo consta: uma coisa para meter medo e respeito ao seu povo eleito. a burguesia enriquecia com cadência e quem roubasse, mesmo sendo pessoa alta ia parar com os cornos, desculpem o plebeísmo, na cadeia. o salazarismo filho de uma grande puta, perdoem esta ordinarice, criou uma sociedade injusta e desiquilibrada. pobres para um lado e ricos para o outro. a nossa igreja vagava no mesmo estilo. se é pobre casa-se com o pároco da freguesia. se é rico leva com bispo ou cardeal a perguntar se aceita este ou esta para se ligarem para a vida eterna. foda-se! outra vez palavrão. bem, em 1974 a burguesia salazarista, mal ouviu o povo cantar que vinha aí uma morena libertina que teve um caso musical com o zeca afonso, pôs-se a andar depressa e bem. alguns ainda conseguiram levar parte da fortuna para o estrangeiro, mas outros foram apanhados pela marabunta e faliram. terras, casas, acções, foram pela pia abaixo. o estado esvaziou-se e logo de imediato foi dominado por uma plebe sequiosa que o ocupou. principalmente dedicou-se a pôr a mão por cima dos dinheiros públicos. de um dia para o outro essa plebe enriqueceu. e plebe enriquecida passa a burguesia. como a do estado novo era cuidadosa com os dinheiros do povo por via de salazar que era - tenho de o confessar, um homem sério no que conta a dinheiros - não pode haver comparação com esta descarada que é  muito mais ladra. por isto mesmo denominá-la-ei de plebe recheada. a plebe recheada organizou-se em partidos. a democracia permite-o, logo nada a dizer, pois, outro regime melhor que seja nunca permitirá liberdade. e esta é a marca do homem moderno. é com ela que as sociedades criam. o estado novo capou-nos a todos e a prova é que ainda não conseguimos libertarmo-nos do grande vazio intelectual que foi a parte fundamental da pesada herança. bem, abreviando. o dinheiro desapareceu e o país está falido para umas coisas. principalmente para as que dizem respeito aos interesses populares, como sejam a segurança social, a saúde e a educação. em vez de se preocuparem por reaver o dinheiro que foi roubado e que se encontra em paraísos fiscais, os que pelo voto da ralé (povo que vota assim é mesmo ralé) se alcandoraram no poder estão mais virados a ir procurar dinheiro esmifrando ainda mais o poveco. que já passa fome segundo os últimos noticiários. por enquanto, quem tem mandado bocas revolucionárias não é o poveco que está comprimido até nas partes baixas. quem tem alertado para o gravíssimo estado de coisas faz parte da burguesia rechonchuda. ainda tenho os ouvidos quentes de ouvir dizer ao dr. soares que por menos se matou el-rei dom carlos (de saudosa memória, digo eu). plebe recheada, pôe-te a pau! não sei o que será quando o milhão de desempregados aumentar e as famílias não tiverem o que comer. há países que já estão à procura do dinheiro que foi rapinado pelos políticos e seus associados da banca, da imobiliária, dos seguros, da indústria farmacêutica, da energia, dos cereais (pão), da bolsa, da comunicação social, das sociedades de advogados, ppp, etc. alguns países já apanharam os criminosos e o produto dos crimes. e agora, plebe recheada? vai ser bonito quando o comerciante passos não puder estender mais a corda com falsas promessas e perceber que acusar o tribunal constitucional já foi rim que deu urina. melhor dizendo, o êxito que passos procurou e que se traduz pela destruição do estado social e até quem sabe do fim estado português (ri-te estúpido e lê um pouco de história nacional para veres como isto é sempre  possível entre nós) pode vir a realizar-se se não corrermos com este executivo, com o presidente da república e com a assembleia da república. resta dizer que neste momento o tribunal constitucional ou por ingenuidade ou em consciência impediu - com a atribuição de inconstitucionalidade aos golpes da coligação - que o estado desse mais um passo na sua autofagia. aceitemos, por agora,  que os únicos defensores da manutenção da independência nacional são os juízes do ratton. é para lá que de futuro estaremos obrigados a olhar. é que, tanto a inter-sindical quanto a oposição não têm meios para travar este descalabro. ah, e os militares - como criadores desta democracia - não sairão dos quartéis para repor a legalidade constitucional que está a ser criminosamente conspurcada por estes capatazes?
manuel melo bento

domingo, 7 de abril de 2013

varett - artista plástico - entrevistado por paulo rehouve sobre o "despacho" ratton e outras rattonices

paulo rehouve:
como interpreta os pareceres de inconstitucionalidade dos juízes do tribunal constitucional sobre o orçamento para este ano?
varett:
uma verdadeira rattonice.
pr:
o que quer dizer com isto?
varett:
tudo é política e não é de admirar que os privilegiados juízes do ratton também  gostassem de a praticar. aliás, se virmos bem, acabado que foi o conselho da revolução havia que - de uma forma à portuguesa - criar um super protector de ideias mal concebidas para proteger um putativo dominador comum. isto é, com o rabo pelado/queimado por uma longa ditadura havia que precaver o país de uma outra que a substituísse e cujo cheiro já exalava da cabeça de uns queridos que se tinham instalado nos quartéis.
pr:
esses tinham armas ao passo que o tribunal constitucional só actua a pedido...
varett:
felizmente para nós, os rattonistas só usam os neurónios.
pr:
então, nesse caso prestaram um excelente serviço à pátria repondo a legalidade constitucional no destempero desrespeitoso da governação de passos sem relvas?
varett:
com certeza! se tivessem deixado passar o espremer a carne  do poveco em benefício de umas quantas dívidas imparáveis que aparentemente servem o capital que agora nos domina mais do que no tempo da ditadura salazarista passariam a ser olhados como déspotas. o que diga-se em nada abonava a cúpula do poder em que se transformaram. cúpula enquanto activada. se não mexerem com os rattonistas eles agradecem pois têm mais em vista uma óptima reforma do que pelejas por dá cá aquela palha.
pr:
um assunto daquela relevância é palha?
varett:
meu caro paulo, você menospreza o intelecto indígena. a tomada de posição dos juízes do ratton vale tanto quanto uma serrilha (moeda de primeira república de pouco valor) furada. fizeram um cagaçal de mediatismo para anunciar nada. mesmo nada. sim, à partida levantaram a grimpa contra o governo do usurpador democrático-constitucional para ficarem bem vistos. este governo chefiado pelo safado e esperto comerciante passos coelho aproveitou a deixa para dramatizar a situação ao ponto de ter reunido de urgência o conselho de ministros para criar ainda mais um clima de terror e de medo. depois, o mesmo passos, pede uma reunião/audiência  a cavaco precisamente  na hora em que o inquilino de belém já está de pantufas e preparado para tomar o seu chá com torradas que o tempo é de contenção para pensionistas. o presidente aconselha calma. muita calma. diz que gosta dele muito mais do que ao dias ferreira e que tem todo o seu apoio. cavaco manda difundir uma mensagem de confraternização institucional e dá indicações  ao primeiro-ministro para falar no domingo para abafar marcelo e sócrates. que dirá passos? muito simplesmente que o presidente apesar de ter entalado o governo com o pedido de parecer de constitucionalidade de dois pontos do orçamento está disposto a garantir-lhe todo o apoio. é desta vez que passos vai ser condecorado com a torre e espada. ai que bom senhor presidente! veja só como tudo não vai passar de um quadro tipo parque mayer sem sás fernandes. passos está a rir-se (com o seu amigo relvas, da situação). e porquê? porque perante a tomada de posição dos rattonistas ele tem na manga três soluções para calar os atrevidos rattonistas. a saber, a primeira é pagar aos pensionistas e aos investigadores com papel tipo (títulos) dívida do tesouro, sem data marcada. fiquem com ele que mais tarde  havemos de fazer contas (dirá). segunda,  pagar às mesmas vítimas com acções bancárias  sujeitas a um imposto a estudar mais tarde... terceira irá jurar em nome de nossa senhora de fátima que vai pagar e cumprir os ditames constitucionais e que os portugueses podem ficar descansados. só que não sabe quando. nesta opção não passa papéis a ninguém. é na base de trinta um de boca. a sua palavra é sagrada. ele é um homem de palavra. e não respondo a mais nenhuma questão!...
 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

no palácio ratton e com cerimonial clássico gritou-se: evoé constituição


retiremos do presidente do tribunal constitucional uma frase discreta por ele proferida à saída do cenário apocalíptico em que a causa pública portuguesa se transformou. senhores jornalistas: não é a constituição que se vai adaptar às leis dos que a fazem, mas sim estas a ela. eh pá, se não foi assim tal e qual foi lá muito perto. desculpem, pois o que interessa é que não fuja à constitucional intervenção do sumo chefe do ratton. o que pretenderam os constitucionais juízes com aquela encenação mediática?  afirmar que eram poderosos ao ponto de colocarem o país a seus pés? obrigaram a "hora" nobre dos noticiários a "esperar" 60 minutos por uma interpretação da constituição quando a poderiam tê-lo feito à tarde. ninguém calcula o quanto custou ao país aquele arranjo tipo comemorações do 10 de junho. paciência. desde que a constituição foi parida pelos desmandos da euforia da extrema-esquerda que ela tem sido torpedeada pela direita. o povo - coitadinho - vota sempre à direita (ps, psd e cds) e tem como arreios uma lei fundamental que é a favor e contra todos os seus princípios morais, ético-estomacais. umas vezes a constituição está aí para servir este e aquele. noutras ocasiões, o vice-versa em verso mayeriano (do parque mayer. invenção minha!). eu esperava (como sou estúpido para não fugir à regra) que os juízes do tc fossem mais discretos politicamente. isto é, à imagem do que fizeram o ano passado aprovassem  o orçamento do psd e arrastadeira. aquilo foi uma atitude mais política do que constitucional, embora a constituição portuguesa dê para tudo. este ano colocaram o psd e arrastadeira de calças na mão. estes vão ter que pagar o subsídio de férias (eu sou um beneficiário desta interpretação...), e mais três inconstitucinalidades que irão custar ao estado falido uma coisa como 1.200.000.000.000.000.0000000... de cêntimos do euro. não conseguem idealizar este quantitativo? eu também não. o melhor é fazer contas como disse para a posteridade guterres - um dos sete sábios das despesas nacionais - quando questionado acerca de dinheiros do estado. estivemos bem entregues... depois foi um tal barroso a quem disseram para fugir de tanga para próximo do banco central europeu e onde lá se mantém para regalo de todos nós. não se pode falar a sério quando este país caminha para a ruína e "guerra civil" e como dizia o outro a orquestra continua a tocar e o terreiro do paço a afundar. vamos trocar esta lenga-lenga por miúdos. a coligação psd-cds comprometeu-se com a troika em equilibrar as finanças públicas para poder continuar a beneficiar de empréstimos externos tendo em conta  o regular funcionamento do novo modelo das instituições. é a única maneira de as regularizar. claro que existe a outra que é utilizada por muitos países, isto é, as dívidas dos países são para se ir pagando. disse-o josé sócrates e toda a gente se revoltou com tal descaramento. mas é o que se passa com as dívidas dos estados. mal este governo de empresários alcançou o poder, começou a tentar dar a volta à sociedade portuguesa, transformando o nosso estado social numa das suas vítimas. e tudo para quê? para que portugal pudesse ir aos mercados e uma nova mentalidade assentasse arraiais. tornar o país competitivo é acabar com o estado social. é a busca incessante do lucro, é apostar nas exportações, é criar monopólios e concentrar a riqueza na mão de uns quantos em desfavor de muitos. a diferença entre esquerda e direita está mais ou menos aí. mas, afinal por que razão não tomamos uma directriz para podermos estar descansados e com objectivos definidos de vivência? porque existe um partido político que umas vezes é de esquerda outras de direita. refiro-me ao partido socialista. este partido tornou-se num muito alargado grupo de oportunistas que umas vezes são empresários outras assalariados. neste momento o partido socialista é de esquerda para logo a seguir mal tome o poder se transformar num liga-liga aos dinheiros do estado: dizem-no alguns tribunais onde socialistas-empresários estão a contas com a justiça por vias de dinheiros. ora, o tribunal constitucional umas vezes interpreta politicamente os orçamentos ora fá-lo à luz do respeito pela lei fundamental. convém repetir: o do ano passado passou pelo crivo constitucional porque os juízes resolveram politizá-lo. o deste ano já foi lido de modo diferente: exigiram o respeito pelo texto constitucional e chumbaram-no. mal comparando,  o tribunal constitucional passou a ser (este ano) uma espécie de governo  de última instância mas com mais sensibilidade social. para o ano, onde vai meter a sensibilidade? de quem será a responsabilidade se deixar de haver quem nos empreste dinheiro para que o estado possa cumprir com os seus compromissos? e se nos tranformarmos numa espécie de cuba como o desejam o pcp e o bloco? sem dinheiro para ordenados, pensões, saúde e etc que são despesas mensais o que é que acham que vai acontecer? ai quem me dera estar em pernambuco  nessa altura! passos gritará do seu gabinnete comercial-governamental: peçam ao tribunal constitucional que vos pague os vencimentos e vão chatear o pároco de santa maria de belém que vos alimentará com homílias e paramentos seus basbaques. será que portugal tem remédio? portugal está doente?
manuel melo bento
nb: evan é um dos muitos nomes por que denominavam baco. para mim o deus mais querido. evoé é um grito de alegria proferido pelas ménades, suas admiradoras. este é um momento de alegria pelo menos para mim que vou receber mais algum que me já estava a fazer falta para os medicamentos. evoé ratton! o pior está para vir, isto é, como vai ser a vingança do comerciante que os patetas dos eleitores escolheram para nos governar? não sei, mas que vai doer lá isso vai. ai que vai, vai!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

se não é banana é crato

ele? eras crato!

 
com o evento passos coelho eleito pelo psd para ocupar a pasta que outrora pertencera a gente tola, meia tola e também discreta, o sentido da cultura, da contracultura, da filosofia  do pensamento liberto, revolucionário e outras tendências que no século XVIII se denominava de o século das luzes foi pelo cano abaixo da casa de banho de  onde dona maria  evacuava o vaso da noite do antónio salazar. passos apresenta-se como um vendedor de carros em segunda mão. sim, sim, alguns são bons rapazes, mas para quem já lhes caíu na lábia que os compre. passos coelho não estava preparado para gerir os negócios do estado que dizem respeito à educação e à cultura. deixemos a cultura para os intelectuais e vamos acrescentar algo que dê para confirmar o quanto de burgesso tem o homem naquela cabeça que há-de ser calva se nenhum capacho não o salvar antes na aparência. na década de oitenta o ministério -  que é hoje chefiado pelo economista crato que gosta muito de matemática - mandou difundir uma norma bastante revolucionária fruto de algum humanismo que nasceu com a queda da ditadura do professor salazar. vejam só o que dizia uma das tais normas: não se devia impedir a passagem de ano aos alunos que frequentavam o lº ano do básico, o 1º ano do ensino preparatório. que não deviam os professores impedir que os alunos transitassem de ano mesmo que não obtivessem aproveitamento. bastava que frequentassem as disciplinas para adequirirem um certificado de frequência que era-lhes oferecido no final do 9º ano. solicitava o ministério para a compreensão dos professores na medida em que o seu poder de seleccionar deveria ser substituido pelo prazer de ensinar. ora, o que aconteceu foi que essa intenção ministerial foi sabotada. centenas de milhares de livros com as indicações de uma nova era foram pura e simplesmente atirados ao lixo. não queimaram os livros como os nazis mas foi parecido. tirar aos professores a faca e o queijo de poder chumbar era demais. o professorado português não é capaz de ensinar sem a autoridade e o medo a incutir nos alunos. não reconhecem no diálogo nem na democracia pedagógica um método. sim, eu sei que houve quem fosse professor a sério. foram muito poucos. sucesso escolar? não sabem responder a esta questão a não ser dizendo que os alunos não atingiram e blá, blá. está uma criança sete anos a aprender inglês e matemática, por exemplo, e ao fim desse tempo todo não sabe falar inglês e tem horror à matemática. os que se safam tiveram explicações por fora... que raio de professores! depois, houve aquela medida que permitia a quem não tivesse estudos viesse a obter equivalência do 9º ano precisando para tal apenas de falar com um professor. esta fala tinha a forma de entrevista. finda a qual  com êxito (não se sabe o que isso significa) o aplicando poderia matricular-se no 10º ano do ensino secundário. se o aplicando quisesse frequentar uma universidade, bastava inscrever-se nos exames para naiores de 23 anos. muitos obtiveram êxito em universidades privadas e nalgumas estatais que estavam para fechar por falta de alunos... hoje em dia há universidades seniores que permitem aos velhinhos tirar diplomas que lhes estavam vedados quando eram novos pois  tinham de trabalhar para poder comer ou por terem sido burros no tempo do rigoroso  estado novo. quer dizer, estas medidas são boas quando as pessoas são bem formadas e querem aprender. mas são lixo se os que a elas aderem têm em mente outro fito que não ser aprender. os que levaram a sério a aprendizagem que o estado facultou aos que dela carenciavam ficaram muito mais ricos. era isso que se pretendia. era criar gente consciente da sua cidadania. isto que aqui refiro só pode ser lido através da  perspectiva de luta de classes. têm direito as pessoas de poderem usufruir de mais educação mesmo que seja pela via da revolução? sim, certamente que sim. é de todo justo que assim seja! como somos um povo atrasado mental e desprovido de racionalidades só nos preocupamos com a forma. daí que ter estudos (que nada mais representam senão um papel para colocar na parede da sala para toda a gente ver) é motivo de orgulho. ah, grandes pacóvios! voltemos ao senhor economista-ministro crato que gosta muito de matemática e que deve ter tirado um mestrado correspondente (acho que li isso há tempos). as universidades privadas e as do estado funcionaram e ainda funcionam como uma casa de gente séria, de gente menos séria e de gente que fode e é fodida para poder ascender no social e não só. como se pode verificar se estivermos atentos. por exemplo, eu quando frequentei a faculdade arranjei uma colega com quem fodia sempre que havia ocasião. nos dias da chica a coisa  fazia-se analmente. depois, ela deixou de foder comigo e foi-se inscrever numa disciplina que lhe faltava do 3º ano. o que é que o cu  tem a ver com as calças. olhem seus bananas, é que ela passou a foder com o professor. mais, foi ele que numa noite de copos mo disse. e passou? acho que sim... uma outra desgraçada foi dar aulas e quando recebeu o certificado verificou que lhe faltava uma cadeira. lá teve que se meter num avião para falar com o professor que se tinha esquecido de dar baixa da nota. ou o filho de puta queria saltar-lhe para a espinha. nunca se sabe... ora no tempo do fascismo salazarista havia um professor de nome dom não sei quantos de almeida. tudo bem. só que o cabrão só dava notas altas às meninas da sociedade. mais, só elas é que eram consideradas por aquele nobre enquanto as outras o dito cujo as tratava como sopeiras. dessas meninas houve uma que chegou  a ser ministra... o ministro crato esquece a independência da universidade. desconfia do exame oral feito por um professor a um asqueroso político. ó crato dos anzóis, se ele quisesse aldrabar não teria pedido ao asqueroso político que escrevesse uma redacçãozinha para meter entre a demais papelada? ó estúpido, quem cometeu a ilegalidade foi o professor e não o aluno. quem me dera a mim ter desses professores que eu lhe chamaria um figo. ai não! e a maioria dos estudantes, o que fariam? não, senhor professor, eu quero fazer o exame escrito. exijo! ora essa! quando o senhor economista crato aparecia na televisão lá de casa a falar para todo o mundo parecia que era um gajo porreiro. uma boa pessoa. agora parece um bufo. vai fazer queixinhas ao ministério público porque o seu colega de estrebaria, perdão de governo copiou e aldrabou  nos exames. falemos um pouco de miguel relvas. ah, se o faço é porque os meus impostos serviram para ajudar a pagar parte do seu ordenado. o homem deve ter lido o que dizia a lei no que diz respeito  aos créditos a atribuir a quem quisesse estudar nas universidades. e como todos os gananciosos capitalistas resolveu açambarcar o mais que podia. leiam a porra da lei e vejam se uma pessoa comete algum crime ao dirigir-se a uma universidade com o fito de trocar fraldas por créditos. ó estúpidos, no tempo do salazar e da sua ditadura pedagógica, poder-se-ia adquirir um doutoramento sem se ser licenciado. e quem quisesse fazer exame à universidade e só tivesse a 4ª classe primária bastava ter mais de 25 anos para se poder habilitar. há uma coisa que o senhor ministro - o crato - deve fazer. calma já lhe digo. o senhor mandou investigar 335 licenciaturas adquiridas na base  de creditação referentes a uma só universidade. e quanto às outras? não vai mandar investigar? é só a lusófona? e quanto aos milhares de diplomas do 9º ano que foram dados a analfabetos? o senhor crato (mostre-me o seu diploma, já agora, para eu o tratar de dr) esteve dois anos a gerir um ministério que desde o 25 de abril só tem metido água. estou lembrado de alunos que puseram o rabo de fora em frente ao ministério. e não tiveram medo de ser enrabados... recentemente houve um incêndio numa universidade. milhares de notas e passagens de ano foram transformadas em cinzas. sabe senhor ministro  crato como é que os responsáveis resolveram a falta de dados? fizeram-no questionando os alunos. meu rapaz, quantas cadeiras fizeste? que notas queres, perdão que notas apanhaste? ah, ah, ah! eu se fosse ministro invalidava todos os diplomas e para ficar de bem com a minha consciência obrigava todos a fazer o antigo exame da quarta classe. eu acho que o senhor ministro chumbava. e sabe porquê? por que lhe perguntariam o nome de todos rios e afluentes de portugal mais as linhas de caminho-de-ferro de angola. ah, e tinha de saber de cor o padre-nosso, a glória ao pai e a avé-maria aquela que é cheia de graça. aluno nuno crato---------não transitou.
manuelmelobento
(só chumbei duas vezes no antigo 5º ano dos liceus. esclareço que chamei asqueroso ao político acima referido porque o governo dele me roubou os meus queridos subsídios)

saída de relvas oxigena passos coelho

teria  passos coelho outra solução senão renovar o executivo depois de ter visto aprovada uma moção de censura por maioria "absoluta" da arquitectura social do estado português instalada por via do voto democrático na assembleia da república? não, não teria, penso eu. renovar o governo e "despedir" ao mesmo tempo o seu braço activo de direita e de esquerda, o ministro relvas, espelhava uma fraqueza tal que se poderia pensar ser passos refém da oposição. portanto remodelar sim, mas como uma pauta de música: primeiro o dó e depois o só, o lá e o si. depois de esmifrar tudo que havia a esmifrar, havia que abrandar a sangria feita ao povo e tirar a teta a alguns falsos empresários que por aí vegetavam à volta do erário público. claro que os comentadores políticos e os líderes da oposição já estão a congeminar das razões pelas quais relvas deu-se a contumaz . vem agora a licenciatura à baila por que não petiscam mais nada do se passou. isto é, a malta do espertanço enfiou o cofió até ao covacho das orelhas e só acerta prognósticos no fim dos jogos. as licenciaturas no actual quadro de equivalências, para quem tem mais de 25 anos , permitem - a quem quiser adquiri-las - fazê-lo através da valoração das suas actividades particulares. está na lei. reger uma casa de fados pode dar uns créditos  que se juntam a outros com o fito de se obter um diploma. eh pá, antes de botarem faladura leiam o articulado da lei. neste momento existem em portugal milhares de mestrados sem licenciatura porque apelaram às equivalências do que fizeram  na sua vida privada. de quem é a  culpa de pelo facto de se lavar o cu aos velhinhos arrecadar-se dois créditos? sabiam que cantar no coro da capela de santa engrácia permite encaixar 23 créditos? estas e outras leis foram forjadas em túneis onde só certas matilhas chafurdam. a questão dos diplomas em portugal está bem lá no fundo da diferença de classes. senhor miguel, faça favor de entrar, não é o mesmo que senhor doutor miguel, faça favor de entrar. ou, senhor miguel está lá fora o seu secretário de estado o exceletíssimo senhor doutor josé de a... era muito chato...em portugal é assim e não é fácil mudar-se a mentalidade da malta. quando se deu o 25 de abril havia um número restrito de doutorados e apenas três universidades. passados meia dúzia de anos havia tantos doutores quantas ratazanas se passeiam nas condutas de água da cidade de nova iorque. e tantas universidades como chatos teria a madame blanche. as universidades precisam de doutorados para poder sê-lo. onde os foram arranjar? cá dentro, pois claro. para se poder criar uma universidade só é preciso ter dinheiro e este compra tudo. resultado destas facilidades culturais? eh pá, preciso de ti para leccionares a cadeira de epigrafia. olha que eu já não petisco nada disso e como sabes eu até chumbei. não interessa. amanhã no meu gabinete. o amigo entrou pela porta da nova universidade da parte da manhã. à noite estava a defender uma tese de doutoramento e na manhã seguinte dava aulas como catedrático de análise textual no contexto sociológico da política medieval. amigos atribuíam doutoramentos a amigos. e lembrar-me eu que chumbei um ano inteiro por ter afirmado a um professor fascista que a idade média foram 10 séculos de escuridão e que a igreja era reaccionária. o filho de puta fez-me perder um ano de estudos. e eu que queria vir a ser dr. que penina. a questão é simples. os idiotas que tomaram conta do país puseram-se a imitar países civilizados e vai daí é o que se vê. o que se devia fazer era permitir-se dar equivalências como a lei sugere mas que estas fossem transparentes. por exemplo: o senhor miguel é licenciado, mas tem que apresentar o certificado sempre que solicitado. e as  suas cadeiras foram: descascar cebolas durante dois anos equivale a 10 créditos em discurso político. tomar duche todos os dias ao longo de dez anos teve direito a 35 créditos na cadeira de estudos antroplógicos no interior da península ibérica. ter passado a ferro as suas camisas durante 15 anos deu direito a 50 créditos na cadeira de estudos esclavagistas no período do estado novo. sim senhor, é licenciado nos termos da lei. mas haverá dúvidas? este é o espírito da lei meus grandes palermas. ou acham que o homem sorria imenso para os bananas que o interrogavam sobre as equivalências porque era tolo? imaginemos que o conselho científico da tal universidade (isto é uma invenção não vá algum filho de puta pensar que  estou a querer mamar com ele e me peça uma idemnização) era composto por homoxessuais e que eu tinha pedido uma equivalência a um doutoramento (também está na lei, seus bacocos) em motricidade ambivalente e que apresentara como provas a serem equiparadas o facto de ter levado no cu durante 20 anos. e depois, era doutorado. mas havia alguma dúvida? está na lei! sou eu quem deve ser questionado ou quem me deu as equivalências? está na lei a apreciação subjectiva. meus senhores, ser-se diplomado, nos dias de hoje, não serve para nada. isso já foi chão que deu uvas. quem é o empresário que vai escolher os seus colaboradores se não lhe pregar pelas fuças com testes a confirmar as tais competências certificadíssimas? senhor doutor? sim, sou eu! mas o senhor é doutor porque esteve durante 20 anos a levar no cu! mas sou doutor, seu serviçal invejoso! estou a lembrar-me de  certa vez que um advogado teve que consultar um ex-contínuo de uma escola que conhecia a lei das colocações de trás para a frente porque da área nada petiscava. senhor contínuo josé, pode dar-me a posição do professor sebastião m. a. no despacho correspondente? sim senhor doutor, é para já. deixe-me estudar a questão para lhe dar uma resposta rigorosa. assim respondeu o contínuo que tinha passado a vida a compilar as leis do ministério da educação...
socorro luíz pacheco!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
manuel melo bento 
ps: enquanto o eunuco cds amparar esta política empresarial de passos coelho que governa a mando dos seus patrões, enquanto o anódino cavaco silva estiver em belém , enquanto este povo mostrar provas de fraco racionalismo, iliteracia e misticismo, portugal será sempre um seringueti onde o mais forte decide a seu favor qual a peça da caça que abocanhará.