sábado, 30 de janeiro de 2016

será que quando marcelo rebelo de sousa desaparece dos écrans dos televisores alguém o pensa como chefe de estado?

como político marcelo rebelo de sousa não é conhecido para a maioria da população. como vamos descolar da figura de ótimo comentador televisivo para o de presidente da república a quem se exige uma fala de compromisso e de intervenção? esta última no quadro do texto fundamental que jurará defender quando tomar posse,  como anunciou durante os debates a que foi obrigado a participar, já que nos passeios ludo-promocionais só distribuiu sorrisos e beijocas. mas com muita classe, diga-se em abono da verdade. ora, quem defende com unhas e garras o direito do povo trabalhador expresso na  constituição são o partido comunista e o partido  bloco de esquerda. marcelo presidente irá negar o que disse nos debates e que toda a gente ouviu e viu nos quais afirmou que iria defender a constituição? das duas uma, ou alinha com a extrema esquerda ou dá o dito pelo não dito. bem, existe uma terceira via. a via que usou quando comentador. que era assim como que uma interpretação do clima.  uma espécie de boletim meteorológico. assim tudo se perspetiva para termos um presidente estranhamente de esquerda ou um presidente meteorológico. aguardamos que fale, mas fale como presidente eleito. faz-nos falta o seu discurso. domingos vazios será o que nos espera de futuro. vazios de pensamento e comentários agradabilíssimos. amado marcelo, o povo aguarda por si. calma! calma! não como dom sebastião e o seu nevoeiro aterrador, mas um desanuviador de maus agoiros.
mmb

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

se o governador do banco de portugal, o senhor carlos costa, tem razão no que disse estamos perto do colapso da banca portuguesa

disse o senhor carlos costa que se o banif não fosse vendido no fim de semana corria-se o risco de na segunda-feira não haver dinheiro para responder a uma putativa  corrida dos clientes ao banco. é que, disse ele: só num dia os depositantes  tinham  levantado 900 milhões de euros. quer dizer que o senhor governador pôs-se a adivinhar o que aconteceria dois dias depois. bruxo! isto é, que o banco ficaria liso. que não haveria almofada (não a almofada de olympia. querias, não?) para deitar e acomodar os desgraçados do costume. com este cenário, e para evitar males maiores, toca a vender o banco aos espanhóis. todos ficaram contentes. até as vítimas do costume estão como que anestesiadas pois já não reagem quando lhes é dito que vão ser eles a pagar o buraco. depois de a coisa estar arrumada há que ir responder às comissões parlamentares. e depois? eh pá, parece que vão todos tomar café não sem antes louvarem muito a economista mariana mortágua, símbolo da agora juventude política nacional. vamos agora falar a sério. depois da intervenção do senhor carlos costa a banca portuguesa ficará sujeita a ser   saqueada de um momento para o outro. o que aconteceu ao banif pode acontecer a qualquer banco português. nenhum banco, nem o banco do estado está livre deste tipo de ataque.  e o pior é que se seguirmos o raciocínio do senhor governador toda a banca está sujeita a cair nas mãos de espanhóis ou outros estrangeiros por estar indefesa perante estas armadilhas. uma vez que não há saída possível  isto serve tanto para a banca em geral como para o banco do estado. esta é a forma legal de destruir um país que luta para manter a sua independência. se isto não é o fim da picada, então é o princípio de algo muito perigoso. tenham muita atenção ao que diz carlos costa, que parece ser quem mais percebe da poda, já que cai banco hoje, cairá banco amanhã,  ele mantém-se  sempre onde está e pronto a dar explicações. sobretudo, repito,  à deputada mariana mortágua, que é quem  melhor tratamento teórico dá  aos despojos da portugalândia. o ponteiro já está no vermelho. o que quer dizer? que portugal pode gripar.
varett
ps: diz-se que o banco espanhol ganhou em 48 horas à volta de 300 milhões de euros com este negócio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

políticos e políticos ldª. - funerais sem música

a paulo portas cheirou-lhe a camelo (1) ; a manuel alegre vingança, a jorge sampaio a ocaso. quando jorge sampaio se autoproclamou de candidato presidencial em 1996, o partido socialista ficou encostado à parede e acabou por ter de o apoiar para não desagregar ainda mais  as hostes socialistas já de si a contas com um passado de derrotas com as quais teve de conviver. estávamos a viver no tempo logo a seguir ao cavaquismo glorioso que encheu portugal da maior epidemia de obras públicas de que há memória. jorge sampaio fez nome no tempo da ditadura. pertencia à média-alta burguesia o que lhe facilitou em muito a sua vida como oposicionista. nesse tempo, o estado novo só ficava muito zangado com comunistas que estavam muito bem organizados e eram quem detinham mais créditos de entre todos os opositores. aos outros jovens que brincavam a grupos extremistas, o estado novo dava-lhes umas estaladas e palmadas no rabo, mas deixava-os estudar e formarem-se. j. sampaio aprendeu e muito de política mas longe do perigoso e assumido pcp. após o 25 de abril meteu-se por engano no mes (movimento de esquerda socialista). daqui salta para o ps onde   estagiou.  chegou a presidente da câmara de lisboa onde esteve perto de dois mandatos. quer dizer que ainda hoje se entretém a intervir na política como cidadão de esquerda. há pessoas mesmo depois de entrarem na terceira idade não deixam adormecer o bichinho da política. foi por isso, que mais uma vez intervindo contra as linhas indefinidas pela direção política do partido que lhe deu a mão, apoiou a candidatura de sampaio da nóvoa à presidência da república. este país tem políticos que mesmo  arrastando-se alquebrados pela idade nunca desistem de estar calados. mas que vício é a política! depois vem manuel alegre. um poeta da política. um senhor que às vezes se ofende e que confunde o interesse geral com o interesse pessoal.  o valor de manuel alegre é histórico e não está em discussão. alegre esperava que o partido não se esquecesse dele. o ps por vezes faz orelhas moucas aos seus apelos. e ele zanga-se com isso. ao apoiar a católica maria de belém estava a dar sinal a antónio costa do seu desagrado. tanto m. alegre quanto j. sampaio, hoje, não passam de uns fósseis à beira de serem integrados no museu da história. deviam estar em casa a gozar aquilo que o país lhes deu e que certamente merecem, na ótica de alguns, claro. finalmente paulo portas: homem, intrinsecamente político, percebeu que teria de sair antes que o cds, que ele criou à  sua imagem,  se esfumasse. ora, a desculpa que deu não pega. se compararmos portas com o prof. cavaco verificamos que os 16 anos de atividade política de portas não chegam aos 21 anos de cavaco. político manhoso fez uma retirada estratégica aproveitando um falso apogeu circunstancial. apogeu  esse que dá pelo nome de vitória de marcelo a quem se colou descaradamente ontem e anteontem. destes três políticos que aqui são incluídos como perdedores só ele, paulo portas, terá vida e necessidade para voltar a matar o vício.
(1) - animal que ajuda muito a atravessar desertos
. amanhã, escreverei sobre a atividade política de passos coelho  que interessa ao país e que neste momento se encontra entrincheirado com a sua tropa a estudar a reformulação do discurso político com que irá enfrentar a nova política apregoada por sampaio da nóvoa e que o prof. marcelo irá materializar.
mmb

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

a esquerda é estúpida? com toda a certeza. sou eu que o afirmo e já vou justificá-lo.

já todos perceberam que marcelo rebelo de sousa vai ganhar as eleições. e vence-as porque a esquerda é estúpida de mais para entender que tinha  de se unir. praticamente em cima das eleições aquele que oferece mais possibilidades para derrubar marcelo é sampaio da nóvoa. e por que não afetará a maioria que a direita tem como garantida e lhe trará a vitória? porque os votos  da esquerda estão distribuídos por candidatos e candidatas que não têm o mínimo escrúpulo em colocar os seus interesses pessoais ou de grupo a que pertencem acima dos interesses da "pátria ideológica" que defendem ou falsamente fizeram crer que defendiam. as duas mulheres desta campanha que são defensoras acérrimas do texto constitucional  poderiam dar um golpe fatal nas pretensões de marcelo se desistissem em nome de nóvoa. marcelo iria à vida ou voltaria ao comentário heterodoxo. justificava-se a união da esquerda? sim, neste caso da eleição para o mais alto magistrado da nação, porque está em causa a independência nacional. cabe ao chefe de estado fazer cumprir a constituição e não andarmos sistematicamente a lamber o rabo aos europeus deturpando-a. a constituição, diferentemente do que fizeram os partidos que nos diminuíram  perante o mundo, impede que rastejemos como subespécie humana perante a europa elitista e xenófoba. era, de fato, o maior volte face jamais realizado no portugal democrático. tempos houve em que um candidato de nome arlindo vicente desistiu em nome do combate contra o fascismo português. era o candidato à presidência da república da frente democrática nacional que era composta por comunistas e gente de esquerda. grande lição de unidade. arlindo desistiu para reforçar a candidatura de humberto delgado. uma verdadeira lição de patriotismo. que interesse têm os atuais candidatos  menores de esquerda em serem derrotados - como se prevê - nas urnas prejudicando a votação em sampaio da nóvoa, o único com possibilidades de derrotar marcelo e a sua direita unida? não incluí a candidatura do ex-padre edgar porque o pcp não se aguenta com certas tomadas de posição. o pcp tem medo de desaparecer. ah, e não pode pactuar com nada modernaço sem pedir autorizaçaõ à cgtp. enfim, os reacionários são mais inteligentes e isso pode ser comprovado.
mmb
nb: tino de rans, henrique neto e cândido são socialistas...

almeida santos não morreu sozinho. parte do ps foi incinerada com ele.

almeida santos foi um legislador que se distinguiu por ser um dos responsáveis mais visíveis na construção da democracia burguesa que infestou o país. a burguesia nacional faz-se representar nas urnas através de 80% do eleitorado. toda a política se faz à sua volta. a legislação que surgiu da sua pena pecou por ser sustentada por um portugal  que só existiu sob o domínio da ditadura militar a quem salazar deu corpo político. a legislação nacional está voltada para um erário público que não existe. e se aparentemente dá sinais de vida isso deve-se a sistemáticos truques pseudo financeiros que começam nos empréstimos de outros estados capitalistas e  se distendem nos ataques regulares aos contribuintes. nesta campanha, uma parte desengonçada do partido socialista fez-se representar por maria de belém roseira. esta liga de amigos a quem ela aparentemente é cabeça foi despojada de futuros tachos quando antónio costa despejou antónio josé seguro da chefia do segundo  maior partido português. costa que não é parvo sabia que tinha criado inimigos dentro de casa. forneceu-lhes terreno para eles darem a cara e eles aproveitaram para se impor. apresentaram-se nestas eleições como uma potencial força política. ao mesmo tempo, como não quer a coisa, parte do ps, que se impôs no parlamento, cozia a lume brando uma espécie de candidatura de substituição preparada para  perder  com dignidade e honras de esquerda, dado que o único candidato que servia a esta gulosa  burguesia socialista  seria o simpático e acessível professor marcelo. (acessível? talvez se enganem). com o derrube mediático e respetivo esvaziamento político  de maria de belém roseira e da liga composta pelos seus apoiantes mais chegados percebe-se que ambos irão acompanhar o finado almeida santos no seu ocaso. o atual ps fica limpo, mas muito diminuído. tudo são estratégias de uma grande empresa de limpezas a seco.
mmb

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

empresas e bancos criminosamente protegidos por regras e leis cozinhadas pelos nossos queridos deputados caçam contribuintes como quem atira aos patos


empresas de telecomunicações que operam com telemóveis, companhias de gás, eletricidade e bancos obtiveram da assembleia da república leis de proteção  que até escandalizam o mais empedernido traficante de drogas. a assembleia da república e os seus deputados permitiram que os contratos escritos e assinados com operadoras de telemóveis, por exemplo, por dois anos, possam algemar e manietar os contribuintes que com eles se comprometeram. acabado o período de fidelização, o assinante tem de percorrer um calvário a fim de terminar com o compromisso que por sinal já se encontrava finalizado. companhias de eletricidade, gás e bancos são outros tantos protegidos e perfilhados pelos nossos deputados de uma forma escandalosa. tempos houve que faziam parte desta cáfila as companhias de seguros. o que se passou então, para que fosse alterada a forma de pôr  termo aos contratos? não se sabe, mas no labirinto do crime político ouve-se que aquelas irritaram um certo político. por isso, estimada leitora, é que se deixar de pagar o prémio do seguro não lhe acontece mais nenhum embaraço e pode tomar outra seguradora mais simpática e mais baratinha. de repente, o contribuinte encontra-se no patamar dos penhorados. mais, até as contas bancárias lhe ficam congeladas por causa da merda de uma dívida àqueles bandidos. noutros casos vão-lhe ao dinheiro depositado na sua conta bancária sem lhe pedirem satisfação. pode? ai pode pode. a mais decente companhia é a de águas de lisboa. se não pagarmos a tempo e horas é-nos concedido um certo prazo e dois avisos antes de ficarmos sem sopa. do mal o menos. no outro dia fui a uma espécie de vidente. sabem o que me disse? que no nosso país ia haver uma revolução vermelha. acho que de sangue replicou. deve estar maluca. não sabe nada de história. então, não foi o nosso  querido rei dom carlos que disse que éramos um país de bananas governado por sacanas? viva o rei! viva! todos os sacanas para a cadeia já. eh pá, também não é assim! acho que deviam todos ser penhorados. deputados penhorados já! e porquê? porque ofenderam a lei de deus e deus castiga os homens maus através dos homens menos maus.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

edgar silva voltou a surpreender pela positiva. ele que até já me tinha chateado antes com bocas pré- litúrgicas.


a rtp reuniu os nove  presidenciáveis para os voltar a pôr à prova perante o juízo do país..    faltou a católica maria de belém (penso que fez mal. questões de estado não se compadecem com sensibilidades privadas). edgar silva foi o único que melhor interiorizou e difundiu com clareza  a ideia de um estado cumpridor  e qual o papel que cabe a um  presidente da república.  o prof. marcelo  sobre o mesmo tema foi muito técnico. está sempre a dar aulas ou a comentar. esteve bem. em geral as intervenções de todos os candidatos tiveram nível médio, à exceção de edgar que foi senhor da melhor prestação. não esperei que atingissem uma quase participação pedagógica porque as campanhas descambam sempre para interesses nevoentos . sampaio da nóvoa quer chegar a presidente escanchado nos ataques a marcelo. ainda não percebeu que está a imitar o dr basílio horta  quando se debateu contra o dr. mário soares e que por isso perdeu as eleições. é um homem limitado. falta-lhe algo.  marisa matias irritou-se contra o tribunal constitucional e com os oportunistas que pediram uma reforma depois de 12 anos de trabalhos extenuantes... o que é que isso tem a ver com uma candidatura presidencial? marisa deslocou temas que deviam   ser tratados na assembleia da república para esta campanha. foi populista. lei é lei e quem a aprovou foram os deputados seus colegas de profissão. por que razão  também não levou para este debate a questão das colheres de prata que custaram ao erário público 200.000 euros e que servem para levar paparoca à boca  de uns quantos comilões? estão a empurrar o futuro presidente para uma espécie de polícia de trânsito dos antigos. vitorino silva já nos habituou a uma linguagem muito lúcida. a plateia gosta dele.
mmb 

quem diz para onde vão os dinheiros arrancados ao povo?


um pequeno exemplo para que possamos compreender onde estamos e porque estamos entalados por esta política que assentou entre nós arraiais após a queda da ditadura carmona-salazar-cerejeira: o petróleo está a 30 dólares o barril e quando os automobilistas vão encher o depósito das suas viaturas ficam a saber que a gasolina baixou 2 cêntimos. quando o petróleo estava a 110 dólares o barril também havia descidas "significativas" de 2 ou 3 cêntimos. o que se passa? que gente é esta que governa em nome do povo? bom, vamos com calma! esta democracia estruturou-se de tal maneira que organizou o escoamento dos dinheiros públicos de maneira legal. é preciso pagar as despesas faraónicas de três órgãos de soberania, do tribunal constitucional, das administrações de tudo que ainda tem o estado como parceiro maioritário, etc. no caso da gasolina não é possível baixar a tributação aplicada por que é preciso manter alguns organismos que não tendo utilidade social acobertam uma classe de servis sicários dos partidos. estes sem esta classe não se aguentam porque precisam de muito dinheiro para alcançar o poder e manterem-se nele. os impostos sobre a gasolina atingem a bonita soma de 60%. ora baixar o seu preço diminuiria a entrada de fundos para o erário público. assim, o estado através de lacaios especializados no contato com os contribuintes mente. os intermediários ficam também satisfeitos por que ficam também sempre a ganhar. só quem empobrece é que não. sempre que se cria um novo imposto, o estado desenvolve um organismo onde encaixa  os seus agentes. no caso filiados de partidos que acabam por ser eles próprios parte do estado. este paga-lhes o sustento milionário. esta gente instala-se nos postos dirigentes dos organismos do estado sem terem de prestar provas.  ninguém faz a menor ideia só o que pagamos em viaturas e motoristas a esta elite. esta gente assinou um pacto para toda a vida. não há na natureza maior parasita que se lhe compare. a assembleia da república só para fazermos uma pequena ideia de quanto nos custa verificámos que em 2010 ela gastou 192 milhões de euros. alguém fará a mínima ideia de quanto custa, por exemplo, as administrações dos hospitais sem contar com médicos, enfermeiros, auxiliares, etc.? ah, e fora os doentes... qualquer coisa como 456 milhões de euros. quer dizer vive-se de pernas para o ar. o estado faz-me lembrar aquela instituição de caridade que recebeu um milhão de euros para levar a sua missão a bom termo. pergunta-se, quanto recebeu cada pobre? nem chegou a 10 euros e duas embalagens de massa italiana. porquê? porque só o presidente ganha 80 mil euros/ano, fora o motorista e as viagens em classe executiva. gente que trabalha na administração, renda de edifício bem situados em zona de luxo, custos de manutenção de várias viaturas, pessoal administrativo. ah, e vice-presidentes que até usam cartão para compras, despesas com refeições, etc. está exagerado?  tudo isto não passa de uma recolha de bocas soltas. é por esta razão que não as certificando não as nomeio. mas que viagens em classe executiva lá isso acontece regularmente. são feitios. se a autoridade tributária pretender saber o que se passa com estas instituições de fazer bem ao próximo é só bater-lhes à porta. as escritas são também segredo dos deuses. não contentes em esfolar a população com impostos cada vez mais pesados, as nossas autoridades descobriram que através do jogo e da batota conseguiriam arrancar mais umas gotas de sangue. não podemos abrir telejornais sem que nos metralhem com apelos à batota dos tefonemas 760.www.xxx. depois, não há taberna nem café que não apresente todo o tipo de jogo. e se um parolo consegue ser premiado lá terá de pagar uma enorme taxa. até a prostituição paga iva através de anúncios na press. este povo até que perceba que deve pedir contas a quem lhe pede o voto vão passar muitos anos. entretanto o futebol existe para alguma coisa. que deus salve a rainha! perdão, que salve o rei! perdão, que salve o presidente para que ele possa viajar por esse mundo fora a vender santinhos, calçado e mão de obra universitária. tá!
varett

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

a tia orense e marcelo rebelo de sousa



tia orense:
isto é lá eleição  presidencial. isto é um referendo a marcelo!

sábado, 16 de janeiro de 2016

exames - parte II (o que penso deles)

a quase totalidade do que se aprende nas escolas é treta. a estrutura do que se ensina tem a marca da catedral e dos mosteiros. fizeram a sua época mas presentemente não têm a utilidade que se apregoa. o mundo da informação é outro. mudar isso criaria um vazio se não se construísse um alternativa. por exemplo, ensina-se a língua inglesa durante 6 anos. depois os resultados são um verdadeiro desastre. poucos saem da escola dominando-a. que perda de tempo. e a  que prisão estiveram as crianças sujeitas, minha nossa! fechadas entre quatro paredes anos sem fim e  sem terem cometido nenhuma espécie de crime. depois vem geografia, a mistela da história que não passa de um misto de invenções e de politiquices. a matemática que é importante saber-se é dada em moldes desajustados. a maioria não adquire aproveitamento.  língua pátria em relação aos resultados é outra maravilha. salvaguardando os filhos de uma burguesia interessada em desenvolver os filhos a um nível superior de formação o restante complexo de estudantes  não passa de mediocridade diplomada. tudo o que aqui se disse está em relação com a escola de hoje, porque a velha escola regia-se por normas mnésicas. era ouro sobre azul dado que a maioria da população nem sequer sabia ler ou escrever. era a época dos senhores doutores que tudo sabiam. toda a gente pensava assim. nada mais falso pois as montanhas de patranhas que ,metiam na cachola desapareciam pelo mesmo canal onde tinham entrado. a aprendizagem tinha de ter continuidade senão esfumava-se.  com as alterações  políticas que se deram por toda a parte, isto é, o povo avançou para a escola para aprender e vir a ser alguém. com certeza, tinha esse direito. mas de que serviu essa decoradeira senão para se alcandorar socialmente? criou-se uma sociedade inútil mas diplomada. ok, se diplomada que utilidade? pouca ou nenhuma utilidade para além de preencher o que ia vagando pelas reformas dos mais velhos. depois disso a sociedade entupiu. os letrados e os diplomados tiveram de emigrar como antigamente, só que desta vez levavam um diploma debaixo do braço. esses diplomados vão trabalhar em profissões para as quais adquiriram os conhecimentos no país? não! salvo raras exceções o resto vai cobrir falhas em vagas de empregos de categoria inferior. as enfermeiras portuguesas, por exemplo, na inglaterra, apanham lugares nos hospitais porque as inglesas já se deixaram disso. limpar o rabo a estrangeiros, está quieto dizem as bifas. elas almejam outros altares. há, de fato, gente em lugares chave. podem-se contar pelos dedos. não esquecer que os ingleses também são burros para muitas coisas e podem ser ultrapassados por gente estrangeira e de elite. também a temos. vamos pois num trabalho a seguir tentar propor conteúdos novos para o ensino público. para já, é preciso perceber para onde aponta a lei de bases do sistema educativo. um dos objetivos é formar cidadãos. então, que disciplinas estão vocacionadas para tal? que eu saiba religião e moral. caricato, mas é uma realidade. criarem-se disciplinas que preencham esse vazio é necessário. mas isso é politicamente perigoso. veja-se, por exemplo, o que diz respeito a impostos. se não fossem as falcatruas na banca e nas ppp que fizeram com que os governos  assaltassem a nossa bolsa  e destruíssem o tecido laboral ninguém tinha a mínima ideia de como o nosso dinheiro servia uma quadrilha de bandidos que não respeita os dinheiros públicos. qual é o povo que quer como seus governantes pessoas que ajudam a empobrecè-lo permitindo que seja sistematicamente roubado? um povo que aprendeu rios e afluentes, batalhas inverosímeis e rainhas santas. um povo ignorante que se esquece (não sabe nem sonha) que é quem paga a escola para ricos, hospitais para elites, frotas de carros com motoristas a uma corja de nababos. banquetes e viagens  a uma classe que perdeu toda a compostura e dignidade... acho que nunca a teve. saber o que se passa com os impostos desde os bancos da escola e saber como empregá-los da melhor maneira; saber por que os pobres fazem filas de espera para serem tratados nos hospitais que sustentam com os seus impostos; saber por que razão os desfavorecidos apresentam uma taxa de insucesso nos estudos da treta e saber a razão de raramente atingirem lugares cimeiros em empresas que estão dominadas pelos criminosos sociais, etc. um povo - que frequentasse  uma escola verdadeiramente social, ao ver um nababo a passear numa viatura oficial do tipo  topo da gama e que se dirigisse   a um banquete que ia ser  pago por ele povo - certamente que rugiria como um leão. e creio que até daria em si dentadas no céu da boca tal era a fúria com que reagiria a tão grande desfaçatez. nenhum governo burguês se atreve a mudar o rumo da aprendizagem, pois ela iria criar cidadãos conscientes. isso seria um perigo. o fato deste ministro de educação ter acabado com alguns exames sem antes ter reconstruído a escola só denota que devia aprender a fazer pão porque era certamente mais útil.  não é assim que se trabalha com as mentalidades. há todo um percurso a percorrer. não o fizemos durante os últimos 40 anos porque ainda sofremos com o tempero da pimenta. e depois? comecemos agora e coloquemos na constituição a alteração que possa permitir sairmos do cu da europa nem que para isso necessitemos de mais 40 anos. mas coloquemo-la de modo que nem tão cedo a burguesia exploradora possa alterá-la de novo a fim de ter criados para a servir.
mmb

exame é uma questão social. a sua extinção na prática mais não é do que destruir barreiras entre as classes

quem defende que o ensino deve ser testado por meio de exames, defende a separação de classes sociais. não é fácil explicar como é que ela se dá. vou tentar. supúnhamos que entram para o primeiro ano do ensino básico maunel serafim e jorge crato. o manuel chega pelo seu pé no primeiro dia de aulas, enquanto o jorge  vem acompanhado pela mãe que até entra no edifício escolar para cumprimentar a professora. manuel habita uma casa com os pais, três irmãos e uma avó. um apartamento social com três divisões acolhe-os. cresceu brincando com os irmãos tanto em casa  quando os pais estavam no trabalho como no parque infantil que a junta de freguesia construiu. o pai operário e a mãe empregada doméstica pouco lhe ensinaram. a sua escola doméstica dividiu-se pelo que assistia na televisão e pelo que via os irmãos fazer. às vezes as brincadeiras acabavam  à chapada e ao sopapo. por acaso o pai não era homem de copos. tinha o vício do benfica.. muitas vezes batia na malta para impor silêncio. uma dessas vezes foi quando  na tevê o benfica estava empatado com o estoril. jorge crato tinha só uma irmãzita. cada um tinha quarto próprio. uma empregada doméstica diária limpava e cozinhava para eles. jorge aprendera a tocar piano muito cedo e sem ser um virtuoso levava muitas palmas em dias de aniversário. a mãe, médica, trabalhava só no setor público, enquanto o pai, engenheiro, desde que se filiara  ao centro já comia uma direção geral também no setor público. agora vou apelar à inteligência da minha leitora e alguns ameaços... passados 18 anos deparamos com o manuel serafim formado em medicina com uma carreira meteórica pela frente. também se filiou num dos do centrão e a coisa promete. um tio que é também seu padrinho é diretor clínico, etc. quanto ao  jorge crato, fomos encontrá-lo a servir à mesa num restaurante da beira rio. os pais, o senhor engenheiro, e a mãe, a senhora doutora, estão encantados com o jójó.  trabalhador incansável, até está a pensar na compra de um apartamento. só aguarda que a namorada arranje emprego fixo para que o banco lhe permita um empréstimo. dava para escrever a sério sobre esta questão mas era atirar pedras a porcos. e eu vou comer umas frutas e papar uma hora depois uma sopa de legumes aconchegada com um queijo fresco que eu faço sem que ninguém saiba. beijinhos a quem quer os exames para separar a ralé de gente que é gente. ora porra!
ps: nada a declarar pois sei que há gente que ainda raciocina. e este texto embora liofilizado aponta minimamente para o céu. dos ingleses, está-se mesmo a ver!
mmb

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

e se marcelo não tivesse concorrido?

depois da vitória escassa e imprópria  que fez expulsar o psd do centro do poder e dos negócios do estado, o aparecimento de marcelo na corrida presidencial foi uma bomba de oxigénio que serviu para dar vida assistida a passos e por conseguinte ao cds. e se marcelo se tivesse mantido como o comentador adorado pelos milhões de portugueses e se estivesse a marimbar para peregrinar por este país dentro levando a palavra pró-belém?  teriam certamente ido buscar como bandeira substituta rui rio que apesar de político de média  província poderia ter-se universalizado na campanha. os seus pergaminhos ajudar-lhe- iam. teríamos uma campanha tipo combate entre  campeões. rio teria como tarefa principal bater em sampaio da nóvoa e se maria de belém também estivesse na corrida aos pasteis ele ver-se-ia obrigado a entalá-la também.  então teríamos uma pequena guerra entre galos e galinhas de segunda divisão. deve-se a marcelo o fato de haver mais público atrás dos atos destes apóstolos da palavra. marcelo é um reacionário de direita mas um reacionário que convive bem com todas as ideologias que aparecem ou venham a  aparecer. é educado, aristocrata, culto sem profundidade geral mas especialista em direito. estou a vê-lo a examinar alunos tendo a seu lado um extremista-oportunista-político que da parte dos estudantes supervisionava tudo. um mrpp de topo e oportunismo do tempo do 25 de abril. uma espécie de pide de esquerda. é acusado de ser contra o aborto. mas se o homem é um crente fiel a roma, o que esperavam? marcelo manteve-se reacionário mas sendo muito aceite pela simpatia que consegue distribuir quando fala com o rosto e com as mãos. até no futebol ele inventou um partido-clube de segunda dimensão para não criar atritos e  poder ser amigo de benfiquistas, sportinguistas e portistas. não dá para ser importunado.  querido marcelo! até hoje, não pode ser confundido nem com cavaco da silva nem com o outro marcelo de quem é afilhado (julgo). bem, no caso de rui rio ter ido às urnas era de prever que ganhasse as eleições porque dividiria a sociedade portuguesa outra vez em duas fações antagónicas. os bons e os maus historicamente retratados.  rio viria para reacender a velha luta entre governo e presidência.  homem de causas e de coração aberto aguarda um segundo chamamento. penso que vai voltar à ribalta mais cedo do que se pensa. com rio nesta putativa campanha que papel teria por exemplo o padre que acumula o missa est  com marx à che?, uma espécie de berro das sacristias. rio dar-lhe-ia resposta adequada com um padre nosso de outro vigário. já com sampaio da nóvoa rio estaria a consultar a wikipédia para encontrar algo de político no candidato que fora professor de mérito mas que viveu incógnito. algo com que pudesse "dialogar". estaríamos  perante uma presidência - caso nóvoa ganhasse - com saraus dançantes acompanhados de música de câmara. nos intervalos recitar-se-ia molière  e byron. ah, e já agora schiller.  não conheço nenhum deles, mas fica bem citá-los. com maria de belém, rio não se  predisponha a guerreá-la porque é um homem educado para com as senhoras. o mulherio ainda não está preparado para ser governado por uma do seu género. ele sabe-o. quanto à pregadora das piropoleiras, rio dar-lhe-ia terreno. o que ela quisesse. é tudo muito bonito mas cada um dos pequenos partidos adquire a sua cota do eleitorado e pouco mais. dos outros candidatos, rio esperaria pelas graças do tino de rans e faria dele um seu protegido. dá sempre votos a caridade. henrique neto estaria como peixe dentro de água pois ninguém  o incomodaria devido à sua proveta idade. rio é um respeitador! jorge sequeira continuaria a puxar da carteira e a mostrar que tem pouco dinheiro. se tivesse mais dinheiro vivo ainda nos levava a sítios pedaços de mau caminho como canta o marxista das cantigas contra os ricos. o outro candidato (que me perdoe a ausência do nome) fala bem e diz coisas atinadas. não vai longe porque aparece sempre no televisor e como não  desloco este ele fica sempre onde está, que campanha seria esta sem marcelo senão uma pepineira. 
mmb

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

falsa partida de sampaio da nóvoa transporta-o para um clique imaginário.

sampaio da nóvoa já não se desloca sem a sua corte. elementos desta, uma vez questionados pelos ocs, têm metido água a bordo. a última foi a boca de eanes que devia ficar em casa e não estar a meter-se por caminhos onde a idade já lhe dificulta o andar. comparou cavaco da silva (a quem deu o seu apoio nas últimas presidenciais) a sampaio da nóvoa. ressalvou uma diferença que não soube explicar. belo apoio! depois, nóvoa disse que antónio costa o iria apoiar à segunda volta; explicando que o primeiro-ministro avançou com esta boca publicamente. logo em seguida a ter empurrado costa para uma fuga rápida deste fosso onde está tudo inquinado, nóvoa declara que não haverá diploma provindo da assembleia da república sem ser passado a pente fino. se isto não denota um paisano a usar lanços de escada em vez de carregar nos botões de elevador, eu vou ali aos pasteis de belém e já volto com uma dúzia deles. costa deve ter-se lembrado de marcelo. e lá por dentro dos neurónios suspirado. nóvoa está a receber instruções e aconselhamento que se estão a fazer notar pelo modo como está a compor o cenário verbal e paisagístico. está a dar a entender que é ele quem vai enfrentar marcelo na segunda volta. está confiante. de fato, tem resultado, pois maria de belém está a sumir-se. belém está sozinha. bem, está com alegre, o que não deixa de ser um ótimo flash publicitário. mas quem é hoje manuel alegre? os fósseis sabem-no. isto é palpável. bem, marcelo, nóvoa e belém vivem de certezas que só o serão se o poveco assim se resolver expressar a 24. em segundo plano, o mais lógico será paulo morais no ataque à corrupção. constata-se que portugal é um país de corruptos. mas quem os quer ver na prisão de modo a assumirmos um país limpo? em portugal é cada um por si. a corrupção atingiu escalas assombrosas a ponto de estarmos entregues, como economia, a fundos estrangeiros. por curiosidade, não assistiram ao programa de ontem em que medina carreira e judite santos levaram mais uma vez ao conhecimento público o que aconteceu às nossas empresas que foram geridas pelos partidos que abocanharam o poder? o povo foi roubado pura e simplesmente!  marisa do partido piropolista e o ex-padre edgar vivem esta campanha a pregar. edgar está mais preparado em linguagem apelativa  do que aquela pois o púlpito recheou-o de entusiasmo fideísta. tino socialista está nas feiras e está melhor que o paulinho. quanto aos outros não se pode dizer muita coisa para além de fazerem o seu papel como cidadãos intervenientes de direito próprio. bem, para fechar. uma coisa parece transparente: nenhum deles estudou muito bem o papel constitucional que cabe ao presidente da república. às tantas parecem que estão a preparar-se para serem primeiros-ministros. fim. vou ouvir a flor pedroso e o candidato nóvoa. são 10h-11m. deixem ouvir: às 10h-14m gagueja com a comparação a cavaco da silva ressalvada pela segunda investida de flor. às 10h-15m recupera e discursa apoiado com veia universitária. flor: companheiro de camilo mortágua e de um certo padre da luar? confirma. recua quando a outra jornalista da antena 1 o empurra para essa parte da sua antiga militância. para ele não é militância mas sim participação cívica.  às 10h-27m conversa fiada sempre sem esclarecer o que será um presidente constitucional. mas será um presidente que carrega um conjunto de causas que abraçou há muito. não passa cheques em branco, logo não confia nem na irmã lúcia. bem fico por aqui senão este texto tornar-se-ia num serões da província. 
mmb
ainda antes de fechar disse nóvoa: estabilidade na mudança. noutros tempos um outro marcelo atirou para o ar:  evolução na continuidade. a política é complexa. já estou farto de retratos e pregações.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

portugal uma identidade que não se perdeu no povo mas foi trocada sempre que nobreza e burguesia assim determinaram. entre eles e o capital haverá alguma relação? sim, o capital não tem pátria...

voltemos um tudo nada ... atrás. a dom joão I é-lhe impingida como esposa uma espia de nome filipa. enquanto dom joão pertencia a uma classe de bastardos com ligações muito estreitas com a burguesia comercial,  a mulher provinha de uma família de nobreza ducal. este casamento foi a pedra de toque com que se firmou a aliança anglo-lusa. os interesses desta  dividia-se em duas partes. qualquer delas a beneficiar os ingleses. primeiro  incluía portugal no seu comércio, segundo, ao estabelecerem-se em portugal ajudavam-se a si mesmo empurrando os espanhóis para o interior da península ibérica e fora dos seus negócios. o que ganhámos com este truque inglês? a confirmação da política expansionista de que filipa veio inculcar por cá e que nos empurrou mar fora. calma, que isto é para se explicar. os filhos de filipa eram ingleses. era assim que se auto-denominavam. os portugueses de então não passavam de uns tantos rurais que viviam dispersos por um país desertificado. no norte, já não era assim. havia o grande negócio a favor dos ingleses que nos mamavam  sal, azeite, cortiça e vinho (este encontrava-se  nas mãos de famílias inglesas. (estou a lembrar-me do charlie, filho do júlio dinis...). quer dizer, que nada de bom saiu de tal casamento. os filhos, a que a história resolveu denominar de ínclita geração, foram a nossa desgraça como povo. vejamos de quem se trata. o infante anglo-luso, sir dom henrique, modificou o nosso viver ao empurrar-nos mar fora. foi um dos que nos descaracterizou como povo porque com essa ganância deu origem ao nascimento dos comerciantes da pimenta que com os seus impostos recheavam a coroa para além de enriquecerem nos primeiros tempos com as especiarias. e o povo, que ganhou com essa empresa anglo-saxónica? nada! continuou pobre e explorado. porém, antes de se meter mar desconhecido adentro, a tal ínclita geração levou portugal a assaltar os seus vizinhos árabes com quem tinha um pequeno comércio de trocas. meteu-se a ínclita com dúzia e meia de patarocos lusitanos em barcos ingleses que escondiam à volta de 8 mil mercenários e piratas e partiram para o saque de ceuta. roubaram tudo o que tinham para roubar e deixaram lá os portugueses a gemer com os custos de manutenção daquela praça rica em gado, ouro que provinha de tombuctu, sedas do oriente, etc. a ínclita geração não passava de uma quadrilha inglesa que em vez de organizar o país pelo trabalho achava que era mais rentável assaltar cidades ricas e prósperas. e foi assim até 1974 que foi quando olhámos para dentro de nós e nos apreciámos... quando dom joão II, filho, de afonso V (conhecido por o africano e que continuou a saga do pai, o anglo-luso  sir dom duarte I, no saque das cidades árabes do norte do continente negro) , se meteu de cabeça na loucura dos descobrimentos,  acabou por despovoar o reino. ainda há bestaças que se vangloriam com isso...) joão II, que assassinou o próprio cunhado (por isso foi cognominado de príncipe perfeito), deu-nos o golpe final. ficámos de costas para os nossos primos irmãos ou hermanos, com quem temos muitas afinidades. aquilo que descobrimos neste planeta  só serviu para se desenhar uma nova geografia. porque os nórdicos nos roubaram a torto e a direito todas as riquezas desses países que desbravámos acabamos por nos tornar negreiros. sujámos as mãos com sangue de milhões de africanos que comprávamos nas costas de áfrica, transportávamos e vendíamos no novo mundo. e o povo que ganhou com isso? a merda do costume. é fato que ficámos senhores de imensos territórios mas só porque a matilha inglesa neles não estava interessada. punham e dispunham de nós como se de  gente de segunda se tratasse. havemos de continuar. por hoje fico por aqui.  (continua)
mmb

sábado, 9 de janeiro de 2016

continuação: em busca da identidade perdida. mais uma vez alguns portugueses dirigidos pelos ingleses transformaram de novo o país numa colónia

dom joão VI fugiu para o brasil (1808)  não só porque não tinha exército em condições para fazer frente às tropas invasores mas também para obedecer a diretrizes inglesas. o povo ficou nas mãos dos franceses e sujeito a todo o tipo de tropelias.  entretanto, a inglaterra invade portugal  para o "defender" e permitir que o comércio do brasil não fuja ao seu controlo. as tropas inglesas conseguem expulsar por três vezes o exército de napoleão, após o que começaram a reinar o país na pessoa do marechal beresford. um ditador e chefe militar rigoroso. mandou fuzilar muitos militares portugueses por uma questão disciplinar. em que tipo de país nos tornámos  sem rei e sujeito às mais variadas patifarias tanto de invasores quanto de forças "aliadas" ?  estas não passaram de usurpadores do poder político e económico.  por termos estado entre dois algozes é muito provável que tivéssemos criado uma espécie de identidade de grupo-vítima. o mesmo aconteceu com os primeiros cristãos que depois de muito vitimados se unificaram universalmente. onde está um português está com ele um princípio de identidade. digo eu, que nessa ordem de ideias  li Rainer Daehnhardt (1).  será que a classe dos dirigentes transporta a mesma ideia de identidade? não o creio porque se lhe impõe um modo de vida que a desvia do verdadeiro sentimento lusitano. sempre que  o  país se encontre pacificado surge quem se aproveite e se adapte ao ritmo da vivência popular para obter lucros. quando as riquezas é criada e depois cobiçada por outros povos há que impingir a ideia de pátria. é quando surge o oportunismo que consiste em misturar identidade com território. as guerras oferecem aspetos interessantes. às vezes o território diminui mas a identidade não. por exemplo,  aconteceu na segunda guerra com as fronteiras da alemanha. connosco também houve distensão e liofilização. porém, o povo manteve-se idêntico a si mesmo. ao contrário das classes que dirigem os destinos do país o povo unifica-se em comunidades quando o destino o obriga a emigrar, por exemplo.  vou saltar para o fim do século XX, pois pouco estudei o período que vai desde o "reinado" de beresford até ao assassinato de dom carlos e seu filho luis filipe em 1908. de 1933 até abril de 1974 o país encontrou-se consigo mesmo. o poder político exaltou a forma nacionalista. reinventou o rimoso camões, refez a história nacional criando heróis à imagem de homero. por vezes de forma bastante deturpada e irrefletida. caricata, pelo menos. reformulou as forças armadas permitindo-lhe criar uma imagem de dignidade que muito contribuiu para credibilidade do regime. o nacionalismo imperial   resultou de uma conjuntura internacional favorável. éramos um país independente tanto quanto  é possível sê-lo. (continua amanhã. as palavras  com que acabava este texto fugiram do computador. que falta de identidade!)

varett


(1) - Identidade Portuguesa - Por Que  A Defendo, ed. apeiron, 2012

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

será difícil reconstruir a história da verdadeira identidade nacional?

se ninguém sabe definir essa coisa de saudade portuguesa torna-se ainda mais difícil perceber onde começa e acaba a identidade com que somos distinguidos. se tivermos em conta as aleivosias  políticas e descaradas dos nossos historiadores político-ideológicos  vemo-nos confrontados  com as tendências separatistas do "esposo" de dona teresa filha de afonso VI rei de castela  e arredores. estes já conquistados aos antigos ocupantes. a chamada reconquista cristã  acaba por criar uma certa confusão por se ter misturado com as cruzadas  que se por um lado  iriam combater os judeus por outro enfrentavam pela frente o poderoso islão. quer dizer que os chamados cristãos não tinham mãos a medir pois se por um lado enfrentavam os assassinos de nosso senhor jesus cristo dito homem-deus, isto é os seguidores do judaísmo, por outro, combatiam os guerreiros e  famosos fieis de maomé. estas três religiões são verdadeiras em si dado que todos os seus fundadores falavam diretamente com deus criador: moisés com jeová, maomé com alá e finalmente jesus com o pai criador de todos. todos eles  se tornaram fanáticos na sua defesa. matavam quem não acreditava. eh pá, era lixado! é nesta altura (século XII) que morre um seigneur francês  já entrado em anos e  de poucos haveres que havia casado com dona teresa filha de uma relação de seu pai com uma dama fora das leis canónicas. mas de grande valor sentimental. afonso VI gostava tanto dessa filha que a casou com o tal fidalgo desfavorecido de bens e de vigor sexual (diz-se que dom afonso henriques  não era filho dele. bem bom, senão era mais um fracote para chatear) e ainda por cima  lhe deu para reinar um bom pedaço de terra. o conjunto do cavaleiro francês que era o pai, sua mãe a dona teresa de leão que era o que se poderia designar de espanhola e o filho, robusto rapazola ( nasceu algures entre guimarães, viseu ou coimbra de baixo) compunham a nossa proto sagrada família, isto é, cada um puxava para o seu lado e não eram ligados por nada. bem, a diplomacia os unia.  é que são josé não tinha nada de vergonhoso com nossa senhora. nossa senhora sendo mãe de deus também não se metia nos negócios divinos do filho. era cada um por si. tão depressa morreu o pobre fidalgo francês, dona teresa procurou homem. e fez bem, que a vida é curta. naturalmente que o filho, o nosso dom afonso I, deserdado, foi procurar terras para também ser grande. e toca a assaltar aldeias e vilas onde havia populações indiferenciadas mas controlados pelos mouros. estes já estavam a chatear porque só queriam expandir-se e tomar por suas as terras que administravam. não podia ser. cobiça demasiada leva à desgraça. dom afonso  henriques umas vezes ia pedir a bênção ao avô, outras vezes conspirava contra ele para ver se lhe sacava mais terras. o avô pedia-lhe que o ajudasse na ocupação das terras. foi aqui que o nosso primeiro rei aprendeu a velhacaria política de tirar frutos dos outros e ficar com eles para si. também é verdade que ele chefiava apenas uns trinta quando muito  quarenta cavaleiros e alguns desgraçados peões forçados que ele sequestrava das famílias dos aldeãos das suas dominadas terras. não podia fazer melhor. como já tive ocasião de chamar a atenção, ele aproveitou a conquista de lisboa em julho de 1147 pelos cruzados sem perder um único cavalo, cavaleiro ou besteiro. esperou que aqueles se esfolassem para depois entrar em lisboa como quem vai à pastelaria suiça tomar um chá. esperto. depois nas conquistas às terras foi ajudado por salteadores que saqueavam vilas árabes e que depois as ofereciam ao puto conde mas já sem ouro ou prata. de qualquer maneira afonso não olhava ao dente do cavalo daquilo que lhe ofereciam. afinal o que tem isso tudo para ajudar a compreender a nossa identidade? creio que nada. mas, ressalve-se o fato de que as populações permaneceram nos locais de trabalho onde criaram raízes e transmitiram valores de caráter e sofrimento. a par disso eram sistematicamente exploradas e vítimas de extorsão. foi esse povo quem mais contribuiu para compormos a nossa identidade. é que os senhores que ocupavam as cadeiras do poder andaram sempre a negociar economias e negócios para enriquecer. foi evidente que as terras foram conquistadas  e que deram origem a que os descendentes de afonso se preocupassem por colonizá-las. foi muito difícil e lenta  esta tarefa. mais tarde - uns duzentos anos  - deu-se uma espécie de 25 de abril ao tempo, mas controlado por comerciantes. estes elegeram um bastardo real para os chefiar. estes comerciantes (burgueses) tinham aliados ingleses que estavam muito interessados em continuar a comerciar e obter lucros com a troca dos nossos produtos coisa que a casa real portuguesa achava que devia acabar pois a futura rainha de portugal, filha de dom fernando, estava casada com dom joão de castela. a burguesia portuguesa tinha capital suficiente para arcar com uma luta contra castela, mais a mais havia homens e armas dos ingleses dispostos a ajudá-la. imaginam o mestre de avis e o seu condestável a usar a técnica do quadrado na guerra contra espanha? depois criaram a imagem da ala dos namorados que se tinha metido entre os ingleses. foram os ingleses quem correu com a classe possidente da altura. a nobreza portuguesa fugiu  para espanha deixando os seus haveres e teres nas mãos da nova quadrilha que mais tarde se tornou oficial. à imitação dos ingleses até elegeram um rei democraticamente. foi uma farsa de todo o tamanho a eleição do mestre de avis. esta foi feita quando os inimigos de dom joão mestre de avis estavam fora. assim votaram a seu favor todos os seus amigos e companheiros:  o baixo clero que o defendeu para se promover. a burguesia que lhe pagou as despesas da guerra  passando  a dominar o comércio com inglaterra e a nova nobreza que ele criou e a quem distribuiu os bens assaltados à velha nobreza (historicamente, a nova nobreza recheada de burgueses  foi batizada de nobreza da merda porque um frade a espargiu com dejetos humanos saídos do turibulo por engano) . mais tarde quando filipe II de espanha se propos  encaixar o enclave português a maioria dos nobres e burgueses aderiu à sua causa. apesar de termos um outro bastardo real que queria ser rei (antónio prior do crato) á imagem do anterior bastardo de nome dom joão I.  a sua causa não venceu pois nada tinha a oferecer ao contrário do seu primo espanhol que tinha meio mundo aberto a todo o tipo de negócio e patranha. a tal alma nacional vendeu-se? não, quem se vendeu não foi o povo trabalhador e espoliado sistematicamente. este manteve-se igual a si mesmo apesar de não saber nada sobre nacionalidades. penso que esse sentir genuíno é a nossa identidade. bem, continuando: quando a mama dos filipes secou, eis a revolta dos heróis da nobreza cheia de desígnios nacionais. mentiam com todos os dentes pois quando os famosos de quarenta atiraram o pobre miguel pela janela da cozinha não tinham ninguém que lhes fizesse frente. para além de cobardes, comilões e trapaceiros sabiam que franceses, alemães e ingleses estavam em luta contra filipe IV e que este não tinha tempo para miudezas. claro que quando o monarca espanhol se voltou para portugal os tais ´famosos de quarenta começaram a dar o dito pelo não dito. todos acagaçados ficaram. pudera filipe manteve a guerra contra os estrangeiros que faziam fretes por cá armados até aos dentes durante anos. foram aqueles quem aguentou o portugal independente. até deram instrução militar a uns tantos desgraçados rurais empurrados para a peleja. pobre povo! será que foi a partir daqui que se começou a criar o lamento  fadista, mais tarde património mundial? e muito depois quando o cobardolas de dom joão VI fugiu para o brasil com o rabo entre as pernas e cheio de pratas no bolso deixando o país descabeçado onde estava a identidade? joão VI deixou o povo sem chefe militar português para se poder defender dos exércitos napoleónicos. repito, aonde foi a nossa identidade? partiu com a família real ou ficou entre o povo sofredor, violado, roubado e vitimizado pelas tropas assassinas? a nossa amália cantava para que lisboa não fosse francesa. tudo bem, portuguesa é que não foi. foi outrossim inglesa até que deus e nossa senhora de fátima tiveram que intervir. claro, não sem antes de os cães dos ingleses terem enforcado portugueses de lei que os queriam ver pelas costas. estávamos já no século XIX!
mmb

ps: (continua amanhã se deus quiser e nossa senhora o permitir dado que ela é a padroeira de portugal  e é a quem cabe decidir esta questão que mais parece ser o quinto mistério. ou será o quinto império do vieira?)

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

pintura de varett em leilão doméstico


esta pintura pode ser entregue a quem a quiser trocar por géneros alimentícios tais como: azeite extra virgem e vinho. pode ser o barca velha ou o quinta do côtto 1994. ai que bom!
medidas: 26cm x 14cm
varett
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

os populares e as piropoleiras: no passado o cds passou a pp, nos "tempos modernos" o bloco de esquerda passou a partido das piropoleiras

as piropoleiras resolveram propor e votar uma adenda ao artigo 170º do código penal em plena casa da democracia. de que trata aquela? de um verdadeiro tiro no pé. as feministas são a favor do aborto mas são contra as bocas que machos excitados lançam como que a fazer cumprir os desígnios naturais com que foram dotados. têm razão! quer dizer, o tesão aparece, por exemplo e, por vezes, quando a mulher se despe na rua através do uso de  minissaia ou nas praias enfiando entre as pernas um fio que apenas lhe tapa as partes cobiçadas.  a maioria dos homens foram-se civilizando e, de fato, hoje em dia, deixaram-se de labreguices. no entanto, num país de australopitecos como o nosso, não é raro acontecerem observações bestiais que chocam as mentes mais sensíveis. são ordinários e devem ser chamados à atenção e se por acaso voltarem a prevaricar existem leis para os punir, como é o caso dos artigos 180º e 181º do mesmo código. para quê, então, criar uma especialidade legislativa para travar ímpetos naturais já expressos e condenados na lei? fomos à procura de saber de onde vem essa tendência das piropoleiras para impedir certas atitudes que nada têm a ver  com a vida de salão tão fora do jeito do poveco... quando a malta do meu tempo estudava  no liceu e se preparava para frequentar a universidade aprendia, por exemplo, - os que iam para letras - a fundação da literata arcádia. um seu co-fundador, de nome correia garção, teria sido vítima de  prisão por ter feito a corte a uma menina inglesa. entrou na cadeia em 1771 e saiu de lá já cadáver em 1772, mesmo em cima da ordem de soltura. penso que historicamente deve ter sido a primeira vítima da lei mental anti-piropo que só agora - já perfilhada pela democracia - viu a  luz do dia abençoada por catarina martins, uma das conceituadas líderes das piropoleiras. o marquês de pombal era um iluminista e foi ele quem ordenou a prisão... esta informação e outras sobre garção pode a minha querida leitora procurar em fidelino de figueiredo na sua história da literatura clássica. o que temos que enfrentar com esta tomada de posição das feministas que adulteram o sentido da sua justa luta? elas percebem que a história as colocou numa escala de inferioridade que não mereciam porque são tão bem dotadas quanto os homens. já o aristóteles - segundo alguns historiadores - o mais sábio de todos os sábios, afirmava que a mulher não tinha alma. para mim, aquele filósofo não passava de um animal. isso diz-se, minha besta? mais tarde, a sumidade máxima da intelectualidade cristã, são paulo, afirmava que a mulher era um corpo e a cabeça era o homem. ora que porra, são paulo! isso é uma inverdade, pois a mãe de deus nosso senhor era mulher! há cada um neste mundo! não vou questionar os deputados da assembleia da república pelo fato de terem aprovado semelhante anormalidade pois sei que eles na sua maioria são gente com pouco tesão e tanto se lhes dá que os machos já não se possam expressar à bocage ou à albino forjaz de sampaio. é gente sem sexo. é natural, pois ficam sentados centenas de milhares de minutos com o rabo sossegado. sentam-se em cima dos tomatinhos e estes ficam como que aleijadinhos. uma mulher que não merece um piropo é como  um fóssil exposto num museu que ninguém visita. se as mulheres querem lutar sem rede terão de ter a coragem de  compreender das razões porque se "pintam" e se insinuam em tudo que é local onde são vistas por homens e mulheres. se elas querem envolver-se  uma luta de neurónios terão de ser honestas e preparar-se honestamente para enfrentar a realidade. conhecem as mulheres maior violência do que a prática do ato sexual logo após ouvirem o: eu amo-te meu amor dito de forma baixinha  e dengosa?  e no momento em que se atinge o orgasmo numa cadência que mais parece a ação de um motor de combustão, será que se pode dizer, por exemplo: que rico cu? a nova adenda da lei, não contempla os lugares onde se pode ou não se pode atirar piropos. imaginemos o seguinte cenário: um homem engata uma mulher num café. não lhe pode dizer nada que ofenda a tipologia do piropo pois não sabe se ela o iria  denunciar à gnr. a coisa vai bem porque ela avança e abre o jogo. tudo bem. vão ambos foder num motel. durante o ato ele que esteve sempre calado abre a boca e geme: querida és tão vaca que até o meu pénis aprendeu a ordenhar. dá-me cá essas nádegas para as abocanhar! bom, a "dita cuja" depois de se satisfazer sai e vai direita à esquadra mais próxima e nela apresenta a seguinte queixa: - senhor guarda, fulano de tal chamou-me vaca. o guarda toma nota e pergunta-lhe: em que local isso aconteceu? e ela: na cama, senhor guarda! - na cama? - pergunta a autoridade perplexa. - sim! replica ela. e que estavam a fazer na cama, minha senhora? pronunciou o guarda muito baixinho. e ela: sexo, senhor guarda! muito sexo, senhor guarda! e o guarda: ele obrigou-a a fazê-lo? e ela: fizemos sexo de comum acordo, senhor guarda! e este: então, a senhora praticou o coito de livre vontade, mas queixa-se apenas do nome que ele a chamou durante a tarefa? e ela: sim senhor, foi assim mesmo. e o guarda: eis o que vou escrever. tome a atenção ao que vai assinar. aos tantos de tal e tal estava a queixosa em pleno ato sexual com sicrano quando próximo de atingir o orgasmo aquele a chamou de "tão vaca". por este ato oral estar abrangido pela nova  adenda ao artigo 170º do código penal, fulana de tal apresenta queixa e espera provimento, etc., e tal. (desconheço se é necessário constituir assistente...) como a lei costuma apresentar muitos buracos este é mais um. só que desta vez o buraco é outro. mais tarde, o homem é chamado para prestar declarações. por acaso é o mesmo guarda que atendeu a queixosa. disse o guarda: o senhor no dia tantos de tal chamou vaca a fulana estando deitado com ela na cama? e o agora arguido: ó senhor guarda, ponha-se no meu lugar. depois de termos feito sexo oral, anal e vaginal eu acreditei que poderia acrescentar uma palavras para apimentar. fi-lo sem segundas intenções. foi um deslize. peço perdão! e o guarda já muito excitado: para a próxima foda fique calado. nunca ouviu dizer que se a palavra é de prata o silêncio é de ouro. arguido: o que me vai acontecer, senhor guarda? - isso agora já não é comigo. é com o juiz. vocifrou o senhor guarda. arguido: ai, meu deus! nem deus te há de salvar e se apanhares alguma feminista pela frente vais ver que daqui em diante foder podes, mas abrir a boca nunca mais. e agora? agora, cala-te boca e paga a multa, porque da próxima vais dentro!
mmb

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

marcelo: muito bom; autarca vitorino: muito bom; neto: suficiente; maria belém: suficiente menos; morais: bom; edgar: bom


o professor marcelo continua a passear-se nesta campanha como um grande senhor da comunicação humana. ninguém se mostrou capaz de lhe retirar a posição cimeira que mantém sem grande esforço. hoje, dia 1, foi a melhor prestação de todas.  marcelo, apesar de não ter sido muito feliz quando foi entrevistado pela judite de sousa na passada quarta-feira, voltou a "agradar" e a subir. vitorino (o tino de rans) demonstrou que o povo tem uma palavra a dizer no que diz respeito a estas eleições. tocou num ponto muitíssimo importante procurando a solução: o povo que vota fica sempre à parte e longe das decisões dos que elege para representar o seu interesse. foi inteligente e autêntico sem estar a forçar o discurso. parecia a voz do povo a dizer da sua justiça. marcelo tratou-o como um bom aluno. edgar foi lúcido ao  recriar  o discurso social mascarado de estadista. mascarado porque nunca teve um lugar ministerial embora se esforçasse por falar como tal. é, digamos, a fala de um povo ilustrado que raramente dá sinal de vida nas urnas. esteve bem. maria de belém está a esgotar-se no plano das novidades. o seu comportamento é estático o que deu azo a que paulo morais lhe desferisse vários golpes mortais. penso que não se vai aguentar mesmo mostrando uma postura fria e serena (por fora). marisa - a do partido antipiropo - diz sempre a mesma coisa. claro que o diz com autoridade e estudo quando se refere acerca do estado do país e  às  dificuldades económicas que enfrenta.  como deputada europeia tem intervindo  politicamente como uma sonhadora. pensa abrir as janelas do palácio de belém... ó querida, e a poluição?  houve também um candidato que leu uma declaração e depois saiu à pressa. o nome se não erro era cândido. em relação a jorge sequeira nada posso dizer a não ser isto: onde já ouvi isto. foi sofrível. fez uso de cábulas. paulo morais o que diz agora di-lo sempre que escreve crónicas. é uma boa crónica lida e teatralizada.
mmb