domingo, 11 de dezembro de 2016

exposição de pintura de varett

para interessados 

em:

azorpress.blogspot.pt 

sábado, 10 de dezembro de 2016

a direita portuguesa com direito a deserto


quando envelhecemos até os vícios nos abandonam. quando a constituição de 1976 fora aprovada, o país dera uma guinada para  o socialismo com passinhos de dança do género alunos da apolo. isto é, nos primeiros tempos o pé do macho avançava com o pezinho da fêmea que recuava na medida exata. pouco tempo depois, com o corte de energia, o disco riscou e foi-se  a harmonia. o povo tinha elegido umas centenas de patetas para aprovarem uma constituição, e eles votaram consoante as direções dos partidos  que os acoitaram. o cds - na altura pontificava o prof. freitas do amaral - foi o único partido a votar contra uma constituição que tinha cabeça mas a quem faltava os pés e braços. o cds incarnava na altura a democracia cristã. qualquer coisa ao centro. poder-se-á dizer que nos dias de hoje é o partido socialista quem as suas vezes faz. durou pouco tempo o sonho socialista. faltou dinheiro e para portugal se manter como país independente e pôr as suas instituições a funcionar    era preciso pedir dinheiro emprestado. a quem? à europa capitalista, claro! e pediu-se? sim, mas já o país estava nas mãos da direita. o cds aliara-se ao psd e puseram-se os dois de acordo quanto ao rumo a dar ao país. pouco tempo depois a constituição foi alterada. correram com socialismos e a direita impôs-se no texto. o partido socialista foi ficando de fora até que percebeu que tinha de meter completamente na gaveta o socialismo  e ideologias parentes próximas. a partir do momento em que os socialistas se (en)direitaram, os social-democratas aliaram-se-lhes. correram com o cds e criaram o maior negócio de sempre em portugal: abocanharam os dinheiros públicos. era tudo para eles! só que este casamento não durou para sempre. o ps, através de guterres e depois sócrates abalou com o coito miscigenado do bloco central. e depois foi o que se viu. a esquerda a governar à direita e a direita a governar à esquerda. o serviço nacional de saúde, a educação e a segurança social foram, pelos governos do prof. cavaco silva, praticamente coletivizados. a medicina privada afogava-se em permanentes falências. ser-se bem tratado e em  grande luxo só nos hospitais públicos e de graça. os colégios privados fecharam. as escolas públicas  até refeições de borla ofereciam aos mais desfavorecidos. o ensino era gratuito. havia livros oferecidos aos alunos. a segurança social começou a atuar como uma misericórdia de grandes tentáculos. aposentados e  reformados nasciam como papoilas. o estado ofereceu aposentações a quem tivesse meia dúzia de anos de serviço e tivesse jurado que trabalhara para o fascismo desde que nascera e sem fazer descontos. junta-me esses anos e cá vai reforma quase choruda. de repente, a esquerda toma o poder e ai! ai quê? a esquerda deu início a uma austeridade canibalesca que depois foi continuada até ao tutano (400.000 portugueses emigraram) pelo raivoso governo de passos coelho. é por isso que as grandes cabeças nacionais dizem que a ideologia já não faz mover ninguém. o que está a dar é ir atrás do dinheiro. e este está no povo e nos cofres de grandes grupos económicos que acobertam gente de todos os credos tendenciosamente mafiosos. sem ideologia, sem constituição para se respeitar, sem aquele amor à pátria tão ao gosto dos fascismos ou ditos como tais, aonde iremos parar? à "europa"! não temos outra solução. e nela nos manteremos porque para mamarmos os seus apoios temos de obedecer-lhe. até a gestão da porra de um banco nosso tem de ser aprovada pelos alemães. esta gente não tem vergonha! afinal, e para terminar o que é isso de direita e esquerda? é como uma doença do género gonorreia que se cura com antibióticos.
varett