segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

DA GERINGONÇA À TRAQUITANA


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www.pressportugal.blogspot.com  vai entrar num período de reflexão... sugerido pelo filósofo de Arroios, um leitor desde a primeira hora e muito crítico antes disso...


Gente de direita, (portuguesa, coisa diferente das direitas europeias) inspirada pela pesporrência  lexical do prof. Vasco Pulido Valente, começou a denominar de geringonça a aliança entre os três ex-grandes "inimigos políticos"; socialistas, comunistas e bloquistas: velhos experientes uns, frescos nas contendas outros, em lutas contra a direita. O advogado António Costa geriu a geringonça à semelhança de países mais "civilizados", cuja experiência colocava acima de tudo os legítimos e altos interesses da pátria (deles). Estou a pensar na Dinamarca, na Suécia, Noruega e mais recentemente a Alemanha. António Costa movimentou-se cá por casa de tal modo que se tornou num modelo de novel  nacionalista. Procurou assentar a sua base de apoio numa maioria. A maioria dos "pobres" portugueses. Uma espécie rara na União Europeia, onde tudo o que possuem está endividado, penhorado ou em vias disso. Costa procurou mantê-los conscientes de que o seu modelo de distribuição de riqueza era o melhor tendo em conta o passado recente e as perspetivas do futuro. Deu-lhes essa ilusão. A ilusão que precisavam ao contrário da miséria de sonho da traquitana (1) onde viajavam em comunhão de adquiridos o PSD e o CDS. Todos ainda temos em memória fresca o gosto salivar do que foi a saída dos que ficaram sem emprego. Saíram com a mala de cartão. Dizem que foram para o estrangeiro cerca de 400.000. Quando eram governo, tanto Passos Coelho quanto Paulo Portas - por terem atrás de si a força  monetária da Troika - estiveram sempre sólidos. Até pareciam verdadeiros governantes, não desfazendo, claro está. Costa, através de uma urdida e bem sucedida planificação parlamentar, foi desfazendo a boa imagem que a coligação de direita construiu perante o seu próprio eleitorado. Quanto mais CDS e PSD estejam unidos ou cada um por si o certo é que os ataques que fazem ao PS e a Costa se transformam em cimento armado que é atirado contra o muro meio esfarelado que dá pelo nome de geringonça. Costa - penso eu - já está a gostar muitíssimo de ser criticado. Parece que é um favor que lhe fazem. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com o roubo de armas em Tancos. Contado por miúdos, saem fortalecidos tanto o Governo quanto a Polícia Judiciária. É assim, sim senhor. Quanto mais lume a traquitana (PSD E CDS, juntos ou em separado) ateia contra Costa e Associados, mais simpáticos ficam vistos pela opinião pública. A PJ fica mais forte em todos os sentidos, o Ministério Público afastou a poderosa PJM e indiretamente o primeiro-ministro António Costa é hoje o mais impoluto político nacional pois tudo que pertence ao circulo da Justiça é com ela que deve ser tratado . Diz ele: nada de misturas. O que é da Justiça é do Carlos Alexandre, perdão é dos Tribunais. A traquitana está a rolar estrada fora mas a desfazer-se. Dentro dela Rui Rio e Assunção Cristas andam aos saltos mal as rodas da sua carroça passam por cima de um calhau. Cristas está afónica ou então fala para surdos. Entretanto, Rui Rio está a ficar muito pouco comunicativo. Então, desde que Bruno de Carvalho se tornou uma verdadeira star, Rio praticamente desapareceu ou foi ofuscado. Quem tem surgido, menos desengonçado, é o advogado Pedro Santana Lopes. Aquilo é que é, sim senhor, ainda não captou  um único  voto para o seu Aliança e já bota figura. Querem ver que ele vai arrumar com os laranjas e roubar votos aos inimigos dos inquilinos pobres? 
Adeus meu povo! Vou saltar de blogue. Beijos e abraços àqueles que perderam o seu tempo com estas linhas ou outras do mesmo autor.

(1) - Carro desconjuntado de quatro rodas para duas pessoas.