sexta-feira, 30 de abril de 2010

SÓCRATES MENTIU E DEPOIS?


Tudo leva a crer que o Primeiro-Ministro mentiu acerca da compra da TVI por uma "organização capitalista" que tem como "sócio" o próprio Estado. Na base da questão estava a possibilidade de correr com a jornalista Manuela Moura Guedes. Uma jornalista que abria um telejornal à sexta-feira e que tinha como objectivo uma investigação sobre negócios em que surgia o nome do eng. Sócrates.
Moura Guedes incomodava e muito. Os índices de audiência aumentavam de semana a semana. Cada vez que Moura Guedes falava o governo estremecia. Se estivéssemos na Rússia democrática naturalmente teria sido calada à lei da bala. Em Portugal ainda não se usa tal método. Fazer sair a impetuosa jornalista implicava abafar o Dr José Eduardo Moniz, seu marido. Este não era só o director da informação como fora o homem providencial que fizera sair a antiga estação da Igreja Católica da bancarrota. Moniz não é só isto. Moniz é dos homens mais inteligentes que apareceram no pós-25 de Abril. Nada deve a ninguém e subiu na vida por mérito próprio. Há anos que é figura da ribalta e nada deve a partidos ou a panelinhas. Uma vida impecável e sem sombras impede que o arrastem para qualquer lodaçal. É poderoso e isso vê-se. Mudaram-no de lugar, mas ele permanece terrível. Ouvi-lo na Comissão inquisitorial foi uma lição de lógica e dignidade. Bastou duas frases suas para que se percebesse quantos mentirosos ali tinham ido prestar falsas declarações. O facto é que depois do dr. Moniz ter sido ouvido os pós-declarantes já estão a sentir o rabinho a aquecer e vai daí já se começam a descoser. Resultado: fica claro que Sócrates mentiu formalmente. E ,como diz Moniz, mentiu. E depois? Sócrates só pode ser acusado de falsa moral. Não levará a nada a acusação. Ele já foi acusado de tanta coisa e as acusações foram parar ao calhau do senhor Lauranino - fica situado em Vila Franca do Campo e cheirava muito mal no passado. Com o saneamento básico chefiado pelo edil Carvalho e Melo, já nem tanto - e reduzidas a bacalhau.
Uma última palavra para o deputado inquisitorial Pacheco Pereira. Parece impossível que um intelectual como ele se tenha prestado a figura pré-policial.
manuelmelobento

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O RAPAZINHO DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Os nossos políticos se tivessem pensado um pouco antes de permitirem a criação de comissões parlamentares estilo americano naturalmente não as teriam aprovado.
Uma vez criadas há que aguentar. Todos nós sabemos que o PCP não faz fretes quando se trata de atacar o capitalismo e/ou seus representantes. O caso TVI e aranhas caiu na rede sequiosa, ociosa da Assembleia da República que mais parece a corte do Rei Sol de tão inútil que se torna nestes tempos e fez renascer o espírito inquisitorial português. Que não é nada diferente do que se passa lá na estranja.
Admiração das admirações um deputado comunista (um puto ainda) copia o método dos promotores públicos norte-americanos quando actuam em tribunal. O que faz? As suas perguntas estão cheias de perigosas armadilhas que levam as vítimas a entrar em contradição umas vezes, outras permitem aos telespectadores perceberem que mentem desaforadamente. Se estivesem perante um tribunal de júri seriam provavelmente condenadas. Falo em tribunal de júri porque as penas a que se sujeitam os para já inocentes agentes directos ou indirectos para actos lícitos ou ilícitos, numa perspectiva activa ou passiva podem ultrapassar uma condenação superior a oito anos de prisão.
Acontece que o resultado do inquérito das comissões não serve para nada. Não tem servido sequer para aduzir acusação. O caso de Sá Carneiro é exemplar. As suspeitas são lançadas para o ar para contentar o povo ignorante. E, já está: arquiva-se ou coloca-se o assunto em banho-maria.
É de caras que onde há dinheiro há puta, perdão há ladrão (trata-se de um ditado). É por esta razão que o deputado-puto tem brilhado. O contrário acontece aos companheiros do BE e do CDS-PP. Estão ali como quem está com as tias no chá das cinco.
Resumindo: ficamos com a certeza de termos descoberto um futuro brilhante advogado; uma corja infindável de comilões que estão delapidando os dinheiros públicos; a convicção que muito em breve este regime de podridão democrática já era.
Paulo Rehouve

domingo, 25 de abril de 2010

Outra revolução está na forja. O 25 Abril já era!








O ex-general, antigo capitão de Abril e hoje coronel Otelo disse pela primeira vez uma coisa com sumo no caquético programa de Herman José: não aceitou ser Primeiro-Ministro de Portugal porque não se sentia competente. Ora até que enfim daquela boca sai algo que vai dar que pensar a muito português. Quando o convidaram recusou, mas não se conteve em indicar um colega das Forças Armadas para tapar o buraco que um outro camarada de armas tinha cavado na governação nacional.

O personagem que aceitou ser chefe de executivo já morreu. Sobre ele nada direi em sua memória.

Herman , que toda a gente reconhece ser um homem inteligente, embora ultimamente tenha engordado, quis fazer humor com a Revolução dos Cravos com a matéria-prima que estava mais à mão: Otelo, reconhecido cérebro da famosa revolta dos cravos; e o idiota (Luiz Pacheco dixit) maestro sem orquetra e a filha deste, Madame Medeiros, que é aquela que diz sempre que pode: 25 de Abril sempre! Pudera não, pois come e comerá dela assim como toda a família. Sabíamos que ela era a atriz que entrou no filme sobre o colapso do fascismo português, agora cantora é que não. Herman aproveitou para lançá-la como tal. Herman parodiou o facto histórico e foi muito comedido. Só saiu da linha quando apresentou um pequeno apontamento sobre um capitão pretensamente do 25 de Abril. Ninguém, com dois dedos de sobrancelha editaria tal esgar pseudo-aristofânico. Mas ao querido Herman José tudo se perdoa. Herman pertence por direito próprio ao nosso património cultural pelo que fez no passado.

Quem nasceu muito depois do 25 de Abril de 1974 ficará com uma ideia errada do que foi a conquista da liberdade de expressão e pouco mais. Mesmo assim convém não relembrar o que aconteceu ao jornalista Manuel Maria Múrias que esteve preso 18 meses por ter faltado ao respeito a Mário Soares... depois do 25 de Abril de 1974. Já Salazar estava morto e Caetano espraiava-se no Rio de Janeiro.

O 25 de Abril na estação televisiva estatal foi Otelo, Madame Medeiros e o Maestro. Morreu o 25 de Abril? Há quanto tempo!

Hoje, nas celebrações do evento que tiveram lugar na casa dos representantes do Povo (é o que dizem) surgiu um novo humorista - com classe diga-se - de seu nome Aguiar Branco da facção de direita da mesma casa. Citou Lenine e Rosa Luxemburgo, dois perigosíssimos esquerdistas que fizeram a cabeça a alguns lusitanos. A malta riu-se mas com receio. Os que bebem daquela mistela já há muito que voltaram costas à bíblia dos guedelhudos. Agora é só fatos feitos à medida, camisas que custam tanto quanto uma viatura em segunda mão. O prof. Fernado Rosas até tem um alfaiate secreto.Não comparando, a velha plebe está muito retocada e cheia de ares. Os capitães já estão muito velhinhos e irreconhecíveis. Parecem aqueles desgraçadinhos que se arrastavam penosamente pela Avenida da Liberdade cheios de medalhas e que comemoravam - no tempo do Salazar - a vitória da Primeira Grande Guerra.

Bem, vamos ao que interessa: aqui fica o aviso a essa gente que nos governa (foram eleitos pelo bom e ignorante povo português. Nada a reclamar):

ANOTEM - Caso Portugal saia do Sistema Monetário Europeu, uma revolução vai sair à rua e nada lhes valerá. É que quando Portugal está só , orgulhoso e teso a violência toma conta das boas e das más consciências. Faz parte da nossa História. Não tem muito tempo que se matava, se assaltava a qualquer hora do dia. Leiam e vejam se percebem o que quer dizer um povo de brandos costumes. A bancarrota, a corrupção, a insegurança, a fome, a miséria das famílias apontam para isso. E mais não digo!

manuel melo bento

sábado, 24 de abril de 2010

DOM CARLOS REI DE PORTUGAL








Vou dedicar este dia - 24 de Abril - a Dom Carlos que foi o penúltimo Rei de Portugal. Também vou escrever o que sinto sobre a sua personalidade. Para já, devo dizer que Dom Carlos não fora eleito Chefe de Estado. No regime monárquico o sistema de representatividade não se sujeita ao voto directo, mas sim a um consenso histórico. Por essa razão, Dom Carlos não precisava de mentir, aldrabar, fazer promessas asquerosas, dançar com coiros que como por encanto surgem agarradas aos candidatos nas vésperas dos actos eleitorais, etc., para ser eleito representante da Nação. De uma Nação com quase novecentos anos.

Dom Carlos como representante máximo da Nação Portuguesa não tinha uma parte do corpo socialista, outra centrista, outra comunista e etc. Dom Carlos não desprezava uns em benefício de outros. Dom Carlos era um todo e a todos era sujeito. A baixa e a alta política pertencia a outro tipo de pessoas. Estas sim, tinham forma de parcelas e intenções humanas.

O 25 de Abril faz parte da História de Portugal. Representa a acção de grupos e de interesses. Repos a liberdade de expressão e a criação de partidos. Bem, isso tivemos no reinado de Dom Carlos. No tempo dele havia partidos republicanos e liberdade de expressão. O mesmo não aconteceu com a implantação da Primeira República.
Dom Carlos disse aquando da assinatura do Decreto de 31 de Janeiro de 1907 que deportava os que atentassem contra a segurança do Estado : "assinei a minha sentença de morte".
Logo após o 25 de Abril de 1974, o comandante de forças policiais e militares assinou centenas de ordens de prisão apenas por serem os visados ricos, apoiantes do Estado Novo, banqueiros, filhos de banqueiros, etc. Até houve quem tivesse sido preso por vestir bem.
Dois anos depois de terem assassinado o Rei a monarquia foi substituída por uma espécie de República. Assassinatos, mortes, corrupção começaram a fazer parte do dia-a-dia dos portugueses. Surgiu uma nova burguesia governamental que se dizia progressista mas que atacava toda a espécie de luta dos trabalhadores. Um dos mais sanguinários adversários foi Afonso Costa, inimigo figadal dos sindicalistas. A Primeira República com tanta bandalheira não se conseguiu manter pelo que deu origem a uma revolta militar a 28 de Maio de 1926. Seguiu-se uma ditadura que teve início em 1928, com a vinda do Prof. Salazar de Coimbra e foi o que se viu.
Dom Carlos foi dos mais completos seres humanos do seu tempo. Artista, cientista, marinheiro, diplomata, humanista. A Nação que tanto amava não soube aproveitar o seu contributo. Em 1890, quando a Inglaterra nos enviou o seu Ultimato por causa da questão do Mapa Cor-de-Rosa a oposição republicana culpou o Rei e Monarquia. Afonso Costa e uns tantos malucos achavam que Portugal devia combater a Inglaterra. Era a época do Portugal dos malucos inconsequentes.
Para acabar com a bagunça que se instalara no País, Dom Carlos chamou para presidir ao Ministério João Franco, um homem seriíssimo. Mas já era tarde. Instituíu uma "ditadura tímida" proibindo escritos ou desenhos que apelassem à sublevação da ordem pública. Os portugueses só vieram a provar o sabor de uma verdadeira a ditadura anos mais tarde quando Salazar organizou o Estado Novo.
Das três últimas ditaduras - a de João Franco, a de Salazar e a de Otelo - a de João Franco foi a mais humana. Parece impossível, mas foi!
Viva o Rei! Viva a memória de Dom Carlos.
mmb

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A ESQUERDA SUICIDA-SE



A esquerda portuguesa está em frangalhos.

O dr. Mário Soares entrevistado pela jornalista Flor Pedroso desprestigiou o ante-candidato-autoproposto à Presidência da República, o socialista Manuel Alegre. O Sindicato dos Juízes quer dissolver o dr. Marinho Pinto. O dr. Sá Fernandes quer que a Justiça seja criticada pelo cidadão comum e as Comissões Parlamentares querem levar o Primeiro-Ministro à barra dos tribunais. O socialista Pedro Soares está sujeito a ir parar à cadeia por se ter negado a responder aos deputados judiciários. O Juiz de Aveiro desconfia que o chefe do executivo quer destruir o Estado de Direito. O socialista dr. Ricardo Rodrigues ameaça sair da Comissão Parlamentar se esta pretender substituir os Órgãos de Polícia Criminal. O deputado socialista Vitalino acusa Manuel Alegre de falta de ética visto o presumível candidato ter sido muito crítico em relação ao PS. O prof. Medina Carreira diz que esta esquerda é cancerosa (resumidamente, claro). Os professores chefiados por um esquerdista ameaçam uma guerra sem quartel contra a avaliação socialista. Os médicos estão a fugir dos hospitais por não estarem de acordo com as directrizes do Ministério da Saúde. A arquitecta Helena Roseta, ex-PSD e actualmente esquerdista social, não está satizfeita... O socialista Constâncio aquando governador do Banco de Portugal esqueceu-se de mandar vigiar as negociatas esquisitas da banca pelo que foi cruxificado na Praça Pública. Os dinheiros "fornecidos" aos partidos de esquerda cheiram mal ao ponto de várias polícias estarem a trabalhar a tempo inteiro a fim de apanharem os cheirosos. Os socialistas estão a dar cabo dos dinheiros públicos, diz a oposição. O Partido Comunista acusa o Plano de Estabilidade e Crescimento de vir a beneficiar os mais ricos em prejuizo dos mais pobres. A filha de Estanine fugiu há muito tempo para os Estados Unidos da América. O desaparecido Rui Mateus - antigo responsável pelas relações internacionais do PS - escreveu o primeiro livro que desabonava o partido que lhe deu cama e mesa. Pedro Passos Coelho quer alterar a Constituição Portuguesa por cheirar a esquerda. A esquerda está à beira do colapso? Já não podemos pagar mais impostos, a não ser que o Estado dê fiado. O Papa vem a Portugal e o Benfica está na disposição de ser campeão. Domingos Névoa foi considerado não corrupto por um Tribunal da Relação. Os tempos estão maus para quem sair à rua sem guarda-chuva. Manuela Moura Guedes não foi obrigada a sair da TVI nem foi obrigada a ficar. O espanhol Juan Herrero que manda ou mandava na TVI é careca, mas tem muito charme.
mmb

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DJ - DEPUTADOS JUDICIÁRIOS

Com um pouco de boa vontade os deputados que fazem parte das actuais comissões parlamentares enquadrar-se-iam nos artigos 268 e 269 do Código Processo Penal em termos de atriguições. Do pouco que consegui assistir fiquei com a impressão de que as inquirições feitas a determinados cidadãos assemelham-se às que a Polícia Judiciária faz aos que são suspeitos de qualquer crime ou, na melhor das hipóteses entram como testemunhas e depois são constituídos arguidos. É muito perigoso o que se passa na Assembleia da República. Esta telenovela pode dar para o torto. Nós não estamos ainda na área de influência da justiça americana. Um homem casado e candidato a um lugar político perde todo o respeito do eleitorado se for apanhado a dar um beijo numa programista paga à hora. Ainda não chegamos aí, mas pelo andar da carroça para lá vamos. Os nossos políticos ver-se-ão na obrigação de serem futuramente como os yankees. Puros, religiosos, moralistas, assexuados, antes de serem eleitos. Só depois de eleitos é que podem fazer sexo oral ou deixarem fazer...
mmb

terça-feira, 20 de abril de 2010


Boa dr. Mário Soares

O senhor dr. Soares não é de modo nenhum historiador. É um político português que se projectou internacionalmente devido a várias almofadas. Foi um combatente categorizado no tempo do Estado Novo e daí foi catapultado para o palco das nações livres. Como homem da tolerância presto-lhe a minha homenagem. Já agora, devo confessar que fui condenado em tribunal a pagar-lhe uma indemnização. Esqueci-me de a pagar e ele também não ma pediu. Gosto dele, sim senhor! Ninguém tem nada com isso.
Quando o dr. Mário Soares escreve, eu sempre que posso leio-o.
Aproximamo-nos do 25 de Abril que alguns sabem o que foi e outros tantos já nem tanto. Este golpe congeminado por uns tantos rapazes novos e sem experiência política deu no que deu. Abriu as portas à democracia mas esqueceu-se de impedir o assalto aos dinheiros públicos pelos grandes gangsters. E Portugal está neste momento a sofrer de uma enorme sangria que creio vir a terminar com uma acção viril e concertada de gente que se sente ainda português.
Ora escreveu o dr. Soares - pai da nossa democracia - o seguinte no DN de hoje: "A Revolução dos Cravos foi pacífica e tolerante. Não houve perseguições, nem discriminizações, nem violências."... Não posso estar mais em desacordo. No que diz respeito ao miolo do artigo tolerantemente se aceita.
Eu e tantos outros jovens tínhamos na altura (1974) uma visão de esquerda e bastante crítica em relação àqueles que se apropriaram do destino da Nação. Olhávamos para a oposição como se ela fosse composta por anjos bem formados e virgens. Tão depressa essa oposição tomou conta do aparelho do Estado tão depressa começaram as perseguições por motivos políticos como se prenderam pessoas sem sequer as acusar de algum crime. A minha ideia não é falar das prisões que se fizeram só numa noite e em que se prenderam 500 pessoas. Estudantes e professores formaram a maioria. Isto foi pouco tempo depois dos rapazes da tropa terem "libertado" o país. Também prenderam civis e militares. Estou lembrado e bem quando puseram o inocente senhor Artur Agostinho na cadeia. O general Kaúlza de Arriaga esteve 18 meses preso sem culpa formada. Este até se negou a ser libertado pelos novos algozes até que lhe dessem uma explicação. Que nunca veio, está claro. Em Portugal, também chamado de Continental, prendeu-se, matou-se inocentes. Lembro-me das imediações do Ralis... Um pobre casal assassinado pelos novos democratas seguia numa pequena viatura e zás, lá levou com uma rajada. Até um antigo Presidente do Benfica foi para atrás das grades. Imagine, doutor!
Eu sou açoriano e desde que prenderam um irmão meu pela calada da noite - uma da madrugada - a ideia de ser português esfumou-se como as nuvens do Vulcão dos Capelinhos. Sem qualquer razão prenderam dezenas de açorianos porque não pensavam como os novos conquistadores. Aproveitou-se uma manifestação pacífica para imporem o novo poder. Um novo poder assente no terror e no medo. Imagine senhor dr. Mário Soares que se prendeu um chefe de família juntamente com os seus três filhos. Razões? Eram altos e bonitos. Um outro com dois. Até parecia a nojenta polícia inglesa quando arrombava lares de família, prendia e maltratava os irlandeses que se queriam ver livres de uma Inglaterra ou lá o que é. Razões para tal? Ainda hoje as procuramos. Ah, não prenderam mulheres, obrigado. Imagine, doutor que se chegou a levar a tribunal pessoas que chamavam aos portugueses de portugueses. Aos poucos fui acalmando e percebendo que ser português é isso mesmo: basta que nos firam ou nos tirem algum pataco arranjamos logo em seguida uma nova nacionalidade. Veio-me à ideia os homens do Norte que colocaram bandeiras espanholas nas varandas das suas casas só porque lhes fecharam um centro de saúde da meia-noite às oito da manhã. Esse 25 de Abril deu cabo de mim. Hoje, para estar de bem com a minha consciência e porque gosto também de ser português resolvi que devia ter duas nacionalidades: português e açoriano. Não é para o gozo. Falo de verdade. Esquecia-me de contar aquela história acerca de um professor que na altura era meu colega num liceu e que foi expulso da função pública por pensar diferente. É o dr. José de Almeida meu muito querido amigo. O que lhe fizeram foi igualzinho, o mesmo, idêntico, parecido ao que o Salazar mandou fazer ao professor Bento de Jesus Caraça. Rua do emprego e depois prisão com ele. Se José de Almeida não foge teria ficado, também entre as grades . Por favor, senhor dr. Mário Soares, não escreva história. Quando o senhor era Primeiro Ministro do Portugal liofilizado um seu ministro levou umas bofetadas nas ruas de Ponta Delgada e V.Exª. permitiu que numa de retaliação à moda dos americanos que a tropa de choque portuguesa fosse castigar uma população indefesa e que se encontrava nas ruas a passear e alheia aos acontecimentos. Muita gente foi parar ao hospital com a cabeça rachada e a jorrar sangue. A velha bandeira dos Açores foi um dia hasteada num ilhéu. Para logo de seguida ser de lá retirada à força de baionetas comandada por um dos "heróis" do 25 de Abril. Se tivesse sido a bandeira espanhola talvez ainda lá estivesse. É o hábito!!!!!!!!!!!!!! dos continentais ditos portugueses só para chatear.
manuel melo bento

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Órgãos de Soberania... uma tristeza...



Em Portugal, os Órgãos de Soberania dão um exemplo bastante esquisito. Na Assembleia da República (Órgão de Soberania) de 15 em 15 dias o Primeiro-Ministro (Órgão de Soberania) é atacado e vilipendiado. O Presidente da República (Órgão de Soberania), no caso o seu responsável pelos contactos com a Comunicação Social, fez acusações gravíssimas acerca de escutas que teriam tido origem em sectores ligados ao Primeiro-Ministro. Dos Tribunais (Órgãos de Soberania) escutas ilegais ao Primeiro-Ministro foram tornadas públicas, desrespeitando a lei que as proibe e as directrizes do Supremo Tribunal de Justiça. Esta imagem afecta internamente a credibilidade do País. No exterior, porque Portugal é uma nação sem muita expressão, estes assuntos não saem nas primeiras páginas. Ainda bem! Estas deselegâncias levadas ao extremo fazem com que a maioria dos portugueses não atribua grande crédito aos seus maiores representantes. A liberdade de expressão foi um bem que recebemos com o fim da ditadura. Todos nós sabemos que se uma família transpuser para a praça pública os seus dissabores e as suas desventuras cai no ridículo e as boas famílias passam a evitá-la. Acho que devia haver uma certa contenção nos dislates de alguns dos seus membros. A Comunicação Social cumpre o seu dever de informar. É a Imprensa Livre! Parece que não percebem que quando se cospe para o ar o mais certo é levarmos com cuspo nas fuças. Diria mais, quem - como as coisas estão - quer ser visto na companhia de certos políticos? Políticos que representam esta II República! Que mais falta para a degradação completa? Safa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
mmb

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A NOVA BURGUESIA CAGADA

Quando em 1415, as crias da inglesa que casou com o filho ilegítimo de Dom Pedro I, Dom João I - o democrata (foi eleito nas Cortes) - integraram as tropas mercenárias que foram ao serviço dos ingleses "arranjar novos mercados", o país estava na bancarrota. Estávamos tesos e lisos. Só nos restava fazer como os americanos: assaltar países mais fracos para os expoliar. Com uma pequena diferença, é que os yankees quando aplicam a sua política expansionista ficam com os lucros e mandam a factura aos seus aliados. Chegados a Ceuta, os também filhos de Dom João I, ficaram extasiados com a vitória. Alegria de pouca duração dado que os árabes mudaram o seu centro de comércio para outras bandas. Começaram os falsificadores da nossa História a denominar aquele saque de Expansão. Viver de expediente está no nosso ADN. A corte inglesa era na altura composta por assassinos e sanguinários. Era gente de baixo coturno. Ora matas tu ora mato eu. A Dona Filipa de Lencastre tinha no sangue essa "qualidade" e ainda estávamos longe de Henrique VIII, o mata-mulheres. Encurtando ideias, Dom João I usurpou o trono aos irmãos legítimos aliando-se aos burgueses. Estes eram uma espécie de esquerda da época. A velha nobreza fugiu para Castela tal qual os ricos do salazarismo o fizeram para o Brasil e outros pontos de acolhimento. O novo monarca depois de ter sido eleito pela ralé do tempo enobreceu os seus amigos e correligionários. Nomeou-os condes e outros "apelidos" aproximados. Porque foram feitos à pressa, ficaram conhecidos como a nobreza cagada. Até inventaram que houve um bispo que os abençoou com respingos de trampa humana, dando origem àquela designação. Quando os senhores do Estado Novo foram despojados das suas mordomias por via do 25 de Abril, apareceram como por ápice uma caterva de gente que se emburguesou de um momento para o outro. Os grandes chefes que tomaram conta dos dinheiros públicos, tal qual como Dom João I, começaram a distribuir não títulos de nobreza mas tachos. Para ser rigoroso, devo acrescentar que os novos burgueses - quase todos de esquerda ou a esta aparentados - ainda não foram abençoados, perdão polvilhados com merda porque ainda não houve bispo que o fizesse. Quem tenta abençoá-los é uma espécie de comunicação social que anda por aí. Acontece que esta tem tido pruridos com uns tantos que estão bem escudados. Até quando? Não sabemos. Vai lento, mas vai indo.
mmb
jornalista - cp2754

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O historiador e advogado açoriano foi galardoado com a medalha de honra da Ordem dos Advogados, noticia o mais antigo jornal português - Açoriano Oriental nas suas colunas de hoje, dia 12. Carlos Melo Bento é autor da História dos Açores, obra que já vai no seu quarto volume. Tem traduções em francês, inglês e alemão. Como advogado defendeu gratuitamente perseguidos políticos nos tempos conturbados aquando da implantação da democracia. Como político - e durante toda a sua vida pública - defendeu intransigentemente a terra que lhe serviu de berço. Nem sempre foi compreendido, o que acontece aos grandes homens. Mantém, há mais de cinquenta anos, colunas de opinião nos jornais regionais onde expressa o seu pensamento de humanista. Assumiu cargos políticos com distinção tendo-se revelado como arauto de uma constante melhoria de vida dos seus conterrâneos tanto no campo das carências como no da cultura, onde tem promovido a qualidade de artistas e escritores. As suas ideias para a ilha onde nasceu só hoje passados mais de trinta anos têm sido repescadas e materializadas pelas entidades oficiais. Para além destas actividades foi também director de uma publicação semanal "A Voz dos Açores" de interessante impacto político. Foi, também, responsável por um programa televisivo de grande impacto junto da população açoriana. Hoje, é considerado por muitos o maior e mais pertinente defensor de uns Açores preparados para enfrentarem o futuro com personalidade política e económica próprios.
A homenagem da entrega da Medalha de Honra tem lugar na cidade do Funchal e é presidida pelo Bastonário dr. Marinho Pinto que se desloca propositadamente àquela cidade para o efeito. Estará presente, também, o Presidente da Ordem dos Advogados dos Açores, dr. Eduardo Vieira.
por
Paulo Rehouve
jornalista

domingo, 11 de abril de 2010

PASSOS COELHO E A NOVA UNIÃO NACIONAL








O que escrevi ontem tem muito pouco a ver com a realidade. Confesso que às vezes meto a pata na poça.

Ouvi atentamente o último discurso do NOVO HOMEM PORTUGUÊS. Não foi populista, mas quase. Falou para o povo tendo em conta a destruição do ESTADO SOCIAL PORTUGUÊS. Falou para a burguesia e para os esfomeados por lugares de assento no novo pasto que se vai vislumbrando. Passos Coelho agradou a todos, pois a todos se dirigiu. Melhor dizendo, falou para a NAÇÃO. Falou bonito.

Vamos ao ponto fulcral da intervenção. Passos quer remexer na Constituição. Foi muito aplaudido nesta parte pois tal como um remédio que se dá a crianças envolveu-a com creme de açucar. Pareceu-me ver um cheirinho da Constituição de 1932 elaborado por António Salazar. Se Sócrates quis centralizar o poder com estratégias circulares , Passos foi de vez para o primeiro degrau. Colocar os representantes eleitos do povo em contacto/confronto com os eleitores vai mandar ao ar as direcções dos partidos. Numa democracia isso não é possível. Encurtando razões, a "Constituição Passos" a ser materializasda abriria caminho a uma ditdura. Não vou explicar. Não tenho aço para tal. Passos seria o leit motiv para uma "revolta" tipo tempos modernos se atingisse o poder. Neste momento ele é o número um a par de Sócrates no palco das intenções dos portugueses. Os portugueses sempre gostaram muito do teatro de revista. É neste que ele escolhe os seus líderes. Sócrates percebeu isso e tem sido um óptimo actor muito aplaudido. A partir de agora vai ter de repartir os aplausos. Como Sócrates não é parvo, aguarda-se, dentro em breve, a resposta. Melhor dizendo, vem aí nova revista. Até lá, os empresários do lado de fora estão muito contentes. Coitadinhos...................

Aconselho os leitores a procura dos dizeres dos comentadores oficiais. Não sendo possível, então aguardem.

mmb

jornalista

cp 2754

sábado, 10 de abril de 2010

PEDRO PASSOS COELHO E A REVIRAVOLTA POLÍTICA NACIONAL

A eleição de PPC veio em certa medida levantar os ânimos dos que estão à espera que Portugal se afunde. Estamos no intervalo de algo muito perigoso. O Partido Socialista que até agora teve mão no controlo quase total do "mundo do capital" interno está a perder terreno para o vazio. Vejamos, abriu a caça aos gestores das empresas públicas como escapatória ao descalabro do nosso atolamento. Melhor dizendo, depois dos vários processos escandalosos que não deram em nada havia que mandar para o palco algumas vítimas de reserva para continuar a desviar as atenções da malta ignara. No entrementes, surge um novo actor - já velho - na cena política. As intenções dos gabirus voltam-se para ele na esperança de que ele dê continuidade à sanha devastadora. O homem promete uma palavra de esperança. É verdade! Mas dirigida a quem? Ao povo? Não, certamente. Isso toda a gente o faz. O que ele vai fazer é deixar que se crie melhores condições para as empresas de cariz privado que estão fora da pia estatal. É aliás o que falta fazer. O PS já fez tudo - e até ao limite - para colocar o Estado português na senda de um capitalismo social. Este já deu o que tinha a dar. E a crise internacional contribuiu ainda mais para a falência técnica do Estado. Portugal é, hoje, uma espécie de satélite da URSS após o seu "regresso" ao capitalismo que se materializou com a queda do Muro de Berlim. Resta saber se a directriz neocapitalista-liberalizante que PPC quer implementar terá aceitação no país maior. Isto é, o povo, os sindicatos, as associações pró-públicas, a comunicação social - alguma - os desempregados-subsidiados, a Igreja colada ao erário público, os pensionistas-da-clientela-socilista, etc.
Só com o reforço da autoridade policial e judicial poderá ter êxito o novo líder social-democrata. Porém, para que isso se pudesse verificar era preciso uma vitória nas urnas e a institucionalização de imediato de uma espécie de ditadura.
Oh sim, oh sim, sim sim!
mmb
jornalista
Portugal continua dentro de momentos