segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

DA GERINGONÇA À TRAQUITANA


Os artigos dirigidos a este blogue passarão a ser publicados em



www.maismeio.blogspot.com


www.pressportugal.blogspot.com  vai entrar num período de reflexão... sugerido pelo filósofo de Arroios, um leitor desde a primeira hora e muito crítico antes disso...


Gente de direita, (portuguesa, coisa diferente das direitas europeias) inspirada pela pesporrência  lexical do prof. Vasco Pulido Valente, começou a denominar de geringonça a aliança entre os três ex-grandes "inimigos políticos"; socialistas, comunistas e bloquistas: velhos experientes uns, frescos nas contendas outros, em lutas contra a direita. O advogado António Costa geriu a geringonça à semelhança de países mais "civilizados", cuja experiência colocava acima de tudo os legítimos e altos interesses da pátria (deles). Estou a pensar na Dinamarca, na Suécia, Noruega e mais recentemente a Alemanha. António Costa movimentou-se cá por casa de tal modo que se tornou num modelo de novel  nacionalista. Procurou assentar a sua base de apoio numa maioria. A maioria dos "pobres" portugueses. Uma espécie rara na União Europeia, onde tudo o que possuem está endividado, penhorado ou em vias disso. Costa procurou mantê-los conscientes de que o seu modelo de distribuição de riqueza era o melhor tendo em conta o passado recente e as perspetivas do futuro. Deu-lhes essa ilusão. A ilusão que precisavam ao contrário da miséria de sonho da traquitana (1) onde viajavam em comunhão de adquiridos o PSD e o CDS. Todos ainda temos em memória fresca o gosto salivar do que foi a saída dos que ficaram sem emprego. Saíram com a mala de cartão. Dizem que foram para o estrangeiro cerca de 400.000. Quando eram governo, tanto Passos Coelho quanto Paulo Portas - por terem atrás de si a força  monetária da Troika - estiveram sempre sólidos. Até pareciam verdadeiros governantes, não desfazendo, claro está. Costa, através de uma urdida e bem sucedida planificação parlamentar, foi desfazendo a boa imagem que a coligação de direita construiu perante o seu próprio eleitorado. Quanto mais CDS e PSD estejam unidos ou cada um por si o certo é que os ataques que fazem ao PS e a Costa se transformam em cimento armado que é atirado contra o muro meio esfarelado que dá pelo nome de geringonça. Costa - penso eu - já está a gostar muitíssimo de ser criticado. Parece que é um favor que lhe fazem. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com o roubo de armas em Tancos. Contado por miúdos, saem fortalecidos tanto o Governo quanto a Polícia Judiciária. É assim, sim senhor. Quanto mais lume a traquitana (PSD E CDS, juntos ou em separado) ateia contra Costa e Associados, mais simpáticos ficam vistos pela opinião pública. A PJ fica mais forte em todos os sentidos, o Ministério Público afastou a poderosa PJM e indiretamente o primeiro-ministro António Costa é hoje o mais impoluto político nacional pois tudo que pertence ao circulo da Justiça é com ela que deve ser tratado . Diz ele: nada de misturas. O que é da Justiça é do Carlos Alexandre, perdão é dos Tribunais. A traquitana está a rolar estrada fora mas a desfazer-se. Dentro dela Rui Rio e Assunção Cristas andam aos saltos mal as rodas da sua carroça passam por cima de um calhau. Cristas está afónica ou então fala para surdos. Entretanto, Rui Rio está a ficar muito pouco comunicativo. Então, desde que Bruno de Carvalho se tornou uma verdadeira star, Rio praticamente desapareceu ou foi ofuscado. Quem tem surgido, menos desengonçado, é o advogado Pedro Santana Lopes. Aquilo é que é, sim senhor, ainda não captou  um único  voto para o seu Aliança e já bota figura. Querem ver que ele vai arrumar com os laranjas e roubar votos aos inimigos dos inquilinos pobres? 
Adeus meu povo! Vou saltar de blogue. Beijos e abraços àqueles que perderam o seu tempo com estas linhas ou outras do mesmo autor.

(1) - Carro desconjuntado de quatro rodas para duas pessoas.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A ESQUERDA EMBALSAMADA

Olhemos para o estado dos embalsamados que se encontram na sala dos "Passos Perdidos" da nossa Assembleia da República ou salão de espera. Em  qualquer casa que se preze, quer seja de origem burguesa ou fidalga existe sempre uma sala ou salão de espera. Geralmente o novo-rico, o burguês de raiz e o fidalgo expõem o que de melhor na arte (pinturas valiosas, por exemplo) conseguiram, conforme os casos, comprar ou herdar . Façam um pequeno esforço mental e imaginem os passos perdidos da casa  do senhor Joe Berardo. Embora tenha comprado obras de arte ao quilo, o facto é que teve dedo e sorte nas suas compras. Aquilo eram Picasso, Lichtenstein, etc. Quer dizer, que apesar de um certo desfazamento  entre o  intelecto do proprietário e a linguagem da arte, o que é certo é que o senhor Berardo contribuiu, em muito, para a reconstrução do Portugal cultural, nascido do 25 de Abril de 1974. Há males que vêm por bem, como dizia o outro. Com esta atual esquerda (herdeira da que nasceu com a restauração da democracia que sobreviveu entre  5 de outubro de 1910 até 28 de maio de 1926 em que parece que se votava livremente para se escolher os representantes do poveco) passa-se a mesma coisa. Karl Marx, Lenine e outros "pensadores humanistas" empestaram o mundo com receitas genocidas (as suas teorias implicavam a morte e destruição de uma classe social por outra. Isto é, não deixar ninguém vivo (proprietário, burguês, fidalgo). Bem, também há aqueles pensadores anticomunistas que alinham com diretrizes genocidas. Quer dizer, bombardeiam cidades matando aos milhares dos seus habitantes. Voltemos à sala dos Passos Perdidos. Se dermos uns poucos de passos acabamos por vislumbrar o hemiciclo onde se batem à língua os deputados. O que se passou com o este orçamento que foi aprovado tendo como apoiantes os sacerdotes atuais dos divinos Marx e Lenine? António Costa embalsamou-os. Não sei como o fez, mas o que é certo é que extrema-esquerda (BE) e esquerda-social (PCP) aprovaram todas as medidas que o governo de direita do PS propôs. Houve alguns desaguisados mas isso foi para atirar areia para os olhos. O orçamento passou! A embalsamada Catarina Martins (aspirante a um cargo governativo  futuramente amigada ao PS de direita; o PS de esquerda é o tal que grita OLÉ) para manter o Bloco de Esquerda como uma corrente de pensamento português válido para as urnas teve que riscar tudo que na revolucionária e raivosa doutrina  apregoou junto às massas. Entenda-se por massas uma certa juventude, um certo eleitorado politicamente consciente (valha a verdade) e saudosistas de uma linguagem à Che. Quer dizer, Catarina pertence já ao mundo mitológico da esquerda bem pensante. Mal comparando, às vezes em certas campanhas americanas surgem uns intelectuais - do tipo de professor milionário - que concorre levando atrás de si aquela juventude académica que tem horror ao trabalho e à guerra, que adora filmes de esquerda, umas passas e muita festa. Chegam aos 15% do eleitorado yankee. É obra! É o destino de Catarina. Ela que não deixou que o BE se transformasse num PRD do senhor Eanes (já proposto a marechal) pois o inócuo mentor Louçã foi pregar para outra freguesia. Ela sabe que para continuar a ter voz  e vida em São Bento terá que se colar ao PS de Costa. De outro modo resta-lhe fazer parte dos embalsamados dos Passos Perdidos. Uma palavra para outro embalsamado do museu dos Passos Perdidos. Jerónimo de Sousa aguentar-se-á o tempo de vida dos velhos e velhas comunistas. Os jovens comunistas que aderem ao PCP fazem-no por hereditariedade, o que liofilizarará o partido muito depressa. O PCP não cresce. Os operários e as camponesas, que usam telemóveis e vão ao cabeleireiro, que se deslocam em viaturas como os seus inimigos burgueses a quem desejavam matar à Marx, já não sentem aquele ódio genocida de classe tão intensamente quanto aqueles funcionários do partido que passaram metade das suas vidas na prisão. O PS de António Costa, um PS tipicamente partido de direita higiénica europeia, embalsamou todos os seus adversários. Eh pá, e o CDS e o PSD? Não tem problema. Ambos estão, por enquanto, metidos num aquário. Ora bem. Voltemos para a entrada dos Passos Perdidos. O embalsamador Costa, qual guia turístico, apresenta-se como guarda diurno. Minhas senhoras e meus senhores: aqui à minha esquerda temos a embalsamada Catarina Martins. Por debaixo dela pode ver-se uma gaveta que contém uma disquete. Logo a seguir e também em tamanho natural temos o último pacifista e pregador estalinista, Jerónimo de Sousa. Por debaixo dele, em vez de disquete aparece-nos uma cassete. Por que razão nem Assunção Cristas nem Rui Rio já não estão embalsamados? Serão os últimos a ir para o laboratório, pois o nosso embalsamador anda à procura do Arménio Carlos e do Mário Nogueira que são os que estão à vez. Já tivemos um homem assim na nossa história recente. Só que ele usava o terror e a polícia política para embalsamar. Também se chamava António, por acaso. O que é que este António tem? Acho que tem muito dinheiro e o distribui cristãmente. Os portugueses estão mais contentes. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

QUE MILAGRE FOI ESSE DE O EURO SE TER IMPOSTO NO MUNDO QUE PERTENCIA AO DÓLAR?


INVENTEMOS: O EUROMARCO

Passa pela cabeça de alguém que o euro poderia sobreviver sem a Alemanha o ter amparado perante o mundo das economias? Imaginemos o euro tendo à cabeça a França. Quem confiava aos gauleses mais do que meia coroa de milho torrado? A França a dirigir o mundo europeu??? Mesmo aliada à Espanha, à Itália, à Suécia, etc e tal, quem olharia direito para estes desgraçados como exemplos de uma qualquer economia que repousasse na confiança de uma moeda que veio a emparelhar com o poderoso dólar norte-americano? Sem a Alemanha no plantel esta Europa do euro não existe. Imaginemos o euro sob a orientação francesa: onde já estaria esta moeda forte que cobre transações por todo o planeta? Mas é preciso alguém perceber de economia para poder afirmar que o nosso euro não é mais do que um euromarco encapotado. A Alemanha mantém-se forte enquanto a França, a Itália e a Espanha estão a desagregar-se. A França, entra dia sai dia, depara-se com motins de rua, a sua Segurança Social deixou de funcionar em 40 por cento. Os impostos subiram de tal maneira que até os próprios franceses escolheram há muito investir fora do país. Se não fosse este novo apogeu germânico - que a tem suportado - a pátria de Napoleão já tinha entregue à Le Pen a solução da situação. É olhar para a sua história recente e desenterrar o De Gaulle... A Itália está à Le Pen. Isto é, o Norte puxa a corda e o Sul faz contabilidade à la Don Corleone. A Espanha já perdeu a vergonha. Isto é, mantém em prisão cidadãos da Catalunha por delito de opinião. E o tal Caudilho está mais que morto. Enterrado não está pois vai ser expulso da sua última morada. Não pagava renda à História. É uma espécie de nazi agora despejado. A França que também alinhou com os nazis (que o diga o nosso (por nós) escondido heróico e histórico cônsul de Bordéus, Aristides de Sousa Mendes) soube safar-se à custa de uns Sartres de trazer por casa. A França sempre foi puta em coisas de cultura. A Madame Bovary está-lhes no sangue. E Portugal? Não, não se pergunta ao Eça. Lembram-se do maior inimigo de Afonso Costa? Eram os grevistas! Enquanto não deram cabo da Primeira República não descansaram. Agora, temos um primeiro-ministro que também é Costa mas não Afonso. O nosso António chupa todas as semanas com uma greve cirúrgica. Imagine-se o que estão agora a fazer à Alemanha: impedindo que a produção de carros alemães saia das suas  fábricas  situadas no nosso país. É de doidos. Querem matar uma das galinhas dos ovos de oiro que têm mantido esta pedrada economia como um bom exemplo a seguir. António Costa têm de "falar" com os estivadores. É que para além de eles terem a razão pelo seu lado nas suas reivindicações  eles representam um poder imenso que se cai nas mãos erradas não há governo que se segure por mais compagnons de route que se amem, unam ou se abracem em nome de uma muralha antidireita. Nós estamos para o euromarco como o Santuário de Fátima para as esmolas. O português está sempre a pedir fiado e milagres. De entre estes é assim: um dinheirinho querida Santa. E dirigem-se mais à Mãe do que ao Filho pois este é mais judeu para dar. A Mãe merece templos e santuáríos porque apesar de muito receber é ela que alimenta legiões de retalhistas, de sacerdotisas e ministros (de Deus). 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O PAÍS ESTÁ SUSPENSO DA DECISÃO DO JUÍZ .DO BARREIRO

Um antigo colega meu, que é adepto do Sporting Clube de Futebol e a quem assuntos respeitantes a Aristóteles, kant e Estaline lubrificaram-lhe a  torre de controlo, interveio no espaço dedicado à Opinião Pública; uma rubrica matutina da SICNotícias. Eu estava meio a dormir meio acordado e a coscuvilhar a vida de dom João V (num livrito que acompanha o semanário Expresso)  quando lhe reconheci a voz. Tratava-se do assunto do dia, das semanas, dos meses e se o bom Deus portuguelizado dos judeus não nos acode temos coisa para um ano ou mais. É só a Press lusitana querer e depois é só chuparmos a sua alongada difusão. Eu amava o zapping, mas qual quê, mudar de canal para quê se é tudo futebol? Para quê irritar-me com dom João V, o esbanjador de ouro e diamantes que só catedrais e mosteiros de luxo mandou construir descurando estradas e portos, por exemplo,  se eu vivo num lodaçal neuronal que nos arrasta dia após dia para um quadro social que julgávamos ter terminado em abril de 1974? E Afonso Gonçalves (o filósofo de Arroios e divinizador do estagirita) a falar em significado e significante, pois irritara-se com o conceito de terrorista malparado por quem de direito. E disse mais coisas que não entendi sobre terrorismo, mas que procurarei reavivar no nosso próximo encontro recheado de altas filosofias  onde Vénus de alcova é visualizada  e é onde   melhor me adapto para repescar  forças para fazer frente aos custos no futuro de um possível alzheimer e outros compagnons de route tais como os antibióticos. De repente, e enquanto escrevia este texto, as notícias saltam da pantalha e salvam a imagem  da nação: Bruno de Carvalho sai em liberdade apesar de ser obrigado a apresentar-se diariamente numa esquadra de polícia e de ter de arrotar com 70.000 euros de caução (ai o que não faria eu com este cacau. Bem, eu e o filósofo de Arroios em puras e mitológicas encenações, claro está).  Esta postura do Juiz do Barreiro tem peso histórico. Mais tarde havemos de a estudar em termos políticos. Chocou muita gente a acusação  de terrorismo a uns tantos malucos da bola. Gerou-se de todo uma grande confusão nas tolas de muito boa gente. E muito boa gente amiga de arruaças passou a ter o rabinho apertado não lhe fossem bater com muito estardalhaço à porta e depois de vasculharem os trapos a levasse ao canil onde geralmente são enviados os prevaricadores. Bem, a não ser que Ana Leal - que prometeu que logo à noite vai tratar  certos grupos violentos com o mesmo apetite com que abafou a IURD - venha ajudar e a enriquecer o conceito de terrorismo. Tivemos ainda recentemente entre nós grupos que praticaram atos de terror chegando a cometer homicídios e que foram tratados como associação criminosa. Foram julgados e pouco tempo depois amnistiados. A área é pertença da política!!! No caso recente e acerca de coisas do futebol, enfileirá-los em designação terrorista parecia demasiado e até certo ponto contraditório. O Juiz de Instrução do Barreiro, com a sua apreciação, veio contribuir em muito para dignificar a Justiça. Espero que faça escola. Este Juiz é um Juiz constitucional. Já podemos dormir descansados!

Nota: sou benfiquista!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

O PADRE MANUEL ANTUNES, O MITO E O LOGOS E OS PARECERES DE ALGUNS NACOS CEREBRAIS

Naturalmente, a convite do Jornal de Letras, dirigido pelo  ex-antifascista José Carlos de Vasconcelos, alguns nacos cerebrais da nossa comunidade letrada e não só (1) puseram-se a debitar encómios para serem encaixados no conhecido quinzenário e relativos ao centenário do nascimento do padre Manuel Antunes. As baboseiras ronhosas  foram tantas que mais pareciam discursos de parabentalização dos cem anos da avozinha do Capuchinho Vermelho muito antes de ser comida pelo Lobo Mau.  Fui aluno do Padre da História da Cultura Clássica. O que ele dizia nas aulas repetidamente entra ano sai ano era sempre o mesmo, com algumas exceções relativos a acrescentos provenientes das suas investigações em períodos de férias. Comprar a sebenta com aquilo que ele debitava qual gravador audível em baixos decibéis era o mesmo que assistir às suas aulas cheio de sono que ele também fomentava inocentemente. O Homem sabia tudo e mais qualquer coisa. Era para mim uma autêntica pipa de saberes. Falava línguas mortas ou de antigos (re)vivos textualmente. Lia-as nos originais. Quase que apostava que ele sabia mais coisas sobre os Gregos do que eles sabiam de si próprios. Era um sábio enciclopedista. Hoje, seria comparado a uma wikipédia volante, mas muito mais rigorosa e científica. Ouvi-lo discernir sobre o Mito e o Logos era cá uma coisa tão intensa que se podia comparar com uma descida ao Hades logo seguida a uma subida  ao Olimpo. A maioria não percebia nada do que o bom Padre narrava com palavras recheadas de bolor conventual. A sua Cadeira servia vários cursos. Derramava cultura sobre todos e todas aqueles  que frequentavam as salas de aula e que certamente se autopropunham para serem mais tarde considerados a futura elite intelectual e nacional. Coisas do Estado Novo ao pretender formar o seu futuro escol representativo. O Padre colaborava com o censório Estado Novo como quem vai obrigado à missa de domingo para não ser visto como suspeito do pároco, das beatas e dos bufos. Quer dizer, para não ser mal visto. Era como todos nós, que embora não colaborando, permitíamos em consciência aquela pouca vergonha. Claro que houve exceções, mas estas cabiam a funcionários efetivos do Partido Comunista que vivia de remunerações e donativos provenientes do Kremlin. A aulas de Manuel Antunes eram chatas e peganhentas. As Aulas Práticas, dadas por uma assistente do tipo mnésico repetitivo, eram cá outra pegada de dinossauro: Ulisses e as suas rotas marítimas até que voltasse para a sua Penélope tornada virgem tantos foram os anos a seco que passou longe do aventureiro , seu homem,  e dos seus excessos sexuais (digo eu que naquela altura dava lugar a "despejo" qualquer atitude depravada conotada com a área dos prazeres. Para terminar, pois quem quiser saber o que fora aquela pipa de saber mas não de sabores na boca de graxas intelectuais que leia os tais nacos cerebrais no JL. Dizia eu, que uma coisa era ler os Diálogos Platónicos e abrir a boca de espanto com tanta interação entre aprendiz e mestre, outra era ouvir falar de Filosofia por quem não tinha a elasticidade socrática. Talvez Manuel Antunes soubesse mais do que um Sócrates e um Platão juntos, mas que me fizesse vibrar como eles isso é já outra conversa. 

(1) - Ramalho Eanes, G. Oliveira Martins, José Eduardo Franco, Lídia Jorge, Luís Machado de Abreu, Luísa Ribeiro Ferreira e o Miguel Real que na altura em que era aluno de Manuel Antunes utilizava outro nome.

domingo, 4 de novembro de 2018

O PRÓXIMO DILEMA DO PROFESSOR MARCELO: RECANDIDATURA

Alguns pisteiros já começaram a aventar a hipótese de o prof. Marcelo não se recandidatar à Presidência da República. O próprio dá a entender que sim e que não. O costume! O senhor Presidente da República é hoje prisioneiro de um edifício prisional que ele lucidamente construiu. Hoje, considerado o querido senhor Presidente, ninguém daquela oposição costumeira se atreve a combatê-lo porque isso poderá sair caro pois há um eleitorado que se lhe rendeu de norte a sul. Comunistas e bloquistas caladinhos. Ofender o senhor Presidente é quase equivalente a denegrir o Milagre de Fátima. Nos dias de hoje até os descrentes olham para o lado. Deixa passar! Que diferença entre Marcelo e Cavaco. A este ninguém o poupou nem o poupa. Há um ou outro jornalista mais afoito que insiste no mistério de Tancos. O Presidente, Comandante Supremo Nacional das Forças Militares, responde e bem. Com quê? Com a maior parada militar dos últimos 44 anos . Isto e o seu discurso fecham qualquer hipótese que coloque em causa as Forças Armadas. Foi uma resposta musculada e à antiga maneira portuguesa. Já não era sem tempo! Recuai maledicentes que nem tudo é para destruir! Marcelo vai a todas. E em todas é bem vindo. Ah, e todos aqueles que anseiam por boleia da sua "bela" imagem esticam-se a seu lado. Mais um pouco e Marcelo confundir-se-á com Portugal. Se Marcelo optar por não se recandidatar vai ter tanto ou mais peso público quanto  a vidente Lúcia. Ele sabe-o. "Santificada" em vida era visitada por fieis de todo o mundo. Marcelo sabe que está a milímetros de atingir o maior estado de graça de um político jamais alcançado entre nós, exceção feita a Dom Sebastião. Salvo seja! Continuar, vai borrar a pintura! Esta é a prisão dourada com que o nosso querido Presidente convive e vive. Marcelo não é um político! Marcelo fez política, o que é diferente. E António Costa? Já aqui nestas colunas se disse tratar-se de um dos mais inteligentes senão o mais inteligente dos políticos portugueses. Por esta razão, enquanto governa olha para a circum-navegação de Marcelo. Quanto mais créditos arrecada Marcelo mais Costa o incensa. De tal maneira que se transformou num seu alter ego. Melhor dizendo: Costa não é de esquerda. Também não é de direita. Não é do centro. Também não é dos extremos. Ele é Marcelo. É o seu herdeiro. Não foi legitimado. Legitimou-se. E a nossa direita e extrema-direita? Lembram-se do comboio que levou Lenine à Rússia? Lacrado até à chegada, digo eu, até às próximas legislativas. Claro que tudo está dependente do que  a economia ditará. Se ela engonhar não haverá ícones que se mantenham de pé. Se a informação sobre o futuro estiver ao alcance de Marcelo, certamente que ele não se recandidatará. Querem apostar?

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

CABRITA, EDUARDO: UM MINISTRO DOS TEMPOS MODERNOS


O senhor Eduardo Cabrita, ministro  da Administração Interna -  a quem as polícias devem obedecer politicamente (não sei o que isto quer dizer mas deve haver quem saiba) -  condenou a publicação de fotografias de uns fugitivos, que tinham sido recapturados pelos agentes da PSP  (cuja ação foi  coadjuvada pela denúncia da namorada de um deles), a quem os juízes de instrução tinham aplicado  a mais potente-gravosa medida de coação: prisão preventiva.  Se, por um lado, a maioria da população esteve de acordo com a publicação  das fotos, já outros portugueses comungaram com as palavras acusatórias  de Sua Excelência. Os homens praticavam furtos. Num país de muitos corruptos e de muitos ladrões (se duvidam leiam, por favor, o Correio da Manhã), a verdade é que quando se assaltam bancos (organizações que uns tempos a esta parte roubam descaradamente os portugueses) certa malta fica contente. Pois o ditado que diz: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, não é desprezível. Eu próprio fico contente quando alguém consegue roubar um banco sem ferir nem matar ninguém. (o assalto no século passado ao BdP da Figueira da Foz foi tão giro). Posto esta asserção, passemos adiante. No caso dos fugitivos (que até eram gémeos) a ação deles é de pura malvadez para com idosos. Assaltavam-nos (porra eu sou um idoso) e não contentes com isso batiam-lhes sem dó nem piedade cristã. Tudo isto veio relatado pelos órgãos de comunicação social. Claro que este tipo de violência em quem não se pode defender faz crescer muita raiva. Estou em crer que se metessem numa sala meia dúzia de idosos, cada um com o seu varapau, a rodear os cativos bem amarrados que não lhes restaria pulmões para respirar nem ossos para se porem de pé. Digo eu que nunca vi cena como esta. É só uma experimentação... Pagava para estar lá... Em que é que ficamos: condena-se a publicação dos malfeitores "gerontofóbicos" (1)   ou manda-se o ministro  fazer as necessidades numa retrete massai, lá para os lados de Mombaça? Pessoalmente, acho que todos têm direitos adquiridos e que estão esparrachados na Constituição Portuguesa. Umas vezes a Constituição é Mãe, noutras deu para adoção... Bastava o senhor ministro ter escrito uma carta ao comandante da operação a explicar pedagogicamente que aquilo não se deve fazer por que dá má nota ao País lá fora e não borrava ainda mais a imagem da PSP. Não tem dois dias, quando as televisões publicaram fotos do aeroporto de Lisboa (general Delgado) com a notícia de que um agente policial teria ficado com 300 euros de uma carteira que fora achada por um turista e que lhe fora entregue. Fizeram um chinfrim dos demónios. Não vi ninguém levantar-se e dizer que o polícia também tinha direitos. E que não sendo condenado presumia-se inocente. Nem o ministro Cabrita veio a público para relembrar que somos um País Moderno Europeu. Mais a mais tratando-se de um seu subordinado, fica-lhe muito mal ter dois pesos e duas medidas. Defender um polícia (ainda que presumivelmente inocente) é pior do que defender os direitos de um trio de facínoras e algozes de velhos e velhas indefesos? Depois do mal estar feito que interesse há em recriminar sem aplicar uma pedagogia que modifique  comportamentos desviantes. Não faz sentido proceder de outra maneira se de facto queremos apanhar o comboio dos "civilizados" europeus a quem nos entregámos para adoção e sem a ajuda da IURD.

(1) -  Ódio aos velhos com intenção de os maltratar e roubar. É este o sentido da palavra. 

terça-feira, 16 de outubro de 2018

"MOURAMOTO" OU A VOLTA DE MANUELA MOURA GUEDES

Manuela Moura Guedes, da TVI, não é a mesma que agora é entrevistada pelo Rodrigo Carvalho, que também deu em escritor, na SIC (às segundas-feiras logo após o telejornal das 20.00 horas). A "terrível" jornalista era senhora de um programa e tinha colaboradores que investigavam temas quentes. Abria o telejornal e ela avisava: sou a Manuela Moura Guedes. Mal ela abria a boca (que inspirou vários cartoonistas) muitos políticos e administradores-políticos estremeciam, sobretudo o então primeiro-ministro, eng. José Sócrates. A porrada era tanta (perdoem o plebeísmo, é que sou plebeu dos quatro costados) que até se diz que J. Sócrates tentou mandar na TVI através de espanholadas para correr com ela. Dizem, que eu não estava lá. O mundo mediático, invejoso e da má língua nacional aguardava inquieto o seu grito de guerra: EU SOU A MANUELA MOURA GUEDES. Os seus jornalistas e repórteres de imagem perseguiam as suas vítimas até ao bidé. Acredito que a muitos o trânsito intestinal tivesse ficado alterado para pior. Que me lembre, só uma personalidade lhe fez críticas diretas e que fora convidado para intervir no seu programa: o desbragado Marinho e Pinto, jornalista, advogado e agora deputado europeu. Foi uma cena! Marinho perdeu o controlo e alterou-se em defesa dos figurantes que eram alvo das investigações de MMG. Não vou trazer o passado da apresentadora para aqui. Mas o que é certo é que esse célebre programa foi abafado e MMG foi de férias. Moura Guedes é bem nascida e esteve sempre a marimbar-se para a cultura do politicamente correto ou mesmo para a parolice dos que por mais que não queiram não passam de pirosos e que de um momento para o outro - imaginem - mandam na gente. Vem-lhe daí muita força psicológica. Bem, ela está-se nas tintas para o modelo imposto pelos que dominam este "Portugal pós-25 de Abril". Bem, e agora, onde está o tal berro que ela dava na TVI? A partir daqui vou inventar: a SIC, em virtude de "baixo rendimento" resolveu ir ao mercado buscar artistas de primeiro plano para não ficar para trás nas audiências. Sousa Tavares já não rendia o necessário como comentador e até estava a ser ultrapassado por um empresário-comentador (J.Júdice) na TVI. Sai Miguel ST e entra quem para chamar espreitadores de telejornais? No panorama de comentadores não se encontra ninguém que não chateie a molécula ao parceiro. Rodrigo Guedes de Carvalho e Clara de Sousa já estão gastos de imagem. É sempre a mesma lenga-lenga. Venha a Manuela! Eh pá, vocês sabem onde se vão meter? É um risco! E foi! Os temas que ela comentou na passada segunda-feira já estavam mais que escoados. Só que ela, a MMG, apimentou tudo que Rodrigo lhe propôs comentar como PROCURADORA. Quer dizer, procura notícias para comentar. Bandalheira, disse ela do que se passou em Tancos e não só! Depois, "espancou" ministros que saíram. O sorumbático Rodrigo fez uma cara de quem está a assistir a uma missa e ao lado dele está um cristão a tentar apalpar as nádegas a uma beata nova e disse-lhe: o tempo esgotou Manuela. Agora só para a semana. E logo ela que tinha muito mais a dizer... A questão que se levanta é a seguinte: será Manuela Moura Guedes uma comentadora ao serviço da SIC? Se é arrasta a SIC para as suas posições. Compromete a estação tanto quanto comprometeu politicamente a TVI. Não representando nenhum partido político será ela uma comentadora independente? Pode dizer o que quiser e como quiser? Se é assim torna-se na mulher mais poderosa do nosso quintal. Está por sua conta! Estará a SIC  desesperada no que diz respeito à tesouraria? Isto só o dom Francisco é que sabe! Bem, para terminar esta conversa de café: será que na próxima aparição de MMG ouviremos: sou A MANUELA MOURA GUEDES ou ela irá reformular o modo como chicoteia figurantes e temas com o seu léxico de traulitadas e fogosas palavras, já amansada pelo olhar reprovador do idoso (em tempo de serviço) apresentador?

Nota: Será que Manuela Moura Guedes vem inaugurar uma nova maneira de fazer televisão que já se assiste pelo mundo ocidental e que terá a cumplicidade e cobertura total da SIC?Mais, que eu me enganei ao analisar o fácies de Rodrigo Carvalho sendo este apenas o rigoroso controlador do tempo de antena?

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

MOÇA DE ALTERNE, PROFISSIONAL DO SEXO E OPERADORA TÉCNICA DE APOIO SEXUAL

Alterne (consulta do dicionário Priberam):
substantivo masculino
Atividade realizada por mulher contratada por estabelecimento noturno para fazer companhia aos clientes e estimular as suas despesas de consumo (ex: casa de alterne); adj. f. s.f., diz-se de ou profissional do alterne.

Profissional do sexo:
Em Nova Yorque há - como em todo o mundo - empresários e empresárias que dirigem mulheres que oferecem o corpo a fim de praticar sexo com clientes. De graça não é!

Operadora técnica de apoio sexual:
Diz respeito a profissionais que para além de relações sexuais normais permitem o sexo anal. Pagando, claro!

As mulheres que prestam os serviços atrás referidos recebem à peça diariamente, ou noutras ocasiões e dependendo da entidade patronal podem vir a receber à semana ou ao mês.

O caso Cristiano Ronaldo é apenas  aqui referido pelo que  os meios de comunicação social transmitiram. Muitos deles difundem informações afirmando saber que as acusações constam do processo contra ele. 

Por aquilo que se ouviu e viu parece que a americana - mais famosa do momento - pertencia ao primeiro grupo. Isto é, apenas incentivava ao consumo de bebidas não praticando a prostituição. Claro que há alternadeiras que acumulam duas ou mais tarefas. Não parece ser o caso. 

Pelo que se viu, ela seduziu-o agarrando-se a ele Cristiano na boate onde trabalhava como alternadeira. O facto de ela sair do local de trabalho depois de se enrolar com ele e aceitar o seu convite  para ir até ao seu quarto permite colocar em dúvida as suas declarações. Claro que o desmontar de todo o percurso que a leva até a uma esquadra e a participar muitas horas depois do que chamou de violação e que a Justiça Americana também insere no mesmo conceito, pertence à polícia de investigação criminal. Quando se é acusado de violação nos Estados Unidos pode-se encomendar a alma ao diabo. Ou fugir, como acontece a muitos que foram perseguidos e presos.  Mesmo que fujam, os americanos vão buscá-los onde estiverem. Ou pedem a sua expatriação. Tudo isto se sabe através das notícias que os órgãos de comunicação social "apregoaram". Claro que não tem havido da parte dos comunicadores qualquer vontade de o defender minimamente. As polícias terão de medir o tamanho do pénis do futebolista. Penso que é importante para se inferir dos estragos. O maior jogador do mundo terá também o maior pénis do mundo? Caso é!!! Que raio! Teria a americana pensado que ele teria um pénis do tamanho dos seus conterrâneos? Dizem que é pequeno. Dizem que eu nunca provei! E depois, quando começou a senti-lo (na Madeira as bananas são famosas pelo tamanho), ai madrinha que me matas! E Ronaldo frente à baliza vai desistir de marcar golo? Está compenetrado a cem por cento. Não ouve a sua consciência. Aliás esta estará fora da cabeça. Penso eu. Ela disse bem claro que não queria. Ele não para, logo comete violação. Na América é assim. Nos países latinos, acho eu que é diferente. São culturas diferentes. Para os americanos só conta a vagina e as mamas. Para os latinos, tudo que é buraco é um amanho. Pobre moça! Pouca cultura, é o que é! Depois, as americanas quando conseguem recolher o sémen dos machos que as fornicam guardam-no para futuras ações. O Presidente Clinton não foi vítima da Mónica? Ah, parece que foi sexo oral! Passados uns tempos, ela passa de vitimária a vítima. A americana começou por ser a caçadora. O nosso banana ficou fascinado. Quem não ficaria? O Padre Cruz não ficaria. Ele era um santo, não jogava futebol e era um teso (pobretanas).  Todos querem dar conselhos a Ronaldo. Eu não escaparei a esta sina. Ronaldo, por favor, vão chupar-te os milhões que ganhaste  nos campos e na venda da tua imagem. Põe tudo o que tens no nome de tua mãe mas obriga-a a assinar um contrato em que ela te devolverá tudo, cobrando apenas uma percentagem de amiga. Se não te cuidas ficarás como um Galo da Madeira todo depenado. Olha bem para  o que aconteceu àqueles que foram apanhados nas malhas da justiça. Vão aparecer dezenas de mulheres que te vão acusar disto e daquilo. Que lhes foste ao pacote mesmo em sonhos. Haverá sempre um advogado que vai fazer com que fiques sem uns milhões por isto e por aquilo. Por "sexo-pós-traumático". Eu sei lá o quê. Que alegrias nos destes na nossa seleção. O que fizeste no Manchester, no Real Madrid e agora na Juventus mesmo ainda sem jogares... Tu o melhor do mundo, o orgulho de todos até do nosso Presidente. Tinhas o mundo na mão e de um dia para o outro já te estão a tirar a tua imagem de tudo que te enchia os bolsos. Tens um aeroporto com o teu nome. Que irá acontecer? A americana quer dinheiro? Dá-lho! Me Too está à coca! Ninguém vai escapar à vingança das mulheres que foram escravizadas muito antes da Arca de Noé ter encalhado no Monte Ararat. Elas querem sangue! Seria bom dizer-lhes que fazer sexo com elas mete violência, força e cadência. Então um desgraçado está no ato e de repente, a mulher diz: para! para! Se um homem não se aguentar e já não tiver travões fica logo ao alcance de uma acusação de violação. Terá sido o caso Ronaldo? Um homem não é de pau! Dizem que há os que o têm! Pobres mulheres! Já estou a arrastar as botas, mas se pudesse eu corria para uma qualquer esquadra e denunciava o assédio a que fosse sujeito. E isto só para as ver algemadas a entrar no carro da polícia. Senhor guarda, olhe-me só para o estado do meu pénis! Tem ADN! Tem saliva, meu bom guarda! O que fazer daqui para a frente? Não foder! Fiquem a seco suas noviças de um raio!


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

UM PRIMEIRO-MINISTRO QUE È UM DIPLOMATA E UM DIPLOMATA QUE É PRIMEIRO-MISTRO

Tenho seguido António Costa desde que foi um forte Ministro da Justiça até hoje catapultado em PM. Aos poucos vou compondo o seu retrato psicológico, político, social, etc. Vejo-o como um calmo quebra-mar a receber a fúria das ondas que se formam constantemente. Diria, perante os factos, que há mais quebra-mar que ondas das marés. Isto é, fez Costa da sua atuação um ato de pura diplomacia. Só uma vez me pareceu "irritante". Foi quando foi abordado (ou quase assediado) por uma jornalista atrevidota que lhe surgiu pela frente vindo da parte detrás de uma viatura. Está neste momento a ser entrevistado por Judite de Sousa que usa uma cabeleira modelo Felícia Cabrita coadjuvada por um dos responsáveis pela antiga estação de televisão entregue à Igreja Católica. Não lhe sei o nome, mas parece-me mais um ricaço intelectual português do que um aguerrido noticiarista. A dupla "TVIsta" colocou ao PM toda a salgalhada que anda na boca dos comentadores. Todas as perguntas do casal   levaram de AC respostas  simplificadas. Isto é, não lançou farpas a ninguém. Não mandou recados a ninguém. Nem à quase elegante Cristas que não se farta de "falar mal e pelos cotovelos" dele à procura de lugares nos assentos parlamentares. Tenha calma o leitor! Não estou a blogar tendo tirado o som do televisor. Eu ouvi-o e bem. Gosto de pessoas educadas e inteligentes. Gosto de António Costa como pacificador desta poça de venenosos que se escaparam do escrutínio de qualidade e se escondem nos corredores ou cofres  do Estado e que se transformaram em peçonhentas personagens. Até o poveco ignaro tem dificuldade  em engoli-los. Receitas e despesas, incêndios, roubo de armas, estabilidade política, crescimento económico, coligação e parceiros, IRS, aumentos e outras picuinhices formaram um todo. Costa como pedagogo agiu como se tratasse de um plano para uma unidade letiva onde todos nós podemos participar. Tem  a palavra a oposição.  Espera, está o senhor deputado Montenegro a falar. Está a desvalorizar o discurso do PM. Eh pá, está a fazer o seu papel! Montenegro quer aumento da riqueza e crescimento económico. Ó senhor Montenegro!, então quando há mais riqueza ela em vez de ser distribuída pelos tesos vai sempre cair na bolsa dos ricos e dos que muito têm. Vou terminar. Quer o senhor Montenegro que o PM diga se está mais para a esquerda ou se está mais para a direita. Conhecendo Costa como eu o conheço (1) só me posso rir. Rir e muito. Bem, vou esperar mais um pouco para não estar a tomar partido coisa que me afeta a circulação do sangue. Ferreira Leite, Bernardino Soares, Fernando Medina  estiveram respeitáveis. Paulo Pereira comentador da TVI esteve bem sobretudo quando referiu a ginástica de Costa sobre o IVA na eletricidade. E não é que fiquei influenciado com a lição diplomática de António Costa. Isto é, não falei mal de ninguém neste texto. Eu sou um cavalheiro, disse de mim para mim.
(1) - Conheço António Costa da televisão. Nem uma selfie sequer consegui.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

SERÁ QUE O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NÃO FAZ PARTE DA TESOURARIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS PORTUGUESES?

Há dois partidos políticos portugueses que são muito ricos: PS e PSD. Têm dívidas, sim senhor, mas quem é que sendo rico  não deve, nem que seja para disfarçar? Em que períodos na sua história é que nadaram em dinheiro? Será que o PSD no tempo do prof. Cavaco Silva e o PS no período de maioria absoluta do eng. José Sócrates não apresentaram superavit a dar com pau? Sabemos que os militantes não são bons pagadores de cotas. São caloteiros anódinos e isso sabe-se quando há eleições internas ou outras. Por exemplo, no tempo do cavaquismo, o PSD comprou a pronto a sua excelente sede. Olhem bem que não fui eu que passei o cheque, nem sequer a Tia Margarida Augusta Pétala se condoeu. Também não contribuíram para aquele luxo os apreciadores-simpatizantes laranjas. No tempo de José Sócrates o PS esteve em toda a parte a pedir votos e mais votos. Tudo isto custa um dinheirão. Hotéis, caravanas, espetáculos com artistas convidados pagos a peso de prata, gasolinas, almoços, jantares e ceias, aspirinas, despesas em bares, enfim um sem número de despesas levadas da breca que é preciso fazer e pagar. Houve até um deputado laranja que foi mandado parar pela polícia quando conduzia uma viatura e para espanto da autoridade no banco de trás havia um saco com muita massaroca. Massaroca para o partido. Existe uma lei que proíbe os partidos de receberem quantias excessivas de privados. Ao prevaricar, não estarão a entrar no mundo do crime? Eu penso que sim! No passado, não muito distante, um ex-primeiro-ministro italiano teve de fugir da pátria para não ir dentro e tudo por ter facilitado a entrada de verbas estrambóticas nos cofres do seu partido. Também houve casos em que o CDS se viu envolvido devido a ter recebido via conta bancária umas centenas de milhar de euros. Cuidado, não se conseguiu provar nada e o CDS continuou sempre a olhar para a frente, que é como quem diz só os cúmplices alemães é que foram engaiolados. Com a nova Procuradora-Geral da República irão os partidos mostrar como é que se faz uma campanha com pataca e meia? Não correrão sérios riscos os seus responsáveis ao serem tomados como unhas-de-fome ou então de fabricarem moeda falsa. Isto é, colocam numa caixa (pode ser uma urna) uma nota de cem euros. Depois, enfiam pela ranhura duas notas de quinhentos euros. Deixam ficar em-banho-maria durante um dia e uma noite. O resultado é qualquer coisa como a multiplicação dos papo-secos nas margens das areias do deserto. Também acho que há pessoas que sabem demais acerca dos dinheiros dos partidos. E sendo perseguidos pelas autoridades policiais sob a alçada do MP, será que se calarão quando tiverem de prestar declarações? Isto, claro, se houver inquéritos. O que aqui se escreve não passa de hipóteses e para encher tempo de letra para blogue. Os tempos que se aproximam vão ser terríveis para os partidos, pois terão de ser investigados mal acabem as investigações ao Benfica?... Toca a todos?  Não esquecer que neste país a Justiça vai a todos. Não a todos ao mesmo tempo. Por isso, ou põem as barbas de molho ou se deixam de rir quando o mal ataca outros ou outras. Tomem nota: depois de o Ministério Público ter mandado prender desde o duque ao pária mais ninguém está seguro. Ninguém está livre de não ir parar (depois de convidado) a uma esquadra para prestar declarações como testemunha e sair de lá como arguido TIR. Eu acho que só falta prender freiras. Estarei enganado? Eu já ouvi numa conversa de café que elas é que levavam debaixo das saias as notas das esmolas. Eu acho que não! Mas nunca se sabe. As várias Igrejas que assentaram praça em Portugal lidam com milhões. E quanto ao Fisco? Isso já não sei! O que sei é que cada vez mais é difícil fugir ao cumprimento da lei, sobretudo a lei dos "trocos". Vão todos comer pela mesma bitola. Tenho esperança na nova Procuradora-Geral. 

sábado, 22 de setembro de 2018

VITÓRIA SEXENAL DE ANTÓNIO COSTA SOBRE A PROCURADORA-GERAL?

Mal o senhor António Costa saboreava o fim da  sexenal nomeação (1) da senhora dona Joana Vidal líder da Procuradoria-Geral da República, já o seu colega orgânico, (2) Marcelo Rebelo de Sousa, vinha a público - através  do hoje mais forte meio de comunicação social - comer um pouco do impacto que a vitória política do Primeiro-Ministro  fizera e que levou ao lamber dos beiços a muitos socialistas. E não só? Não, só! PC E BE estão fora da cidade. A senhora dona Joana Vidal tinha sido recebida pelo senhor Presidente havia dois dias antes de uma outra senhora ter sido proposta, aceite e nomeada Procuradora-Geral. Os jornalistas sequiosos questionaram-na após a "visita cordial", há dobragem sexenal?: nada para ninguém. Nas televisões, os comentadores, em especial um, acusaram o Presidente de  estar a meter a foice em seara alheia. O Presidente responde via site oficial da Presidência. Que não, que fora mal entendido ou mal compreendido. Coisas de comentadores para comentadores... E a malta interessada? De boca fechada por causa das moscas Lucilia Sericata. 
As várias Lucilias Sericatas que sem se fazerem convidadas se puseram a ouvir a conversa.
UM:
Manter aquela senhora irá demonstrar que não tenho uma palavra a dizer sobre a sexenal, coisa contrária à Lei Fundamental.
DOIS:
Vamos fazer o seguinte: eu nomeio mas você indica outro elemento do mesmo género.
UM:
Quem, por Deus?
DOIS:
Alguém do meio mas que seja bem vista em áreas domésticas e natalícias! Um ela...
UM:
Adjunta?
DOIS:
Como nos entendemos! Assim, você fica bem visto e eu passarei também por quem procura a união da Nação. Perdão, do país. 
UM:
Só lhe indicarei um nome para a próxima sexenal temporada . De outro modo perderei força política , o que não me convém. Há um Rio calmo por aí e não convém que transborde. 
DOIS em voz alta:
Chefe da Casa Militar, estamos com muitas moscas à volta. Faça favor de as expulsar.
CHEFE (de fuzil, despojo das Invasões Napoleónicas atirando a matar):
Ora tomai! (Pum! Pum! Infelizmente deixou escapar todas as Lucilias Sericatas)

Não me parece que seja tal e qual o que lá se passou. Mas, na falta de melhor, é de aceitar a boca das moscas. Tanto o Presidente quanto o Primeiro-Ministro querem colocar Portugal nas boas manchetes internacionais. Marcelo, por que é um apaziguador e um homem de bons sentimentos cristianizados, só lhe interessa estar em Belém como um santo rodeado de fieis. Estar em Portugal sem tirar uma selfie com ele é como ir a Roma e não ver o Papa. Neste caso, o querido Francisco I. António Costa sabe que governar Portugal implica governar para fora. É de fora que lhe virá o reforço do seu poder. Foi e é o melhor diplomata de que há memória. Ele papa tudo (menos a maioria; este povo é muito desconfiado) e todos. Meteu na algibeira o PCP, o BE, o PSD, o CDS. Rui Rio, que em princípio estava de acordo com a substituição de Joana Vidal, para não ser engolido pela estrela de Costa, acabou por se colocar ao  lado das contundentes políticas do CDS e a adocicar a boca aos seus delatores que exasperam por um lugar ao sol e a vê-lo pelas costas. 
Nota:
Só um Sá Carneiro´ ou tipo Sá Carneiro tinha a coragem para impor a um Presidente da República um nome que não pertencesse ao sistema. Alguém que de fora da corporação pudesse ajudar a Justiça no sentido de a despir de poderes que nos dias de hoje só se verificam em países semidemocráticos. A própria Constituição aponta para tal. Mas qual quê, os partidos não o querem. Preferem utilizar os seus joguinhos para dominar. E vão conseguindo. É óbvio que sem a recuperação do poder musculado da Polícia Judiciária, a Procuradoria-Geral da República seria uma espécie de Santa Casa de Lisboa e pouco mais em raspadinhas. Foi a PJ quem acabou com os excessos da bem armada extrema-esquerda. Meteu os revolucionários - que o 25 de Abril criou - na cadeia, por crimes de sangue. A PJ teve baixas. Houve mortos na sua instituição. Esse poder que ela criou foi entregue em primeiro lugar de mão beijada à democracia burguesa. De repente, saltou como quem não quer a coisa para as mãos dos magistrados do Ministério Público que não passavam de figuras de estilo  até então.  O poder, o verdadeiro Poder Nacional, passou para as suas mãos. Controlá-lo tem sido uma das mais sofisticadas manobras da classe política. Não tem sido fácil. Depois do que aconteceu com um ex-primeiro-ministro - que foi preso -, "caçados" outros ministros e secretários de Estado, da prisão de um procurador da República que tinha a seu cargo um dossier esquentado, da acusação de corrupção ativa a um alto e importante executivo estrangeiro e de outros casos onde impera o juízo da lei interpretado pelos magistrados do Ministério Público estamos perante algo assustador. Algo assustador para os que por hábitos atávicos se julgam acima da lei. A partir do momento que se retirar poderes à Polícia Judiciária esgota-se o que tem de impositivo o Ministério Público. Era norma no antigo regime que tanto o Ministério Público quanto os Juízes (principalmente dos Tribunais Plenários)  e certa força policial fossem unha com carne. Nos dias de hoje há quem acuse de certos resquícios do antigamente certos comportamentos geminados. Por exemplo, o deputado europeu e advogado Marinho e Pinto sempre que pode descarna o que ele denomina de falta de espírito democrático. Não se cansa de dar exemplos, sobretudo quando fala para as câmaras. Competia aos partidos políticos tomarem a seu cargo a responsabilidade de iniciar a reforma que orienta os desígnios que fundamentam o Estado de Direito Democrático. Isto é, separar o Ministério Público dos Juízes que têm como tarefa julgar em nome do povo e não em nome de parcelas. 

(1) - Traduzível: uma espécie de sexénio politizado onde se indica o proponente dr. Pedro Passos Coelho.

(2) - Órgãos de Soberania: Presidente, Parlamento, Executivo e Tribunais. Colegas nestes órgãos...




quinta-feira, 13 de setembro de 2018

RUI RIO REVIGORADO

Passa, nos dias de hoje,  pela ingenuidade mental de Assunção Cristas  ser a cabeça de cartaz da direita portuguesa. As "conversas de café" e "as sondagens enrola banha-da-cobra"  não correspondem às aspirações da líder centrista. Trata-se, como é óbvio, de um erudito trabalho de ficção político-literário que ela melhor do que ninguém arrasta consigo logo após o golpe Geringonça perpetuado por António Costa. Acontece que a piroseira dos novos ricos dos partidos ainda não se deu conta do  que aí vem. Vejamos: Rui Rio foi de férias para a terrinha. A direita caiu de cu. Eh pá, que grande vazio se estendeu pelo "imenso" mundo da imprensa de afetações! Ficaram à nora. Onde está a direita? Os laranjas estão feitos! Já nem estão no mercado! O aparecimento do Aliança do comentador dr. Santana Lopes em vez de apontar presença veio ainda mais adensar o mistério , não da Estrada de Sintra, mas onde para (antiga grafia pára) a direita: direita de Sá Carneiro e pouco mais? É que a direita do Prof. Cavaco Silva (PSD sem o PPD) por pouco não recriava o slogan Clero, Nobreza e Povo. Salvou-o a nova burguesia à la Mestre de Avis que emergiu não da "reconstrução" do Mosteiro da Batalha mas que vaidosa e de casaca - à imitação dos grandes de Espanha - se mostra  senhoril e entendida em classícismos de encomenda lá para os pátios do Centro Cultural de Belém. Nem Cavaco nem a Press lisboeta entenderam Santana Lopes como político. Infelizmente para ele só o desenharam como um homem de bom gosto, sensível ao eterno feminino, educado, com patine de aristocrata. Cavaco promoveu outros de menor importância. Em suma, foi o PSD/PPD que o arrumou. E fê-lo por inveja, obviamente. Quer dizer, e pesando as palavras o melhor que se pode e deve, Rio não tem pela frente nenhum obstáculo que lhe possa fazer frente. Os seus pequenos opositores intramuros nem sequer conseguem aliar-se e formarem um todo. Chegou de férias o chefe laranja e vendo-se rodeado de pesos mortos ala que se faz tarde. Quem estiver mal que se mude (interpretação minha). Ou servem o partido ou vão procurar emprego noutra freguesia. Resposta a esta provocação? Nenhuma! Estão todos à espera que ele caia antes das próximas eleições que é para ver se não ficam de fora da folha de pagamentos futuros. Esqueceu esta natureza morte criada por  Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque - que por pouco não proponham a retirada da estátua de Sá Carneiro do Areeiro - que esse PSD morreu para grande parte do sentimento social-democrata do eleitorado. A partir de certa altura o PS de Mário Soares não teve outra alternativa senão transformar-se num partido social-democrata. O que veio até certa medida encarnar as intenções do povo português tão amigo do tempero médio. Só na vinhaça é que se exagera. Ah, e no bacalhau! Rui Rio já está a ocupar muito mais espaço no balcão das vendas dos políticos que são as estações de televisão. Costa já não vende nem rende como antigamente e os vorazes meios de comunicação televisivos têm de apresentar renovação senão as suas tesourarias berrarão como as cabras de Pedrogão. E o artista que se segue é? Rui Rio! Estão já a enquadrá-lo na perspetiva do Portugal inteiro. Perante propostas dos adversários políticos dá o seu parecer positivo se estivar em causa o futuro do país. Aqueles que pensavam que ele vinha em jeito de Intifada (Intefadah) enganaram-se. A Intifada dele é enfiar no cano de esgoto todos os social-democratas cúmplices deste estado de coisas. Vai ser-lhe difícil desmontar a carcaça de aceitação que se montou à volta da dupla António Costa-Marcelo Rebelo de Sousa. Mas quem estiver atento ao que dizem os "catedráticos" da economia, a coisa está aqui está a rebentar. Pode ser então que Rio volte a calçar o país com um regime social-democrata. Que aquilo que temos usufruído não é carne nem peixe. É uma espécie de escorpião. 

sábado, 8 de setembro de 2018

A CAMA DE CASAL ESTÁ PARA UM HOMEM E UMA MULHER (1) COMO O PÁTIO DE PORCO PARA A MATANÇA DO MESMO

Há cada coisa que me passa pela cabeça..., será da idade? Nos primeiros tempos do acasalamento ainda se desculpa o facto de ambos os parceiros sexuais dormirem no mesmo local (cama) depois do esforço e dispêndio de energia que categoriza a cópula animal. No nosso caso: mamíferos. Eh pá, aquilo cansa quando se exagera! A chamada lua-de-mel passa-se na cama. E para quê? Boa pergunta. Vou consultar a internet... Para foder e procriar, está claro. Convenhamos, a malta recém-casada está-se nas tintas para os lençóis. Se ficam sujos de sémen ou de outras excrescências glandulares, isso até que é bom. O pior é quando se esgota o pendor inicial que provoca excitação, coisa energética ainda por explicar  sobretudo  porque não alinha com a interpretação bíblica. Passados uns tempos, se não for hoje, amanhã também dá. Ou para a semana. Muitos sacralizavam as sextas-feiras. Era nelas que repetiam o ritual. Quando o sexo se torna num ritual ou numa espécie  de coisa    desenxabida dizem que as mulheres deixam de ter prazer com o parceiro e daí a rejeitå-lo é uma questão de tempo. Depois, porque, por vezes,  economicamente não dá para se separarem, elas passam a fingir. Ai, ai, ai que já me vim. Mentira! Nesta fase há já a hipótese do Mouro na Costa. Claro que há os que se separam quando morre "aquele sentimento"; os que tratam o sexo como uma refeição onde  um "chef"  orienta o ato com todos os requisitos e temperos e nas diversas posições trapezistas; os que utilizam a língua; o dedo nos orifícios inocentes colocados nos seus devidos lugares pelo Grande Criador dos vivos, etc, digo eu. Eu estou a escrever para bananas como eu, não para as gerações que depois da minha andam por aí a fazer sexo e a experimentarem fazê-lo antes de assinarem a sociedade carnal  que os lixará reorganizando o seu mundo biológico (em certos casos para sempre). Este mundo biológico é para caramba. A gente não se pode fiar.  De repente, vai-se o tesão para outro lado. Muda de casulo. E, pronto, lá vem a fogueira do Dante aquecer um lar cristão: o lar cristão, aquela fortaleza inexpugnável de amor. Do feliz papo cheio inicial,  de repente, tudo passa a ser um pesadelo. Ter filhos é outra "desgraça" (para os que trabalham e cujos vencimentos mal dão para pagar a renda e o de comer). Os pobres estão programados para procriar como os coelhos. E têm a seu favor a tal cama de casal. Os pobres fazem sexo às escuras e utilizam muito o olfato. Diziam os velhos do meu tempo - tenho agora a mesma idade deles - que a cama que fizeres nela te hás de deitar. Na cama é que eles fazem os filhotes com a ajuda imprescindível das pernas abertas das companheiras. Os "ricos" de agora já não dormem na mesma cama não só porque já não têm aquele interesse inicial como compreenderam a falta de higiene que é dormir encostado a um mamífero com os seus necessários odores naturais expelidos consoante o seu regular relógio biológico. Chegou-se à conclusão que a maioria  dos crimes de homicídio  doméstico tem como uma das causas primordiais o facto de os elementos do casal terem de dormir junto centenas e centenas de horas (uma vida).  Dá-se uma transferência química entre os dois seres, o que transtorna em muito a consciência do "título de propriedade". Saem de caçadeira com tanta disposição para matar quanto o rural a defender os limites da terra que ele julga pertencer-lhe e dela não abdica. Os animais superiores (o homem neste campo não o é efetivamente!) em vez de matarem as suas  fêmeas viram-se contra os adversários   que as querem roubar. Os agricultores sabem muito bem que numa canga de bois se um dos animais morre, o outro acaba por morrer também, mesmo se lhe substituírem o parceiro. Se entre dois corpos com massa existe gravidade, é muito natural que algo se passe entre dois corpos humanos quando muito juntos. Não sei nada sobre isso. É só um palpite. Será que os párocos de freguesias rurais e urbanas sabem o que se passa? É que quando eles dizem: "o que Deus uniu, o homem jamais   desunirá " poderá querer dizer que a cama é que une com tal força que dói para caramba quando se quer desligar o efeito químico-biológico criado entre os dois companheiros de cama. Eh pá, eu não sei e já é muito tarde para mim vir a sabê-lo. O sexo é muito importante. É quase tão importante quanto o futebol... Se há um ministro para o desporto deveria haver também um ministro para sexo e cama. Talvez se pudesse prevenir tanto uxoricídio regulamentando o tempo que um casal tenha de passar junto na cama praticando ou não cópula.  Eu agora é que percebo a razão de o coronel Coriolano (in Gabriela, Cravo e Canela) ter atirado a matar na sua Sinházinha e no dentista desta quando os apanhou em trajes menores. Cada um levou balázio e morreram, claro. No mesmo romance do Jorge Amado, quando Gabriela (aquela querida Sónia Braga) abriu as pernas (e que pernas) ao galã do Tonico Bastos, o seu dono, o senhor Nacib,  não lhe mandou tiro de caçadeira nem nada parecido. Lembro-me de que Nacib quando a recebe pela primeira vez em casa manda a bela Sónia Braga para os fundos do quintal onde tinha um quartito. Esse facto pode ter salvado aquela beleza de uma morte certa? Talvez! Ela e Nacib tinham pouco tempo de cama de casal. Estavam casados há pouco. Pelo contrário,  Coriolano já   estava infetado pelo virus da cama de casal. Nacib não tinha ainda ficado refém da tal química de que vos falo.  Mistérios da cama de casal? Na cama é um prazer! Sim, mas por pouco tempo. Mulheres, livrem-se da cama de casal! Escraviza-vos e pode matar. 

(1) - abrange todo o tipo de casal.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Morta a Geringonça, viva a Geringonça!

Esta Geringonça vai parir outra, tão certo como a Igreja Católica nem tão cedo pagará impostos em Portugal. António Costa está como aqueles cientistas que têm de repetir algumas vezes certas experiências para que sejam tidas e aceites como  regras universais, mas que lá no íntimo pressentem o seu êxito. "O PS de Costa" visto pelos "colegas do apoio parlamentar" não passou de um mero executor das suas reivindicações. Isto é, para melhor esclarecer, que aquilo que os trabalhadores e os setores mais desfavorecidos da população conseguiram  de benefícios deveu-se à sua atuação política. Se não fosse o PCP, o PS era todo direita. Era todo ele um aliado das forças reacionárias. Jerónimo de Sousa já não utiliza esta nomenclatura ideológica, prefere chamar modernamente de Políticas de Direita. A ideia de Política de Direita também serve  à linguagem do Bloco de Esquerda. A sanha desta força partidária está toda virada para as grande empresas que sacam aos portugueses o que podem e não devem nas barbas de todo o anódino Parlamento Português. Quer dizer, incêndios, assalto às granadas..., desfalque na Caixa, desvios de apoios financeiros (fundos) da União Europeia (os orientados para as vítimas dos fogos), o mal estar dos professores, etc, tudo isso cai como luva na inoperância do governo de António Costa. E ele (António Costa) conta com dois fatores: o povo é mais inteligente do que os políticos (e a confirmar disse-o hoje Carlos César do PS no seu tempo de antena e cavaqueira com Santana Lopes da Aliança). Por essa razão ele intui que as desgraças que aconteceram no tempo do seu (primeiro) governo não são culpa sua como querem fazer crer Cristas e um certo PSD. Ele (Costa) sabe e o povo eleitor também sabe que está inocente. Depois, António Costa também sabe (isto já César não o disse) que o povo português é um velhaco de todo o tamanho. Quer é mamar. E neste sentido o povo já viu que uma governo bonzinho dia sim dia não de esquerda e com outro tanto de mais ou menos de direita fez-lhe pelo menos mais feliz do que nunca e serve muito melhor que o terror da direita dos despejos de um Passos-Portas. Perdão, serve e muito bem. Essa felicidade deveu-se às imposições do BE e do PCP que são gente das catacumbas da esquerda e que às vezes metem medo ao povo cristão. Dar maioria ao PS?, o poveco não vai nisso porque já percebeu que o senhor Centeno é igual à dona Albuquerque no ataque aos mais fracos. Portanto é fácil adivinhar qual a sua intenção. E Costa está atento. António Costa não deseja a maioria porque isso só lhe traria problemas e muita responsabilidade: ter de governar à direita sendo só governo PS para calar Bruxelas é ouvir a gritaria permanente do BE e do PCP-Verdes nas ruas. É a desestabilização!  Safa! O povo desconfia de um PS que está infetado pelo capitalismo europeu. Precisa ser vigiado. Costa prefere catalogar os seus companheiros parlamentares de cúmplices porque isso leva-o a governar nas calmas. Quando deles se desvia, culpa a direita. Nem sequer é preciso domesticar a comunicação social: as críticas estão equilibradas, pacificadas e em veraneio. Da maneira como as coisas estão a correr de boa feição para Costa e seu PS, vai passar-se a observar daqui a tempos à colagem cuidadosa e disfarçada de Marcelo Rebelo de Sousa ao cativante moderador Primeiro-Ministro. É que só com este estádio onde não há grandes vencedores Marcelo poderá continuar a ser um Presidente-Comentador sem peso real, mas  amado por uma enorme caterva de fãs. Que ao fim e ao cabo parece que é o que quer da vida. E quanto ao Bloco, quererá fazer parte do futuro governo? Não, a bronca do Robles enfraqueceu essa possível encenação. Uma Catarina Martins ou mesmo uma Mortágua num qualquer ministério será obra de ficção nos tempos mais próximos. Morto o rei, viva o rei! E em equipa vencedora não se mexe , costuma dizer-se. 








sábado, 25 de agosto de 2018

COSTA DESCOLA DE MARCELO

Devem ter chegado ao ouvido de António Costa notícias por uma qualquer ave canora de que Marcelo Rebelo de Sousa estaria disposto a dissolver a Assembleia da República caso os companheiros da Geringonça, com as exigências apregoadas, desequilibrassem a estabilidade que o país necessita para emparelhar com Bruxelas e que poderiam pôr em causa  a aprovação do próximo Orçamento para 2019. O partido de Marcelo está em fase de balancete e desfragmentação. E da maneira como estão as coisas a correr dentro do PSD há o perigo (também para ele Marcelo em termos de análise, claro) de os laranjas ficarem ao nível do CDS. O facto de Santana   Lopes e outros estarem a dividir a direita democrática pode apontar para que surja uma junta de salvação da direita composta  pelo Presidente e mais o assessor encarregado de lhe levar a toalha de banho. António Costa não tendo nada a perder dispôs-se a entrar de cabeça com um discurso que empurra o PS para uma preventiva campanha eleitoral. Parecia um bocado trapalhão com as palavras (não tem quem lhe escreva os discursos como é prática por todo o mundo civilizado?) que proferiu: da boca saíram-lhe conceitos iterativos. Isso foi o menos já que o painel socialista vitoriava-o ruidosamente a cada ideia transformada de imediato em fonação. Quer dizer, Costa a quem se lhe reconhece uma inteligência fora do vulgar tendo em conta o panorama nacional, não vai deixar o quase seu PS ser apanhado no palco e fora do terreno. Vai dar a entender que está com Marcelo se ele se meter a "desmanchar" porque qualquer que seja o cenário Costa é o privilegiado das urnas. Só com "um" igual a 1755 é que a maioria relativa lhe fugiria. Também Costa está muito atento com a possível unificação e conciliação dos social-democratas a quem Marcelo apadrinhará de olhos fechados. A direita está-lhe na massa do sangue. Quem sabe se já não estará a trabalhar na sombra para travar a atual geringonçada e medonha esquerda portuguesa (tenho de interromper esta miscelânea  para ouvir o simpático Sousa Cintra e a sua mensagem mais ou menos desgovernada de paz para o desporto. Antes ele que o Marta).  Ficaremos, pois à espera que alguém dê um passo em frente a fim de materializar o seu projeto político. É que até agora é só conversa muito próxima da fiada.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

SANTANA CRIADOR DE UMA ALIANÇA PARA DIVIDIR E NÃO UNIR

Do Velho PPD/PSD, muitos dos seus militantes, simpatizantes e arrestados pela Igreja Católica já bateram a bota. Ou, melhor dizendo, são velhos-idosos. O recente PSD com a vitória de Rui Rui foi um tal assustar  aquele lar-político onde muitos dos seus "acamados" ainda usufruem de altas notas de euro por serviços prestados à Nação Portuguesa. Alguns estão como Deus e os seus  Santos, Santas e esmolas, enquanto outros encontram-se ainda pendurados nos "empregos" políticos que é o que lhes vai safando e para poderem garantir o pão nosso de cada dia (para o futuro). Agarram-se aos lugares que conseguiram conquistar com as garras que deixaram crescer e treinaram-se para usarem o genuflexório  para melhor servir os poderosos líderes. Quer dizer, melhor explicando: os nossos políticos recebem do Estado vencimentos que estão conforme as regras de redistribuição do funcionalismo público, mais algumas alcavalas que se julga pertencerem  ao foro da prestação política. Bem, nada de mais. Só que isso não é tudo. É que de um momento para o outro, para além do que recebem da "Função Política" eles aparecem em conselhos de administração cuja cumplicidade é demais notória onde enchem a mula com ordenados que são um verdadeiro escândalo nacional. E, ainda, tão depressa saem desses verdadeiros tachos são convidados para entrarem noutros tachos em empresas privadas. Claro que muitos estão à pega com o juiz Carlos Alexandre que quer saber como é que foi para nos dizer como é que é. Depois, há uma coisa que é de espantar: todos ou quase todos são professores catedráticos ou possuem cartões de visita onde tal dignidade tem um ex indicador de "classe social". Como é que é, eu não sei. Bem, com tantas "universidades" que cresceram como papoilas depois de 1974 não é de espantar que tenham distribuído cátedras como quem oferece pasteis de Tentúgal ou preservativos a tóxicodependentes . São professores catedráticos e acumulam com uns arranjinhos que lhes pagam os luxos. Aulas a quem não se pedem alvarás dado que são temporárias. São, portanto, catedráticos temporários ou a termo certo. Duas traças vieram estragar-lhes a roupa, que é como quem diz acabar com o seu seguro de vida. Primeiro, foi o arranjo no Parlamento do PS com a "esquerda portuguesa" que tinha sido varrido nas urnas depois de tanta promessa de vitória. António Costa em vez de meter o rabo entre as pernas com vergonha, convidou Jerónimo e Catarina para uma ménage política. Isto representou um golpe nas tais aspirações laranjas para tachos. Estes foram para os socialistas. Tachos, perdão, empregos. Segundo, a vitória de Rui Rio.  Sempre que o nome dele é pronunciado nos salões da São Caetano à Lapa há quem telefone de imediato para a nutricionista. Rui Rio está calmo perante as tentativas de o fragilizar. Sorri. Sabe, por experiência própria - ajudado pela história do partido - que os fragmentalistas  são em geral um projeto de desespero pessoal. Santana sabe que quando fala há ainda quem o ouve por interesse próprio. Não haja dúvidas que poderá alcançar um lugar em São Bento. Veremos - quase se pode apostar - um Santana (único eleito pelo Aliança) rodeado de fotógrafos e a falar como ninguém, coisa que já nos habituou ao longo destes 40 anos de democracia. O que tem para dizer de novo à Nação Portuguesa que ainda não foi dito? Nada, porém, é o modo como dirá. Há de fazer chorar as pedras de calçada? Sim, quando começar a dizer o que fez por Lisboa e pela Figueira da Foz. Não terá peso político porque o eleitorado social-democrata optará por não dividir o partido. Um partido de câmaras que tem como pontífice por esse país fora precisamente Rui Rio. As câmaras estão do seu lado como nunca estiveram com outro qualquer líder social-democrata. É este suporte que fará com que Rui Rio,  em São Bento,  possa recuperar a antiga hegemonia social-democrata. Os sinais de fuga que alguns mais ingénuos tentaram recriar no PSD não passam de despojos descartáveis: Lisboa fadista e gorda a perder voto na matéria. Rio não os alencou. Eles mexem-se  por si e dão-se a conhecer ao eleitorado como são. Eleitorado que tem aprendido com os desaires dos pregadores da decência e moral de cartilha. O eleitorado também começou a perceber que os ministros das Finanças são todos iguais e que não houve nenhum milagre económico fora do contexto Ibérico. Não é por aí que António Costa vai ganhar mais uma maioria relativa. É que ele anda a par e passo com tudo que é bondade mostrada pelo Presidente Marcelo. Marcelo é um aproveitador de coisas boas e coisas boas apregoa. Costa é a sua sombra. O Presidente é o bom Papa e Costa é a benemérita Madre Teresa de Calcutá. São ambos amados. Nem é para menos, quem vê um vê o outro de tão colados estão.  Rio quando conquistou a segunda maior capital portuguesa também tinha todos ou quase todos contra ele. E depois? Depois viu-se. E então? Logo se verá. 

sábado, 18 de agosto de 2018

DO SPORTING PARA O MUNDO (PORTUGUÊS)

O senhor  Bruno de Carvalho dirigiu-se às instalações do Sporting clube de Portugal. Imediatamente todas as estações de televisão e seus jornalistas estavam lá. Todo o tipo de notícia passou para segundo plano (as beijocas do prof. Marcelo idem). O senhor Bruno de Carvalho é uma espécie de princesa de Mónaco: fossem (eram duas) onde fossem tinham os flashes dos repórteres a dar-lhes no traseiro (caso estarem de costas) ou nas frontais se estivessem na posição contrária. Elas eram moças bonitas quer estivessem na posição frontal ou noutra. Nas praias - essas princesas - usavam o biqini e algumas vezes foram apanhadas pelos paparazzi sem trapos. Tinham namorados a dar com pau (perdoem o plebeísmo: sou plebeu de quatro costados, porém, gostava muito que o juiz Alexandre me perseguisse por causa de uns milhões numa conta na banca Suiça). Tudo que dizia respeito  às suas vidas íntimas  era esparrachado em tudo que era jornais e  revistas. Uma das princesas foi apanhada a fazer amor (foder) com um polícia. Todo o mundo teve de saber. Voltemos ao senhor Bruno. Não sendo uma princesa do Mónaco, o que é certo é que tem mais cobertura mediática que essa realeza bonita. Trata-se do maior fenómeno mediático de todos os tempos em Portugal. Nem a Pasta Medicinal Couto teve tanto tempo de antena na RTP/Salazarista.  Vou tentar analisar o fenómeno mediático porque diga-se de passagem que a vida do senhor Bruno de Carvalho não está dentro das minhas aspirações de curto futuro e isso porque já estou em contato com as funerárias mais baratinhas. Não se falava do Sporting Clube de Portugal. Houve há muitos anos atrás um treinador (Augusto Inácio) que colocou o clube em primeiro lugar no campeonato nacional. Depois disso nunca mais se falou desse grande clube nem mesmo quando o campeoníssimo  senhor Augusto Inácio recuperou o seu cabelo através de um implante de categoria. "Nasceu uma estrela" e isto quer dizer que de um momento para o outro entrou em cena um grande homem dos écrans. Nunca mais se deixou de falar do SCP. O homem pôs o nome do clube na boca de toda a gente. Foi um fenómeno maior do que o aparecimento da Cartilha de João de Deus. Sporting para aqui, Sporting para ali. Um caso muito sério na aprendizagem do desporto-rei. Não contente em dominar o mundo mediático do desporto e não só eis que Bruno de Carvalho contrata o grande Jorge Jesus (outro fenómeno mediático nacional) treinador do Sport Lisboa e Benfica. Pronto! Nunca mais houve tempero. Sporting, Sporting, Sporting, Sporting, Sporting... Alcochete! Porra!, nunca mais houve um minuto de sossego. Se contar o que sucedeu vão julgar-me um mentiroso. Perguntem ao senhor dos incêndios e da Mesa da Assembleia Geral do SCP. Um homem baixo e socado que também aparece em muitas frentes de combate e que deu a cara pela oposição a Bruno de Carvalho. Este senhor que também ficou célebre pois foi na vaga mediática do senhor Bruno de Carvalho chama-se Marta Soares. Homem de luta, sim senhor. enquanto não correu com o senhor Bruno não descansou. Mas por que razão estou a escrever sobre o Sporting se sou benfiquista? É porque não sei se o ator Vitor Espadinha pirou de vez ou se estava a representar uma peça de um ato. Ou, em última instância, se está a promover "sopapos aos oitenta". Será que isso existe? Ah, se existe também quero? 

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Leituras de verão super aquecidas. Eça de Queiróz Vasco Pulido Valente, Luís Jaime Linhares


Quem entra no Continente do Colombo e se dirige para o fundo à direita encontra uma loja (Well´s)  para vesguetas. (1) Saí de lá a ver muito melhor. Pagando, claro! Subi em pé (escada rolante) até ao segundo andar daquela extensa, longa e comprida  superfície comercial e pus-me à procura da Fnac. Dirigi-me logo para as edições de bolso que são muito mais baratas e eu com as novas lunetas já podia ler aquelas letras miúdas e a contento com a minha bolsa. Comprei quatro Eças. Depois desta barrigada queirosiana parei. Nem o sol me levava à praia nem estava disponível para dormir mais do que as minhas sagradas dez horas diárias. Pulido Valente e Jaime Linhares lançaram dois livros - que adquiri -  versando o século XIX português e como o Eça gosta de descarnar a sociedade daquela época (tão atual?) eu, já agora, vou entrar de cabeça e continuar a olhar aquele século, mas tratado num enquadramento e narrativa  histórica. Luís Jaime Linhares deu-me a conhecer uma faceta histórica dos Açores que eu desconhecia. Fez uma investigação muito rigorosa e à medida que o ia lendo muito irritado fiquei eu com os levantes entre açorianos, coisa que nunca me passara pela cabeça. Porém, isso não é para trazer para aqui. No entanto, desgostou-me o facto  de não me passar pela torre de controlo que  esquisitices da burguesia da época fossem muito limitadas ao seu grupo. Depois, sosseguei quando me veio à ideia aquela tomada de posição de Cavaco Silva quando interrompeu as férias algarvias para vetar com grande alarido histérico duas "adendas" anteriormente votadas e aprovadas tanto pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores como posteriormente pela Assembleia da República concernente ao Estatuto Político e Administrativo dos Açores. Até aqui tudo "bem": o colonialismo é assim mesmo. Agora que o "Povo" Açoriano viesse a votar maioritariamente em Cavaco Silva nas eleições presidenciais seguintes... É que eu não consegui chupar nem deglutir a atitude do poveco. E até hoje... Bem, para me refrescar, está (esteve) um calor infernal. Pensei até que a temperatura tivesse subido devido ao calor proveniente de Monchique. Mas depois de ouvir o ministro Cabrita (que trabalha muito bem a propaganda, embora tivesse sido sistematicamente desmentido pelas televisões...) fiquei muito descansado. Quer dizer, então, que o que me aqueceu foi a "A Revolução Liberal de 1821 nos Açores"  e não outra coisa qualquer. Um bom verão, mas menos aquecido são os meus desejos. 





(1) - baixo calão micaelense: aqui quer dizer ver pouco...

sábado, 4 de agosto de 2018

Rui Rio não entendeu bem o que se passou com Sá Carneiro em Lisboa

Rio não abateu Santana a tempo.  Santana  nunca ganhou nada a não ser Câmaras Municipais e devido ao modo como trazia consigo modernidade e tratamento mediático. Conta muito para as Câmaras devido sobretudo aos festivais, às marchas e à alegria de viver que Santana Lopes imprime ao seu estar. Porém, isso nunca lhe deu mais do que 27% de apoio em qualquer acto interno do seu próprio partido. Desta vez, parece que todos os seus antigos antissimpatizantes  estão a rondá-lo  para erguerem uma muralha comum que trave  Rui Rio. Rio tem andado a dormir no que diz respeito ao demasiado tempo que tem levado para limpar a central-camarilha-fossilizada social-democrata. Uma coisa era ele "expulsar" Santana Lopes, outra é Santana Lopes deixá-lo a falar sozinho. Quando a poeira assentar não há ninguém discreto e a querer fazer carreira política que se alie  a Santana. Com a sua saída em "glória" deu  a entender que quer estar à altura de liderar. Neste caso, seja o que for, mesmo imprevisto que venha a tornar-se força associativa social-democrata ou mesmo uma nova formação partidária.  A história pessoal de Santana é esta: será sempre uma figura secundária e tudo por erros e culpas suas. Cavaco topou-o. E de nada lhe serviu colar-se a Durão Barroso, este sim um craque em todo o tipo de política. O que é certo para Rui Rio é que tem de apagar este fogo para poder continuar como chefe. Também a fazer cócegas a Rio esteve o senhor Pedro Duarte que (creio) em nome do grupo de Lisboa vai propor-se liderar o PSD. O semanário Expresso (social-democrata de Lisboa?) deu-lhe logo terreno para ele recriar uma nova Ala dos Namorados. Quem estará por detrás? Os ingleses é que não e o usurpador Dom João I já morreu há que tempos! A luta de Rio - inclui como é óbvio - traçar armas com os corvos centralistas que mais parecem cães raivosos quando se lhes toca na comida. Com António Costa diluído ao ponto de se confundir com um Rui Rio em campanha, com Assunção Cristas a tentar saltar da direita-direita para um centro-direita indefinido mas  sem o conseguir, com uma Catarina Martins a tentar copiar o estilo do seu Arcebispo de Mitilene para que as suas ações bolsistas não desçam ainda mais, com Jerónimo de Sousa isolado em quarentena ética e mais não sei que diga a não ser que ou Rio "expulsa" os cabecilhas revoltosos ou limitar-se-á a ser um futuro-recente António José Seguro. . .

segunda-feira, 30 de julho de 2018

A velha Alfama e os novos fadistas

Havia uma dita esquerda que tomou o poder em 2015, aproveitando a composição da Assembleia da República e inspirada, por certo, em experiências de países nórdicos. O Partido Socialista embora chamuscado por suspeitas de alguns dos seus mais altos representantes tinha como almofadas éticas o Bloco de Esquerda e o reputado Partido Comunista Português. A era socrática foi taticamente relegada para um plano onde o PS era um dois que tinha tido a habilidade de se decompor colocando os seus suspeitos de má gestão governativa num um que se debatia com os tribunais da opinião pública por um lado e por outro enfrentava  o peso da Justiça do quarto órgão de soberania: os Tribunais.  O outro um,  é o um do PS de António Costa. O tal que tem duas almofadas de grande mérito ético-político e que aos costumes da tradição disse nada. Quer dizer, tinha, pois o que se passou com a pretensa especulação imobiliária  originada por um alto  bloquista com grandes  responsabilidades no Partido que dá pelo nome de Bloco de Esquerda, vai contribuir para destruir o status quo que dava pelo nome de geringonça. A geringonça morreu. Robles matou-a! O Partido Comunista já ajuizou a situação e pela voz de Jerónimo de Sousa disse do BE o que costumavam os comunistas dizer no tempo do PREC aos extremistas imberbes. Com uma direção como esta se encontra, o BE sujeita-se a ficar a falar sozinho no hemiciclo e na rua. Para o PCP nada de acordos que isso pode afetar o seu eleitorado. A direção do BE num momento de  pânico deixou de raciocinar e numa de grupo ético após uma má ação fechou-se em concha. Nem Francisco Louçã, nem Catarina Martins, nem a Mariana Mortágua se aperceberam do que aí vinha. A comunicação social não vai deixar de vasculhar tudo e todos os intervenientes do negócio Casa dos Robles. Naturalmente os manos não estão sozinhos nas facilidades com que o negócio se fez; o que vai  levantar suspeitas que originarão, certamente, investigações policiais. O senhor Robles acabará por ter de responder perante a Comissão de Inquérito Parlamentar. Outros o foram por muito menos. Que espetáculo teremos quando a diligente Mortágua questionar o seu companheiro de tanta luta contra os patos-bravos que enxamearam ministérios e edilidades e que se pavoneiam com os seus topo de gama e palacetes por esse país fora? O PS ainda não percebeu a parte que lhe vai tocar do efeito Casa dos Robles. Não entendeu  e só vai ter consciência disso quando o eleitorado o punir em sondagens. Catarina Martins foi sempre uma voz sólida mas por mais que quisesse descolar do PS viu-se sempre a ter de o apoiar porque as suas políticas eram impraticáveis e só como  infiltrada poderia obter algumas vitórias. Isto é, vitórias do PS que chamou suas. Agora com o apoio à bronca do senhor Robles e mana ela perdeu toda  a credibilidade. E isso é mau para o partido. Virá para  as arruadas com o bombo? Acho que não devido a que o barulho do bombo iria despertar as mentes dos que se sentiram enganados. Virá o Bloco para a rua sem bombo? Catarina sem bombo? Não estou a ver! Catarina Martins e Mariana Mortágua deviam pôr os seus cargos políticos à disposição? Deviam?, porém, o BE ficaria nu de todo. Sem estrelas de primeira grandeza qualquer partido esfuma-se. Depois há aquela coisa de o senhor Robles não pensar em demitir-se e logo a dona Catarina abençoou-o na postura. Claro que o arcebispo de Mitilene também o abençoou, mas esse anda por aí e já se deixou disso. Disso de política ativa de cúpula. O PSD de Rio (há outro) começou a tomar fôlego na Madeira. Rio anda a estudar a tática de Anibal Barca para conquistar a sua Roma. Com o PCP para um lado, com o BE para o outro, com o PS mais sozinho que o Leão da Metro, Rio sem grande esforço assume-se como o próximo inquilino de São Bento. Parece que estão todos a trabalhar para ele. Mesmo os adversários... Até se contabilizar o rombo que a Casa dos Robles fez no mundo político continental - que isso das ilhas é outra conversa - é natural que o eleitorado pare para pensar. O eleitorado português parar para pensar? Há sempre uma primeira vez para tudo...