terça-feira, 8 de novembro de 2011

exposição de pintura de varett - proibida a entrada a entidades oficiais







paulo rehouve: finalmente resolveu expor os seus trabalhos?



varett: esclareço e não há mais perguntas. vou jantar! depois de ter pincelado centenas de telas, cartões, papéis, tábuas de madeira e outros sólidos, resolvi aparecer. e fi-lo por uma questão de consideração ao estado português (que não tem nada a ver com os que o assaltaram) e à minha família. aquele construiu escolas e universidades onde cresci de uma forma diferente. à minha família, porque foram os meus pais quem pagaram em escudos as propinas e outras excrecências para me poder formar. a partir de certa altura na vida das pessoas há que parar para pensar. foi o que fiz. achei que devia fazê-lo. estou com setenta e um anos. assim, vi-me obrigado a dar a conhecer o que fiz ao longo da vida. escrevi e publiquei à minha custa (com a excepção do que meu irmão carlos resolveu publicar. estou inocente por este facto) uns livritos e uma parte das minhas crónicas. pincelei a expensas minhas toda a minha actividade pictórica. não me encostei a ninguém (a não ser como é óbvio a meus pais que me sustentaram muito para além da idade da tropa - que não fiz. nem um tiro dei). fui sempre um marginal e em toda a minha vida nunca fui mercenário. sobrevivi. não quero assumir nenhum tipo de compromisso. quem quiser visitar a apresentação dos trabalhos que fiz em lisboa pode fazê-lo marcando pelo telefone (962303549) a hora que pretende. estou aberto ao público e não estou. o estúdio é de pequena dimensão (benfica-lisboa) por isso só aceito um máximo de três/quatro pessoas de cada vez.. para já não há venda de nenhuma pincelada. o horário é a partir das 15 horas. toda a gente será bem recebida. claro, com excepção das entidades oficiais. nem sequer as convido. prefiro ser topado com uma prostituta em qualquer sítio do que ser visto com algum político, muito menos no meu estúdio! não me sentiria bem. e é só.



varett

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