terça-feira, 29 de dezembro de 2015

portas saiu? já estava fora! cds à le pen é o que se segue?


paulo portas, homem de grande vitalidade intelectual, percebeu que o seu cds tal qual o seu independente teve um nascimento e morte. por que o semanário independente não continuou como tantos importantes órgãos de comunicação social como ele? porque portas não sabe o que quer e atua sempre sem objetivos  de continuidade. a sua inteligência não lhe permite acomodar-se. é um insaciável cultural. quando saltou do jornalismo que ele reinventou em portugal para se meter na fossa da política, paulo portas era já um sabido. por exemplo, o seu nacionalismo foi sacrificado para poder mascarar a direita da direita e integrá-la nos clubes democratas europeus sem sobressaltos. assim, fugia ao epíteto de extrema-direita á la marine le pen. preparou e industriou o cds  (o que restava do tempo áureo de freitas do amaral e que tinha encalhado em adriano moreira (ex-colaborador democrático no tempo do estado novo) - para que se calasse  no que diz respeito aos valores muito gratos a uma certa direita. a direita portuguesa para sobreviver teve de meter os valores que comunga, tais como os da santa madre igreja, do nacionalismo lusitano, da independência nacional etc., num saco de lixo não reciclável. por vezes essa direita paulista e tradicional espinhava-se. foi assim aquando da lei do aborto. como é sabido os democratas-cristãos portugueses só fazem sexo   para procriar. como eles forjam famílias diminutas pensa-se que dar uma queca para o tal efeito é coisa raríssima. deus, pátria e família é a sua forma estrutural de estar no mundo. só quando a família se liofiliza (o caso da aprovação da lei do aborto) é que eles põem as unhas de fora não só porque faz parte da sua natureza  crer que feto é gente mas porque também tem eco junto  de certo eleitorado. o cds em 2011  com paulo portas a prometer aos pobres das feiras e mercados pão de ló conseguiu um máximo recorde de parlamentares. tornou-se vital para os social-democratas formarem governo coligarem-se a essa estranha direita. depois, foi ver-se governantes centristas a brilhar. assunção cristas, uma dessas estrelas até deu nas vistas impondo-se mediaticamente. paulo portas em fins de 2012 tentou mais um golpe para poder sair em grande estilo tentando desfazer a coligação psd-cds. foi ameaçado por altas personagens do regime e recuou.  na sua cabeça  tratava-se da  altura ideal para abandonar o barco e ajudar a enterrar esta democracia  e talvez conseguir levar a sua direita ao poder sem se transformar em pendura de outros maiores. paulo queria ser grande. e merece dado que é dos espíritos mais lúcidos e velhacos que se conhece na política. portas faz contas e sabe que errou ao apresentar-se nas eleições coligado ao assassino social mais odiado dos últimos tempos. teve medo do desastre eleitoral e escondeu-se numa coligação anti-natura para depois passar as culpas à política de passos. contra a corrente o cds e o psd coligados venceram as legislativas. quando levaram o seu orçamento - espremedor de povos e pobres - ao parlamento estavam convencidos que passariam. foram chumbados e arrumados para o poder por muitos anos e bons. com o fantasma do seu inimigo em belém, o prof. marcelo, portas percebeu que o cds, com ele lá, estaria arrumado. tal como fez com o independente, fugiu não sem antes ter propalado uma série de patranhas para enfeitar a saída. as atuais estrelas centristas vão ter de enfrentar um deserto sem camelo. resta-lhes recriar conceitos como independência, nacionalismo, amor cristão, etc., para poderem sobreviver e ter esperanças de crescer à imagem da frança nacionalista a cozinhar por marine le pen filha de seu pai jean le pen patriarca e tia da pequena marion marechal le pen, esperança mediática da frança do futuro para quando a união europeia der o berro ajudada pela Inglaterra dita reino unido por engano. os tempos vindouros irão dar razão a portas. é isso que chateia. 
varett
ps: quando o pcp berra a favor da independência nacional face ao esclavagismo imposto pela união europeia aos países pequenos e pobres isso não representa senão um apelo à dignidade. mas quando a direita refere os mesmos valores é apelidada de fascista e salazarista. portas fugiu e bem aos ataques soezes com que a comunicação avençada costuma fazer à extrema-direita. também, nunca se ouviu portas definir-se em relação à sua direita. é óbvio que se a direita do psd tem outra mais à direita, esta será a extrema-direita.  paulo portas conseguiu manter viva a extrema-direita com mestria e inteligência. por isso devia ser  condecorado com a grã cruz da ordem do infante mais adequada aos seus feitos na barca da direita católica, apostólica e romana. a mesma que foi mundo fora oferecer aos indígenas a salvação com outros deuses.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

que rico rabinho! ora toma com dois meses de cadeia não remíveis. e se enrabássemos o legislador...


um juiz que se fez à custa de anos e anos de estudo e que teve de passar por diversos exames para subir na carreira vê-se  num momento alto da sua carreira a apreciar uma acusação: de abuso sexual? nada disso! de assalto seguido de roubo? nada disso! de corrupção? nada disso! de tráfico de influências?  nada disso! fuga a impostos? nada disso! de falência fraudulenta? nada disso! etc., etc., etc., nada disso! então o que se passa? perante sua excelência, o meritíssimo juiz, encontra-se um pobre português, habitué de bocas feitas à medida que vê fêmea passar, prestes a ser condenado. qual o seu crime, seu tarado? aboca o procurador da republica adjunto: - meu rico senhor, eu só disse àquela menina se ela queria dar netos a minha mãe, gemeu o português já nascido em democracia. senhor doutor juiz, este homem é um devasso, articula impante o procurador. ora diga cá como é que aquela menina poderia dar netos a sua mãe? - fodendo comigo, meritíssimo, respondeu o plebeu. resultado, condenado a três anos e um dia. esse dia foi uma invenção de um ministro de salazar para fazer calar a opinião dos descontentes indefinidamente. a malta está farta de saber que ofensas orais ou escritas podem levar cada prevaricador a juízo. mas para quê, esta lei contra o piropo? porque o feminismo avança descabelado e descontrolado com o poder em que chafurda contra tudo que cheire a fazedor de esperma. isto dá-se quando as queridas não estão com o cio. é que elas só neste estádio são simpáticas e abertas de pernas também. é verdade que elas no tempo do estado novo levavam uns tabefes dia sim dia sim. estava na lei e até a santa madre igreja fechava os olhos pedindo paz e amor aos casais desavindos fisicamente. por outro lado elas tomavam conta de tudo, até das vidas  dos que as rodeavam. elas é que faziam o de comer, é que lavavam ou mandavam lavar as roupas, é que passavam a ferro as camisas, peúgos e outros trapos. o homem dentro de casa era um zero de inutilidade. não servia para nada a não ser o de usar o título de pai de família com altos poderes. o desgraçado depois de um dia de trabalho chegava a casa e sentava-se a ler o jornal e a bebericar a sua bebida favorita enquanto a mulher dominava a cozinha. e quando a refeição estava na mesa, todos em uníssono agradeciam aos deuses e à fada do lar  a dádiva que era a mesa posta aprimoradamente  e basta. quando o chefe de família deixava, com o fruto do seu trabalho, de poder sustentar aquela instituição sagrada, a mulher teve de ir à vida para aguentar e custear  parte das despesas. deu-se a grande porra ou crise. é como se quiser. o homem continua sem saber cozinhar, lavar, passar a ferro e etc. chega a casa e espera que a mulher faça tudo. pudera, o porra tonto só sabe comer e dar umas quecas quando o tesão lhe sobe à cabeça. é então - nestas condições de soltura feminina - que para além de levar um par ou pares de cornos (a mulher fica livre e mexe-se bem fora de casa) ele passa ser sujeito a todas as arbitrariedades caseiras. coitado. aqui vão alguns conselhos para dar a volta à cena e reduzi-las (às fêmeas) ao seu verdadeiro papel: escravas do senhor deus do ocidente e do esposo (está na bíblia dos judeus adotada cá por casa). leiam com atenção. vamos dar cabo delas que se estão a estender. primeiro, ó estúpido, aprende a cozinhar, a lavar, a passar a ferro e a usar os esfregões com pau grande para não sofreres das costas! depois desta aprendizagem (se não és burro é coisa de um mês ou dois) vais seguir as minhas instruções. quando ela chegar a casa tu dizes-lhe para se ir sentar na sala (se a tiveres) e ligas a tevê. preparas-lhe a bebida favorita e entrega-lhe o jornal. volta para a cozinha e acaba a refeição. já na mesa pergunta-lhe se está a gostar. se disser, por exemplo, que falta sal, agradeces a opinião e vê se melhoras. depois do repasto pôe-te a lavar a loiça. não cabe aqui os truques de  como lavar a loiça, despachar o lixo, e outras tarefas a serem "masculinizadas", pois esta merda de texto de repente ainda se transformaria num romance. na cozinha, não disponhas os tachos e as panelas, os talheres e os pratos como elas costumam fazer. estou quase a denunciar o segredo, porra! o que se pretende é que elas (as feministas doentes e fanáticas) não façam nada a não ser trabalhar no local de trabalho. é daí que elas vão buscar o seu. e é só. como trabalham apenas 6 ou 7 horas ficam com muito tempo livre. e como são ocas (na sua grande maioria. não sou só eu quem o diz. há estatísticas, meu). quando não estão com o cio e no engate (numa prespetiva de apreciar os machos mentalmente e/ou materialmente), a pintar as unhas e a lavar o cabelo, elas ficam nervosas e irritadas. irritadas sobretudo porque os espelhos não mentem e há muita competição entre elas. competem muito entre as do seu género e  porquê? porque gostam de foder e muito. sempre gostaram, só que agora podem realizar as suas fantasias com macho musculoso sem reservas. a lei permite-lhes essa prerrogativa. antes era só pecar em pensamento. os padrecas que as confessavam é que sabiam e bem o que ia e vai naquelas cabeças. ora, nestas condições elas quase enlouquecem de tanto vazio à sua volta. aqui convém entrarmos com ação psicológica. atira-se contra elas: vocês não servem para nada senão para procriar! não são precisas para nada mais. claro que  temos de as substituir em tudo. se usarmos a lógica masculina nas tarefas  domésticas evitamos passar muito tempo  com estas. enquanto elas levam muito mais de uma hora e meia  a fazer uma simples sopa nós, os homens, podemos fazê-la em 16 minutos e ´quando a sopa estivar pronta já o lixo está arrumado, etc. segredos não os direi, pois vou criar uma escola de machismo científico para lhes dar cabo da cabeça e da vagina. quando, por exemplo, ela chegar a casa e depois de todas as mordomias que  criámos para ela ainda quiser foder porque está a seco visto uma amiga lhe ter roubado o seu amante (elas gostam muito de ter um amante provisório pois as danadas gostam muito mais de sexo variado do que nós (há exceções, porra) gememos assim: ai, tenho muitas dores de cabeça, querida! não esquecer o querida para dar convicção e falsa verdade à frase. o bicho esquisito (frase de aquilino na antiga emissora nacional atirada a igrejas caeiro) vai começar a sentir que a cotação está a baixar   ou está a degradar-se fisicamente. é então quando começa a raciocinar (é raro mas acontece). nesta altura deve-se criar um clima de suspeição, isto é, dar-lhe a entender que mulheres bonitas são esta e aquela. se no emprego as houver melhor, pois, ela sabe muito bem como as coisas se resolvem nos locais de trabalho . só se dá a entender, claro. depois de ela ficar insegura, devemos dizer-lhe que ela é única e mais uns doces baratos  sem exagerar e não habituar mal, pois o bicho tem um sexto sentido que lhe permite superar a tal  alta inteligência de que carece. de  derrota em derrota lá fora (são poucas as que vencem) ela acaba por repensar no que pode perder se o homem se afastar e é aqui que a coisa começa a dar a volta. querido, deixa-me lavar a loiça? nunca se deixa. bom, vou acabar por aqui pois daqui para a frente há todo um mundo de ações a nosso favor, e é segredo. antes de começarmos  a  asneirar devemos fazer com que  ela assine um documento assistido por testemunha com os seguintes dizeres: estas nódoas negras que surgem no meu corpo são devido a queda no banheiro. e mais coisas que devem assinar no mesmo sentido. o futuro a deus pertence mas nada de fiar. entretanto, na fase em que as substituímos em todas as tarefas domésticas deve-se registar tudo numa câmara de vigilância. cuidado, devemos colocá-la discretamente. avancemos contra o feminismo com tanto ardor quanto o fazemos contra o nazismo. o nazismo destruiria a humanidade se pudesse. o feminismo fará de nós uma espécie de frango de aviário onde elas nos iriam apanhar só para satisfazer os seus apetites. sejamos fortes rodeemo-las de solidão e vazio. não suportam esta dimensão porque apesar de gostarem muito de sexo enquanto instadas pelo cio não dispensam nunca o tagarelar, que é a sua segunda natureza. malvadas! e muito cuidado enquanto não as voltarmos a dominar, pois até um simples bom dia dito com cara de parvo entesoado nos pode levar à barra do tribunal e depois à cadeia. é que pode tratar-se de um piropo enquadrado na nova legislação aprovada por uma série de  ratos de esgoto a quem este povo de bananas entregou o poder. confesso e peço aos padrecas - a quem ofendi deliberadamente -  perdão. poder à igreja de roma e aos que são adeptos de pio XII, já! poder ao divino cardeal  patriarca dom clemente! beatificação do cardeal cerejeira! pelo estrito cumprimento da palavra dos profetas! pela aprovação de toda a palavra proferida por são paulo, precisamente aquela referente à mulher: a mulher é um corpo, a cabeça é o homem! ah, meu querido são paulo, deus te ouça!
varett
nb: a partir de agora passo a acreditar em deus nosso senhor jesus cristo, ao pai e ao espírito santo. ah, e também no milagre de fátima. perdoem-me, por favor, que pequei contra a vossa sabedoria.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

os vários tipos de ladrões de bancos. um pré-ensaio...

os ladrões mais perseguidos pelas autoridades e de quem mais se fala  são os que empregam ação. dentro desta categoria encontramos os não-violentos e os violentos. num outro escalão estão os infiltrados e os que dirigem o roubo do alto. nos infiltrados estão os caixas, os gerentes e os gestores de conta. no alto estão os banqueiros. todos eles trabalham com cúmplices. em geral os mais importantes de entre eles são os grandes empresários. um ladrão não violento quando entra no banco que pretende roubar dirige-se para a fila de espera. quando se encontra cara a cara com o funcionário, em geral, apresenta um papel com ameaças de variadíssima espécie. ameaça de bomba, etc. depois da recolha, sai calmamente e pisga-se entre a multidão que anda na rua à procura de restaurante para almoçar ou outra coisa qualquer. o desgraçado leva apenas umas centenas de euros, o que fará com que venha a repetir a ação pois não pode sobreviver numa sociedade de consumo como a nossa com tão pouco. contra este ladrão têm os bancos e as polícias a mais especial e cuidada atenção. em geral são quase sempre presos. já o ladrão violento que mata reféns, eu não gosto deles. gente ordinária! em geral este tipo de ladrão trabalha mais num país violento, como, por exemplo, os estados unidos da américa.  nos infiltrados, encontramos gente séria. lá por desviar uns milhares não quer dizer que sejam desonestos. são necessidades. umas vezes é a mulher que quer competir com a vizinha rica, outras são os filhos que aspiram cursar uma dispendiosa universidade. estão desculpados. alguns gerentes ultrapassam o trivial e abocanham milhões. também nada de espantar. mas não deixam de ser abusadores. safa! já me ia esquecendo do tipo gestor de conta. este - para ascender  uns escalões na carreira  bancária  - atira-se aos clientes (em geral gente pacífica que não come para não defecar, perdão cagar) a quem induz investir as poupanças, por vezes de toda uma vida e  em negócios escuros. são os cães de fila que falam línguas em vários níveis. dominam muito bem a linguagem popular. esta pertence à maioria dos aforradores. quanto aos que dirigem o roubo de elite ou de alta realização, devo dizer que tenho pouca informação sobre eles pois nunca jantei com nenhum deles, nem deles tive qualquer contato. sou plebeu de quatro costados, mas aburguesado. fui obrigado a sê-lo! o mundo onde navegam é muito poderoso. e quem se mete com eles leva no cachaço. é por isso que certos políticos a eles se associam, naturalmente para continuarem vivos. mata-se muito na alta finança. nem o banco do vaticano escapa a assassinatos. veio-me à ideia a loja 2 e a morte do santo padre João paulo I, de boa memória e de mau fim.  bem, como isto é um plágio de ensaio, fico-me por aqui, não sem antes dizer mais umas coisitas: a quem os ladrões roubam não é aos bancos. roubam ao povo! e como é que isso acontece? ora bolas, através dos impostos diretos e indiretos. entre o roubo que é feito à banca-povo, os ladrões ativos não-violentos são os que mais barato nos saem. por exemplo, nestes últimos anos não roubaram mais do que umas dezenas de milhar de euros. custou a cada um de nós e segundo os meus cálculos uns 10 cêntimos de euro. uma ninharia. já dos outros roubos não se pode dizer o mesmo. nos últimos 8 anos pagámos qualquer coisa cerca de 1.376 euros. quer dizer que cada banana como eu foi roubado nesta quantia. os que me roubaram 10 cêntimos estão atrás das grades. os que me roubaram milhares estão numa boa. penso que não está certo! deus a existir não é justo para com os pobres ladrões, o mesmo já não se pode dizer dos altos ladrões. bom, será que se pode fazer algo pelos pobres ladrões? eu penso que sim. e como?  declaro-me "presidente da república na sombra". e neste sentido vou indultar todos os pobres ladrões não-violentos. o quase ex-presidente cavaco da silva não foi cristão para com os pobres que roubam pouco. cristo que nasceu ontem e já tem 2015 anos disse que era muito difícil um rico ladrão entrar no reino dos céus; dando a entender que ladrão pobre tinha no mesmo reino um fauteuil de veludo cotelê à sua espera e que os outros só se fossem camelos a tentar entrar num buraco de agulha (1) é que se podiam habilitar a conviver com o pai dele e com a outra divindade que dá pelo nome de espírito santo. é por isso que eu em nome do pai do filho e do espírito santo e como presidente da república sombra desejo a todos os ladrões passivos um belíssimo natal e que  se um dia precisarem de se esconder porque fugidos às autoridades podem contar comigo porque    eu os acolherei com o espírito de natal que nunca me abandonou.
varett
(1) - não sou padre de paróquia para estar a interpretar como deve ser o fundo de uma agulha nem tão pouco consigo imaginar um camelo a perfurá-lo.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

a mafia da pimenta criada no século XVI e que veio a ser decapitada no século XVIII está de volta tomando como refém o estado português

quando dom josé I deu cobertura à estratégia de sebastião josé de carvalho e melo - conhecido na história como marquês de pombal -  (com a categoria de secretário de estado do reino. hoje uma espécie de primeiro-ministro mais poderoso) para decapitar de um só golpe a organização encabeçada por uma quadrilha composta por  nobres que abocanharam a maioria dos negócios de estado. a coroa comparada com eles mais não seria do que um parente pobre. o terramoto veio  empurrar ainda mais para a bancarrota o real senhor e seus próximos. e por conseguinte o próprio estado ou qualquer coisa similar equiparada na altura. os bens daqueles quadrilheiros -  que se julgavam acima do poder real, chegando ao ponto de desafiar os fieis servidores de sua majestade - foram arrestados pela justiça (trata-se da justiça de el-rei, está claro) não sem antes lhes ter limpado o cebo para não incomodarem a real figura.  o marquês - depois dessa limpeza -  deu origem a reformas em todos os setores. a história relata que o homem de mão de dom josé se dirigiu ao norte para assistir ao enforcamento de uns agricultores que se tinham negado a arrancar as suas vinhas. foram pendurados pelo cachaço para exemplo e aviso aos que desobedeciam. o certo é que meteu tanto medo aos portugueses que só agora, passados 250 anos é que os novos quadrilheiros se reorganizaram. e como é que foi? com  a ajuda de parceiros estrangeiros e da banca e também porque se certificaram que o marquês estava bem enterrado e sobretudo bem morto. é através desta parceria  e dos seus agentes internos  que os bens do estado estão a ser delapidados. em vez de abocanhar as especiarias e metais preciosos, a atual quadrilha amafiada  saca as riquezas através de organismos oficiais. como o faz? primeiro, introduzem "agentes duplos" em ministérios. em segundo lugar, infiltram-se no órgão de soberania que acolhe todo o tipo de gente (assembleia da república que aprova tudo que é cozinhado fora de portas). nesta assembleia  dá-se cobertura a tratados que  (depois de votados por um conjunto de palermas que lá fazem número) ficam blindados a favor da mafia nacional e seus sócios internacionais. pequena referência sobre esta mafia. não se trata de mafia sangrenta. o país é pequeno e esse método violento não ajuda. existem outros organismos oficiais que fazem o serviço mais limpo utilizando instalações apropriadas para o efeito. não havendo pelourinho nem um carrasco a la sebastião josé e nem um dom josé empobrecido mas com forças armadas e polícias do seu lado é muito natural que acabemos no fundo dos bancos vazios sem funcionários e sem dinheiro. nada mais simples de concluir: estamos muito próximo de mais uma revolução. um país descapitalizado e em guerra com a banca que saiu vencedora desta guerra vai implodir. aposto dobrado contra singelo! alguém quer? por favor,  ó forças armadas, também é democrático intervir e fazer respeitar a constituição! também é democrático as forças armadas voltarem os seus interesses para a nação mandando vir os seus efetivos que vegetam em cenários de guerra que não nos dizem respeito! também é democrático as forças armadas obrigarem as polícias a cumprir as tarefas que lhes foram atribuídas! eh pá, então não é?
mmb
ps: neste momento em que escrevo uma dúzia de palermas avençados discute mais um grande saque a que o estado foi sujeito. o estado que somos todos nós. é por isso que o poveco grita pelo marquês. ó marquês! anda cá p´ra abaixo outra vez!
ps2: mais esta: nem o prof. salazar com a sua pide conseguiria levar-nos a sair deste pântano, como classificou o país o último beato antes de se por a milhas não sem antes se ter confessado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

era para escrever um belo conto de natal, mas dadas as circunstância resolvi dizer algo sobre o encontro entre os neurónios legisladores. dedico-o ao peru.

eu já matei animais. matei um pássaro que me picou. matei galinhas em número limitado,  esticando-lhes o pescoço. torturei caracóis, baratas  e cozi lagostas em número indeterminado. num certo dia, até matei um cão que ameaçava e mordia crianças. bom, o que vou escrever não me liberta nem me absolve do que fiz,  toda uma cultura que me rodeava não   contribuía  para uma maior consciencialização deste tipo de ações, hoje consideradas crimes. há tempos, deixei de comer todo o tipo de animais. o meu único crime é comer ovos. como julgo que o ovo não é ainda um animal, conceptualizei-o uma espécie de espermatozóide. ovo não galado! estão a ver?  ora bem, certo dia quando observava uma cena doméstica e muito familiar dei por mim indisposto. porquê? bom, uma família sentada à mesa fazia uma refeição cujo prato principal era o bife. próximo  deles, um novilho esventrado apresentava-se pendurado a partir do teto. aquela família que na semana anterior fazia afagos ao animal estava agora a comê-lo. a menina agarrava-se ao pescoço do estrela - assim se chamava o novilho - enquanto o pai a fotografava. mas que raio: coisa estranha, tão amigos e carinhosos eram para com o "amiguinho" e de repente, toca a esquartejá-lo e a papá-lo. é a vida, digo eu. porém, ao tentar perceber o modo como encaramos a matança dos animais dei por mim a ler a declaração universal dos direitos dos animais (esta declaração é elaborada pelos homens e não por aqueles, o que é estranho. muito estranho mesmo).  imaginemos que somos uma vaca. será  que iríamos  escrever o  artigo nono daquela declaração da seguinte maneira: "quando um animal (no caso eu sou uma vaca. é só para facilitar. na realidade seria um boi) é criado para alimentação humana, deve ser nutrido, instalado e transportado assim como sacrificado, sem que desses atos resulte para ele motivo de ansiedade e dor." já no seu artigo um, a declaração é giríssima para não dizermos mais asneiras: "todos os animais nascem iguais perante a vida e têm todos os mesmos direitos  à existência." para não levar esta questão por becos e canadas, o que está em causa é uma forma de escamotear a imposição de algumas senhoras que obrigaram os maridos ou amantes  a legislarem a favor dos seus companheiros domésticos. dizem que algumas gostam muito de ser lambidas pelos seus canídeos. é capaz de ser bom. e se o canídeo não tiver a "idade legal", será que a dona pode ser acusada de canifilia ? é só disparates que me saem da cabeça! nós matamos tudo que é vida. mas como somos os mais trapaceiros do planeta misturamos tudo. criámos uma coisa que se usa chamar de valores para nos orientarmos mesmo que os valores tanto podem estar guardados em altares como em vasos da noite. às vezes pergunto-me se os animais que vivem connosco como as moscas ou os mosquitos, ratos e lagartos são domésticos ou são inimigos domésticos os quais podemos exterminar sem atentarmos contra a tal declaração? todos os animais quer dizer todos ou alguns? matar um porquinho da índia a pontapés pode ser considerado crime? ou para o matar tenho de o alimentar, instalar e conduzi-lo ao fogão não permitindo que sofra? colocar um bacorinho no forno, é crime? este texto está confuso! é mesmo assim. foi como fiquei depois de os humanos terem escrito uma declaração de direitos dos animais mais estúpida que até hoje foi elaborada. nem o lobo mau que comeu a avozinha  do capuchinho conseguiria ser tão inconsequente. " aqui-d´el-rei, mataram a vaquinha do presépio!" mas que grandes sacanas! "aqui-d´el-rei, que também mataram o burrinho do presépio para dar de comer aos leões do zoo". que os pariu. acabem com esta merda toda e prendam-me mas é o pai natal que tem nestes últimos anos contribuído para a destruição as economias de famílias inteiras  enriquecendo comerciantes e trapaceiros e incentivado o assassinato em massa dos perus. safa!
mmb
ps: não me responsabilizo moralmente por este texto. sou como o banco de portugal. já criminalmente não digo o mesmo...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

o juiz carlos alexandre e o procurador rosário teixeira vão ter de enfrentar - caso levem a julgamento sócrates - a exigente imprensa internacional

sem a apresentação de fatos concretos e reais que comprovem a culpabilidade do ex-primeiro-ministro, a  press  internacional vai cilindrar  os sujeitos processuais intervenientes no seu putativo julgamento.  se os  indícios de que alguns responsáveis judiciais  designaram de "quem cabritos vende e cabras não tem" não passarem de bocas sem substância, como ficará denominada uma investigação cuja duração já leva mais de um ano? rezam os cartapácios  que qualquer acusação pretende submeter o arguido a julgamento. e se a acusação não passar de um fiasco como o "demonstrou" na sua linguagem unilateral  e sem contraditório, durante duas horas na tvi, o antigo governante? como ficará a justiça portuguesa depois deste possível cenário de tragédia ao ser interpretado rigorosamente por  jornalistas peritos em criminologia? será que teremos em vista o maior julgamento mediático deste século?  peritos, testemunhas, participantes processuais, figurantes, ministério público, polícia criminal, arguido, defensores e assistente e mais gente que aparece por aquele órgão de soberania, já não contando com as centenas de jornalistas, vão fazer com que o país centralize todas as atenções mundiais. até consta que a national geografic  magazine  tem contrato com um repórter de imagem e que  se fará acompanhar por um jurista espanhol. assim vai o (nosso) mundo.
mmb

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

refugiados islamitas são na ordem histórica vítimas diretas dos regimes que tiveram como líderes george bush e antony blair

criminoso genocida foram as palavras com que o novo líder trabalhista inglês tratou o antigo primeiro-ministro britânico que de conluio com george bush cometeu verdadeiro genocídio em povos cujo único crime é possuir, no seu território, o chamado ouro negro. jeremy  corbyn, assim se chama o agora eleito dirigente do labour party, não vai descansar enquanto não levar blair a tribunal acusando-o e denunciando-o  de  horrendos comportamentos classificados na gíria política de crimes contra a humanidade. verdadeiros atos terroristas foram cometidos pelas tropas americanas e inglesas em povoações islamitas. dizimaram populações inteiras que não tinham cometido qualquer tipo de crime. o sociólogo espanhol manuel castells foi dos homens - que utilizando os meios de comunicação social (prós e contras) - acusou de terrorismo os atos de guerra  de americanos e ingleses. referiu um ataque a um hospital onde foram mortos médicos, enfermeiros e doentes. tratou-se de um erro de localização e lamentaram o acontecimento. não olham sequer se há, para além dos suspeitos, terroristas islâmicos, famílias inteiras ao redor. vai tudo a eito. para americanos e ingleses é tudo farinha do mesmo saco. se bombardeiam desta maneira habitações  compostos por crianças, mulheres, homens novos  e velhos estão ou não a atuar como os nazis? como tenho medo e cu - várias vezes lavado com água fria a  toda a hora por causa das bactérias e facilitar o prolongamento da vida (é um segredo que desvendo só agora) - não vou responder. aqueles  sons of a gun não levam suspeitos a julgamento. matam-nos com a nova arma: drones. castells, homem de tomates, explicou claramente que tanto extremistas islâmicos quanto forças armadas daqueles países ocidentais praticam terrorismo. ora, depois de terem estado no processo de destruição maciça do iraque (berço da cultura universal), da líbia, do afeganistão e agora da síria o que é que se esperava como resposta? porque razão  a espanha e a frança também foram alvo de atos terroristas da parte de extremistas? porque foram cúmplices nos crimes cometidos caracterizados por invasão de países soberanos e independentes e que pertencem à organização das nações unidas. na sede desta organização só se incrimina por votação os atos de terrorismo cometidos pelos extremistas  árabes. está tudo dito. mais uns toques para que este texto não fique cambado. a estupidez e ganância de certos povos ocidentais é do conhecimentos dos historiadores. das quinhentas nações índias que existiam na américa, os anglo-saxões deixaram com vida meia dúzia de sobreviventes que internaram nas chamadas reservas. certa vez, os ingleses massacraram todos os habitantes de uma ilha por causa de estes terem comido dois missionários dos seus. aquele povo petiscava seres humanos. eram, como se costuma dizer, antropófagos. os espanhóis, certa vez e só numa tarde mataram 2.000 índios na américa do sul.  e tudo pelo ouro. ouro mesmo! os franceses também não ficam de fora. ultimamente, o homem das três fodas diárias mandou bombardear às cegas povoações suspeitas de albergarem terroristas. raios o partam. assim nunca mais haverá paz. o terrorismo que combate o ocidente só agora está organizado em estado militarizado. antes não dava a cara. por isso mesmo bastava uma pequena cédula composta por três ou quatro (não sei quantos são) para pôr estados poderosos em prevenção permanente. este tipo de prevenção custa muito dinheiro aos contribuintes e por outro lado permite arrecadar da parte de uns poucos verdadeiras fortunas. quando era primeiro-ministro do psd,, o senhor barroso arrastou  o país para a desgraça da guerra. ainda bem que "eles" ainda não se lembraram de nós, senão andávamos de fraldas todos os dias.  em resultado disto tudo, os fugitivos daqueles estados em guerra permanente fogem a sete pés. só que esta fuga é dirigida para os chamados países ricos. o nosso país não está no horizonte dos que fogem à morte. eles não nos preferem. somos mais conhecidos deles e do mundo do que julgávamos e pelas piores razões. quer dizer que os refugiados pensam que estamos em guerra. que somos mais pobres que os pobres. que não os podemos auxiliar. que não ganhariam nada connosco. que somos uma espécie de antigo reduto árabe na península quase iguais a eles. que tanto quanto eles matamos as nossas mulheres quando elas adulteram o texto sagrado (1). que tanto quanto eles temos os nossos ayatollahs   por tudo que é aldeia, onde orientam as almas ignaras e pecaminosas. que mal por mal preferem voltar às barcas, onde naufragariam  certamente. uf que alivio!, assim demonstramos a nossa alma de comprometidos com os ajudas humanitárias pelo preço mais em conta, o que faz  com que donas de casa tipo burguesa sentimental venham frente às câmaras afirmar a nossa disposição de estarmos sempre na frente da caridade. foi assim desde os descobrimentos e é assim hoje para darmos lições ao mundo. ah, e como não podia deixar de ser aparece  também na pantalha todo o tipo de político às sobras de imagem, pois sempre ajuda na ascensão da carreira uma  certa amostragem do espírito cristão que só periodicamente surge cá por casa. felizmente  não estamos em guerra, embora tenhamos militares nossos nos vários cenários de guerra. somos parvos ou quê?
(1) - já matámos 39 mulheres este ano. e ainda não aprendemos a traduzir a sharia.
mmb

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

o banco de portugal é competente e não merece ser arrastado para a lama devido ao comportamento dos outros bancos


certo dia passei um cheque de um determinado banco a um outro para depósito de uma certa quantia (4.500$00 escudos) na minha conta à ordem. o banco onde depositei o cheque era o bpi. na tarde desse mesmo dia fui informado pelo bi de que o meu cheque estava a descoberto mas que não havia problema. eh pá, não pode ser pois perguntei aos balcões do primeiro se o liceu já tinha enviado o meu vencimento. responderam que sim. (o  liceu de ponta delgada era onde eu prestava serviço como professor eventual no 4º. grupo e a malta recebia era por lá). resumindo, para não estar com mais merdas: o dinheiro tinha de fato entrado na parte da manhã no banco, mas não tinha sido ainda depositado na minha conta. e os cabrões do primeiro banco nem quiseram saber. sem mais aquelas enviaram a informação para o banco nacional  que muito naturalmente me iria colocar na lista negra. fui bater língua com um dos responsáveis e a coisa teve uma solução qualquer que não me prejudicou. o erro era deles. quem lhes manda reter para mamar o que não era deles! (prática muito ususal pela mafia da banca). mais uns episódios para conhecimento da minha querida leitora: como eu era um teso que gastava todo meu dinheiro, repito, o meu dinheiro era gasto todo na má vida, às vezes ficava sem tusto. aconteceu que requisitara um livro de cheques no 1º banco sem ter dinheiro na conta. não me lembrei ou já estava teso. o que fui fazer! emitiram o livro e puseram-me a conta a descoberto. ora que porra! o pior foi quando do banco me telefonaram a dizer que eu devia 12$50 escudos e que era necessário fazer depósito para regularizar a situação. mandei o tipo que me telefonou para o raio que o partisse dizendo-lhe: eh pá, vocês gastaram 17$50 escudos numa chamada telefónica para me cobrarem 12$50 ecsudos? eh pá, são ordens! ok, tudo bem! já vou aí pagar a minha dívida. e aos balcões do banco depositei 13$30 escudos. foi um gozo do tamanho do pénis do camões. ao sair do banco dei de caras com um conhecido. encetámos conversa e ele contou-me que devia ao banco 300 mil contos. eh pá, estás aflito, então? qual quê! quando eu entro até o gerente se levanta para falar comigo. olha, olha! mas tu estás falido! e ele riu-se! já não tinha nada no seu nome. até que está certo. num país assim, eu só fazia figura de pelintra. tempos depois fui convidado para escrever  crónicas num jornal semanário. numa delas resolvi fodê-los. é que os tipos que estavam à frente do banco tiveram a distinta lata de publicar na press o balanço anual (ou lá o que era) onde difundiam os lucros da sua gestão. telefonei de imediato para o tal amigo dizendo: eh pá, estás rico de novo, até já pagaste as tuas dívidas! qual quê! assinei - disse ele - foi mais letras correspondendo aos juros em dívida. a dívida aumentou. e precisaste de fiança? porra! quer dizer, certa vez que eu  lhes pedi 50 contos de reis tive de apresentar fiança e mais fiança. o que fiz. acontece que tive de esperar uma semana para que a gerência se reunisse para aprovar o meu pedido. aprovaram o empréstimo a muito custo. porque ao jogar no bicho tinha acertado e arrecadado 60 contos mandei-os meter o dinheiro no olho do cu. isto pelo telefone para não levar algum cheirinho. ah, esqueci-me de dizer que tempos depois escrevi uma crónica a desmontar o truque dos lucros fictícios. dois dias depois dela ter sido publicada, um estafeta do banco trazia-me um volume dactilografado com todos os movimentos financeiros para meu esclarecimento... como naquela altura tinha engatado um belo borracho esqueci o assunto. outros valores que não financeiros se levantaram. e foi bom. vamos ao banco de portugal e à última bronca bancária. cabe àquele aconselhar o governo nos domínios económico e financeiro. também lhe cabe recolher e elaborar estatísticas monetárias, financeiras cambiais e vistoriar a balança de pagamentos. o bdp tem funções de regulador e supervisor. pode e deve aplicar medidas dissuasoras e sancionatórias  a instituições de crédito sempre que estas mijem fora do vaso da noite. eh pá, são tantas as atribuições que lhe cabe que até penso que o banco de portugal é mais um asilo de gentes néscias e preguiçosas alheias aos seus deveres. até que são boa gente. digo isto baseado na cara deles. como teriam lá ido parar? para responder a esta última questão tenho de meter o bedelho lá dentro pois ninguém me soube informar acerca dos "critérios oficiais" da sua escolha. ah, e ninguém nada nos diz porque entra ano sai ano há um banco que espera que os contribuintes lhes cubram as más gestões. 
varett
ps: tive de modificar o título para dar de mamar a quem se tem escondido e caracterizado por uma inação degradante. é que quando as crónicas não agradam eles barram os blogues que presentemente são os meios de comunicação mais livres de toda a história da liberdade de opinião. as matilhas sairam à rua para paparem os cordeiros e depois da chacina tornaram-se pastores. ora puta que os pariu com perdão da palavra. 

sábado, 12 de dezembro de 2015

o psd e o cds estão a governar ainda? claro que estão, mas já sem os vencimentos do poder.


passada a efervescência das eleições legislativas, ficámos a saber que o centro ficou novamente mais no centro. isto não passa de uma conversa parva. é o que se pode arranjar. o primeiro sintoma de que antónio costa representa   a continuidade dos donos disto tudo no poder, foi o fato de ter ido em viagem à alemanha  prestar vassalagem ao senhor das finanças daquele país patrão da união europeia e garantir-lhe que as bocas atiradas durante o período da campanha não eram para levar a sério.  começou esta peregrinação à germânia há muito. estou a ver josé sócrates a correr para os braços da senhora-frau merkel no sentido de lhe tentar adocicar a boquinha a fim de continuarmos a ir aos mercados para podermos  custear as despesas públicas e ao mesmo tempo desviar grandes somas de dinheiro dos impostos para negociatas entre partidos, bancos (que se assumem como intérpretes do estado) e empresas. empresas estas que dão emprego a políticos quando entram em pousio. assentemos ideias: ninguém pode mudar este estado de coisas. dentro desta particularidade quem se safa melhor é quem consegue negociar. que disse antónio costa ao alemão schauble para que este tivesse ficado muito bem impressionado com o modo como o nosso primeiro-ministro vai encarar a reposição de vencimentos ao funcionalismo público, por exemplo? reparem só nisto: o psd e o cds deram início a uma verdadeira limpeza de excedentários. negociaram rescisões e despedimentos (pelo menos despacharam 100.000). isto era só o começo porque a sanha continuaria se eles tivessem conseguido formar governo. costa travou esta razia? não! vai continuar a libertar o estado do peso que representa a função pública porque se dispôs a dar continuidade às negociações da direita. schauble exultou de gozo dado que quem orienta as despesas do estado português é a alemanha. perceberam o que aqui escrevi? não tem importância! e quanto às pensões? schauble mijou-se pela cadeira em que se desloca de tanto gozo. 9 cêntimos de aumento por dia! ó herr costa, é demais! gut! falemos a sério. e disse schauble: und jetzt herr costa als es das thema tap-portugal? será preciso traduzir? bem, o senhor schauble pergunta pelo negócio da tap. e disse costa a rir contagiado pelo facies do alemão: o negócio está concretizado mas para calar as más línguas de esquerda eu atirei-lhes com uma salsicha  "guten wurstchen". "verstehen, herr schauble?" "nein!" bem, vou falar português para melhor entender. não se pode desmanchar o negócio que foi realizado pelo estado português, pois isso poderia criar uma situação de total irresponsabilidade e até levar a que se pense que esta esquerda não respeita os compromissos do estado. e, claro, fica a intenção e só a intenção de dizer que o estado seria de novo dono de mais de 50% da companhia aérea. tudo palavras meu senhor. e disse o alemão: "na ja ach herr schauble gut gesagt". e mijou-se de novo de tanto gozo capitalista. e o senhor pinto da tap já sem o p: "neste último mês avançámos vinte anos." e quanto a lucro, questionou o homem da press? "uma maravilha! é sempre a andar!" e greves? ah, ah, ah! "vão trabalhar o dobro e  a portarem-se (pilotos e cª) como cordeirinhos! ah, ah, ah!
nb: o bloco e o pcp estão a fazer contas, isto é, a partir os mealheiros. é para comprar roupinha que vai fazer muito frio este ano.
mmb

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

cenários combinados com a atual esquerda "operária" dão a costa mais um diploma: o maestro conciliador da ópera burguesa

a cgtp (confederação geral dos trabalhadores portugueses), é uma organização altamente politizada que tem procurado desestabilizar a economia do país com a mapeação de um fluxo de greves adiantadas e futuras. as greves são uma arma ao dispor dos que trabalham e que servem (entre muitas outras coisas...) para se defenderem dos exploradores e de algum patronato. não está em causa o direito de os trabalhadores em as utilizar e provocar sempre que sintam que estão a ser lesados nos seus direitos e interesses. se não houver possibilidade de haver greves, os que dominam o poder (político, militar,etc.), a primeira coisa que fazem neste regime é dispor de uma legislação que busque desenfreadamente o lucro à custa do sacrifício da classe trabalhadora. é o que a história nos ensina! se a lei do país permite a convocação e realização de greves acontece sempre que para elas alcançarem algum êxito têm de obedecer a um organismo que aglutine forças e aponte objetivos. na maior parte das vezes, senão na totalidade, esses organismos obedecem, por sua vez, a forças partidárias. se uma força partidária tiver como testa de ferro uma central sindical, é muito provável que esta assuma as orientações políticas daquelas. a cgtp dá a entender que a luta de classes está no seu programa final. os dirigentes da cgtp sabem que destruindo a economia criarão um tal caos no país e que só uma revolução poderia acabar com a bagunça que daí adviria. está nos livros. na europa - e neste modelo de europa - a tal revolução já não é viável. a europa é dos capitalistas tal como a sua comadre américa do norte. tem mais polícias a guardar e a vigiar os passos dos perigosos de esquerda do que refugiados africanos e outros (dos que já cá estão e dos que querem vir a sê-lo). as greves são permitidas até a um certo ponto mas mesmo assim são mais eficazes do que manifestações. as greves podem ser perigosas pois basta que o trabalhador se deixe ficar em casa para sabotar a empresa. como as centenas e centenas de greves chefiadas pela cgtp  (que tem perdido em todas as frentes, faltando apenas o metropolitano para fechar o ramalhete) só mediaticamente   apresentam  vitórias já arquivadas, seria bom que explicassem melhor à população o que pretendem usando uma narrativa que convença. é que, antónio costa armadilhou o caminho a percorrer pela cgtp na medida em os seus dirigentes ou estão com esta esquerda ou não passarão de sabotadores de um país exangue. há mais, para a cgtp, os trabalhadores não são todos iguais. isto é, a central sindical desunha-se por uma elite de trabalhadores que se acoitou em organismos do estado ou a ele cooptados  enquanto milhões de outros  trabalhadores foram deixados nas mãos de desumanos capitalistas sem escrúpulos que criaram o último modelo de escravo. a cgtp, que agora é uma espécie de governo de rua, [1] tem de mudar de discurso restrito para o alargar a outras áreas, senão será presa fácil de si mesma. o povo aprende lentamente, mas aprende!
mmb
[1] - o bloco de esquerda é o governo do parlamento. e o pcp? está com a cgtp!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

a educação pública depois da reforma revolucionária iniciada em abril de 1974 e que resultou na substituição do governo de marcelo caetano por um governo junta cacos.


havia portugueses que tinham uma ideia progressista para o setor da educação. não eram militares e não viviam em portugal porque eram perseguidos pelos fanáticos seguidores do pensamento salazar-cerejeira-aristocracia militar (o dito estado novo). este trio era quadrado! se não fosse o viaduto duarte pacheco, os 25 quilómetros de autoestradas (10 quilómetros antes de entrarmos na cidade do porto e osrestantes que ligavam lisboa a vila franca de xira), a importação de viaturas automóveis e a ponte sobre o tejo, poder-se-ia dizer que portugal era um país que tinha acabado de sair da alta idade média  e se preparava para saltar à baixa idade média, mas em compasso de espera. a educação tinha como objetivo o conhecimento permitido e vigiado pelos coronéis do estado novo. reinventou-se a história de portugal, definiram-se as classes sociais, reforçou-se o poder militar (os militares estavam em tudo que era poder físico paramilitar e civil. tomaram de assalto as principais câmaras municipais e governos civis. até a pide (polícia exclusivamente vocacionada para o tratamento político de centrismos e esquerdismos  tinha à cabeça um militar do quadro e como adjuvantes deste, ex-militares milicianos, etc.). nunca um sistema educativo ideologicamente estruturado no pensamento democrático poderia coabitar com tal estado político-militarizado, característico de uma ditadura. ora, derrubada esta excrescência, como apetrechar um ministério de educação com gente capaz de nos pôr  a  par do que passava na europa para onde  nos estávamos a virar? perante a revolução estritamente militar no seu começo, aconteceu o óbvio: os militares meteram-se no ministério da educação. não estavam preparados para gerir fosse o que fosse para além da sua área de prestação de serviço. a educação, coitadinha, sofreu tratos de polé e foi pasto de muitas experiências. não há espaço para as referir aqui por isso vou limitar a extensão que tal tema requereria para a sua melhor compreensão. chegou-se a uma altura que era preciso pensar-se que era prioritário formar o homem português na sua dimensão cívica. formar (construir) um cidadão que se queria consciente para as questões sociais, políticas, religiosas, económicas, cooperativas, democráticas, etc. quem estaria capacitado para levar este programa a um bom porto? os professores e as escolas. não preparando os professores para esta tarefa que se podia esperar? um verdadeiro desastre! experiências piloto e outras aberrações tiveram lugar em imensas escolas com resultados negativos. procurou-se introduzir uma nova dimensão pedagógica. intenções e mais intenções caminhavam em paralelo com mentes ancilosadas . o que só por si acentuava um fosso intransponível de comportamentos. um pequeno exemplo: questionavam os professores de música e os professores de matemática: como preparar o aluno para a questão económica e política se tratamos de escalas e números? quando, por exemplo, estivesse o professor de matemática a dar estatísticas, poderia levar os alunos a referir números que retratassem as   carências de toda a espécie existentes em bairros sociais  e compará-las com outras áreas onde não as houvesse. retirar efeitos de justiça social, apelar para que ajudassem a criar soluções, etc. 5 minutos, se tanto, daria para cumprir alguns requisitos que estavam bastante claros na nova lei de bases do sistema educativo. sobretudo na parte em que se deve criar condições para que os alunos desenvolvam o espírito criativo e crítico. quando o professor de música tiver de "tratar" de marchas militares poderia compará-las, por exemplo, com outro tipo de música capaz de elevar o espírito e conduzi-lo a um estádio de paz. depois, é esperar que os alunos se pronunciem sobre o que acham de uma e de outra. tão fácil será levá-los a uma consciência para a paz. educar é formar cidadãos e não fazer-lhes a cabeça... vou terminar. num determinado momento (década de noventa), um  ministério de educação de exceção (independente o quanto possível) enviou para as escolas um livrinho de sua autoria para ser lido por pais, encarregados de educação e professores. que tinha lá escrito? uma verdadeira reforma no ensino. pedia aos professores para reconhecerem que o poder de classificar devia ser substituído pelo poder de acompanhar o desenvolvimento e crescimento do aluno como se tratasse de um estudante mais velho; pedia às escolas que não impedissem os alunos dos primeiros anos de cada ciclo de transitar. tratava-se de uma medida para levar os alunos a adaptarem-se mais facilmente a uma nova etapa mais exigente e não tentar retraí-los pois isso era considerado um erro científico e pedagógico que se devia evitar. os "velhacos" dos professores responsáveis pela sua distribuição e esclarecimento pura e simplesmente deixaram os caixotes que continham os livros em locais "secretos". depois, quando os professores caíram nas malhas dos sindicatos acabou-se a "brincadeira" pedagógica para se entrar na verdadeira destruição do ser do professor do futuro capaz de ajudar este povo de marrecos infelizes a aproximar-se do nível dos companheiros comunitários. estavam muitos interesses em jogo ao mesmo tempo,  daí que surja um grande engarrafamento. e estes atrasam - como se sabe - o bom andamento do trânsito, quando os intervenientes forem os automóveis... alguém acredita que os africanos alguma vez venham a usufruir das suas riquezas, enquanto os europeus os puderem explorar? alguém acredita que o povo alguma vez venha a beneficiar de uma educação que o eleve em vez de o conduzir para as fábricas como sempre tem acontecido para benefício de uns senhores que até mandam em tudo? alguém acredita que os ministros das diversas religiões seriam capazes de dizer aos seus fiéis de que as falas com deus não passam de invenções? alguém acredita que os fiéis deixariam de acreditar que deus tem falado com alguns privilegiados? esta é a nossa condição de homens. e temos cérebro, valha-nos deus! oh, caramba! até eu...
varett

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

veiga simão e marcelo caetano na origem de uma peça à josé vilhena, sem ofensa para o maior crítico do estado novo na área do humor.


tive ocasião de estudar, por alto, a pretensa reforma educativa que teve como  responsável máximo o prof. veiga simão, supervisionado pelo presidente do conselho de ministros, ao tempo, o prof. marcelo caetano. qualquer pessoa com dois neurónios percebia de imediato que se tratava de algo muito importante desde que tivesse pés para andar bem assentes no chão da cultura. não tinha pés (até) e já explico o porquê. aumentar-se o tempo de estudo-ensino público de 4 para 6 anos em todo o país foi um grande passo. nas zonas onde não existiam edifícios escolares nem professores preparados científico-pedagogicamente criou-se a telescola. a cobertura deste tipo de ensino poder-se-ia considerar um verdadeiro êxito. mas tinha como limite o ensinar a um povo analfabeto o alfabeto e mais uma série de limitados conhecimentos ministrados na base de decoradeira. para um povo desviado tematicamente da cultura humanista  (religiosamente falando até que estava preparado  para enfrentar o padre eterno quando este o chamasse) foi um passo à frente. qualquer coisa a mais no sentido do conhecimento é positivo. na cabeça de veiga simão - e também na de marcelo - a questão não passava de uma resposta política às críticas vindas do estrangeiro. críticas essas que nos consideravam um povo de incultos, atrasados mentais, de explorados e sem voz nos destinos do seu país. o mesmo  não se verificava na maioria dos povos do mundo livre. nunca se poderia fazer uma reforma educativa sem professores à altura. havia que criar uma massa de educadores capazes de alterar todo o caduco sistema educativo e pôr os alunos a pensar, refletir o mundo, desenvolver-lhes o espírito crítico e criativo, indicar-lhes o caminho da cooperação, etc. criar no papel uma reforma sem professores habilitados para este desafio  não passava de malogro. os nossos mestres todos feitos à imagem do estado novo, isto é, autoritários e classicistas não estavam virados para uma escola pedagogicamente capaz de fazer crescer, mudar as mentalidades e comportamentos. o velho mestre e a sua velha sebenta, mais velha que a salvé rainha, sabotariam (sabotaram) sistematicamente qualquer mudança que lhes retirasse o poder que tinham. não entendiam o que significava o novo modelo ensino-aprendizagem que se erguia nos países democráticos. para eles a questão era simples: sabes passas, não sabes chumbas. os seus testes eram criados na base de armadilhas e de grande esforço mnésico. tudo isso tendo em conta a classificação e seleção. como mudar o modo de pensar daqueles crânios? dizer-lhes que o seu poder sobre os alunos desaparecia para dar lugar a um tripo de mestre que promovia mudanças comportamentais como um ajudantee não um fiscal era coisa impensável. escolas e meios existiam. crianças para aprender havia aos magotes. professores? poucos e fósseis. a seguir veio o 25 de abril e já vamos ver o que se passou na área do ensino.continua
continuação
por varett:

domingo, 29 de novembro de 2015

a lei de bases do sistema educativo foi um projeto revolucionário. a elite de direita torpedeou-o e sabotou-o porque aproximava as classes e permitiria saltos qualitativos de futuro em toda a população.

tenho feito o possível para analisar o país como se fosse alguém que o olha de longe. da tailândia, por exemplo. às vezes não consigo, tais foram os preconceitos provenientes de uma educação que deixa marcas indeléveis. quando resolvi estudar a sério, fiz uma opção: ser professorinho. porquê? aí é que está! uma das raões...porque fui um mau aluno quase à queda do estado novo. e porque quis pensar a aprendizagem em geral num modelo que formasse e criasse um homem novo (o homem novo português que muitos dos que se dedicavam ao pensamento sonhavam). o tema é ideologicamente complexo. um dia, talvez o explore aqui neste blogue. porém, hoje, só vou divagar sobre a questão dos exames no quarto ano. sou contra os exames não por serem avaliações pedagógicas, mas porque infelizmente contribuem para que nunca saiamos desta tristeza que caracteriza a nossa ruralidade mental. as crianças ao iniciarem os seus estudos no ensino básico (o tal que era dito por primário) entram já etiquetadas. explico: a sua proveniência social determina-lhes o comportamento e o modo de pensar. caberia à escola corrigir esta diferença. alturas houve que se tentou aplicar um ensino que se preocupasse só por fazer aprender sem classificar. durou pouco porque logo a seguir vieram os críticos que se baseavam nas falhas encontradas nos alunos: alguns avançavam nos diversos graus de ensino e anos chegando impreparados até para escrever. é verdade, mas isso deveu-se a professores que boicotaram a reforma educativa. uns por impreparação outros porque - pertencendo a uma classe social de conforto - só sabiam examinar para excluir. houve até um primeiro-ministro (não vou dizer quem é. já o critiquei o suficiente) que era professor quando se meteu na política e que, após ter assinado a lei de bases do sistema educativo, escreveu no seminário expresso, uma semana depois, um artigo de opinião em que defendia precisamente o contrário. assinou sem ler? não estava de acordo com a ideologia impregnada na lei? porque assinou? confuso, não é? a questão não pode ser tratada num artigo como este. isto não passa de um desabafo. assim, no próximo artigo, arranjarei maneira de entrar no tema sensível que se caracteriza pela atuação do mestre  perante  cérebros igualmente capazes mas socialmente coartados no seu desempenho por falta de "treino familiar antecipado).
(continua)
varett

terça-feira, 24 de novembro de 2015

o presidente esteve à altura


mantendo todas as atenções em si cavaco da silva permitiu que um novo tempo de compreensão política se concretizasse ao indigitar antónio costa. uma das muitas lições que se pode retirar é que não é o partido mais votado que ganha as eleições, ao contrário do que por aí se dizia. o parlamento dirige a política nacional. cavaco respeitou (depois de muito "refletir") a maioria parlamentar permitindo que de futuro a casa da democracia se venha a aproximar mais do eleitorado e por conseguinte do povo e das suas mais prementes necessidades. estas são o que faz com a existência dos políticos se justifique. "descentralizar" o poder do executivo dimanando-o a meias para o parlamento vai trazer um maior equilíbrio entre órgãos de soberania. é que até aqui os parlamentares estavam na categoria dos acéfalos que só serviam para concretizar as orientações dos negócios (muitos deles escusos) que as direções partidárias congeminavam. hoje, tiro o meu chapéu ao presidente, amanhã já não sei.... apesar de ser um homem de direita abriu uma nova época de politização mais próxima dos homens e das mulheres comuns.
varett

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

cavaco só aceita indigitar antónio costa após a presentação de um compromisso escrito pelos unidos da esquerda. impossível, não é?


cavaco da silva procura ganhar tempo queimando-o para que o governo de gestão seja interiorizado e aceite pela população. e, por conseguinte, estar apta a condenar os desvarios provenientes de greves anunciadas. a verdade é que já estamos todos mais ou menos inclinados para uma melhor apreciação acerca da  eleição presidencial, estudando e  debruçando-nos  sobre cada candidato aparecido ou a aparecer, caso de rui rio, por exemplo. parece que há um governo a vender e a trabalhar e uma oposição limitada às vitórias  no parlamento. sabe-se que "embaixadas" de ambas as partes viajam até ao centro de decisão europeia a fim de solicitar compreensão para as suas preocupações de governo aguarelando a sua paisagem e borrando a do adversário. a direita precisa de um candidato que garanta uma vitória nas presidenciais sob pena de ficar desaparecida durante muito tempo. a direita sabe que está impedida de governar e sem um candidato em belém é o descalabro e implosão. o prof. marcelo não garante o desfecho que as hostes mais conservadoras desejam. isto é, o professor tendo medo de uma segunda volta está aos beijinhos  na esquerda central. é que lhe vem à memória o caso freitas do amaral. a segunda volta é a morte do artista. no caso específico é a morte do comentador. esperam-se traições e ranger de dentes no clube de sá-sarneiro. nem sim nem não, por agora. e cavaco da silva ainda irá a fátima terra de fé depois de consultar os velhinhos simpáticos que formatizam (estou modernaço) o conselho de estado para enfiar na malta mais um tabu. eh presidente, ou sim ou sopas! qual é a pressa?, questiona o santo do oráculo de belém a copiar delfos.
varett

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

e os kamikases dobraram os estados unidos até que truman ordenou ao enola gay - b29 que lhes fizesse a folha


o coronel paul tibbets, em 6 de agosto de 1945,  comandando o enola, levou o pesado bombardeiro que transportava um engenho nuclear até ao japão. para quê? para o deixar cair sobre a cidade de hiroxima que na altura era habitada por umas setenta mil almas. a bomba explodiu "com êxito" e o seu efeito fez com que os japoneses pensassem seriamente em render-se. com mais uma bomba atómica e outra cidade,  a coisa acabou. morreram cerca de 140.000 habitantes. anos antes, a força aérea do japão destruiu no porto de pearl harbor ocupado pelas forças militares americanas 21 navios de guerra, 347 aviões e fez 2.403 vítimas. no intervalo destas duas datas os japoneses puseram a marinha dos estados unidos de joelhos embora tivessem menor número de efetivos e menos navios e porta-aviões. como é que foi possível? bem, os japoneses contavam com os malucos dos seus pilotos aviadores. é que quando eles detetavam barcos dos estados unidos atiravam-se contra eles de cabeça perdida. morriam porque não  ejetavam  o seu  assento  destruindo as suas aeronaves no embate. o resultado para quem sofria este tipo de ataque era enorme. assim, com esta modalidade, tornavam-se imbatíveis. os estados unidos só vergaram o japão e o seu imperador - considerado um verdadeiro e poderoso semideus - depois de destruírem duas das suas cidades com gente dentro... a guerra acabou e ainda bem para a malta que já estava farta de tanta violência. criticou-se os  estados unidos por terem matado milhares de civis. esqueceram o fato de o exército japonês anos antes (19 de setembro de 1931) ter, numa só semana, assassinado 300.000 mil manchus numa das mais sangrentas guerras do oriente. a manchúria ficou tinta de sangue. é muito assassinato, meus queridos leitores! voltando a nossa atenção para a atualidade: estamos perante um cenário de guerra entre ocidente e oriente médio com característica diabólicas e impensáveis . é que enquanto as guerras anteriores era guerras geográficas esta nada tem de posicionamento rígido. embora o dito estado islâmico tenda a conquistar território a questão vai muito além disso. uma das maiores dificuldades que se apresentam aos exércitos ocidentais (neste momento é assim  que um dos contendores se designa) é aquela que diz respeito à identificação do inimigo. o inimigo está em toda a parte entre os civis. é aqui que ele se torna ardiloso porque invisível. enquanto os kamikases  antigos davam a cara à luta, estes novos suicidas   atuam num modelo que suscita arte religiosa e mistério. podem ser todos e nenhum. numa família pacata pode viver na clandestinidade um oficial, sargento ou praça  do terrorismo. convém esclarecer que terrorismo tanto é praticado por fiéis como por infiéis (traduzam como quiserem). penso que a frança se precipitou ao bombardear a síria e ao ter passado uma certidão de óbito a cerca de 130 vítimas. a frança não tem a certeza absoluta de que o alvo era mesmo um ninho do ei. para essa informação ser considerada verdadeira requeria confirmação no terreno. uma vingança deste tipo não leva a nada, até porque depois a coisa piorará para nós todos os civis mais propriamente e principalmente para os países mais vulneráveis e fracos. estes não têm hipóteses de apresentar uma defesa em condições por falta de meios e de informações rigorosas. interrompo este texto (e aproveito para o terminar). só para reproduzir uma informação veiculada por um pivô da tvi24: disse ele que o estado islâmico depois de ter atacado o coração da frança anunciou que vai atacar - imagine-se - washington. que raio de inimigo é este  que não sabemos quem é e que mete medo. sobretudo aos estados unidos da américa do norte a mais poderosa nação militar do mundo? 
varett

sábado, 14 de novembro de 2015

se nem militares (incluindo as forças armadas americanas) nem os políticos conseguem minorar os efeitos da guerra contra o islão, penso que se deve dar à igreja o poder de dirigir os trabalhos de pacificação entre duas culturas muito distintas


nós, os ditos europeus civis e comunitários, estamos a pagar um alto preço  que resulta como consequência das ações de retaliação dos islamitas, ditos extremistas. estava eu a ouvir e a ver as notícias (as possíveis entre anúncios comerciais) quando o pivot de uma das nossas estações televisivas nos informa que um carrasco que tinha por hábito degolar prisioneiros ocidentais fora eliminado por um drone comandado pelos militares americanos. teria sido considerado um feito enorme visto que os extremistas teriam de substituí-lo. o que - diga-se - não será muito difícil de arranjar. foi o que conseguimos inferir do júbilo dos porta-vozes do poder militar. neste caso estacionado em terras do mundo árabe. visto por outro prisma, diríamos forças invasoras que procuram dominar a zona do petróleo. bom, estávamos ainda a degustar a eliminação de um impiedoso assassino e seus cúmplices quando de repente somos invadidos por notícias horríveis vindas de paris. resumindo para não irmos muito longe. quem está a dirigir a luta contra o islão só está a fazer borrada. quem paga e pagará pelos erros das forças invasoras serão os civis. como sempre, está-se mesmo a ver! tanto políticos como militares já demonstraram que pioram - com as suas estratégias de guerra e morte -  as relações entre as duas culturas em questão, sempre que se propõem a resolver os problemas que os envolvem. digamos que para cada ação vitoriosa do ocidente há que esperar a vingança dos extremistas sobre os civis inocentes. estamos todos em pulgas! veio-me à ideia o seguinte pensamento: na impossibilidade de o poder militar e político ocidental não ser capaz de controlar e ganhar a guerra que criou e congeminou seria a altura própria para se entregar aos homens de deus a capacidade de intervir no sentido da construção de uma paz duradoira. isto de vivermos sob o terror de sermos chacinados com rebentamentos de bombas aqui e ali  ou feitos reféns para morrer em qualquer evento comercial não é nada aconselhável. pode até vir a fomentar um espírito de guerra  a nível mundial... vinde, ó vinde homens  de deus do amor e da paz tentar abençoar e trazer a boa nova: paz entre os homens de boa vontade! os que não são os da boa vontade façam favor de se retirar da cena. é que a malta ama a vida e não está interessada em abreviar o fim. isso é tarefa  que cabe a deus. o nosso, que é como disse "feito" de amor e paz.
varett

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

lições de democracia precisam-se


quando eu, no tempo da dita ditadura salazarista, brincava à oposição apareciam nas reuniões - do tipo senhoras unidas pelas conferências de são vivente de paulo - uns humanistas que estavam "indispostos" com a situação política. todos queríamos para portugal uma democracia europeia à imagem da frança, da suécia, etc. isso é que era bom, diziam com cara de vicentinas. depois saíamos das reuniões tão satisfeitos e levinhos. claro que nos acompanhava o medo da pide e do que ela seria capaz de nos fazer. eh pá, quem tem esfíncter tem medo! os anos foram passando e nada de novo. até que se chega ao 25 de abril de 1974, e aí sim. a coisa ficou nevoenta (não digo negra para não ofender os vigilantes dos direitos das minorias que no caso dos negros são uma maioria de respeito. também sinto-me um descendente de gente escura. olhando para os portugueses e percebendo o que dizem os sacanas dos ingleses acerca da nossa cor fico com a sensação de que somos um povo de mestiços. é o que os bifes julgam de nós. devem ter razão pois somos escuros em relação aos nórdicos. chamam-nos latinos na américa. porquê?) -  bom, estávamos em guerra contra povos de cor escura e muito escura. matávamos e éramos mortos. e tudo para sacarmos as riquezas de que esses povos detinham nas suas terras. como tudo muda, chegou a vez de uns militares de patente média estarem a sofrer (coitados) de falta de promoções. não estava certo. eles queriam mais uns trocos. e vai daí toca a fazer cair o governo fascista de continuidade que era o de marcelo caetano. à segunda tentativa conseguiram derrubar o pequeno ditador mas grande especialista em direito administrativo. que queriam os capitães? (foi assim que ficaram conhecidos) eh pá, já o disse: mais uns trocos e subida de galões pois estavam a ser ultrapassados pelos milicianos a quem o estado novo enviou para áfrica e lhes dera regalias que só pertenciam "por direito próprio" aos oficiais do quadro. ciumentos! que pretendiam os capitães para além da sua revolta tipo sindicato dos juízes? mais nada do que dinheirinho. não tinham formação política e eram uns verdadeiros marialvas cheios de empáfia e ignorância. estavam destinados para além do marchar a casar com as moças de letras que depois se encaixavam nos liceus como professorinhas. quando derrubaram o governo de marcelo não contavam com a reação da população de lisboa. julgávam-na um corpo inerte. enganaram-se redondamente. lisboa ficou em polvorosa. alguns malucos perdendo a cabeça dirigiram-se para a sede da pide aos gritos histéricos. foram recebidos com rajadas de metralhadora. ficaram caídos para sempre 5 deles. uma verdadeira desgraça. a partir daqui a pequena revolta de quartel deu uma volta de 200 grados. como na revolta não havia oficial general a chefiá-la o caos aproximava-se. e quando entra em cena mais tarde o general spínola o país já estava dividido e "ferozmente politizado".  o quanto primariamente possível, claro dadas as circunstâncias! com spínola o país começou a perceber quem era quem. a malta descobriu o que era a direita e o que representava a esquerda. o povo aos magotes foi entendido como esquerda. e essa esquerda aos poucos - auxiliada por alguns militares inspirados por guerrilheiros internacionais, tipo mito che - foi tomando conta do estado. entretanto, o que aconteceu à pide e aos seus auxiliares-bufos? os militares que colaboravam com ela resolveram prender todos os agentes para os salvar da morte. a população, às tantas, tinha descoberto um novo desporto: caça ao pide. mais tarde, os militares  organizaram uma fuga da prisão para se verem livres do que eles representavam de compromisso no passado recente... vou saltar para não estar a fazer de historiador até porque o que escrevo pode e deve ser contestado. apesar de estar a viver ao tempo em lisboa tudo pode ser fruto da minha imaginação. é possível! e então, como se portaram os tais opositores do regime - que se diziam democratas - com a nova situação? estavam já noutra. estavam embrenhados em perseguições que acabaram transformadas em prisões de muita gente inocente. bastava pensar-se ao contrário da corja para se ser perseguido. militares apoiavam descaradamente esses crimes que nunca teriam lugar numa sociedade que se queria democrática. por pouco não se instalava uma outra ditadura. de repente, contra tudo e contra todas as regras democráticas, uma cambada de piolhosos deu origem a todo o tipo de perseguição e  prisão. pessoas eram arrancadas da cama alta madrugada. que crimes cometeram? pensavam ao contrário da nova moda. vi um irmão ser preso às tantas da manhã acusado de ser de direita. mas que grande filhos de puta eram os que vinham substituir a velha e ignóbil ditadura salazarista assente no poder militar! quando terminou a perturbação mental a que a maioria foi sujeita o país passou a gerir-se à moda da burguesia institucional. o poder e o dinheiro começaram a circular entre o partido social-democrata e o partido socialista. tanto um como o outro alimentaram verdadeiras quadrilhas que não tiveram medo de ostentar a sua riqueza perante todos. a plebe aplaudia o que lhes dava ainda maior força "moral". quando o saque  aos dinheiros do estado atingiu formas monstruosas a justiça não teve outro remédio senão pôr-se a caminho. isto é, à falta de pudor e descaramento ala para a cadeia. foram alguns apanhados. quanto aos que destruíram o património nacional nada lhes aconteceu porque tudo o que fizeram ficou blindado por especialistas na matéria. gustavo sampaio, um jornalista de investigação, descobriu dezenas de gabinetes onde aqueles especialistas  forjavam contratos que tinham por objetivo roubar dinheiro ao estado. gustavo até escreveu um livro para facilitar a tarefa à autoridade judiciária, mas a coisa ficou em águas de bacalhau: portugal! das centenas de vigaristas apenas meia dúzia foi dentro (já estão fora neste momento). bom, à custa da criação de uma democracia que veio para substituir a ditadura antiga nasceu o espírito democrático português. como caracterizá-lo? eu não sei, mas talvez um dos sete sábios cá da casa, o filósofo-pensador josé gil (um dos 25 homens mais inteligentes do mundo, segundo um grupo de amigos dele que vivem em paris) saiba explicar. para terminar: também serve para explicar o que é o sentido democrático da nossa classe política assistir ao que se passa na assembleia da república. o que é que se passa? bem, o poveco elege os seus deputados, estes estão agrupados em partidos, os partidos lutam pelo poder. quando algum o alcança, o resto agrupa-se. depois lutam e lutam durante 4 anos. a maioria das suas medidas estão dirigidas à algibeira de todos os desgraçados. estão sempre a congeminar como roubar e trafulhar quem os elege. para que serve, então, a democracia? é mais fácil resolver o problema do sentido da vida do que o da democracia. mais valia pagarmos impostos à igreja católica que nos promete o céu desde que paguemos a dízima. pelo menos é como o gato de schrodinger que tanto pode estar vivo como morto. não vou explicar porque ainda estou a estudar o caso. mas utilizo o mesmo raciocínio que traduzo assim: a igreja promete o céu. bom, será que tem razão e que é bem empregue o dinheiro que ela cobra? eu penso que sim. pelo menos temos 50% de hipóteses de o atingir e só o saberemos quando batermos a bota. só depois de mortos! pagamos impostos e mais impostos à democracia e depois somos enrabados. eh pá, viva o cardeal cerejeira, um homem de deus que sorria sempre, o que nos transmitia aquela segurança que só se tem quando há certezas. viva o céu! abaixo a democracia do rapinanço.
varett

domingo, 8 de novembro de 2015

a censura e o meu blogue. oh que dor! oh que injustiça! ai! ai!




ó queridos, porque vos chateais com estas palavras? não é caso para tanto. é só uma questão de juntar uma peça aqui outra ali e fazer parir. mas tudo bem! eu até fico contente com a censura e bloqueamento do que eu disse. nunca pensei que era assim tão importante. amanhã já usarei gravada para estar ao vosso nível. beijinhos muitos nas vossas mulheres. isto se as tiverem... my god, help them or fuck them!
varett

sábado, 7 de novembro de 2015

à investida americana contra a economia germano-europeia, a press cá de casa já lhe está a responder.


para acabar com a hegemonia económica alemã, os estados unidos da américa deram início a uma campanha de descredibilização do seu poderoso setor industrial. vimos como é que funcionou o golpe contra a marca volkswagen que se distendeu a outras marcas. por um feliz acaso são todas marcas alemãs. até a "pobre" porche, minha nossa, foi apanhada na campanha publicitária que por pouco não reduzia a lixo a economia europeia que é isso que pretendem os filhos de chicago. por acaso - e dá para gritar de gozo - as marcas alemãs vendem cada vez mais tal como o bacalhau sueco que já foi português no tempo da gente séria! os americanos são fodidos em termos de economia. ou vai a bem ou a mal. o exemplo mais vivo foi a destruição do estado iraquiano. olha do que escapámos! nos tempos pós 25 de abril os américas estavam dispostos a fomentar uma guerra civil entre nós. há provas disso! e ainda por cima escritas. na dúvida, consultar o state departement. só que para cada estratégia americana para nos enrabar os velhos e sabidos europeus preparam-lhes a resposta à altura. vejam só: o mundo inteiro - que anda a   comer carne desde que a eva ensinou a adão que a vagina oferecia variantes distintas de práxis - acaba por ser abalado com a descoberta bastante difundida de origem nos sábios  europeus de que o consumo da carne promove o cancro. estão a ver, por exemplo, a pobre mcdonalds a fechar por todo o mundo? grande golpe, sim senhor. estamos aqui estamos com mais uma guerra à porta. se bem conheço o "pensar" americano não me admira nada que estejam já  a preparar a resposta. os americanos na sua sede de dominar o mundo transformam-se em grandes criminosos internacionais. bombardear o japão com bombas atómicas significou que não conseguindo bater o adversário no mesmo terreno o jogo de resposta é a destruição deste incluindo toda a gente.  nem mesmo os espermatozóides escapam. onde para a américa que eu adorava. estará só nos filmes do john waine, da querida marilyn, do frank voz de pássaro, etc... vamos comer vegetais e andar de carro elétrico nas calmas. só temos de estar atentos às bombas. é criaram-se abrigos atómicos...
desejos de fim de semana a ruminar.
varett

terça-feira, 3 de novembro de 2015

elevar o meu tesão a uma causa pública.isto é, numa droga positiva, penso eu!


este é um texto que não utiliza o plural  majestático  nós para se fazer entender. isto é, o caso é pessoal e se passar a interessar à generalidade das pessoas ótimo. se o não conseguir, tanto pior para os recetores. tudo que esteja fora do serviço público é coisa de segunda categoria. apareceu esta semana nas bancas um livro de uma mulher (1) que se debruça sobre os seus intestinos de uma forma capaz   de influenciar os leitores na medida em que para ela os intestinos merecem mais atenção do que a bexiga ou mesmo o coração. quer dizer a merda que se move no trânsito intestinal passa a ter diploma e já pode concorrer a um cargo no serviço nacional de saúde, por exemplo. até há quem diga que os intestinos são um segundo cérebro. eu que o diga! os meus intestinos até à altura em que alterei por completo o modo como me alimentava faziam de mim uma espécie de assessor de primeiro-ministro. isto é, sempre às ordens dos seus desejos. como não gosto de defecar perdão cagar, senão na minha retrete, estão a ver a cena. a merda tornou-me num homem caseiro à força. como eu comia que nem uma besta e bebia que nem o padreca do eça que   servia como cónego na sede do bispado em leiria, acontecia que tinha de frequentar a sala de despejo três, quatro ou mesmo cinco vezes ao dia. uma desgraça de intestinos e de vida. como consequência, a barriga aumentava dia após dia. tanto que deixei de ver o meu companheiro de noitadas e de lençóis. o que é que eu comia? tudo que fosse prato de carne era papado. até criei um bife à mestre de aviz muito apreciado por mim e meus amigos preferidos. a sopa era sempre acompanhada com muito queijo e pão. ovos estrelados? às vezes dois a puxar para três, pois adoro os estaladiços que sei cozinhar. enfiava, também, fruta e mamava uma de tinto que às vezes ficava com uns restinhos que aproveitava para fazer vinagre. já perceberam que estou a fazer uma aguarela intestino-social. agora vou introduzir algo que mexeu comigo. estava eu a assistir a um documentário num programa televisivo que constava do seguinte: uma família cristã de agricultores  composta por pai, mãe e filhos, estava sentada à mesa a papar uma refeição que constava de belos bifes de vaca. era num domingo! até aqui tudo bem. só que, o realizador numa retrospetiva deu a conhecer aspetos da sua atividade realçando o modo como os miúdos tiravam o leite à vaquinha e de como estavam sempre a fazer-lhe festinhas. a mulher do agricultor até beijava a vaquinha. querida mijuca, que rico leitinho! o que aconteceu de diferente que me levou a estar aqui a fazer versos sobre campónios? é que quando a vaquinha  tão querida deixou de dar a mesma quantidade diária de leitinho, o casal enfiou-lhe uma faca entre os cornos. depois, foi um tal comer bifes ao domingo, e dobrada durante a semana. ah, a mulher também sabia fazer mão de vaca. uh que bom que era! a partir desta merda de cena o meu cérebro deu uma volta de tal ordem que nunca mais comi animal nenhum. fiquei desgraçado. passei a comer vegetais e muita sopa. de manhã só fruta. como fiquei? ao quinto dia nesta dieta "forçada" e "traumatizante" comecei a sentir-me como um drogado. eu sei o que é isso pois experimentara a boa  merda há uns bons anos atrás. a vida passou a ser de azul claro. explicando, recuperei o tesão antigo, o qual tinha metido papéis para a reforma. eh pá, tão bom! e quanto aos meus intestinos? olhem, amigos ledores, passei a ir à casa de banho uma ou duas vezes por dia. dependem - as idas à sala do espremedor - da quantidade de sopa que papo.  mais, deixou de haver mau cheiro. um verdadeiro milagre! ah, também não como peixe! são tão queridos! estou aparvalhado? para alguns, sim. para outros e para mim é como se estivesse a voar agarrado ao rabo de afrodite. um rabo redondo de feições e muito cheiroso! pudera ela lava-se muito! também passei a fazer praia a partir de março. sempre que olho o céu e vejo o meu querido sol a brilhar, ala que se faz tarde. a minha mente, como está? pior um pouco, visto estar sempre a ler a bíblia para saber o que é proibido. e o que é proibido dá muito mais prazer. já dizia a eva que confundiu a serpente com o falo divino. safada e gulosa essa eva do sagrado!
varett
(1) - giulia enders

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

fernando negrão: não seremos um governo de gestão! agora é que vai chover em são bento. com elegância, claro!


o ex-diretor da polícia  judiciária, o senhor ex-juiz de direito e ex-presidente da comissão de inquérito parlamentar, é o novo ministro da justiça. deparei-me com uma conversa havida esta manhã na antena 1 entre ele e a sempre atenta jornalista maria flor pedroso. por uma questão de rigor, penso que se trata de um bom elemento político onde quer que preste serviço público. a qualidade do raciocínio que brotou do seu discurso é prenúncio de que vai prestar um bom trabalho. como se diz agora que há ministérios ocupados por figuras políticas que vieram substituir peritos especialistas que os dirigiam, é de querer que o ministério da justiça tenha hoje como seu líder um político de craveira ou a aumentar a craveira. fernando negrão tem a seu favor o fato de ter - há anos - ocupado lugares que não tinham uma base política mas sim profissional. portanto é um profissional a prestar serviço na política. na entrevista disse que não haveria hipóteses de o governo de passos, indigitado por cavaco da silva, se transformar num executivo de gestão. o dito está dito! só que se for assim, estamos perante uma brincadeira de crianças amuadas que colocam os seus interesses acima dos interesses nacionais. se for de fato assim como diz negrão estaremos face a um golpe de direita a pedir músculo para colocar portugal no "bom caminho". é perigoso! fernando negrão não explicou bem como é que o país funcionaria perante o que "ordena" a constituição. como político, o agora indigitado ministro da justiça interpretou o discurso de cavaco da silva de uma maneira politicamente nova. é de crer que venha a ser a próxima vedeta do arco governamental. o psd e coligado bem precisa de um campeão que apanhe e bata de uma forma elegante. e elegância não lhe falta! the show must go on!