segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

cenários combinados com a atual esquerda "operária" dão a costa mais um diploma: o maestro conciliador da ópera burguesa

a cgtp (confederação geral dos trabalhadores portugueses), é uma organização altamente politizada que tem procurado desestabilizar a economia do país com a mapeação de um fluxo de greves adiantadas e futuras. as greves são uma arma ao dispor dos que trabalham e que servem (entre muitas outras coisas...) para se defenderem dos exploradores e de algum patronato. não está em causa o direito de os trabalhadores em as utilizar e provocar sempre que sintam que estão a ser lesados nos seus direitos e interesses. se não houver possibilidade de haver greves, os que dominam o poder (político, militar,etc.), a primeira coisa que fazem neste regime é dispor de uma legislação que busque desenfreadamente o lucro à custa do sacrifício da classe trabalhadora. é o que a história nos ensina! se a lei do país permite a convocação e realização de greves acontece sempre que para elas alcançarem algum êxito têm de obedecer a um organismo que aglutine forças e aponte objetivos. na maior parte das vezes, senão na totalidade, esses organismos obedecem, por sua vez, a forças partidárias. se uma força partidária tiver como testa de ferro uma central sindical, é muito provável que esta assuma as orientações políticas daquelas. a cgtp dá a entender que a luta de classes está no seu programa final. os dirigentes da cgtp sabem que destruindo a economia criarão um tal caos no país e que só uma revolução poderia acabar com a bagunça que daí adviria. está nos livros. na europa - e neste modelo de europa - a tal revolução já não é viável. a europa é dos capitalistas tal como a sua comadre américa do norte. tem mais polícias a guardar e a vigiar os passos dos perigosos de esquerda do que refugiados africanos e outros (dos que já cá estão e dos que querem vir a sê-lo). as greves são permitidas até a um certo ponto mas mesmo assim são mais eficazes do que manifestações. as greves podem ser perigosas pois basta que o trabalhador se deixe ficar em casa para sabotar a empresa. como as centenas e centenas de greves chefiadas pela cgtp  (que tem perdido em todas as frentes, faltando apenas o metropolitano para fechar o ramalhete) só mediaticamente   apresentam  vitórias já arquivadas, seria bom que explicassem melhor à população o que pretendem usando uma narrativa que convença. é que, antónio costa armadilhou o caminho a percorrer pela cgtp na medida em os seus dirigentes ou estão com esta esquerda ou não passarão de sabotadores de um país exangue. há mais, para a cgtp, os trabalhadores não são todos iguais. isto é, a central sindical desunha-se por uma elite de trabalhadores que se acoitou em organismos do estado ou a ele cooptados  enquanto milhões de outros  trabalhadores foram deixados nas mãos de desumanos capitalistas sem escrúpulos que criaram o último modelo de escravo. a cgtp, que agora é uma espécie de governo de rua, [1] tem de mudar de discurso restrito para o alargar a outras áreas, senão será presa fácil de si mesma. o povo aprende lentamente, mas aprende!
mmb
[1] - o bloco de esquerda é o governo do parlamento. e o pcp? está com a cgtp!

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