segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

o banco de portugal é competente e não merece ser arrastado para a lama devido ao comportamento dos outros bancos


certo dia passei um cheque de um determinado banco a um outro para depósito de uma certa quantia (4.500$00 escudos) na minha conta à ordem. o banco onde depositei o cheque era o bpi. na tarde desse mesmo dia fui informado pelo bi de que o meu cheque estava a descoberto mas que não havia problema. eh pá, não pode ser pois perguntei aos balcões do primeiro se o liceu já tinha enviado o meu vencimento. responderam que sim. (o  liceu de ponta delgada era onde eu prestava serviço como professor eventual no 4º. grupo e a malta recebia era por lá). resumindo, para não estar com mais merdas: o dinheiro tinha de fato entrado na parte da manhã no banco, mas não tinha sido ainda depositado na minha conta. e os cabrões do primeiro banco nem quiseram saber. sem mais aquelas enviaram a informação para o banco nacional  que muito naturalmente me iria colocar na lista negra. fui bater língua com um dos responsáveis e a coisa teve uma solução qualquer que não me prejudicou. o erro era deles. quem lhes manda reter para mamar o que não era deles! (prática muito ususal pela mafia da banca). mais uns episódios para conhecimento da minha querida leitora: como eu era um teso que gastava todo meu dinheiro, repito, o meu dinheiro era gasto todo na má vida, às vezes ficava sem tusto. aconteceu que requisitara um livro de cheques no 1º banco sem ter dinheiro na conta. não me lembrei ou já estava teso. o que fui fazer! emitiram o livro e puseram-me a conta a descoberto. ora que porra! o pior foi quando do banco me telefonaram a dizer que eu devia 12$50 escudos e que era necessário fazer depósito para regularizar a situação. mandei o tipo que me telefonou para o raio que o partisse dizendo-lhe: eh pá, vocês gastaram 17$50 escudos numa chamada telefónica para me cobrarem 12$50 ecsudos? eh pá, são ordens! ok, tudo bem! já vou aí pagar a minha dívida. e aos balcões do banco depositei 13$30 escudos. foi um gozo do tamanho do pénis do camões. ao sair do banco dei de caras com um conhecido. encetámos conversa e ele contou-me que devia ao banco 300 mil contos. eh pá, estás aflito, então? qual quê! quando eu entro até o gerente se levanta para falar comigo. olha, olha! mas tu estás falido! e ele riu-se! já não tinha nada no seu nome. até que está certo. num país assim, eu só fazia figura de pelintra. tempos depois fui convidado para escrever  crónicas num jornal semanário. numa delas resolvi fodê-los. é que os tipos que estavam à frente do banco tiveram a distinta lata de publicar na press o balanço anual (ou lá o que era) onde difundiam os lucros da sua gestão. telefonei de imediato para o tal amigo dizendo: eh pá, estás rico de novo, até já pagaste as tuas dívidas! qual quê! assinei - disse ele - foi mais letras correspondendo aos juros em dívida. a dívida aumentou. e precisaste de fiança? porra! quer dizer, certa vez que eu  lhes pedi 50 contos de reis tive de apresentar fiança e mais fiança. o que fiz. acontece que tive de esperar uma semana para que a gerência se reunisse para aprovar o meu pedido. aprovaram o empréstimo a muito custo. porque ao jogar no bicho tinha acertado e arrecadado 60 contos mandei-os meter o dinheiro no olho do cu. isto pelo telefone para não levar algum cheirinho. ah, esqueci-me de dizer que tempos depois escrevi uma crónica a desmontar o truque dos lucros fictícios. dois dias depois dela ter sido publicada, um estafeta do banco trazia-me um volume dactilografado com todos os movimentos financeiros para meu esclarecimento... como naquela altura tinha engatado um belo borracho esqueci o assunto. outros valores que não financeiros se levantaram. e foi bom. vamos ao banco de portugal e à última bronca bancária. cabe àquele aconselhar o governo nos domínios económico e financeiro. também lhe cabe recolher e elaborar estatísticas monetárias, financeiras cambiais e vistoriar a balança de pagamentos. o bdp tem funções de regulador e supervisor. pode e deve aplicar medidas dissuasoras e sancionatórias  a instituições de crédito sempre que estas mijem fora do vaso da noite. eh pá, são tantas as atribuições que lhe cabe que até penso que o banco de portugal é mais um asilo de gentes néscias e preguiçosas alheias aos seus deveres. até que são boa gente. digo isto baseado na cara deles. como teriam lá ido parar? para responder a esta última questão tenho de meter o bedelho lá dentro pois ninguém me soube informar acerca dos "critérios oficiais" da sua escolha. ah, e ninguém nada nos diz porque entra ano sai ano há um banco que espera que os contribuintes lhes cubram as más gestões. 
varett
ps: tive de modificar o título para dar de mamar a quem se tem escondido e caracterizado por uma inação degradante. é que quando as crónicas não agradam eles barram os blogues que presentemente são os meios de comunicação mais livres de toda a história da liberdade de opinião. as matilhas sairam à rua para paparem os cordeiros e depois da chacina tornaram-se pastores. ora puta que os pariu com perdão da palavra. 

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