segunda-feira, 12 de novembro de 2012

uma nova consciência invadiu "o espírito" do povo


quem tenha estado com muita atenção ao que se passa com a maneira como o povo olha os políticos dá de caras com a ideia de que o que eles auferem como produto da sua actividade não passa de um roubo ao estado. estado esse que já não é o mesmo, isto é, começam a entender que o estado somos todos. mais, com a actividade da cgtp conferida nas palavras de ordem dos seus líderes em manifestações periódicas, fica-se a perceber muito bem que os que exploram o povo são inimigos do estado; do estado social onde a maioria do povo português se acautelou. tenho ainda os ouvidos a chiar de tanto elogio vindo do estrangeiro que afirmava que o nosso sistema de saúde era o melhor do mundo. note-se que ninguém pagava nada e tinha ao seu dispor o melhor que  a medicina oferecia. os melhores médicos e enfermeiros eram lá que prestavam serviço (claro que muitos usaram os seus consultórios privados para usufruírem de saltos para o público. olha, dava para tudo. calemo-nos por agora). era de facto o melhor serviço de saúde do mundo. era bom e de graça. nem na cuba de castro. tá! conheci gente que recorreu ao hospital cubano pagando a peso de ouro os tratamentos. cá, ninguém pagava nada. nem os estrangeiros (passado). o serviço nacional de saúde gratuito, o sistema educativo para além de ser de graça ainda oferecia - no serviço  social escolar refeições de borla. conheci gente da antiga classe média que tinha os filhos comidos e bebidos nas cantinas. livros, também eram gratuitos. bastava confirmar para tanto que se tinha dificuldades (era um tal mentir). na segurança social, então não vos digo nada. toda a etnia (e havia algumas entre nós) recebia mesada e casa. criaram-se bairros sociais que mais não eram do que a propaganda do portugal universal e humanista sem fronteiras. europeus do leste recebiam mesadas. alguns agradeciam a hospitalidade e o apoio económico com furtos em moradias. pequenos pescados que depois se foram transformando em acções violentas. para os políticos tratava-se apenas de casos pontuais. assistimos a uma batalha entre angolanos e ciganos em plena rua de lisboa. tudo se abafa para não ferir discriminações, pois o mundo inteiro olhava-nos como exemplos. dinheiro para esta maravilhadora sociedade? veio de fora a pedido dos políticos. muitos encheram o bandulho com desvios dos dinheiros e enriqueceram. tudo isto é sabido e veio nos jornais. o que não veio foi o seguinte: o dinheiro que atiraram para este rico estado social serviu de taipal para que dentro da loja, sem serem vistos, os gatunos se refastelassem. essa é a razão porque o povo não veio para a rua gritar contra os ladrões. tinha a barriga cheia e emprego. não via nada. e só acordou quando os políticos começaram a impedir as regalias que julgava serem de lei. a classe política atacou essas regalias na esperança de poder continuar a usufruir das mordomias. essas mordomias eram pelos políticos aprovadas. quem melhor do que eles para se avaliar? vencimentos ofensivos são denunciados na internet ao mesmo tempo há gente que perdeu o emprego e vive paredes meias com a miséria. a miséria é uma escola que abre não só a boca para comer. dá para olhar mais à frente. sabem o que significa haver senhor da política que utilizou o estado como trampolim para grandes mordomias. um mês de um destes sacripantas representa qualquer coisa como 18 anos de trabalho de um operário. incluindo, claro está os subsídios quando ainda tinha direito a eles. fiquemos por aqui. para quê lançar mais dados? é por isso que o conceito de estado se está a tornar "propriedade" do povo. e este como dono de seja o que for é tão feroz ou mais do que  o capitalista ou os lacaios que o servem.
manuelmelobento

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