sexta-feira, 16 de novembro de 2012

as greves, os grevistas, os políticos e a polícia

tão depressa o cenário da greve geral recolheu à central do sr. arménio carlos, as autoridades que compõem os órgãos de soberania, à excepção das gentes dos tribunais, pespegaram-se em frente das aparelhagens televisivas - a permitir-se em seu nome e das empresas partidárias que representam - apresentar a sua leitura. desde cavaco silva até ao sr. antónio josé seguro gerente do partido socialista, todos eles reforçaram a posição do sr pedro passos coelho a quem os grevistas chamam  nomes pouco apropriados e que dirige os desígnios nacionais, se ainda isto quer significar algum pressuposto patriótico. todos eles disseram que os portugueses têm o direito à greve. mas, condenaram as atitudes violentas de alguns manifestantes. o sr. arménio carlos da cgtp, que convoca greves ao estilo da Iª república, ou é um anginho feito com quem tomou o poder ou quer mesmo acabar com esta república  pelos meios violentos da luta de classes insertos na bíblia marxista. o sr. arménio carlos sabia muito bem que manifestações deste tipo acarretam perigos incontroláveis se as forças que defendem a burguesia que gere os destinos de portugal não intervierem. ele farta-se de dizer que as manifestações são uma forma de condenar o poder estabelecido e que a sua central sindical não se revê nos crimes  de violência e de desobediência à autoridade. mais, que a quem cabe actuar contra os facínoras são as forças da lei. o sr. arménio carlos está em todas. trabalha que se farta. é ainda um dirigente jovem a quem não faltam forças para a actividade sindical de rua. se este governo é matéria o sr. arménio carlos é anti-matéria. o senhor arménio carlos é um primeiro-ministro do terreno "perigosamente" apoiado no seu mister por milhões de portugueses. o sr. arménio carlos desvincula-se da violência. por outro lado nada faz para controlar as manifestações que preside e onde discursa sempre e "oficialmente". ao deixar a polícia anti-motim e anti-terrorismo actuar vai permitir que o governo reforce a sua posição na medida em que quem fica com os louros da imagem de quem quer um país seguro e não caótico aos olhos da população é o sr pedro passos coelho e a sua matilha tributária. se o sr. arménio carlos tivesse dominado a violência que todo o pensamento burguês-nacional condena colocando os seus adjuntos no terreno estaria hoje muito mais próximo do impedimento do desastre que vai ser o fim do estado social que a maioria dos portugueses deseja que se mantenha e que passos coelho se propõe destruir. o sr. arménio carlos não sabia que havia crianças acompanhadas pelos seus progenitores? que uma carga policial para acabar com distúrbios violentes varre tudo que não disperse desobedecendo aos avisos da polícia? quem tem mais experiência em manifestações senão o senhor e os seus associados? só se quer vítimas inocentes para se vitimar e acabar mais rapidamente com o governo que descaracteriza portugal histórico tornando-o num balcão alongado do fmi e outros. numa outra perspectiva pode ser que tenha esperança que o povo em força desarme e inutilize as polícias que ultimamente não fazem outra coisa senão estar em prevenção. há muita boca a falar em guerra civil se este governo não recuar. desde o 25 de abril que o conflito social está latente. vivemos em "paz" durante o período dos dinheiros da comunidade. mas mal acabaram tudo se congemina para a intranquilidade. vive-se num período de intranquilidade e insegurança promovido pelo governo actual porque é neste clima que se instala o liberalismo económico. as pessoas ficam sem objectivos e sem esperança o que permite o seu domínio imediato. manifestações a quem o poder parte os dentes pode instalar o medo e a insegurança generalizada e sem outro remédio  caímos na rede que está institucionalizada pelos partidos. e não saímos desde círcuito nunca. cai o governo! e depois? o capitalismo volta a fazer-se representar por outro parceiro. repare-se como o senhor antónio josé seguro (um homem do regime) faz apelo à intervenção da polícia. o que ele quer é a continuação desta república. e ele que até está na oposição caseira. este círculo vicioso só terminará com um partido do povo e que uma vez eleito sirva dentro deste regime para o destruir. em alternativa só existe a acção armada. está nos livros. e o povo português, o que quer? 

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