segunda-feira, 19 de novembro de 2012

o novo português vai ter de trabalhar noutras áreas, se as houver

uma das muitas medidas deste governo que denota o que pretende fazer da vida dos portugueses está na modificação do sector da restauração. tascas, tasquinhas, restaurantes, "snack-bars", "grills" cervejarias, casas de pasto, pastelarias e mais outros tantos espaços onde os portugueses se refastelavam estão a agonizar. aquela hora e meia que a malta tinha para almoçar já era. o país vai ter de empobrecer tal como a tese jonetista implodiu no deserto da cegueira nacional. os restaurantes não vão acabar. manter-se-ão para servir turistas, homens de negócios e como não podia deixar de ser a escumalha política (classe que tem contrato com a perenidade). os  portugueses da plebe (ou que voltaram a ela) vão passar a usufruir de meia hora para "almoçar" e toca a trabalhar (isto se tiver emprego). o senhor pedro passos coelho não sendo ariano puro é uma espécie de branco com tez meridional, (assim como o conjunto dos que  governam este pequeno e pouco habitado país que tem tanta população quanta possui dez avenidas noviorquinas). esta característica e o contacto  com o modelo de exploração da mão-de-obra dos anglo-saxões tendem a transformar o modo como enfrentávamos o processo económico. portugal era um país rural com duas "grandes" cidades vocacionadas para a importação. a industrialização era uma aspiração que teve fortes indícios  na altura do marcelismo ( as cinturas industriais de lisboa e porto) mas sucumbiu com as alterações que  a "revolta" de abril inesperadamente trouxe. de resto, o que mais por aqui pululava eram as pequenas empresas que os politólogos teimam em designar de médias empresas. com a entrada de cabeça nos fundos europeus o pleno emprego desabrochou e o estado encheu-se de funcionários assim como as empresas do chupa-chupa que cresceram como cogumelos ofereciam trabalho. era tanta a oferta que - imagine-se, de um país de emigrantes passámos a ser de imigrantes. é obra! - havia quem se desse ao luxo de escolher onde ir prestar serviço. havia restaurantes e casas de pasto por aqui e por ali em "quantidades ordeiras", com este falso desenvolvimento (era tudo a sacar, até parecia que tínhamos chegado à índia) qualquer buraco dava para criar um restaurante  e com tendência a expandir tal era a frequência da freguesia. portugal passou a viver em restaurantes e esplanadas acompanhado por poucos turistas. (os suecos que nos visitavam traziam latas de atum consigo. ah, mas compravam pão; pelintras!). com o aumento das rodovias e obras de vulto à cavaco (ccb) também cresceram entre nós muitos escritores, intelectuais, pensadores, politólogos e muitos professores universitários (coitadinhos ou estão no desemprego ou voltaram para o balcão de onde nunca deviam ter saído. mas mesmo assim quando se apresentam à sociedade nas revistas da pantera apresentam-se como - não podia deixar de ser - professores universitários. até o senhor relvas foi professor universitário de si mesmo. portugal era um delírio. restaurantes e casas de putas, meus queridos, era uma coisa nunca vista. ah, e putas finas e de leste. estas vieram dar um ar da sua graça por causa da tonalidade da pele a que estávamos pouco habituados... (a comê-as) era assim o país. fátima e os dinheiros da união tornaram-nos modelos a seguir. de repente, o país faliu. como assim? deixemos a falência para a polícia e viajemos para o novo modelo de homem que está na forja criada pelos nossos queridos social-democratas. baixaram as remunerações dos trabalhadores (vão continuar a baixar) até ao ponto de podermos competir com a ásia. é a verdadeira industrialização de portugal que está à vista. é o novo milagre económico que nos vai fazer ricos de novo. e tudo pela mão da mistela de arianos que governam. sim senhor! foi o saque de ceuta, foi a venda de escravos, foi o negócio das especiarias da índia, foi o cacau e o café das terras de áfrica, foi o ouro do brasil (tal como o cavaco, dom joão V espatifou milhões de dobras  no ccb da altura. cabeças!), foi o dinheiro da comunidade europeia e é... bem, segue dentro de momentos a mão-de-obra mais barata da europa para regalo e pança cheia de uns quantos e aplauso e de muitos. o costume. 
nb: ia esquecendo. o português deixará de se deslocar de carro para as novas fábricas e em substituição usará o metro levando na mão  a lancheira.  
manuelmelobento

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