terça-feira, 27 de novembro de 2012

e agora para onde vamos? a casa de todas as putifarias contra o poveco fez das boas


se estivéssemos sós neste mundo onde poderíamos arranjar modelo de comparação? amanhávamo-nos sem outro remédio. agora, com outros povos para podermos relativizar, a coisa fica chata. salazar e mais tarde marcelo - um todo nada menos - eram jonetistas. levaram o poveco até à penúria dado que pouco ou nada produzíamos para sobreviver condignamente. o velho seminarista de santa comba dão sabia muita coisa acerca das pessoas. aprendera a maldade toda dentro dos muros conventuais e nas cozinhas das casas de suas excelências os patrões de seu pai. como era um excelente estudante acabou por dar explicações à menina da casa, e isso ofereceu-lhe aprendizagem sociabilizante. eh pá, era um homem do real. quando foi convidado para governar o país, percebeu que as pessoas eram pobretanas mas precisavam de comer. havia também a classe média e a outra que possuía  tudo. pobre - no pensar dele e dos próprios (pobres) - desconfia quando a oferta é grande. por isso, pouco mas certo e o poveco estaria contentinho com a sua política. a ajudar este clima, disponha  de  missinha avulso e das bençãos dos bispos (que nessa altura ainda percebiam que os pobres deviam respeitar os santos da sua predilecção e como prémio não trabalhar nos dias a eles atribuídos). à classe média, o salazarismo deu certas folgas. os "empregados" do estado ganhavam muito pouco, mas era seguro. bastava olhar para o poveco e para as dificuldades com que vivia para darem graças ao que obtinham (às vezes - o poveco - passava fome). alguns de entre ele nunca comeram um bife em toda a sua vida. e os que tiveram a sorte de o dentar não tragavam senão restos dos meninos com fastio. (o pão de trigo era usado/comido para os dias de festa). as professoras primárias ganhavam uma marreca e ainda por cima não podiam casar com zés ninguéns que era para estes não chularem os seus poucos tostões mensais. era a lei do casamento das professoras. havia uma classe média (média cá dentro porque comparada com qualquer outra do mundo civilizado metia dó). os vencimentos da plebe que funcionava no público andava pois à volta do vencimento da pobreza dos professores primários. daí para cima nada faltava. a terra e as casas arrendadas permitia que os senhores vivessem resfastelados. salazar nada lhes dava directamente, porém, não lhes aplicando  impostos estava a encher-lhes a burra? lembro-me de que depois de 26 anos depois da segunda guerra havia um instituto geográfico e cadastral que se dedicava a fazer o levantamento das terras para futura actuação tributária. nem 10% do território estava levantado. ah, um certo dia, um pobre remediado que tinha comprado um pedaço de terra com 2.600 metros quadrados queixava-se de que pagava tanto de imposto quanto o seu senhor que possuía 1.300.000 metros quadrados. bem, adiante que já me perdi. o psd e o pp aprovaram um orçamento que vai fazer com que sintamos aquele frenesim estremecedor corporal sempre que a pobreza bate à porta. dizem os entendidos que o desemprego vai aumentar. que vão continuar a falir mais empresas. que a segurança social está falida e os pensionistas tremerão no dia da esmola. que o estado se não estender a mão à caridade europeia não tem dinheiro para pagar aos seus funcionários.  que as polícias e os tribunais vão ser reforçados em proventos e benefícios. a polícia com mais benefícios? para quê? será para actuar contra o crime ou para defender o estado refundido de passos e portas que já provaram o seu pendor anti-social e antinacional? vou terminar. revoltaram-se contra a dona isabel jonet por que a senhora no seu caridoso entender permitiu-se pensar em moldes caracteríticos do salazarismo penitente. entonces não é! bem, contra o que aqui vomitei disse o ministro gaspar que portugal vai crescer. vai? eu sei que quando abro um site de mulheres nuas - ai gosto tanto, não tenho é dinheiro - anunciam uma coisa muito boa aos homens que apresentam um pénis pequenino. tem-no pequeno? nós aumentamos essa peça. depois mostram um beneficiário já com ele "elefantado" (não tenho outro termo à mão. salvo seja!). vai crescer o quê senhor professor? o senhor que devia ser o timoneiro da nação (passos é fraquito) não passa de um faroleiro prestimoso para avisar os invasores deste país do quanto ainda podem mamar no poveco. não escrevo mais! apetece-me dar dentadas no céu da boca só de pensar que os meus subsídios foram parar a contas da última grande quadrilha que infestou portugal depois do ultimato de 1890.
manuelmelobento

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