segunda-feira, 26 de novembro de 2012

partidos nutridos com dinheiro de sangue e partidos escanzelados

que milagre se deu com certos partidos que de um momento para o outro se viram cheios de dinheiro? aquilo é que era gastar milhões em campanhas eleitorais acompanhadas por grandes farras.  uns até tinham avião particular... os empreiteiros, os empresários, os deputados (que aprovaram em são bento putifarias e que depois compraram prédios (para si) sem qualquer tipo de justificação plausível com dinheiros vindos dos desertos - em áfrica há muitos.), etc. ah, já me ia esquecendo dos deputados angariadores. um deles foi apanhado com uma mala cheia de cacau pelas autoridades. de onde veio tanto dinheiro? eh pá, eu não sei. é que se soubesse também abria a cloaca para o meu partido que fechou a loja por via de falta de fundos para pagar as multas justiceiras impostas lá do alto. relembro-me de ter apresentado ao povo (que estúpido - já era desde o tempo do salazar) as despesas da minha campanha eleitoral (em s. miguel, lá nos açores) que somavam a seguinte quantia: 178$00 (escudos). eh pá, aquilo é que foi gozar! desde jornalistas (o que se pode arranjar) até ao mais reles plebeu, fartaram-se de rir até às lágrimas. eu também me ri imenso mas foi por outra coisa. conto já. incluí no programa do partido que eu dirigia -  e que era na altura apodado de extrema-direita -  as directrizes dos textos políticos  que estavam expressos  na campanha do partido comunista. também ri até às lágrimas quando ataquei, com mais ferocidade do que os comunas, os fascismos da altura. continuei a ser tido como fascista ou coisa parecida. eu sei qual a razão disso, é que eu defendera em estilo democrático o nacionalismo açoriano. era moda política na altura considerar extrema-direita quem assim pensasse. e eu que até vivi com o cu apertado quando fiz da minha casa de lisboa (arrendada) uma sede itinerária de um partido de esquerda, no tempo da outra senhora. porra da política e de políticos. bem, não era isso que eu queria dizer. foi só um toque a puxar para a vaidade. perdão! não me quis sujar com dinheiros e foi o que se viu: miséria de votos. só as velhinhas votaram no meu partido. falta de visão foi o que resultou da investigação para meia dúzia de votos mal empurrados. ora vamos ao que interessa. os partidos que foram beneficiados pelo milagre dos fundos avultados - a quem as várias polícias tentando apanhar outros bandidos descuraram a verdadeira investigação - para além de nadar em dinheirama deram-se ao luxo de comprar grandes palácios para lá se instalarem e poder discutir os interesses do (de quem?)  povo. olhem só: no tempo do algarvio cavaco primeiro-ministro, o psd comprou "el contado" por uma fortuna a sua sede. onde foi buscar o dinheiro ? (1) que contas prestou ao povo social-democrata desse gasto e de outros? nicles! cuidado, que todos os partidos comem do mesmo. isto é, os partidos que estão assentados em são bento. de repente, partidos de remelosos  gastam milhões de euros em fanfarras para acordar o poveco. é dar-lhes  vinho, farra  e bolos que eles elas (eleitores) só não metem nas ranhuras das urnas os pentelhos por causa do decoro paroquial. o outro dia fui levantar 5.000 euros que tinha na minha conta bancária (não eram meus, porra. foram lá postos por engano!) e tive de esperar um tempão pois para levantar tal quantia e dá-la ao dono torna-se necessário haver autorização superior. se eu tivesse levantado menos de 5.000 euros não havia necessidade de autorização. eu não sabia! obrigado, senhor bancário! ainda há pouco o cds recebeu milhões  que caíram na sua conta mas aos bochechos. milhares de dadores que verdade seja dita tinham chegado de vénus. um deles assinava a doação por jacinto leite capelo rego. alguém riu quando a polícia descobriu a manobra aquática? nada disso! só riram quando eu prestei contas dos custos da campanha eleitoral (178$00-escudos) de um dos partidos mais correctos que conheci: o partido da democracia-cristã. e eu já nessa altura não só não acreditava no altíssimo como tinha dele uma péssima impressão. o filho da mãe do altíssimo não dá nada a ninguém. ah, só aos ricos e aos partidos de colarinho branco. partidos de colarinho branco... gostei. saiu sem querer.
(1) - por coincidência na altura da compra da nova sede dos social-democratas com dinheiro à vista, um batoteiro do estoril obteve do governo de cavaco silva um grande benefício. isto é, foi-lhe permitido pagar seis milhões de contos de dívida (na altura era com escudos que se fazia este tipo de negócio) ao estado em tranches variadas e sem juros. sem juros. perceberam? não há coincidências escreveu a margarida rebelo pinto, a quem o rolo duarte do descabeçado hotel babilónia negou o título de escritora. não minha querida, eu acho que há coincidências regulamentadas...
manuelmelobento

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