segunda-feira, 2 de julho de 2012

independência da madeira? já a seguir e através de referendo


o dr a. joão jardim apelou para a figura do referendo  para melhor clarificar a autonomia. disse que não admitia que esta "encurtasse" um milímetro sequer. jardim não é o louco que muita gente da comunicação social pretende fazer passar. para já a figura do referendo não pode ser accionada pelo povo da madeira. vejamos as aranhices da constituição. no seu artigo 115.2: aquele pode resultar da iniciativa de cidadãos que se devem dirigir à assembleia da república. com prazos e termos fixados na lei. muito bem. se os madeirenses querem alterar autonomia para independência (estilo cabo verde) terão de apelar para portugal para tal efeito. vamos supor que alberto joão (é assim que o povo ilhéu o trata) conseguia organizar um documento assinado por todos os madeirenses. lindo! só que (e isso sabe-o muito bem o dr jardim) no mesmo artigo da constituição já citado, pode-se ler  no ponto 4 e na sua alínea a), o seguinte: são excluidas do âmbito do referendo as alterações à constituição. quer dizer que o documento nem sequer dava entrada no portão da casa dos representantes do povo português,  o mesmo que alinhavou os textos constitucionais. trata-se, pois, de um acto anticonstitucional. as palavras do dr jardim são como as ameças dos padres no tempo do estado novo: irmãos, o inferno espera-vos se não se portarem como cristãos e olhem que aquilo lá ferve e queima. fica tudo em águas de bacalhau. jardim sabe disso. por essa razão não só não comete nenhum crime pois os seus ditos estão protegidos pelo artigo 37 do livro que estamos a falar como as suas palavras só ofendem pelo tom que está acima dos 12 decíbeis permitidos. depois, e esta parte dá vontade de rir para quem não conhece a história sofrida do povo madeirense. o dr jardim exige que portugal lhe pague o que deve. ainda há pouco o tribunal de contas anunciava a dívida monstruosa da madeira. de repente, é o contrário. bom, não vale a pena perder mais tempo com palavras. sabemos que elas são como os coelhos. explico: se colocarmos um casal de coelhos numa ilha solitária, passados 12 meses a sua descendência chega aos milhares. palavra puxa palavra e não é que o tempo passa e a crise permanece. para alguns, claro!
manuelmelobento

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