segunda-feira, 16 de julho de 2012

do discurso de borba que não é vinho


o primeiro-ministro foi a borba discursar. e eu a pensar que ele faria um intervalo na governação para se travestir de enólogo. enganei-me ruralmente . o discurso teve como tema o social. 100.000.000 de euros para auxiliar as instituições de apoio caritativo ficaram à disposição delas para cuidar da pobreza. dá para entender que afinal o homem está atento aos mais desprotegidos. o seu discurso difere do de vasco gonçalves (um caso clínico governamental) apenas na falta dos gritos e da berraria dos assistentes. nesta sua participação passos coelho começa a procurar os apoios que lhe já estão a faltar por toda a parte. a estratégia funciona com o poveco que infelizmente está programado para ver no espectáculo uma diversão desde que esta seja dirigida por um actor, seja ele um religioso ou um paisano. cabe-nos a todos sem excepção estarmos atentos e interventores (o quanto possível) acerca dos negócios de estado. este homem que conseguiu alcançar são bento vindo de uma espécie de mercearia fina diz uma coisa e materializa outra. mal comparando é como um ladrão que rouba um desgraçado deixando-o na indigência e depois dá-lhe uma migalhas para que ele não morra de fome. e na loja: minha senhora este queijo é de uma alta qualidade. ora prove esta fatia. e que tal? a mulher que já não faz sexo tem para aí 11 meses e na esperança de mais tarde vir a provar o caixeiro diz encantada: uh, que bom! e leva o produto mas pau talvez não. então não estamos a ser apertados e esmifrados para que o estado capitalista adquira os créditos do passado, fazendo lembrar o histórico estado novo. este tinha uma economia de classe onde os benefícios do consumo calhavam apenas a uma minoria. com a alteração da economia expansionista permitindo que as pessoas de menos posses pudessem adquirir bens de consumo (o que só acontecia se emigrassem e se sujeitassem a trabalhos que os países que os recebiam não queriam realizar) o alargamento do crédito teve que acompanhar este novo tipo de desenvolvimento. depois, foi a ganância, o descontrolo e o fechar dos olhos dos responsáveis. pudera, se chamassem a atenção para o descalabro que se seguiria eram corridos nas urnas. foi criado um circuito que está a minar a sociedade. neste momento os nossos governantes já não podem sair à rua sem a polícia a guardar-lhes as costas. e mesmo resguardados pelas diversas policias o povo chama-lhes nomes muito feios. não sei o que se passou com o borba, mas em borba o povo gritou para o substituto de salazar: gatuno! gatuno! gatuno! ah, e não se tratava de um jogo de futebol!
manuelmelobento

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