terça-feira, 4 de dezembro de 2012

cuidado com as balas


o dr. mário soares que costuma ser um chato a escrever crónicas, hoje, no diário de notícias, surpreendeu-me. parece que comunga como eu dos perigos que pode estar sujeito o economista passos coelho por estar a destruir o estado português sem apresentar alternativas humanas e credíveis. dizem algumas  iluminárias do pensamento peninsular que o mundo está a mudar. oh pá, quando é que ele deixou de mudar? hem?  mudou para melhor? na minha perspectiva não. quando éramos um bilião e tal sobre o planeta estivemos entretidos em guerras e genocídios tribais. no intervalo matámos e queimámos humanos vivos pela saúde dos deuses e para  equilibrar a demografia. sempre que a história  vomita percebemos que para matar os seus semelhantes os homens organizaram sistemas eficazes de extermínio. até agora foi sempre assim. a economia é hoje a invenção que mais perigos trouxe à raça humana. a economia "inventou" a riqueza. e esta a procriação desenfreada. com fome os humanos não se multiplicam. mas tão depressa a pia se enche, ei-los a fornicar as fêmeas e a sujeitar os espaços verdes e belos com o seu lixo. fodem como os coelhos e surgem como as minhocas. não há pachorra. quando éramos um bilião matava-se lá de vez em quando, isto é, quando era necessário. com oito biliões a prática informa o cadenciado diário das guerras e das mortes é permanente. eh pá, tenho que dar o salto senão isto vai cheirar a levi-strauss do tempo das primeiras temporadas entre os "selvagens". em portugal, nos últimos cem anos, quantos políticos foram mortos? muitos! só que nos últimos 32 anos ninguém foi assassinado. isto se tivermos em conta que sá carneiro e adelino amaro da costa apenas desapareceram do número dos vivos por causa de um simples acidente de aviação. há quem pense o contrário. não sei... no meu tempo, quem queria seguir económicas tinha de estudar a disciplina de história de portugal. lá, estava bem expresso o que os portugueses fizeram aos políticos sobretudo de noite, nos primeiros tempos da república. alerto para o ano de 1917, pois foi neste ano que o povo se descontrolou por causa da fome. o senhor economista passos coelho não tem o cérebro do tamanho necessário  para ocupar o lugar de primeiro-ministro e prever o que pode acontecer como resultado da sua política. política esta que não foi anunciada aquando da triste campanha eleitoral que o catapultou e à sua tropa para são bento. na campanha prometeu uma coisa e fez outra tão depressa tomou posse. nada que espante quem sabe como se costumam comportar os políticos quando alcançam o poder. agora, o senhor economista ultrapassou tudo que se podia imaginar. isto é, que começasse a destruir portugal e as suas instituições sem dar a entender como acautela o nosso  futuro, uma vez que não acerta em nenhuma das sua previsões de ordem económica. o senhor faz-me lembrar a história daquele chulo (não estou a chamar-lhe nomes - por enquanto - note-se, mas que me faz pensar em histórias macabras, lá isso faz) que prometeu casar com uma velha doidona que gostava muito de fornicar. coitada, as peles do pescoço pareciam um tapete de arraiolos depois de  a senhora merkel o ter mijado por efeito de ter ingerido muita bebida composta com malte. tão depressa o chulo se casou com a octogenária sequiosa, tão depressa começou a sová-la em vez de a montar, como ela tanto aspirava. bem berrava a velhinha, mas ninguém lhe dava ouvidos. naquela época - época dos coronéis - ainda não havia o conceito actual de violência doméstica. e elas levavam e calavam. a velha tinha filhos que até sabiam da desventura da mãe, mas nada faziam para a proteger, até um dia. e qual foi esse dia? o dia em que souberam que ela ia desfazer-se dos seus bens a favor do valentino - a velha tinha meios herdados do seu primeiro defunto. ai, não lhe conto nada! os filhos fizeram uma espera ao chulo e depois foi o que se viu. foi um escândalo tal que se houvesse as manhãs do goucha na altura ele não perderia a ocasião de os levar para o seu programa. e depois, como é que foi? perguntaria o apresentador. ah, meu caro, aqui o manuel - era um dos muitos filhos da pobre velha - agarrou-se aos testículos do chulo e apertou-os com tanta força que este mais parecia o criado e companheiro de sevícias do marquês de sade quando o tenente da polícia de montpellier o interrogava acerca dos abusos sobre catherine trillet utilizando o método de confissão, mais tarde praticado pela polícia política de salazar. muito gritava o chulo. depois de bem apertados os tomates do proxeneta, coube a vez do outro irmão de nome abraão salsete. com uma faca cortou-os bem rente. coisa parecida só conheço a que dom pedro I fez ao seu escudeiro por ciúmes. (dom pedro dava para os dois lados, o que hoje designaríamos de bissexual). com o homem a esvair-se em sangue arrastaram-no até ao quarto da idosa. mal esta viu o marido naquele estado começou a gritar e a amaldiçoar os filhos pelo que fizeram. bem, vou acabar. o manuel perdeu a cabeça e socou a mãe com tanta força que a velha empinou a carroça. ih!, o que foste fazer - disse araão. e se ela já tinha feito o testamento a este desgraçado? (que gemia como a minha vizinha de rua que recebe visitas a toda a hora e nada declara ao fisco). não tem problema. e ao dizer isto enfiou na cabeça do chulo um vaso do tempo dos etruscos que tinha sido comprado a  um político que se dele se desfez por ter medo que a judiciária o descobrisse na sua residência por via de uma pequena corrupção. um não caso, digamos assim, como dizia o outro... vamos acabar esta história. os manos disseram à polícia que encontraram a mãe a ser violentada pelo energúmeno e em defesa da honra bateram-lhe com a preciosa antiguidade.  conclusão concluída como dizia alceu carneiro proprietário e reaccionário açoriano: morreram o chulo e a velha pataqueira. a polícia levou o caso à procuradoria e não é que os irmãos estavam para ser levados a tribunal por desconfiança dos investigadores. de repente, nasceu uma revolução e o povo revoltou-se matando a torto e a direito. sim, foi em 1789. estão lembrados? o dr mário soares bem avisou o economista passos coelho no seu artigo dos perigos da sua política. resta saber se passos é bom entendedor. se não é, deve estudar de novo. ah, e não  esqueça que tem de pagar as propinas. um não caso, digamos assim...

manuelmelobento

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