sábado, 8 de dezembro de 2012

a patética troika nacional



afinal quem gere os destinos dos portugueses? se repararmos bem, estamos entregues a três economistas. o presidente desta república (saída das reformas trôpegas do  levantamento militar de 1974 que destruiu o estado português e o reduziu à dimensão de um condado henriquino) é economista e nunca se apresentou à nação como um político de raiz. esta tendência para ver o mundo como um túnel cuja embocadura se enlaça nos mercados  veio à luz quando se tornou primeiro-ministro. o homem só sabe governar bem com dinheiro. sem ele resume-se a um técnico de contas certinho que até se atreve a dar aulas. a segunda personagem que comanda os destinos do país é também todo ele um economista. toda a sua vida - segundo consta - é dedicada a negócios de empresas. como o psd é um partido de partidos e de muitos ex-líderes (brigando entre si sistematicamente) e seus correligionários pró-lideres é fácil estar sujeito a crises que o enfraquecem. foi numa dessas crises domésticas  que grandes nomes da social-democracia foram arrumados de um pé para a mão. veja-se os casos de santana lopes, marcelo rebelo de sousa, mota amaral, cujos curricula apontavam e bem para a chefia de qualquer executivo social-democarta pela preparação e experiência que obtiveram nas lutas que travaram nestes últimos 38 anos. a personagem que se segue a estes dois e que está à frente do destino económico do país é outro que tal também formado em económicas. este é um caso gravíssimo de platonismo financeiro. nasceu num gabinete de contas e toda a sua vida foi economista entre quatro paredes. mais, deu aulas de finanças em altas universidades. nunca foi visto a comprar uma alface nem a discutir o preço do que precisa para morfar. quem quiser deixar mal o professor de economia vitor gaspar é perguntar-lhe o preço da cebola ribatejana que se vende por aí. da sua vida ao ar livre só temos conhecimento do caso quando chega o verão  e isto a conselho do médico na medida em que  os ossos  se reforçam com vitamina d.  o sol tem dificuldade em entrar no seu gabinete. por estar desfazado com o real é que um dia diz uma coisa para logo a seguir desdizer-se. ou então, diz uma coisa e o primeiro-ministro diz outra. afirma num dia o acerto das contas públicas e logo a seguir tem de as corrigir, pois não dá duas para a caixa. não há memória de nenhum país ser representado e governado por tantos economistas. estamos a aproximarmo-nos de uma crise financeira de resultados catastróficos parecida com o descalabro da bolsa de nova iorque (1929). estes três economistas dão a entender que têm duas escritas. uma só para eles e a outra para ir entretendo o poveco. o que é que ganhámos em ter economistas deste calibre a gerir as nossas vidas? experiência e antónio josé seguro. o mesmo é dizer: pára a música e toca o mesmo!
manuelmelobento

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