domingo, 18 de março de 2012

as forças armadas devem interferir o mais cedo possível


quando daqui a três meses se constatar que as segundas promessas desta maioria não apresentaram os resultados esperados em que é que ficaremos? sabemos que promessas feitas pelos líderes dos partidos valem tanto quanto um tostão furado. e também sabemos que depois de mentirem e de a malta (os parolos do costume) perceber que foram enganados, aqueles mantêm-se no poder com um tal descaramente que faz lembrar quando os sacerdotes egípcios papavam as oferendas que eram destinadas aos deuses e deixadas à porta do templo e depois informavam o bom povo de tal milagre (o milagre da fome dos deuses saciada). deuses gordos como dizia jorge amado. o povo acredita. o povo é feito para acreditar. por isso é que é povo. daqui a três meses a conversa será a mesma, isto é, que vamos conseguir equilibrar as contas públicas, mas no entanto será preciso fazer-se mais cortes. e de três em três meses, tendo à ilharga a troika fiscalizadora a conversa manter-se-á igual ou mais ou menos isso. até que a corda não aguentará mais e teremos o povo desnorteado nas ruas. o que é uma chatice. uma verdade pode retirar-se desta escalada: a culpa foi a entrada precipitada no euro. mal comparando aquilo que nos fizeram é parecido com o que fizemos aos judeus no século XVI. obrigámo-los a que se convertessem a uma religião que eles abominavam em virtude de esta adulterar o seu deus todo poderos e apresentá-lo a dar a outra face depois de ter sido esbofeteado. um deus tão vingativo e severo transformado num cobardolas. mas os judeus não tiveram outra solução senão não sobreviveriam. a sua sobrevivência custou-lhes a totalidade dos seus bens que foram pelos portugueses surripiados. com os nossos bens vai dar-se o mesmo. e à custa de podermos sobreviver vamos aceitá-lo. para não cairmos na total miséria, o mais óbvio era saírmos da zona do euro. talvez a nossa dívida aumentasse, porém seria controlada por nós e não pelo capitalismo que nos vai arrastando para o fundo do poço. os portugueses deixaram-se ludibriar pela esparrela da chantagem que a europa rica nos está a sujeitar. retornando ao escudo regressaríamos a um estádio de pobreza ao nosso nível. com o euro estamos pobres, falidos, perseguidos e dependentes mas anestesiados. esta cegueira ajudada pelos capões que tomaram o poder não vai nunca permitir que paguemos as nossas dívidas. elas estão numa rota infernal de avalanche imparável. com o regresso à nossa antiga moeda (escudo) haveria um maior controlo nacional, um tomar consciência da realidade. permitir que vivamos nesta mentira vai-nos levar à perda da indepêndência e à escravatura moderna. em tempos comentei uma frase de otelo. e apesar de o ter achado um tonto ideológico, percebi que à luz das necessidades de todo um povo que são as forças armadas quem devia intervir para acabar com os vendilhões e comerciantes que se instalaram no poder. otelo voltou a referir-se a uma intervenção das forças armadas. é uma possibilidade que se antevê como uma saída para não nos afundarmos. não que essa intervenção recriasse um modelo ditatorial - isso não! mas poderia colocar o povo frente a umas verdades que estão escamoteadas por interesses medonhos e que nos estão a empurrar para a ruína total. é preciso fazer com que o povo não volte a estar de costas voltadas para a política. isso permite que lhe atraiçoem pelas costas e governem contra ele. governar contra o povo é dividir a riqueza produzida por todos por meia dúzia de gabirus, enquanto o resto faz dieta forçada.
a) - não esquecer fechar as fronteiras...
manuel melo bento

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