segunda-feira, 26 de março de 2012

o que diria charlot no congresso do psd se não fosse mudo?

os congressos que mais espectáculo deram ao país foram certamente os do psd. lembro-me das entradas de leão do já apagado pedro santana lopes. eram momentos mediáticos em que o dr. santana aparecia como uma star candidata ao óscar. o josé barroso dado cá dentro por durão barroso, porque feio e esquisito entrava e saía sem que a malta da estética televisiva lhe passasse o mínimo cartão de crédito. o professor marcelo porque também não era um femeeiro por aí além, ficava-se por uns slides e minutos desencontrados. caso raro foi o do paulo cabral portas. sim, conseguia um grande plano sempre que se disponha a organizar congressos. estes menos importantes do que os do seu cúmplice actual, mas sempre vivaços. havia, também, os liofolizados congressos socialistas. mas depois de terem destruído ferro rodrigues que representava um socialismo social (digamos assim) o partido socialista travestiu-se de democrata-cristão e social-democrata do sétimo dia. congressos sem muito palco são os do pcp e os do be. estão mais voltados para os verdadeiros temas portugueses e por se posicionarem ideologicamente. estas duas forças partidárias são, apesar de alguns despistes de linhas programáticas, as que interpretam com mais rigor o estado actual da vivência nacional portuguesa. tanto ps como os dois grupos políticos que hoje governam portugal (psd e cds-pp) representam a traição aos fundamentos da constituição. estes partidos não podem fugir à responsabilidade que lhes cabe na situação de bancarrota, melhor dizendo falência técnica, ainda muito melhor dizendo: o dinheiro fugiu. não há dinheiro. eu achava que só os governos governavam, mas depois de assistir aos congressos onde os militantes se encontram todos perfilados fico sempre arrepiado. é que os congressos lembram-me os poderosos congressos do charlot, perdão do hitler. ninguém, se opunha ao charlot, perdão hitler, depois da histeria colectiva daquele povo que gostava muito de encenações. depois daquela gritaria toda qual o governo que não obedecesse ao que ali se cozinhava? que responda o bento XVI que é da altura daquele berreiro europeu que deu origem a um genocídio que se tornou oficializado durante o período da segunda guerra. o que fica do congresso do psd reduz-se ao que disse o dr. passos coelho. só gente despolitizada e iletrada não percebeu o que ali foi cozinhado. só para reflectir e terminar. o dr passos afirmou que não cabia ao estado preocupar-se em criar emprego, mas sim criar condições para que outros o façam. sim senhor, então por que razão não acaba o seu governo com o saque do dinheiro do povo, repito do dinheiro do povo que vai mensalmente para o bolso de gente que foi colocada para lugares que o próprio estado artificialmente criou. essa gente ocupa lugares, melhor dizendo empregos que não foram obra de empresários? os partidos que se infiltraram no estado e que hoje são confundidos com ele são os promotores dessa sangria que só acabará quando de facto forem expulsos como os do regime salazarista o foram pelas forças armadas em 74. não percebo por que razão as forças armadas não actuam para repor a dignidade perdida e que julgávamos ter encontrado quando eles expulsaram os salazaristas. é que na altura qualquer ataque a um merdas do antigo regime era considerado um acto criminoso contra a segurança do estado. ora que porra! e hoje, atacar uns certos merdas que por aí andam é considerado um grave delito, pois estes merdas actuais julgam-se uma espécie de instituição estatal. é o mesmo do antigamente. só mudou o nome que qualifica o delito. tudo leva a crer que passos coelho vista uma nova casaca (gente nova e sequiosa de poder. os velhos do partido já estão a ser colocados na prateleira para dar lugar ao sangue novo. que vampiros virão aí...) disfarçada de uma nova vaga que se vai ocupar de todas as partes do estado. será fácil, pois, repare-se quem está no poder. está tudo laranja. em belém o laranja cavaco, o parlamento laranja está. o executivo é laranja e apesar do cds/parceiro ser azul nada impede que esteja a perder tonalidade a troco de promover o próximo inquilino de belém do seu jeito. tá? quanto ao órgão de soberania que dá pelo nome de tribunais, bem, atenda-se ao movimento de certa elite que já está a actuar no sentido de ficar com a fatia que sempre sobra nestes casos em que predomina uma só cor política. estamos em rota de colisão. só não sabemos com quem vamos colidir.
manuel melo bento

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