sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OS RESTOS DO DESVARIO QUE NOS GOVERNA




Portugal ainda é independente! Não sabemos em que áreas... Apesar de tudo pode-se afirmar que os comentadores nacionais (até ver) têm sido "altamente" libertos de certo patronato internacional. O país é ainda hoje fruto das loucuras de Pedro IV acompanhado por uma turba de oportunistas e plebe ignara. Este Pedro (Dom) teve a sorte de tanto a Inglaterra como a França estarem de olho na parte que lhes caberia do desvario dos portugueses. Por isso, sempre que lhes convinha apoiavam o suicídio sustentado a que o país se entregou aquando das lutas entre absolutistas e liberais. Os portugueses nunca foram conscientemente nem liberais nem absolutistas. O povo para além de analfabeto não pensa (melhor pensava...) , o que acontecia era que grupos possidentes se acotovelavam para melhor captarem os impostos arrecadados à plebe. Isto é, alcançar o poder. Destes capitães, uns eram a Igreja e aqueles que viviam das rendas das terras, que aquela abençoava. A outra classe de capitães caracterizava-se por comerciantes, negociantes e trapaceiros (os actualmente chamados corruptos). Que são por natureza mais "pró-progresso" que os outros que não gostam de mudanças. Estes têm razão, pois, a palavra de deus mantém-se inalterável. Pudera, não fosse ele mesmo deus. Os improgressivos são afeitos a um Estado forte e nacionalista, o que não convém à estranja. Com um Estado forte não se torna fácil entalar a balança comercial. Já com os liberais a coisa muda de figura, Os negócios do Estado tornam-se numa verdadeira rebaldaria. A estes não importa se os cofres do Erário Público se esvaziam. O problema não é deles. Saltemos para os dias de hoje para compararmos absolutistas e liberais (se os houver, claro). Depois do chamado 25 de Abril de 1974, o Estado foi dominado no poder pelos liberais, perdão democratas (socialistas, social-democratas e quejandos). Aquela ideia de Estado centralista foi-se transformando em Estado protector. Este tipo de organização política obriga a que quem quer permanecer no poder ter de prometer e mentir naquilo que os votantes gostam de ouvir. Raramente conseguem cumprir. Porém, formatizam um tipo de discurso que permite explicar o não cumprimento das promessas. Este tipo de Estado esgota-se economicamente uma vez que a preocupação geral não é produzir mas transformar cada cidade num entreposto comercial de mercadorias estrangeiras. Pergunta-se, pois se a governança sabe disso por que não reage no sentido inverso? Não pode, e isso simplesmente porque os que nos governam são agentes dos entrepostos. Nada a fazer? Por um lado uma espécie de "soviete civilizado" (não estamos em 1917) e por outro um "absolutismo amanteigado" (Dom Miguel já morreu). Talvez a conjugação destas duas visões ainda vá a tempo de mantermos a pouca independência que nos resta. Aliás, toda a conversa fiada tem um fim...

manuelmelobento

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