Cavaco Silva estendeu-se ao comprido ao pensar que tudo estaria resolvido antes de anunciar a sua recandidatura. Enganou-se. Pedro Passos Coelho entendeu-se com o PS para deixar para depois do Acto Cavaco a pronúncia orçamental. Uma pequena vingança do Pedro contra o intragável Presidente que num passado muito recente lhe fez a vida negra. PSD e PS parecem dois seres do mesmo sexo enrolados num frenesi rotativista. O que eles querem todos nós já vislumbrámos. Parece impossível estarem estes dois partidos a pensar nas sua estratégias eleitorais e a deixarem os assuntos do Estado para posteriores cenários. Os portugueses só pensam na Pátria depois de pensarem em si. Cavaco idem. Quando já se encontravam no terreno os candidatos a Belém, Cavaco fingia que não era nada com ele. E a malta a querer saber numa de bisbilhotice e ele nada. O homem tem a capacidade de transformar os seus tabus em rebuçados. Os portugueses adoram-nos. Bem, dizem os rurais acerca das suas festas sacro-paganizadas: o melhor da festa é esperar por ela. O homem é natural de uma aldeia rural, daí que siga a sua banda. Como tanto o PS e o PSD estão agarrados à mama do Estado e como não podem ambos chupá-la ao mesmo tempo deram uma de Alunos da Apolo. Isto é, um tango. Ora agarrando-te levo-te à minha frente, ora recuando te arrasto. Nada mais a dizer. Aguarde-se o que os nossos maiores farão da Pátria que se dizia amada.
mmb
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