domingo, 10 de outubro de 2010

ERROS MONÁRQUICOS OU FALTA DE CONHECIMENTOS

Um dos erros que cometem os monárquicos e/ou simpatizantes é permitir que se difunda a monarquia portuguesa como sendo a culpada por todas as desgraças sociais que o país sofreu antes do aparecimento "destas repúblicas" sem contrapor. Os monárquicos portugueses assistiram ao desvario dos que sequestraram o Estado - 1910 - sem se organizarem. Deram oportunidade que surgisse uma ditadura misturada de catolicismo reaccionário e prepotência militar, logo após o afastamento dos republicanos que iam salvar a Pátria. Estes líricos que apregoavam melhor Saúde, melhor Educação, melhores Vias de comunicação, mais Habitação , mais Emprego, menos Igreja para todos os portugueses sabiam que isso era ficção mas olhavam para o lado. Quando acabou o crédito e o saque ao Estado terminou , os republicanos (não se pode atribuir estes crimes aos monárquicos, claro está) fugiram, como ratos que são os primeiros a abandonar um barco prestes a afundar-se aconselhados pelo instinto, tão despressa os militares se zangaram. Os militares sempre dispostos a obedecer quando os vencimentos estão em dia aperceberam-se que a coisa ia ficar cinzento carregado (não digo preta para não dar a algum filho de puta ocasião de me chamar racista e reaccionário que não sou) e vai daí tomaram o poder económico. Como nada percebem de contas foram desencantar um bom contabilista para pôr cobro à desbunda. Depois veio o Salazar - que até era monárquico e etc e tal que toda a minha gente sabe do que se trata pois há bem pouco tempo votaram nele como o maior português de todos os tempos. Abreviando que não tenho muita pachorra, a falta de dinheiro sempre foi causa de revoluções. Porra, mas que grande novidade. A falta de dinheiro quando ataca os pobres transforma-se na falta de pão. É sinal para fugirmos. O povo fica cego de fome e quando aparece um maluco que com uma espingarda faz pum!, pum!, aquele segue-o como se tratasse de um Messias. Nestas alturas, o povo consegue apropriar-se de alguns bens e como o poder se esvazia existe uma propensão para se criar no papel medidas em prol dos mais desprotegidos. Quem passa ao papel as regalias não é o povo - que não sabe ler - mas os letrados messias. Os messias passam a governar pois tornam-se insubstituíveis e vai daí congregam-se em grupos que sacam para si e para os seus a melhor parte dos despojos. Surge de novo um ciclo tal qual o ciclo da chuva. Durante o período do Estado Novo ficámos a saber - e obrigados a estudar - que a República que se seguiu (2 anos) ao crime de homicídio na pessoa do Rei Dom Carlos era composta por gente do piorio. Agora, nesta República - por enquanto não é para rir - estuda-se o mal que a ditadura salazarista fez à malta, ao país, ao mundo e não sei mais a quê. Que os salazaristas eram assassinos, criminosos, fascistas confessionais, etc..................
Vem aí borrasca da grossa. Já cheira a FMI, a cortes de tudo, tomates incluindo. Os que virão posteriormente salvar a Nação Portuguesa hão-de dizer tudo o que lhes der jeito para condenarem os criminosos autores da recente temporada caída em desgraça.
Bem, eu dei dentadas no Diário da República quando soube que os meus impostos serviam para pagar despezas com passeios, comilanças, carros de luxo, casas de luxo, putas de gabarito, ordenados de marajás, encher contas na Suiça de dinheiro roubado, perdão desviado... estaria aqui até amanhã a descrever aquilo que fazem com os meus impostos uma caterva de correligionários de assassinos. Por isso, só vou acabar esta merda dizendo que para além de ter dado dentadas no referido diário até chorei gritando. Pois, não querem ver que o meu dinheiro até serviu para pagar o ridículo, piroso, rural, pestilente, lodoso chapéu com que uma primeira dama se aperaltou quando foi fazer uma visita régia no estrangeiro.
Viva o Rei!
mmb

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