segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

portugal uma identidade que não se perdeu no povo mas foi trocada sempre que nobreza e burguesia assim determinaram. entre eles e o capital haverá alguma relação? sim, o capital não tem pátria...

voltemos um tudo nada ... atrás. a dom joão I é-lhe impingida como esposa uma espia de nome filipa. enquanto dom joão pertencia a uma classe de bastardos com ligações muito estreitas com a burguesia comercial,  a mulher provinha de uma família de nobreza ducal. este casamento foi a pedra de toque com que se firmou a aliança anglo-lusa. os interesses desta  dividia-se em duas partes. qualquer delas a beneficiar os ingleses. primeiro  incluía portugal no seu comércio, segundo, ao estabelecerem-se em portugal ajudavam-se a si mesmo empurrando os espanhóis para o interior da península ibérica e fora dos seus negócios. o que ganhámos com este truque inglês? a confirmação da política expansionista de que filipa veio inculcar por cá e que nos empurrou mar fora. calma, que isto é para se explicar. os filhos de filipa eram ingleses. era assim que se auto-denominavam. os portugueses de então não passavam de uns tantos rurais que viviam dispersos por um país desertificado. no norte, já não era assim. havia o grande negócio a favor dos ingleses que nos mamavam  sal, azeite, cortiça e vinho (este encontrava-se  nas mãos de famílias inglesas. (estou a lembrar-me do charlie, filho do júlio dinis...). quer dizer, que nada de bom saiu de tal casamento. os filhos, a que a história resolveu denominar de ínclita geração, foram a nossa desgraça como povo. vejamos de quem se trata. o infante anglo-luso, sir dom henrique, modificou o nosso viver ao empurrar-nos mar fora. foi um dos que nos descaracterizou como povo porque com essa ganância deu origem ao nascimento dos comerciantes da pimenta que com os seus impostos recheavam a coroa para além de enriquecerem nos primeiros tempos com as especiarias. e o povo, que ganhou com essa empresa anglo-saxónica? nada! continuou pobre e explorado. porém, antes de se meter mar desconhecido adentro, a tal ínclita geração levou portugal a assaltar os seus vizinhos árabes com quem tinha um pequeno comércio de trocas. meteu-se a ínclita com dúzia e meia de patarocos lusitanos em barcos ingleses que escondiam à volta de 8 mil mercenários e piratas e partiram para o saque de ceuta. roubaram tudo o que tinham para roubar e deixaram lá os portugueses a gemer com os custos de manutenção daquela praça rica em gado, ouro que provinha de tombuctu, sedas do oriente, etc. a ínclita geração não passava de uma quadrilha inglesa que em vez de organizar o país pelo trabalho achava que era mais rentável assaltar cidades ricas e prósperas. e foi assim até 1974 que foi quando olhámos para dentro de nós e nos apreciámos... quando dom joão II, filho, de afonso V (conhecido por o africano e que continuou a saga do pai, o anglo-luso  sir dom duarte I, no saque das cidades árabes do norte do continente negro) , se meteu de cabeça na loucura dos descobrimentos,  acabou por despovoar o reino. ainda há bestaças que se vangloriam com isso...) joão II, que assassinou o próprio cunhado (por isso foi cognominado de príncipe perfeito), deu-nos o golpe final. ficámos de costas para os nossos primos irmãos ou hermanos, com quem temos muitas afinidades. aquilo que descobrimos neste planeta  só serviu para se desenhar uma nova geografia. porque os nórdicos nos roubaram a torto e a direito todas as riquezas desses países que desbravámos acabamos por nos tornar negreiros. sujámos as mãos com sangue de milhões de africanos que comprávamos nas costas de áfrica, transportávamos e vendíamos no novo mundo. e o povo que ganhou com isso? a merda do costume. é fato que ficámos senhores de imensos territórios mas só porque a matilha inglesa neles não estava interessada. punham e dispunham de nós como se de  gente de segunda se tratasse. havemos de continuar. por hoje fico por aqui.  (continua)
mmb

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