segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

políticos e políticos ldª. - funerais sem música

a paulo portas cheirou-lhe a camelo (1) ; a manuel alegre vingança, a jorge sampaio a ocaso. quando jorge sampaio se autoproclamou de candidato presidencial em 1996, o partido socialista ficou encostado à parede e acabou por ter de o apoiar para não desagregar ainda mais  as hostes socialistas já de si a contas com um passado de derrotas com as quais teve de conviver. estávamos a viver no tempo logo a seguir ao cavaquismo glorioso que encheu portugal da maior epidemia de obras públicas de que há memória. jorge sampaio fez nome no tempo da ditadura. pertencia à média-alta burguesia o que lhe facilitou em muito a sua vida como oposicionista. nesse tempo, o estado novo só ficava muito zangado com comunistas que estavam muito bem organizados e eram quem detinham mais créditos de entre todos os opositores. aos outros jovens que brincavam a grupos extremistas, o estado novo dava-lhes umas estaladas e palmadas no rabo, mas deixava-os estudar e formarem-se. j. sampaio aprendeu e muito de política mas longe do perigoso e assumido pcp. após o 25 de abril meteu-se por engano no mes (movimento de esquerda socialista). daqui salta para o ps onde   estagiou.  chegou a presidente da câmara de lisboa onde esteve perto de dois mandatos. quer dizer que ainda hoje se entretém a intervir na política como cidadão de esquerda. há pessoas mesmo depois de entrarem na terceira idade não deixam adormecer o bichinho da política. foi por isso, que mais uma vez intervindo contra as linhas indefinidas pela direção política do partido que lhe deu a mão, apoiou a candidatura de sampaio da nóvoa à presidência da república. este país tem políticos que mesmo  arrastando-se alquebrados pela idade nunca desistem de estar calados. mas que vício é a política! depois vem manuel alegre. um poeta da política. um senhor que às vezes se ofende e que confunde o interesse geral com o interesse pessoal.  o valor de manuel alegre é histórico e não está em discussão. alegre esperava que o partido não se esquecesse dele. o ps por vezes faz orelhas moucas aos seus apelos. e ele zanga-se com isso. ao apoiar a católica maria de belém estava a dar sinal a antónio costa do seu desagrado. tanto m. alegre quanto j. sampaio, hoje, não passam de uns fósseis à beira de serem integrados no museu da história. deviam estar em casa a gozar aquilo que o país lhes deu e que certamente merecem, na ótica de alguns, claro. finalmente paulo portas: homem, intrinsecamente político, percebeu que teria de sair antes que o cds, que ele criou à  sua imagem,  se esfumasse. ora, a desculpa que deu não pega. se compararmos portas com o prof. cavaco verificamos que os 16 anos de atividade política de portas não chegam aos 21 anos de cavaco. político manhoso fez uma retirada estratégica aproveitando um falso apogeu circunstancial. apogeu  esse que dá pelo nome de vitória de marcelo a quem se colou descaradamente ontem e anteontem. destes três políticos que aqui são incluídos como perdedores só ele, paulo portas, terá vida e necessidade para voltar a matar o vício.
(1) - animal que ajuda muito a atravessar desertos
. amanhã, escreverei sobre a atividade política de passos coelho  que interessa ao país e que neste momento se encontra entrincheirado com a sua tropa a estudar a reformulação do discurso político com que irá enfrentar a nova política apregoada por sampaio da nóvoa e que o prof. marcelo irá materializar.
mmb

Sem comentários:

Enviar um comentário