segunda-feira, 29 de outubro de 2012

já percebemos que estamos a ser governados por lacaios de ladrões. e agora?

o esquema que foi montado pela banca e que está a ser desmascarado na comunicação social permite afirmar que estamos a ser roubados de uma maneira muito refinada. dizem-nos que a quem pedimos dinheiro e se nos empresta é a nós que o pede. como o faz? entala-nos da seguinte maneira: nós (os contribuintes portugueses e os outros parceiros europeus) descontamos para um fundo internacional. esse fundo fica à disposição desses países? sim e não. bem, a resposta parece de um tolo. e não é que é mesmo! vejamos: se o pobre portugal pedir dinheiro ao tal fundo (na minha terra diz-se fundo filho da puta) recebe uma resposta negativa. oh, que grande porra! (cuidado que esta linguagem ofende os banqueiros e a burguesia crente e educada). calma, pois se portugal pedir aos banqueiros estes dão logo uma resposta positiva. que fazem? vão ao tal fundo levantam o dinheiro que é preciso e depois "dão-nos". do fundo pagam 1% de juro. depois, quando nos emprestam carregam com mais 5 ou 6%. por exemplo, eu chego ao pé dos tolos dos portugueses e outros gregos assim e empresto-lhes 1.000.000 euros. como o faço? como "não tenho dinheiro" peço ao meu rico vizinho josé que me empreste o 1.000.000 de euros. depois com o dinheiro no bolso chego junto aos tolos e digo-lhes. hem, quem é que vos quer bem? quem é quem é? obrigado - respondem os tolos. queridos - digo eu - para o ano venho recolher o milhão de euros, mais - aqui nesta parte do discurso reforço a voz - algum juro. ora, fazendo as continhas, fica tudo em 1.070.000 euros. hem, quem é que é amigo? quem é? mas, bondoso - dizem os tolos - 70.000 euros de juro não poderemos pagar. esse juro é muito alto. podem - digo eu. como? - questionam os tolos. olhem, meus heróis, vocês não costumam limpar o cu com papel higiénico? sim bondoso - respondem os tolos. e, meus queridos, não costumam vocês tomar o pequeno-almoço, almoçar e jantar e até cear? sim, bondoso! - respondem os tolos. ora bem, daqui para a frente vão passar a limpar o cu com calhaus e terão de deixar de comer... (gritam os tolos: isso é que não!)  calma! - digo eu. vocês vão ter um almoço ajantarado que inclui a ceia. e, já agora, nada de pequenos-almoços. ah, bondoso, isso é outra coisa! suspiram os tolos. vocês vão poupar para pagar o juro e vão poder andar de cabeça levantada. obrigado  - gritam os tolos. passa um ano sobre o negócio... um dos tolos, depois de pagar o juro, volta-se para mim e diz-me: para onde vais agora? vou rezar pela vossa saúde - respondo. bondoso! gritam gemendo bem alto os tolos. quando desapareço da cena dirijo-me a casa do meu rico vizinho josé. senhor josé, aqui está o juro do dinheiro que lhe pedi emprestado o ano passado. ora, aqui estão 10.000 euros neste envelope e os meus muitos obrigados. sim senhor, o senhor é um homem muito sério. obrigado, mais uma vez senhor josé! e saio não sem antes lhe ter beijado as mãos. fazendo as contas meti ao bolso 60.000 euros. não está mal, não senhor. bem, lá vou eu: tolos da europa escura, cheguei! e os tolos unidos em uníssono: bondoso!
nota (1): tivemos oportunidade de nos tornarmos num povo cidadão e culto com tanta escola e universidade ao nosso dispor. mas qual quê! não passamos de comborças chuladas por governos que andam por essa europa a arranjar clientes.

varett

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