no intervalo de muitos dos seus trabalhos, o prof. victor m. bastos concedeu-nos esta pequena mas interessante entrevista que com muito agrado transcrevemos.
fotos de varett e texto de pedro rehouve.
pr:
há quanto tempo se interessa pelo estudo dos insectos?
prof.vmb:
há cerca de dois anos quando frequentei a cadeira de conservação e preservação do mestrado em ciências da documentação e informação.
pr: o que sentiu quando deparou com o especímen aedes albopictus?
prof.vmb:
foi-me mostrado um exemplar do Aa., com pedido de confirmar se na realidade tínhamos em presença o aedes a. depois de observado ao microscópio foi feita uma pesquisa, via internet, junto do instituto osvaldo cruz do brasil e foi possível recolher informação bibliográfica, fotográfica e videográfica alusiva ao aedes albopictus. a identificação do especímen como vector do dengue hemorrágico, no brasil, como competidor do aedes aegiptus, face aos episódios de dengue na madeira, o interesse pelo assunto levou a mais uma pesquisa junto do cdc de atlanta (usa) para mais recolha de informação.
pr:
já informou as autoridades de saúde?
prof.vmb:
de momento não tenho de quê. todavia, espero com alguma expectativa uma informação pública que, sinceramente, dúvido que venha a ser feita. a política de desmantelamento do sns por asfixia financeira que está a produzir uma situação de "terra queimada" na saúde do país, configura o papel de um coveiro, o enterro definitivo do que resta de uma instituição de mundial referência no domínio da investigação e saúde tropical o ex-instituto de higiene e medicina tropical. que esperar de um governo acéfalo?
nota da redacção:
contactado o sns, foi-nos garantido que ainda não tinha chegado à metrópole o aedes albopictus. podemos dormir descansados, pois os mosquitos que possivelmente nos picarão serão do tipo doméstico e tradicional...
É prever que o des-governo dos pulhastras incom-petentes que a partir de gabinetes ministeriais arruinam o País, não consiga atrair para viver cá nem mesmo o Aedes albopictus
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