segunda-feira, 24 de setembro de 2012

portugal sujeito a chantagem interna(cional)


 
a questão já não é pagar a dívida pois sabemos que pagá-la está - nos tempos mais próximos - fora de questão. a verdade é preciso dizer à população portuguesa: não temos condições económicas para fazê-lo. é dentro deste quadro que surge uma política que se caracteriza pela mentira, pois só ela - áté ver - poderá garantir a sobrevivência de portugal na união europeia. a mentira apresenta duas facetas. uma delas é que a classe política vive dela e nela se refastela. a outra é mantida para acalmar o povo até ser possível alguma alteração na economia interna e externa que tardam a aparecer. a classe política não é composta apenas pelos que estão no activo. é algo mais lato. homens que serviram o estado e dele se serviram para melhorar as suas vidinhas estão comprometidos com o grau de indigência em que nos atolaram e que é de  todos conhecida. serviram a política e comprometeram o estado, porque para os sustentar o estado teve de ser esprimido até ao tutano. é verdade que o estado não abriu falência pelo que lhes paga. em parte as suas mordomias apesar de serem altas e vergonhosas em nada se comparam com o modo como os artefícios com que verdadeiros traficantes seus companheiros de "luta social" armadilharam o erário público. para essa gente (alguns deles enchiam ao tempo a boca com impropérios contra a ditadura salazarista) ficar de bucho cheio foi preciso dar de comer ao capital internacional que permitiu - dentro da trama democrática - colocá-los nos postos-chave onde o dinheiro fluia. não estou a referir a corrupção. esta apesar de ser um verdadeiro cancro social só alimenta um certo tipo de decisores que se acoplaram nas autarquias e em certos ministérios e cinturas dos mesmos. as autoridades sabem quem são. é fácil acusá-los pois quando começou a cena democrática nem tinham dinheiro para comprar dois rolos de papel higiénico. a coisa ultrapassa em muito este cenário que está à vista. o que nos desgraçou foi o compromisso com o tal capital que nos invadiu e que por meio dos seus sicários nacionais nos tramou para sempre ou quase. há quem diga que serão precisos  nunca menos de 75 anos para podermos reaver um certo equilíbrio e paz sociais. mas que capital é esse que aqui é referido? aos poucos tem vindo a público os grandes golpes a que foi sujeito o estado português. psd e ps estão a ser investigados pois foi através deles que o estado sucumbiu. o cds-pp  também tem culpas no cartório, mas estas correspondem apenas  ao seu reduzido "mercado eleitoral". o estado está hipotecado em quase 500 mil milhões de euros (porém, ninguém o declara). entre desvios "oficiais", golpes na facturação, compromissos em obras públicas pagas e ainda não realizadas, criação de empresas semi-estatais onde era impossível saber-se que quantidade e montante dos  dinheiros públicos que por elas circulava, melhor escorregava (o tribunal de contas - ingénuo e coitadinho - só se poderia pronunciar sobre o que lhe era entregue para "julgar"), universidades privadas que negociavam armamento apadrinhadas por sectores do estado (assunto ainda em contas com a justiça possível). não se pode falar do tráfico de drogas porque está tudo no segredo dos deuses e o medo guarda-o... convém a certos grupos que se faça barulho com certas despesas sociais que é para não se descobrir o rabo ao gato. pois, tal poderia tranformar o país num tal estado que permitiria a sua expulsão da união europeia. uma revolução tipo guerra civil não convém à ordem estabelecida. concluindo esta parte: portugal  foi servido pela banditagem internacional que sem se deslocar dos centros de decisão exteriores criou cá dentro uma trupe de cúmplices que estão dentro dos citados partidos e nas suas fronteiras a manipular a seu bel-prazer os dinheiros do povo. isto tudo nas barbas do partido comunista e nos pêlos púdicos do bloco. uma verdadeira tristeza! quando alberto joão jardim resolveu - numa das suas permitidas e justas diatribes políticas anti-burlões externos - gritar contra as grandes patifarias internacionais chamaram-no de louco. e louco será todo o que quiser alertar a consciência dos homens bons para o engano a que estão sujeitos todos os povos do mundo, inclusivé o nosso. a segunda parte deste texto fica para acabar depois do jantar...
segunda parte: mentir à população acerca do estado do país é quase um dever patriótico. imaginemos que passos coelho era um homem a cem por cento e convocava toda a gente para ouvir as verdades acerca da verdadeira situação que atravessamos. ora, dizer a verdade faria com que o povo saísse à rua para pedir e exigir justiça? não, o povo faria mais uma peregrinação e depois cantava-se o fado do choradinho e cama que se faz tarde. agora, quando faltar o dinheiro para pagar as despesas e compromissos do estado que tem correspondência na falta de dinheiro para pagar a mercearia, renda de casa, gasolina, tabaco e mais uma tantas coisas que nos deixam vivos, eu gostaria de adivinhar como é que era. se só as forças da ordem, militares e paramilitares, juízes e outros magistrados, políticos e adjuvantes é que tiverem a felicidade de receber  os seus vencimentos e mordomias pagos e o resto da malta ficar de mãos a abanar naturalmente que regressaríamos ao tempo sangrento da Iª república. e foi o que se viu. ora,  acabando: para travar este possível cenário qualquer governo não terá outro remédio senão ir reduzindo o poder de compra das gentes até às necessidades básicas. comer e sobreviver até que aos empresários lhes seja dado a liberdade de criar riqueza. sabemos o custo disso, mas não há outra solução. adeus hospitais dos ricos pobres, adeus educação gratuita, adeus reformas higiénicas. ah, adeus segurança social e as suas esmolas/subsídios. é mentira? esta é a dimensão do actual mundo português. haverá alguém capaz de dizer a verdade à malta? não, porque os donos da verdade são todos uns grandes mentirosos.
ps: já a seguir as duas meias economias que estão a dominar portugal. uma dominada interiormente por governos pró-comunistas apresentados ao eleitorado como social-democratas ou socialistas e que orientam todos os empresários associados no sistema de planificação em vigor. se estivessem atentos ao que disse manuela ferreira leite (econmista e social-democrata) ficariam esclarecidos acerca de como a social-democracia governa copiando os métodos totalitários  do antigo estado soviético. a outra meia economia diz respeito ao capital internacional que alimenta esta caríssima democracia arrecadando juros incomportáveis que são pagos por um povo ignorante e crédulo.
mmbento

Sem comentários:

Enviar um comentário