segunda-feira, 10 de setembro de 2012

do estado social ao estado chantagista

quando a classe dominante, no passado histórico, se apercebeu que a população se encontrava em extrema miséria devido ao pagamento de pesados impostos e que  se lhe tornava totalmente impossível continuar a contribuir para os cofres da alta nobreza e alto clero mesmo à base de espadeirada, deu origem a um movimento para fora das fronteiras a que os historiadores denominam de expansão (1415). esta não foi mais do que a adaptação das ideias inglesas que tinham na casa real (dom joão I casara com uma princesa inglesa) seguidores. os ingleses empurraram os portugueses para uma guerra de saque às populações do norte de áfrica. a ajuda ao saque fez-se com cerca de 7.500 mercenários arregimentados em inglaterra. o objectivo era ceuta, entreposto de comércio muçulmano onde se podia encontar ouro, gado e especiarias. os filhos de dom joão eram ingleses arraçados de meridionais lusitanos, o que muito contribuiu para que o roubo se transformasse num verdadeiro êxito (histórico) dado que com eles assistia uma forte força armada muito esfomeada. é preciso notar que para que dom joão I e seus amigos comerciantes anglófilos alcançassem o poder foi preciso alterar o processo de subida ao trono do monarca. imagine-se o que fizeram em 1385 para colocar a marionete de aviz como rei de portugal. arranjaram um simulacro de corte composta por um clero, uma nobreza e povo da cor dos vencedores que tinham derrotado o rei de castela (os ingleses é que o derrotaram) a quem cabia por direito ser rei de portugal uma vez que casara com a herdeira do trono; dona beatriz filha de dom fernando I. nessa reunião/assembleia/cortes (uma espécie de união nacional ou comité central onde o voto é unânime) apareceu um advogado  que pôs em causa a fidelidade das mães dos pretendentes reais. uma verdadeira vergonha, pois colocou na cabeça da espúria assembleia sentimentos de grande suspeição. para ele tanto a mãe dos filhos de dom pedro I (joão, dinis e beatriz) como a mãe da herdeira do trono e filha de dom fernando (dona beatriz) eram umas grandes putas safadas. dom joão I também era filho de uma senhora que não casara com o pai. esta como era do partido vencedor foi considerada não puta para efeitos de fidelidade. isto para além de ser galega. resumindo, o filho da não puta é que foi eleito rei com 100% dos votos. digam-me lá se isto não tem o dedo dos filhos de puta dos ingleses que nos submeteram a uma votação do tipo "democrática"? resumindo - outra vez - que é para não levar isto muito comprido. quem alcançou o poder em portugal viciou-se nos métodos do marido da inglesa. os monarcas a seguir a dom joão I - que nos entalou com um tratado que fez de nós uma espécie de lacaios dos bifes - desenvolveram métodos iguais ou melhorados de recolha de impostos. nem mesmo os ventos da revolução francesa (sec. XVIII) que modificaram as relações entre trabalho e capital no mundo ocidental chegaram a portugal. no próprio século vinte continuou-se a olhar para os impostos como algo que servia para alimentar uma corja de gente e mais nada. quem quisesse tratar-se que fosse para as misericórdias. quem exigisse melhores condições de vida era enforcado. não passava pela cabeça de ninguém obrigar os poderosos a construir estradas para que o comércio transitasse mais facilmente de um lado para o outro. mas passar pelas terras de certos senhores obrigava ao pagamento de ouro, prata ou cobre (o euro daquele tempo). já no fim do regime monárquico e fruto das lutas entre liberais e absolutistas o país modificou-se e a questão dos impostos sofreu algumas alterações. repare-se que uma das vitórias que foi imposta (?) à ditadura salazarista traduziu-se num plano de construção de escolas primárias. estávamos no século XX e o deus cristão já existia entre nós... quer dizer, os impostos passaram a ter outros fins que não só alimentar os velhos chulos e os novos. quando o 25 de abril  de 74 surgiu debaixo dos pés do poveco este alertado pelos comunistas (eh pá, temos de ser verdadeiros) começou a exigir o desvio dos dinheiros públicos para seu próprio benefício. paz, pão, habitação e mais tudo a que tinha direito foram palavras de ordem. assim como o povo alterou o seu modo de estar e exigir, também os chulos do poder adoptaram novos modelos de chupagem. davam ao poveco com uma mão e retiravam tudo o que podiam com a boca e manápulas com a outra. o dinheiro dos impostos nunca é orientado para o bem público na totalidade como devia ser. é esta a obrigação dos governantes. mas qual quê? adiante... com a intervenção de passos coelho fiquei com a impressão que os impostos estão a ser cobrados com chantagem. temos de pagar isto e aquilo senão o país entra em bancarrota. toma mais impostos. ainda mal nos adaptamos ao novo garrote e ainda a respirar ei-lo de novo a sacar mais. eh pá, estes desgraçados estão a dar sinais de vida! toma! mais uma dose de impostos desta vez para nos salvar pagando o golpe dos corruptos. faz-me lembrar o método do gansgsters. uma vez que se ceda  aos bandidos estes nunca mais largam a vítima. é sempre a chupar e a exigir. por uma troca de folhas de um discurso de tomada de posse do dr. sanatana lopes, o irmão do professor daniel sampaio - que foi presidente desta república - dissolveu a assembleia da república onde se encontram os representantes do povo (esta parte é intervalo para rir). ó senhor professor anibal cabaco silva faça o mesmo. e isto para que se possa consultar o povo através de eleições livres para saber o que ele quer fazer à sua vida. o povo somos todos nós! tá?
manuelelobento

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