quinta-feira, 6 de setembro de 2012

os três de fátima campos ferreira: adriano moreira, freitas do amaral e josé gil

por não ter mais nada que fazer - depois de ter praticado uma culinária dos tempos modernos e de ter lavado alguma roupa que pús  a secar obedecendo ora ao senhor passos ora ao careca simpático da quercus - liguei o aparelho que nos põe em casa de tudo. só não nos enche de maus cheiros, o que já não é mau. e falo assim porque pago sem querer para uma coisa a que alguns chamam de serviço público e também entro com algum  para um sistema a que outros ou os mesmos designam de tv por cabo. quem me apareceu logo no primeiro clique foi a dra. campos ferreira a entrevistar um tal de josé gil dito por muitos de filósofo de grande gabarito. eu não gosto da obra do homem que se diz filósofo e que se pôs a caracterizar psicologicamente o poveco português como quem descreve uma barata tonta que levou nos chifres com ultra pro. a obra deste pobre idoso transporta para as letras nacionais alguns complexos de inferioridade na área da beleza física de que não é sequer arrendatário. eh pá, está aqui está no panteão o que não será muito difícil. imagine-se que a velha-bonita dra. fátima (já é avó. diz ela) coloca a gil entre outras questões como resolver os problemas do país. o filósofo português mais parecia um utente do serviço de saúde a quem lhe fora enfiado um supositório num momento de desespero em fila de espera. as respostas são dignas de tese; das rápidas se me faço entender. a dra. fátima - sempre simpática - fez um facies à maria velho da costa aquando de um frente a frente com o joão braga que canta fado e que estudou direito na tropa. uma espécie de piedade face ao vazio. foi assim que interpretei a intelectual do tempo do estado novo quando percebeu (?) o fadista. quer dizer, estamos lixados se o melhor que nós temos é gil e companhia para resolver os problemas que uma corja nos preparou depois de ter vendido o país a pataco. na minha opinião, acho que fátima campos ferreira tem mostrado trabalho apreciável. não estou a gozar! no dia seguinte, e já sabedor que se seguiriam outras personalidades a entrevistar, cliquei à mesma hora para o canal em questão (já não tenho a certeza qual. rtp fossa?). falava o professor freitas do amaral. este professor habituou-me a vê-lo como uma das mais lúcidas cabeças que escaparam à derrocada do ventoso 25 de abril. o seu percurso político é apanágio de quem tem noção completa do que é o estado. poucos se podem dar ao luxo de o entender a um nível (estou a lembrar-me da carta sétima...). de repente, o professor descambou. teria sido mau jeito na coluna? queria o professor que a partir dos dez mil euros de ordenado o governo fosse aos trocos desses grandes capitalistas. era uma boa medida se não levasse portugal a um estádio pré-albânia e a outros que também estão para aí a arrastar-se atrás da miséria que foi criada em troca desses ideais nunca alcançáveis. são uma espécie de contas  probabilísticas que procuram determinar a posição e a velocidade do electrão num determinado momento. aproximam-se mas não dão certezas. caímos no mundo capitalista que nunca deixou de ser representativo quase permanente da nossa condição de programados. programados para matar desde que surgimos como espermatozóides. valeu a intenção do professor. hoje, campos ferreira entrevistou o professor adriano moreira. tinha lido o texto da filha isabel, deputada independente do ps, no jornal público. o que ela escreveu é o que eu em parte  sinto sobre um homem cuja personalidade atravessou com grande dignidade os últimos 65 anos da nossa história. adriano moreira é o que deviam ser os políticos: uma lição viva de dignidade. era bom! parabéns ao professor pelo aniversário. aquela contra o santos costa é de homem! não vou reproduzir as palavras do prof. adriano moreira porque o que ele disse a campos ferreira foi história. estudem-na sem partidarismos...
manuelmelobento

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