há quem tenha por hábito chamar de regime democrático àquilo que foi surgindo depois de os oficiais portugueses se terem revoltado não para destruir o estado novo mas para melhorar as suas condições de vida e aumentar os seus vencimentos. a esrutrura do antigo regime foi posta de pernas para o ar sem que os responsáveis pelo levantamento do rancho tivessem mão na malta da grande cidade (lisboa) que entrou numa espiral de loucura que se distendeu país fora. e houve quem a denominasse de legalidade revolucionária. gostos! de 1974 a 1976, portugal mais parecia o conjunto das ilhas caraíbas no tempo da pirataria inglesa. em 76 os militares regressaram aos quartéis porque perceberam que se continuassem a "governar" acabariam por ter de pedir esmola para sobreviver. entregaram o poder que tinham conquistado pela força das armas e permitiram que os civis se agrupassem num regime por eles tutelado. um regime que não fez cerimónia em tornar-se criminosamente burguês. tão ou mais esfomeado que o caído em desgraça. impuseram enquanto puderam uma partidocracia bicéfala. deixaram que o partido comunista - uma espécie descarada do braço alongado da união das repúblicas socialistas soviéticas - se instalasse na parte de leão da comunicação social e noutras áreas de capital importância. imagine-se que houve até comunistas portugueses pró-soviéticos à frente dos destinos de parte da banca. foi o período edílico do leste lusitano cheio de orgasmos comunais e de luta de classes. em pouco tempo instalou-se um regime rotativista descarado. neste regime (que ainda hoje perdura despundonoradamente assente nos dinheiros do estado) uma facção dos que foram escolhidos pelo eleitorado e que só gosta de fazer sexo - para apenas procriar - e que dá pelo nome de cds-pp apostada em sobreviver acaba por oficializar e dar vida a um regime tirado a papel químico do período da Iª república. este período sobreviveu 16 anos e terminou porque um general (há uma imensidade deles sem tropas) montado numa mula do exército arrastou atrás de si milhares de apoiantes que aspiravam apenas acabar com a bagunça (democracia parlamentar). acabaram, lá isso acabaram, mas deixaram que a direita e a piedosa e caritativa igreja de roma tomassem conta dos farrapos. e depois de uns tempinhos lá refizeram o estado e mais. tornaram-no bastante forte à custa do enfraquecimento de todo um povo. este agradeceu pois ficou muito contente com os despojos: fátima, fado e futebol. nada mau! este período tornou-se uma espécie de intervalo que se estabeleceu entre nós como uma ditadura que tem dado muito que falar aos crânios da elite. quando a ditadura se enraizou o país estava como está agora: teso que nem um carapau e sem crédito internacional. a dívida pública era enorme e ninguém estava disposto a emprestar um vintém furado. mas, o que se passou com os quadrilheiros que tomaram o poder depois de terem matado o rei? tornaram-se corruptos com o credo na boca da justiça social. enriqueceram com as parcerias públicas privadas da altura, isto é, abocanharam aquilo que o estado tinha roubado à igreja. melhor dizendo. o estado que roubara à igreja (prédios, conventos, palácios, ouro, prata e outros bens que se encontravam nos seus cofres) por intermédio dos democratas da altura fez uma espécie de parceria com os republicanos. aquilo é que foi roubar. republicanos - pés-rotos de nascença - de um momento para o outro ei-los vivendo em palacetes. mais! até tiveram ruas e avenidas com o seu nome. ups! não se chamavam parcerias na altura! tá? na primeira república também se gastou muitos milhões em escolas e hospitais. para malucos, inclusive. na educação criaram-se institutos superiores a dar com pau. houve até uma escola superior que formava clínicos e juristas em seis meses. não?, procurem ou então perguntem ao historiador da moda actual e muito badalado nas crónicas. eh pá, há muitas parecenças. salvaguardando uma ou outra novidade a Iª república é sósia da IIª. fiquemos por aqui, pois está a dar aquela parte em que nacib beija as nádegas da gabriela. ai, dá-me cá um tesão!
mmbento
Sem comentários:
Enviar um comentário