quem ouviu o prof. vitor gaspar deve ter ficado com a sensação de que as medidas tributárias que ele e o seu governo propõem para a bienal do sofrimento (2012/2013) são para salvar portugal. nada mais falso. eu explico (toda a gente explica, também tenho o direito). não se pode confundir população (nação) com território. também não se pode confundir nação com estado. explorar o território não é o mesmo que explorar a nação. dizer de um estado que é totalitário não é passível de se atribuir a mesma designação à nação. e, já agora, ao território. seria ridículo dizer uma nação totalitária (estou a pensar para dentro, não estou, por exemplo, a recuperar o título exógeno dos eua). uma nação poder ser subjugada por um regime totalitário. lá isso pode. no nosso caso, temos o exemplo recente do estado novo. então, como é essa coisa de estado? o estado - na boca de alguns - é a nação politicamente organizada. cuidado com esta treta. é que geralmente são os possidentes quem o organiza. o estado - neste caso - é ocupado por aquilo a que se usa chamar de burguesia (existem vários nomes para classificar esta "classe". por exemplo se são uma cambada de piolhosos quem o reorganiza ou o toma de assalto, e pouco tempo depois enche-se nos dinheiros públicos passa a burguesia. este termo tenderá a desaparecer para se tornar mais realista. por enquanto utilizemo-no à falta de melhor. assim, quando os piolhosos se instalam nas estruturas do estado, dá-se um fenómeno interessante: o estado passa a prosseguir um carreiro que vai satisfazer as massas populares. estas costumam dar um empurrão para que os piolhosos se catapultem na chafurdice do poder. chamaremos a este estado, um estado socialista. o estado passa a ser o patrão de todos. dura pouco este regime. e digo isto porque as benesses, os dinheiros e as mordomias passam para a exclusividade da tal classe de piolhosos. perdão, já eram. agora são burgueses. quando o estado tem os piolhosos no poder e estes ainda estão em sintonia com o poveco verifica-se três coisas: saúde, educação e segurança social comem os lucros do que a nação produz para si própria. a plebe passa a poder ser tratada de graça, as crias podem estudar até onde forem capazes (até comem de graça nas escolas para além de outras regalias) e toda a gente tem a garantia de que não passará fome porque o querido estado garante aos velhos, aos entrevados, aos bêbedos, às mães solteiras, aos preguiçosos (são filhos de deus também), aos desempregados, às minorias étnicas, e a todos em geral uns dinheirinhos para se irem desenrascando. claro que há casas e investimentos que são a dádiva desse misericordioso estado. também chamado de providência. é o paraíso. porque acaba? dizem que é porque o país (povo digo eu) não produz o que come. por isso tem de ir à pedincha ou melhor dizendo à esmola. porque se chegou a este caos? bem, o estado socialista às tantas vira democrático, o que quer dizer que entre muitas merdas os comilões organizam-se para abocanharem os dinheiros públicos. começa o folclore. os comilões feitos gente prometem mais e mais ao povo. e se o fazem é porque este tem o poder de escolher quem (pensa ele) melhor o representará. mal os comilões se sentam na cadeira do poder começa uma orgia indiscrítivel. vejamos no nosso caso que é o que interessa. do povo é quem mais ordena passou-se a grupos de interesses económicos específicos com ligações internacionais. (o leitor não é obrigado a ler isto. isto não passa de um vómito. já que chegou até aqui leia o resto) quando digo grupos digo partidos. por exemplo, connosco falamos de dois partidos e meio que negociaram os meios de produção do estado. esclarecendo: trocaram o que nos permitia produzir por dinheiro vivo. repartiram esse dinheiro entre si e uma parte dele distribuiram-no pelo poveco. nós que tínhamos clientelas por esse mundo fora, fomo-nos tornado clientes delas. por exemplo: trocámos a rica produção de tomate por algumas auto-estradas. e depois servimo-nos delas para ir comprar tomate ao estrangeiro. clarificando: um camponês vive da exploração dos seus três mil meros quadrados. um dia a mulher e as filhas olham para o vizinho com carro novo e casa restaurada. a mulher e as filhas atacam o desgraça chamando-lhe de pé rapado. também querem o mesmo estilo de vida para si. o nosso homem vende a terra e compra carro, roupas da cidade, mobília e vai gastando o restante cacau com a barriga. acaba o dinheiro e ele é obrigado a vender o carro. depois a mobília com televisão. pede dinheiro ao banco e dá a casa de fiança. passado pouco tempo o banco toma-lhe a casa. o homem vai à procura de trabalho. ninguém o quer. ah, mas não vai ao fundo. as filhas dão em putas e começam a trazer para a casa nova (arrendada) uns bons euros. a família aguenta-se. porém, a fonte de riqueza da nova família passa para a mão dos chulos. lá entra a miséria de novo. bem, abreviando, a mulher do camponês põe-se a pedir esmola e o desgraçado baixa à taberna. um dia uma senhora da assistência arranja-lhe um subsídio de fome e diz-lhe que dali a seis meses acaba a mama. poderíamos ter continuado a produzir como antes da democracia? podíamos! estaríamos a viver com menos condições mas não chegaríamos ao ponto de o estado não ter dinheiro para pagar aos seus funcionários nem pagar àqueles que o fornecem. haveria tantos doutores e engenheiros por metro quadrado? não, não haveria. por exemplo, a nossa frota pesqueira era das maiores do mundo. porque foi reduzida aos iates dos traficantes de droga? eh pá, isso foi uma grande maldade. e penso que não pode ficar assim. vou saltar. do estado democrático passando pelo estado socialista dos primeiros tempos (pós 25 de abril) passamos ao estado capitalista. para isso era necessário colocar como chefe do executivo um homem da privada. um homem que está a colocar o país sob um extenso controlo capitalista. anda ele a preparar a nossa economia num velho modelo. o do salazar. em nove meses, o velho seminarista organizou a administração pública. como o fez: fodeu os portugueses da altura com estas medidas: reduziu o emprego no estado, aumentou os impostos, reduziu as estruturas do sistema educativo, terminou dastricamente com o despesismo de todos os ministérios, permitiu os despedimentos na privada, fomentou o sistema de saúde privado tornando os poucos hospitais oficiais em casas mortuárias, não permitiu apoio aos desempregados obrigando-os a partirem para a província e estrangeiro (este a salto) acabou com muitas pensões de reforma. privilegiou a criação e reforço de polícias secretas. deu aos militares força pagando-lhes a tempo e horas. este capitalista que nos governa eleito com trapaças e mentiras não acaba com as pensões de milhões de portugueses (não as baixa) pela simples razão de compensar estes"gastos" indo sacar dinheiro aos funcionários públicos. ele não ataca o privado porque pertence a este. ele é um capitalista infiltrado na merda da social-democracia. sigam com atenção o que ele vai fazer ao que resta de social no nosso país. até agora passos coelho não apresentou uma única medida para fazer crescer a nossa produção. ele não sabe. ele é mais burro que o salazar. este ao menos aconchegou-se a alfredo da silva e aos melo da cuf. como é que no tempo de salazar havia a snab que possuia 18 bacalhoeiros que faziam a rota do bacalhau e transfomaram-no no fiel amigo do povo? às medidas anunciadas deve dizer-se: novas eleições. e isto porque ele foi eleito pelas mentiras que nos disse. ele mentiu. ele fez promessas como os vigaristas.
mmb
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