terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

continuação: "mirós" abalam a honorabilidade inglesa e deixam numa franja de nervos os que se sujaram com este negócio

os reputados donos da leiloeira inglesa  levaram um pontapé nos testículos e dobraram-se que nem os expulsos por mau comportamento das casas noturnas de má  e boa fama de prazeres. gemem (ganem) neste momento que nem cães apanhados nas antigas redes camarárias.  eu tenho de parar pois estou a rir que nem um perdido por causa deste  final imprevisto do primeiro capítulo desta história de saque à cultura. vejamos se explico a gargalhada: sabe-se agora que "os mirós" não foram roubados mas a sua deslocação a inglaterra à socapa para serem vendidos ao maior lance foi ordenado pelo governo. disse-o sua excelência governativa o atual secretário da cultura perante as luzes das câmaras de televisão que os agora muito despertos jornalistas lhe enfiaram nariz adentro. quer dizer, os patetas dos ingleses (são-no só neste momento do desenrolar do episódio, pois darão a volta dentro de momentos e como de costume agarrarão uma boa fatia do nosso dinheiro) tendo a cobertura oficial do governo português para levar a efeito a realização de um leilão de pinturas de miró (coleção única no mundo) julgaram que a coisa lhes ia render qualquer coisa como 13 milhões de euros. negócio  limpo e  dentro de todos os conformes legais. julgaram os ingleses que lidavam com gente cuidada e que levava muito a série a questão fundamental que é a confiança nos negócios. estavam os até agora patetas dos ingleses convictos  de que um governo democraticamente eleito forneceria a respeitabilidade que convém quando se lida com clientes multimilionários que gostam de investir em segurança. quanto engano! os ingleses fazendo jus  ao seu apanágio e marca, a marca inglesa de credibilidade indiscutível sentiam-se fleumaticamente invencíveis. por outro lado, o mediático passos coelho e o seu vice passeando pela europa apresentavam uma ideia de um portugal moderno. mais, sempre que possível lá iam abraçar o chefe máximo durão - outro pavão delirante - o que se traduzia por muitas fotografias e bocas difundidas por esse mundo fora. o cenário externo era incólume e era  de pensar ser mais válido que as jóias da coroa da rainha (pode ser a inglesa).  quantos mirós ? 80 senhor primeiro-ministro! venda-se! mas senhor... venda-se, já disse. porra, a coisa estava a caminhar sobre carris e em beleza. agora vamos dar um pequeno salto para olharmos o precipício em  que se meteu a coligação psd-cds. a oposição ao governo assim que percebeu que apesar de "os mirós" terem saído legalmente do país embora à socapa e em segredo continham matéria explosiva  queixa-se diretamente ao ministério público a fim de ser aplicada uma figura jurídica muito usada entre nós (mais do que os preservativos oferecidos à juventude pelos responsáveis educacionais) que dá pelo nome de providência cautelar para impedir a venda daqueles. não serviu de muito dado que quem  julgou o pedido achou que apesar de "os mirós" serem pertença do estado não haveria incompatibilidade ao enviá-los a leilão. são feitios, nada a comentar... acontece que este balançar dos quadros pariu uma coisa que nem passos, nem os ingleses e  nem os órgãos de soberania envolvidos previram: o descrédito  e a condenação pública nacional e internacional a quem à falsa fé e às escondidas envia para vender um tesouro nacional fora do seu país e a quem negoceia a compra . não sei se estão a ver aqueles queridos que na segunda guerra mandavam encaixotar às escondidas obras de arte roubadas para depois as colocarem em lugares onde possivelmente as iriam buscar mais tarde. tudo isto feito em segredo como convém . não é o mesmo caso. este governo não rouba.  mas este governa trai. trai a confiança e procede como os ladrões sem o ser. diga-se em abono da verdade: não é a mesma coisa! não são ladrões mas a imagem que passa agora não é nada abonatória. deixemos a questão da nazificação da arte aos tribunais internacionais. voltemos a esta atitude nojenta, traiçoeira e velhaca que caracteriza este governo. com a sacanice dos partidos de esquerda ao apresentar  queixa crime os ingleses começaram de início - armados em parvos - a exigir indemnização de 5 milhões de euros pelos custos causados pela despesa em organizar um leilão com tal envergadura e que ficaria sem efeito. só a publicidade gasta neste evento rondou um milhão e meio de euros. vejam só!!! os ingleses fodidos (já digo porquê) a quererem como sempre não perder. mas queridos quem põe os pés numa pocilga suja-se e não são só os porcos que estes já sabemos estão sujos... logo, mal visto um governo que vende e exporta bens patrimoniais comuns nas costas do seu povo, mal vistos também os seus companheiros de negócios. por mais que se sacudam  a fim de limpar a má imagem da negociata obscura e suja (foi apresentada queixa aos tribunais pelo ps e parceiros) mais ela - nos tempos mais próximos - os conspurca. e não há indemnização que os compense. esse negócio repugna tanto quanto o que se faz com os diamantes de sangue ou aquele em que somas astronómicas são depositadas em contas bancárias de ditadores e parentes. os ingleses perceberam a delicadeza da questão  e por isso estão todos cagados e condenados moralmente.  foi tiro de canhão que lhes foi bater à porta... está o governo português a retirar dos vencimentos e das pensões quantias que fazem falta à mesa de milhões de portugueses e ao mesmo tempo anda a vender às escondidas obras de arte para encaixar milhões. eh pá, para onde iria mais este  dinheiro? para pagar dívidas? mas elas continuam a aumentar! passos borrou a pintura. vou terminar: tenham cuidado todos os responsáveis pelos museus onde se encontrem obras de arte. ponham-nas a bom recato. olhem o que aconteceu a "os mirós" . as galerias que estejam também atentas. há por aí gente que não se confessa. esquecia de dizer que  foram os ingleses que desistiram de vender diamantes de sangue, perdão pinturas de miró aos molhos, e não o governo português.
mmb
nb: disse o pre-culto joe berardo - numa estação de tv - que as 80 obras de arte foram emaladas como sacos de fardo. não foi bem assim, mas parecido. se é assim, essa gente (governo) não tem sensibilidade para as artes e letras. e vejam só que quem o disse foi berardo, um quase intelectual de letras e artes.

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