domingo, 22 de maio de 2011

tendências populares ou o escravo idiossincrático encontrado no comportamento das classes desprotegidas








vou esforçar-me por escrever o meu artigo mais reaccionário do mês. ora cá vamos. o povo é estúpido? bem, não estará muito longe disso. provas? bem, a democracia permite que se vote tudo e mais alguma coisa. vou encaixar aqui o seguinte: o povo é pobre! o ine confirma, assim como também as centrais dos sindicatos o fazem. mais, estas ainda acrescentam que - para além de serem isso - são explorados pelos patrões. correcto? sim, pelo menos é o que dizem aquelas. depois, as democracias dão aos pobres a possibilidade de em tempo de eleições falarem mal dos ricos, desmascará-los e chamá-los pelos seus nomes. pulhas, ladrões, filhos de puta, ranhosos são algumas das designações com que a ralé se diverte nestas épocas. ah, e mentirosos. os ricos e os seus representantes andam de cidade em cidade, de vila em vila a apregoar a boa nova das promessas. prometem dar aos pobres tudo a que aspiram. são estradas, centros de saúde, transportes grátis, aumento das pensões mais baixas (são todas baixas à excepção da dos ricos), saltos (classificações) de aldeias a cidade, médico e enfermeiros à beira da cama, lições de golfo para a terceira idade. nesta área dizem os procuradores e candidatos aos pobres e aos velhos que vivem isolados que estes terão companhia. o que não é novidade pois quando morrem sempre têm companhia, isto se forem detectados, pois houve pobres que morreram e só foram descobertos nessa condição anos depois. em portugal os candidatos que estão mais próximo dos pobres são os comunistas. e não disfarçam. o candidato jerónimo do pcp era operário. fala a linguagem dos ranhosos, perdão dos pobres. indica-lhes o caminho para a igualdade e para que - através de uma justiça social - se saque aos ricos o pagamento das desgraças e das regalias que os pobres desejam. e lá estão os ricos pela voz dos seus lacaios a pregar: os pobres podem contar connosco; não deixaremos que sejam prejudicados. e mais blá, blá, blá. depois dos ranhosos, perdão, dos pobres ficarem informados do que os ricos se preparam para fazer e das suas mentiras, não é que os ranhosos, perdão, os pobres votam nos partidos dos ricos. e sempre!!!!!!! ah, como salazar os entendia. fazia-o tão bem que até lhes arranjou a polícia política para eles ficarem mais conscientes da sua condição de ranhosos, perdão, de pobres. só se compreende esta atitude porque não passam de reles invejosos. isto é tão óbvio que quando se tornam ricos, alguns passam a odiar os da sua igualha com mais ferocidade com que os ricos os tratavam. é patológico, só pode ser... o homem luta pela liberdade e quando a atinge torna-se seu prisioneiro. se ninguém disse esta baboseira, passo eu a ser o seu autor. já agora vou repetir o que penso sobre a democracia: regime que torna os ricos mais ricos e isso é confirmado através do voto dos ranhosos, perdão dos pobres.





mmbento

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