segunda-feira, 9 de maio de 2011

que grande susto! afinal não eram aviões americanos...

já a seguir: cagaço na praia da rainha

ora bem e continuando. o dia estava belíssimo e eu como qualquer milionário, perdão como qualquer português (também sou açoriano, isto é, possuo a dupla nacionalidade. não vou explicar isso agora. fica para depois) desta democracia pus-me - qual lampeiro - na fila para a praia. não levo toalha porque isso já não se usa. levo sempre um tapete que comprei por um euro nos suecos. eh pá, que rico dia de praia. o sol português (digo português para não comparar com o resto da europalhada) estava de morte. depois de uma pessoa entrar na água e depois estender-se no tapete , uma pessoa aquece com tanto prazer que o que mais se aproxima deste (prazer) é dar uma foda numa banheira em água morna. com mulher nova, claro. tenho sempre esta mania de escrever assim deste modo. porra, vamos para o susto. estava quase deitado a mamar o sol, quando, de repente, vejo dois aviões militares. foda-se, pús-me de pé e fugi. claro que não deu para nada. eles passaram por mim com tanta velocidade que até pareciam os travestis a fugir da polícia dos bons costumes. polícia do antigamente, tá? vi que eram aviões da fap. respeirei fundo. agora, perguntam-me, porquê esta encenação? a semana passada um canal privado português estava a transmitir às 3 da manhã um documentário sobre o wikileaks. eh pá, foda-se. uma das cenas que aquele meio de comunicação transmitiu foi demais. num helicóptero americano estavam soldados americanos a sobrevoar uma cidade do iraque. um deles viu numa avenida um grupo de pessoas. disse um atirador para uma alta autoridade: parecem terroristas. posso atirar? sim! e vê-se o soldado - não o soldadinho do zeca afonso - americano a atirar sobre o grupo de civis matando-os a todos. não se tratava de um grupo terrorista, mas sim de pessoas de bem. entre eles estavam dois jornalistas e uma criança. bom, eu senti-me mal. não queria ser árabe nem que me oferecessem 70 virgens. a minha mente ainda consegue somar um com dois. e foi por isso que eu me pus à rosa mota. tinha um tapete. só os árabes o usam para orar a alá. eu estava numa posição parecida pois estava a preparar-me para me deitar e tinha os joelhos na areia. para mais, estava a demorar a acção de deitar porque uma querida tinha o rabinho voltado para o sol. e um septuagenário ateu não está obrigado a ter as tábuas da lei consigo e ainda por cima trazê-las para a praia. fiz figura de louco. não é a primeira vez, só que desta abusei. eh pá, tive medo, os aviões ao longe pareciam os dos americanos no iraque, a verdade se diga. como este texto está comprido, vou terminá-lo amanhã se estiver (eu e não o leitor) com disposição. o tema que se segue tratará de terrorismo de estado e de terrorismo celular. ambos são perigosos e é quase impossível travá-los. um dia um madeirense ofereceu-me "assassinos entre nós" (não me lembro do autor). continha o livro uma descrição de uma conversa entre john kennedy e martin luther king. dizia o presidente dos eua: sei que eles querem matá-lo. e eu não posso fazer nada. tempos depois o pastor foi assassinado por um tal ray qualquer coisa... até depois.



mmbento




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