sexta-feira, 27 de maio de 2011

a rádio televisão portuguesa/notícias : só falta publicitar bosta de vaca



eu vejo televisão porque ainda não aprendi a fazer punhetas a grilos. vou ter que interromper esta redação, pois tenho de atender uma chamada. oxalá seja a massagista. ai que dor que tenho no pescoço. já venho...
cá estou de novo. a massagem foi boa, mas podia ser melhor. ora bem. tinha eu 17 anos quando comecei a notar que as minhas entradas na testa estavam a querer aumentar. já me estava a ver careca. e fui-me abaixo. na mesma altura um colega meu (já morreu) também tinha um grande problema com o cabelo. este estava a querer abandoná-lo. ele até tinha que fazer uma ginástica com as pontas pilosas para tapar a careca. eu mantive-me com mais ou menos cabelo até hoje, mas não deixo de me considerar careca quando há vento encanado. fico fodido. ora, esse meu colega, certo dia, trouxe-me um anúncio da revista flama que - dizia ele - iria resolver o nosso problema e depois estaríamos prontos para conquistar as gajas boas que se estavam a afastar. este remédio cura a calvicie. este remédio não tem rival. não era assim, mas parecido. custava aquela mistela 60 paus. cada um arranjou 30 e requisitámos o miraculoso elixir. cada um aplicou-o seguindo as instruções. caímos que nem patinhos. eu ia ficando parecido com uma pista de carrinhos enquanto o meu colega começou a usar boné. nada, nem penugem, nem cabelo. quando os meus amigos souberam da estória, aquilo é que foi rir. certo dia disse o amigo roqueira ao outro careca: nem o benfica te salva. foi um drama dos grandes já que ele era um doente do benfica. excomungámos o gafanhoto naqueles primeiros tempos. depois passou. a que vem este conto com mais de 50 anos? não é que por volta das 16 horas, a rtp/notícias estava a mandar para o ar a publicidade de um remédio para carecas. grandes filhos de puta! aldrabões, vigaristas, chulos, mentirosos... porra! porra! até pareço os algarvios quando ontem receberam o ps em faro numa apoteótica gritaria. ando eu e os outros trouxas a alimentar uma corja de mixordeiros que se encaixaram em tudo que é estado. isto só visto! agora, para além, de nos gastarem o dinheiro dos impostos em grandes farras e descanso querem fazer da estação estatal a loja do mestre andré, aquela que tudo vende, até rapé.
mmbento

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