para escrever sobre o que acontece na campanha fiz apelo à razão. a minha? não! a vossa. primeiro leio com atenção o compromisso (jurado para cumprir) que o ps, o psd e o cds-pp subbscreveram com a troika economicista. (não explico, consultem as enciclopédias já que os dicionários são curtos na matéria). a que se subteram estas três facções partidárias cujas políticas se inspiram na economia de mercado? a um diktat (!) das potências do capital. encurtando: ditaram para os três parceiros o seu futuro comportamento. assim, tudo com que o estado social se comprometeu vai ao ar. não há nas normas nada que não seja para atrofiar a vida aos portugueses. acabaram-se as despesas com a saúde, a educação e a segurança social, isto é, a partir de agora só os mortos têm garantia de serem enterrados e isto por que acabam por cheirar mal horas depois de esticarem o pernil. estar doente não vai ser como antes. é preciso pagar. e passeios de ambulância já eram. na educação vai haver cortes drásticos e a segurança já não cairá na cantiga do pobrezinho que chupa as ajudas deslocando-se em carro bomba ou de táxi para ir receber o deles/nosso. as normas são tantas e os cortes e os despedimentos são uma espécie de cartaz que indica: portugal, volta para trás. trocando isto por ainda mais miúdos, quer dizer: os meninos têm aqui o vosso programa de governo. é pegar ou largar. aos três da vida airada atirados contra a parede só lhes restava aceitar e agradecer. como são portugueses, o que fizeram? cada um pegou no orçamento (que era igual para todos os três) e pôs-se em campanha. fazendo do povo um amontoado de patetas foram dizendo de aldeia em aldeia que o seu orçamento era o melhor. não era de esperar outra coisa. os três meninos rabinos que lideram aqueles partidos só se distinguem pelos penteados já que se acusam entre si do mesmo. isto é, conseguiram fazer com que a sendo igual a a, já não é a, mas sim a. porém este a é diferente de , consoante a boca de cada um que sopra. se o leitor está baralhado, como julga que eu estou? não passa pela cabeça dos três líderes desviarem-se do diktat por que senão o fmi cai-lhes em cima tal strauss-kahn (ainda inocente) no chocolate da guiné. olhos negros, negros negros dão tesão que até um sexagenário em estado de nudez se transforma num gorila com cio. os três são obrigados a cumprir com os ditames atrás jurados! só que - e aqui prestem atenção - a troika desconfia do ps e do psd, pois sendo partidos de direita, às vezes, com os copos, dizem merdas de esquerda que colocam os inspectores de pé atrás. só portas garante o descanso mental e material aos que nos emprestaram o cacau através de assentimento e acordo assinado. portas é o único que se identifica com as medidas do compromisso. portas é de direita esclarecida enquanto que os outros não têm essa regalia. o que dizem torna-se suspeito pois atrás deles há toda uma clientela esfomeada que os controla. melhor, que manda neles (ex: a banca que os vergou). puseram o estado português ao serviço de um polvo tornando-se num dos braços do mesmo molusco. não é preciso explicar, basta consultar os despachos dos juízes de instrução sobre aqueles braços para ficarmos com uma ideia naquilo que se tornou o estado e as suas ligações menos claros.
ps: entre a direita e a direita-central começam a surgir incómodos. os social-democratas que estão em pânico, ao perceberem que portas cresceu ao ponto de poder ombrear com o ps numa espécie de bloco de direita e centro direita o que se traduz por um governo obediente à troika, começaram já a combater portas. erro grande, pois é isso que portas quer. o eleitorado na dúvida vai inclinar-se para o mais conhecido e maleável. o ps já se afirmou aberto a coligações. o psd já rejeitou tal hipótese. e tudo leva a crer que é a vez do cds entrar no grande palco. e só mais esta: para portas o fim é belém. também tem direito e não só.mmbento
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