quinta-feira, 29 de março de 2018

Portugal: um Estado Policial substitui um Estado Militar?

A instituição militar não é tida hoje como sendo a estrutura fundamental onde assenta o poder do atual regime democrático que começou a desenhar-se em 25 de novembro de 1975, acabada que foi a loucura da  extrema-esquerda, saída do "25 de abril de 1974". Com o advento da democracia logo se impôs a doutrina política dos civilistas que não descansaram enquanto não encaminharam as Forças Armadas para os quartéis. Depois, tudo fizeram para as descaracterizar. Forças Armadas e Pátria eram símbolos inseparáveis. Hoje, já não é assim. O conceito de Pátria esfumou-se e no que respeita às Forças Armadas é vê-las  a chegar ou  a partir em missões para os vários cenários de guerra fomentados por imperialismos nossos aliados. Partem em defesa da Pátria dizem os políticos que elegemos. As Forças Armadas fora do território não se intrometem nem incomodam  nos negócios do Estado...  Com que intenção?  Será ofuscá-las? Lavar--lhes o respeito e a boa  cara que  lhes são próprias? Impedir que representem o que de mais nobre temos como alma nacional?  Os elementos que as compõem têm uma formação específica superior - a defesa da Pátria faz parte do seu ser. Hoje, quase  nada sabemos delas a não o que a informação veiculada - pelos OCS - nos dá a conhecer. Ultimamente, as notícias não são nada abonatórias, diga-se. Até parece a prestação de um serviço que se apresenta como a querer dar continuidade à política civilista imposta - diria eu - por sociedades secretas que muito se destaparam  após  a queda do Estado Novo. Enfraquecer as Forças Armadas é enfraquecer o Estado. Qualquer regime, desde os autoritários aos democráticos, necessita de força armada para servir de guarda-costas. A solução está nos livros. Isto é, reforçar forças policiais criadas especialmente para manter  os seus patrões no poder usando para tal métodos repressivos,  se necessário. São forças de repressão social. São preparadas para apoiar determinações políticas que vão contra a vontade popular quando esta se pronuncia.  São forças que não estão ao serviço da Pátria. Mas apesar de tudo há as de prevenção para o que der e vier. Note-se que não estão preparadas nem vocacionadas para nos defender de invasões estrangeiras, por exemplo. Perseguem criminosos estrangeiros, claro. Mas isso é outra conversa que não cabe aqui. Não sabemos o que seria se toda ou parte das Forças Armadas, ao pressentir  que a Pátria se encontrava em más mãos e em perigo,  resolvesse intervir musculadamente.  Estou a ver as "forças armadas dos civilistas" a atuar. Foi para isso que também foram preparadas? Digo eu que não estava lá.


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